Eletrobrás é destaque negativo da Bolsa


Para analistas, queda de 11% nas ações da estatal se deve a movimento de negociação em direção ao preço considerado real para o papel da empresa

Por Renato Carvalho

Após subir quase 50% ontem, a Eletrobrás foi o destaque negativo do Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas na Bolsa, nesta quarta-feira, 23. As ações ordinárias da empresa caíram 11,04%, enquanto as preferenciais recuaram 9,13%.

Além de um movimento natural do mercado em direção ao preço considerado real para os papéis da estatal, analistas acreditam que a queda foi motivada pelo fato de que vários detalhes ainda precisam ser definidos pelo governo para que a privatização da companhia seja efetivada.

Apesar de o conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da administração federal já ter aprovado a privatização da Eletrobrás, a operação ainda não tem cronograma detalhado. 

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Analistas citam movimento de volta ao preço real do papel e indefinições sobre detalhes da privatização da Eletrobrás como motivo para forte queda das ações da estatal na Bolsa nesta quarta-feira, 23 Foto: Dario Oliveira|Estadão

A previsão do governo federal é levar adiante um movimento de emissão de papéis pela empresa, de forma que eles sejam diluídos entre os demais acionistas e, assim, a União perca o controle da Eletrobrás.

Essa operação deve injetar recursos na estatal para que a empresa possa pagar à União por cotas de suas usinas. Nesse modelo, o caminho ficaria aberto para que a companhia possa comercializar energia elétrica a preços de mercado, sem as obrigações previstas na MP 579, que repactuou contratos do setor elétrico ainda no governo Dilma Rousseff.

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Na visão do governo, as receitas vindas da compra das suas cotas das usinas serão importantes para reforçar o caixa da União.

“No entanto, a União manterá poder de veto para garantir a preservação de decisões estratégicas para o País”, diz o texto divulgado pelo PPI. O conselho do programa confirma que a operação com a Eletrobras “injetará expressivos recursos no Tesouro Nacional”.

Para o analista Pedro Manfredini, do Itaú BBA, a definição deste cronograma é uma das definições mais importantes para a privatização. "Temos dúvidas se é possível realizar a privatização antes de outubro de 2018, antes das eleições", afirma em relatório. 

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Segundo o analista, a preocupação gira em torno da possível resistência de diversos partidos políticos à privatização, mesmo que ela não precise ser aprovada pelo Congresso.

Conheça as principais privatizações anunciadas pelo governo

1 | 6

Conselho do Programa de Parcerias de Investimento anuncia pacote de privatizações e concessões

Foto: Beto Barata/PR
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A privatização da Casa da Moeda

Foto: Agência Brasil
3 | 6

Congonhas é incluído no programa

Foto: Felipe Rau/Estadão
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Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), conhecida como 'raspadinha'

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
5 | 6

BR-163, a 'rodovia dos atoleiros'

Foto: Ascom/Ministério dos Transportes
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Usina hidrelétrica de São Simão

Foto: José Patrício/Estadão

Após subir quase 50% ontem, a Eletrobrás foi o destaque negativo do Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas na Bolsa, nesta quarta-feira, 23. As ações ordinárias da empresa caíram 11,04%, enquanto as preferenciais recuaram 9,13%.

Além de um movimento natural do mercado em direção ao preço considerado real para os papéis da estatal, analistas acreditam que a queda foi motivada pelo fato de que vários detalhes ainda precisam ser definidos pelo governo para que a privatização da companhia seja efetivada.

Apesar de o conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da administração federal já ter aprovado a privatização da Eletrobrás, a operação ainda não tem cronograma detalhado. 

Analistas citam movimento de volta ao preço real do papel e indefinições sobre detalhes da privatização da Eletrobrás como motivo para forte queda das ações da estatal na Bolsa nesta quarta-feira, 23 Foto: Dario Oliveira|Estadão

A previsão do governo federal é levar adiante um movimento de emissão de papéis pela empresa, de forma que eles sejam diluídos entre os demais acionistas e, assim, a União perca o controle da Eletrobrás.

Essa operação deve injetar recursos na estatal para que a empresa possa pagar à União por cotas de suas usinas. Nesse modelo, o caminho ficaria aberto para que a companhia possa comercializar energia elétrica a preços de mercado, sem as obrigações previstas na MP 579, que repactuou contratos do setor elétrico ainda no governo Dilma Rousseff.

Na visão do governo, as receitas vindas da compra das suas cotas das usinas serão importantes para reforçar o caixa da União.

“No entanto, a União manterá poder de veto para garantir a preservação de decisões estratégicas para o País”, diz o texto divulgado pelo PPI. O conselho do programa confirma que a operação com a Eletrobras “injetará expressivos recursos no Tesouro Nacional”.

Para o analista Pedro Manfredini, do Itaú BBA, a definição deste cronograma é uma das definições mais importantes para a privatização. "Temos dúvidas se é possível realizar a privatização antes de outubro de 2018, antes das eleições", afirma em relatório. 

Segundo o analista, a preocupação gira em torno da possível resistência de diversos partidos políticos à privatização, mesmo que ela não precise ser aprovada pelo Congresso.

Conheça as principais privatizações anunciadas pelo governo

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Foto: José Patrício/Estadão

Após subir quase 50% ontem, a Eletrobrás foi o destaque negativo do Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas na Bolsa, nesta quarta-feira, 23. As ações ordinárias da empresa caíram 11,04%, enquanto as preferenciais recuaram 9,13%.

Além de um movimento natural do mercado em direção ao preço considerado real para os papéis da estatal, analistas acreditam que a queda foi motivada pelo fato de que vários detalhes ainda precisam ser definidos pelo governo para que a privatização da companhia seja efetivada.

Apesar de o conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da administração federal já ter aprovado a privatização da Eletrobrás, a operação ainda não tem cronograma detalhado. 

Analistas citam movimento de volta ao preço real do papel e indefinições sobre detalhes da privatização da Eletrobrás como motivo para forte queda das ações da estatal na Bolsa nesta quarta-feira, 23 Foto: Dario Oliveira|Estadão

A previsão do governo federal é levar adiante um movimento de emissão de papéis pela empresa, de forma que eles sejam diluídos entre os demais acionistas e, assim, a União perca o controle da Eletrobrás.

Essa operação deve injetar recursos na estatal para que a empresa possa pagar à União por cotas de suas usinas. Nesse modelo, o caminho ficaria aberto para que a companhia possa comercializar energia elétrica a preços de mercado, sem as obrigações previstas na MP 579, que repactuou contratos do setor elétrico ainda no governo Dilma Rousseff.

Na visão do governo, as receitas vindas da compra das suas cotas das usinas serão importantes para reforçar o caixa da União.

“No entanto, a União manterá poder de veto para garantir a preservação de decisões estratégicas para o País”, diz o texto divulgado pelo PPI. O conselho do programa confirma que a operação com a Eletrobras “injetará expressivos recursos no Tesouro Nacional”.

Para o analista Pedro Manfredini, do Itaú BBA, a definição deste cronograma é uma das definições mais importantes para a privatização. "Temos dúvidas se é possível realizar a privatização antes de outubro de 2018, antes das eleições", afirma em relatório. 

Segundo o analista, a preocupação gira em torno da possível resistência de diversos partidos políticos à privatização, mesmo que ela não precise ser aprovada pelo Congresso.

Conheça as principais privatizações anunciadas pelo governo

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Após subir quase 50% ontem, a Eletrobrás foi o destaque negativo do Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas na Bolsa, nesta quarta-feira, 23. As ações ordinárias da empresa caíram 11,04%, enquanto as preferenciais recuaram 9,13%.

Além de um movimento natural do mercado em direção ao preço considerado real para os papéis da estatal, analistas acreditam que a queda foi motivada pelo fato de que vários detalhes ainda precisam ser definidos pelo governo para que a privatização da companhia seja efetivada.

Apesar de o conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da administração federal já ter aprovado a privatização da Eletrobrás, a operação ainda não tem cronograma detalhado. 

Analistas citam movimento de volta ao preço real do papel e indefinições sobre detalhes da privatização da Eletrobrás como motivo para forte queda das ações da estatal na Bolsa nesta quarta-feira, 23 Foto: Dario Oliveira|Estadão

A previsão do governo federal é levar adiante um movimento de emissão de papéis pela empresa, de forma que eles sejam diluídos entre os demais acionistas e, assim, a União perca o controle da Eletrobrás.

Essa operação deve injetar recursos na estatal para que a empresa possa pagar à União por cotas de suas usinas. Nesse modelo, o caminho ficaria aberto para que a companhia possa comercializar energia elétrica a preços de mercado, sem as obrigações previstas na MP 579, que repactuou contratos do setor elétrico ainda no governo Dilma Rousseff.

Na visão do governo, as receitas vindas da compra das suas cotas das usinas serão importantes para reforçar o caixa da União.

“No entanto, a União manterá poder de veto para garantir a preservação de decisões estratégicas para o País”, diz o texto divulgado pelo PPI. O conselho do programa confirma que a operação com a Eletrobras “injetará expressivos recursos no Tesouro Nacional”.

Para o analista Pedro Manfredini, do Itaú BBA, a definição deste cronograma é uma das definições mais importantes para a privatização. "Temos dúvidas se é possível realizar a privatização antes de outubro de 2018, antes das eleições", afirma em relatório. 

Segundo o analista, a preocupação gira em torno da possível resistência de diversos partidos políticos à privatização, mesmo que ela não precise ser aprovada pelo Congresso.

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