Apreciação do yuan pode vir logo, prevê O'Neill


Preocupação com exessivo aquecimento da economia e com inflação no país podem levar à mudanças na política cambial

Por Nalu Fernandes e da Agência Estado

Um movimento de apreciação da moeda chinesa pode ocorrer logo, na avaliação de Jim O'Neill, chefe de pesquisa econômica global do Goldman Sachs, ao programa AE Broadcast Ao Vivo, da Agência Estado. Ele retorno hoje para seu escritório em Londres, depois de ter passado grande parte da semana em Hong Kong. "Pessoalmente, acredito que devemos estar chegando perto do momento em que eles vão considerar mexer na moeda", disse o executivo, que cunhou o termo BRIC, em 2001, para designar o grupo dos grandes emergentes Brasil, Rússia, Índia e China.

O'Neill, que é colunista do jornal O Estado de São Paulo, destaca que os chineses não querem aparentar para o mundo que estão seguindo o que tem sido dito a eles, na questão do gerenciamento da moeda, especialmente com relação aos Estados Unidos, uma vez que os dois países têm uma relação delicada nesta arena. O executivo avalia que o gerenciamento da política monetária tem sido complicado por persistente especulação relacionada a uma revalorização da moeda. 

Mas, diante das preocupações de aquecimento excessivo e de inflação no país, O'Neill avalia que os interesses das políticas domésticas e internacionais no país estão mais próximos do que haviam estado há muito tempo. "Acredito que eles estão considerando permitir uma apreciação renovada para deixar as especulações para trás e poderem se concentrar em prioridades subjacentes". Estas prioridade, exemplifica ele, são fortalecer consumo doméstico, o custo de parte da economia (exportação), e melhorar a eficiência no uso de energia. 

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O'Neill vê o aumento nos depósitos compulsórios implementado nesta sexta-feira, o segundo desde o início do ano, como uma consequência direta da força da economia chinesa. A expansão da economia estava, desde o início do ano, e continua em torno de 12%, uma taxa "consistente com uma economia em aquecimento excessivo", ponderou. Ele estima que o nível de equilíbrio do crescimento chinês está entre 8% a 10%.

Na avaliação do executivo, os chineses estão satisfeitos com estímulo que implementaram com sucesso nesta mesma época no ano passado e não querem desacelerar a economia dramaticamente. "Querem fazer que apenas pare de ser excessivamente aquecida". O economista não acredita, porém, que haja uma bolha de ativos no país. Por exemplo, cita ele, o governo está adotando uma série de medidas para evitar aumento de preços no mercado imobiliário local. 

O economista destaca que elevar o juro para empréstimos de um ano, que é considerado a taxa de referência da política monetária chinesa, não terá sentido se não houver um movimento na moeda. "Acredito que não vão elevar o juro até que estejam realmente prontos para aceitar que a moeda precisa se apreciar, o que pode acontecer a qualquer momento. Não ficaria surpreso se acontecer amanhã ou nas próximas semanas", acrescentou.

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Na próxima semana, O'Neill chega ao Brasil. Ele passa o Carnaval no Rio de Janeiro e, na sequência, faz uma palestra em preparação para a cúpula dos BRICS, prevista para abril em Brasília. A palestra, que será feita antes da inauguração de um centro de estudos do grupo BRIC, no Rio de Janeiro, irá conter sugestões do criador do acrônimo BRIC, que deixou de ser um conceito e gerou um movimento entre os próprios países a ponto de iniciarem reuniões de cúpula, como a realizada no ano passado na Rússia, para discutir pontos de interesses em comum. 

 

 

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Um movimento de apreciação da moeda chinesa pode ocorrer logo, na avaliação de Jim O'Neill, chefe de pesquisa econômica global do Goldman Sachs, ao programa AE Broadcast Ao Vivo, da Agência Estado. Ele retorno hoje para seu escritório em Londres, depois de ter passado grande parte da semana em Hong Kong. "Pessoalmente, acredito que devemos estar chegando perto do momento em que eles vão considerar mexer na moeda", disse o executivo, que cunhou o termo BRIC, em 2001, para designar o grupo dos grandes emergentes Brasil, Rússia, Índia e China.

O'Neill, que é colunista do jornal O Estado de São Paulo, destaca que os chineses não querem aparentar para o mundo que estão seguindo o que tem sido dito a eles, na questão do gerenciamento da moeda, especialmente com relação aos Estados Unidos, uma vez que os dois países têm uma relação delicada nesta arena. O executivo avalia que o gerenciamento da política monetária tem sido complicado por persistente especulação relacionada a uma revalorização da moeda. 

Mas, diante das preocupações de aquecimento excessivo e de inflação no país, O'Neill avalia que os interesses das políticas domésticas e internacionais no país estão mais próximos do que haviam estado há muito tempo. "Acredito que eles estão considerando permitir uma apreciação renovada para deixar as especulações para trás e poderem se concentrar em prioridades subjacentes". Estas prioridade, exemplifica ele, são fortalecer consumo doméstico, o custo de parte da economia (exportação), e melhorar a eficiência no uso de energia. 

O'Neill vê o aumento nos depósitos compulsórios implementado nesta sexta-feira, o segundo desde o início do ano, como uma consequência direta da força da economia chinesa. A expansão da economia estava, desde o início do ano, e continua em torno de 12%, uma taxa "consistente com uma economia em aquecimento excessivo", ponderou. Ele estima que o nível de equilíbrio do crescimento chinês está entre 8% a 10%.

Na avaliação do executivo, os chineses estão satisfeitos com estímulo que implementaram com sucesso nesta mesma época no ano passado e não querem desacelerar a economia dramaticamente. "Querem fazer que apenas pare de ser excessivamente aquecida". O economista não acredita, porém, que haja uma bolha de ativos no país. Por exemplo, cita ele, o governo está adotando uma série de medidas para evitar aumento de preços no mercado imobiliário local. 

O economista destaca que elevar o juro para empréstimos de um ano, que é considerado a taxa de referência da política monetária chinesa, não terá sentido se não houver um movimento na moeda. "Acredito que não vão elevar o juro até que estejam realmente prontos para aceitar que a moeda precisa se apreciar, o que pode acontecer a qualquer momento. Não ficaria surpreso se acontecer amanhã ou nas próximas semanas", acrescentou.

Na próxima semana, O'Neill chega ao Brasil. Ele passa o Carnaval no Rio de Janeiro e, na sequência, faz uma palestra em preparação para a cúpula dos BRICS, prevista para abril em Brasília. A palestra, que será feita antes da inauguração de um centro de estudos do grupo BRIC, no Rio de Janeiro, irá conter sugestões do criador do acrônimo BRIC, que deixou de ser um conceito e gerou um movimento entre os próprios países a ponto de iniciarem reuniões de cúpula, como a realizada no ano passado na Rússia, para discutir pontos de interesses em comum. 

 

 

 

 

Um movimento de apreciação da moeda chinesa pode ocorrer logo, na avaliação de Jim O'Neill, chefe de pesquisa econômica global do Goldman Sachs, ao programa AE Broadcast Ao Vivo, da Agência Estado. Ele retorno hoje para seu escritório em Londres, depois de ter passado grande parte da semana em Hong Kong. "Pessoalmente, acredito que devemos estar chegando perto do momento em que eles vão considerar mexer na moeda", disse o executivo, que cunhou o termo BRIC, em 2001, para designar o grupo dos grandes emergentes Brasil, Rússia, Índia e China.

O'Neill, que é colunista do jornal O Estado de São Paulo, destaca que os chineses não querem aparentar para o mundo que estão seguindo o que tem sido dito a eles, na questão do gerenciamento da moeda, especialmente com relação aos Estados Unidos, uma vez que os dois países têm uma relação delicada nesta arena. O executivo avalia que o gerenciamento da política monetária tem sido complicado por persistente especulação relacionada a uma revalorização da moeda. 

Mas, diante das preocupações de aquecimento excessivo e de inflação no país, O'Neill avalia que os interesses das políticas domésticas e internacionais no país estão mais próximos do que haviam estado há muito tempo. "Acredito que eles estão considerando permitir uma apreciação renovada para deixar as especulações para trás e poderem se concentrar em prioridades subjacentes". Estas prioridade, exemplifica ele, são fortalecer consumo doméstico, o custo de parte da economia (exportação), e melhorar a eficiência no uso de energia. 

O'Neill vê o aumento nos depósitos compulsórios implementado nesta sexta-feira, o segundo desde o início do ano, como uma consequência direta da força da economia chinesa. A expansão da economia estava, desde o início do ano, e continua em torno de 12%, uma taxa "consistente com uma economia em aquecimento excessivo", ponderou. Ele estima que o nível de equilíbrio do crescimento chinês está entre 8% a 10%.

Na avaliação do executivo, os chineses estão satisfeitos com estímulo que implementaram com sucesso nesta mesma época no ano passado e não querem desacelerar a economia dramaticamente. "Querem fazer que apenas pare de ser excessivamente aquecida". O economista não acredita, porém, que haja uma bolha de ativos no país. Por exemplo, cita ele, o governo está adotando uma série de medidas para evitar aumento de preços no mercado imobiliário local. 

O economista destaca que elevar o juro para empréstimos de um ano, que é considerado a taxa de referência da política monetária chinesa, não terá sentido se não houver um movimento na moeda. "Acredito que não vão elevar o juro até que estejam realmente prontos para aceitar que a moeda precisa se apreciar, o que pode acontecer a qualquer momento. Não ficaria surpreso se acontecer amanhã ou nas próximas semanas", acrescentou.

Na próxima semana, O'Neill chega ao Brasil. Ele passa o Carnaval no Rio de Janeiro e, na sequência, faz uma palestra em preparação para a cúpula dos BRICS, prevista para abril em Brasília. A palestra, que será feita antes da inauguração de um centro de estudos do grupo BRIC, no Rio de Janeiro, irá conter sugestões do criador do acrônimo BRIC, que deixou de ser um conceito e gerou um movimento entre os próprios países a ponto de iniciarem reuniões de cúpula, como a realizada no ano passado na Rússia, para discutir pontos de interesses em comum. 

 

 

 

 

Um movimento de apreciação da moeda chinesa pode ocorrer logo, na avaliação de Jim O'Neill, chefe de pesquisa econômica global do Goldman Sachs, ao programa AE Broadcast Ao Vivo, da Agência Estado. Ele retorno hoje para seu escritório em Londres, depois de ter passado grande parte da semana em Hong Kong. "Pessoalmente, acredito que devemos estar chegando perto do momento em que eles vão considerar mexer na moeda", disse o executivo, que cunhou o termo BRIC, em 2001, para designar o grupo dos grandes emergentes Brasil, Rússia, Índia e China.

O'Neill, que é colunista do jornal O Estado de São Paulo, destaca que os chineses não querem aparentar para o mundo que estão seguindo o que tem sido dito a eles, na questão do gerenciamento da moeda, especialmente com relação aos Estados Unidos, uma vez que os dois países têm uma relação delicada nesta arena. O executivo avalia que o gerenciamento da política monetária tem sido complicado por persistente especulação relacionada a uma revalorização da moeda. 

Mas, diante das preocupações de aquecimento excessivo e de inflação no país, O'Neill avalia que os interesses das políticas domésticas e internacionais no país estão mais próximos do que haviam estado há muito tempo. "Acredito que eles estão considerando permitir uma apreciação renovada para deixar as especulações para trás e poderem se concentrar em prioridades subjacentes". Estas prioridade, exemplifica ele, são fortalecer consumo doméstico, o custo de parte da economia (exportação), e melhorar a eficiência no uso de energia. 

O'Neill vê o aumento nos depósitos compulsórios implementado nesta sexta-feira, o segundo desde o início do ano, como uma consequência direta da força da economia chinesa. A expansão da economia estava, desde o início do ano, e continua em torno de 12%, uma taxa "consistente com uma economia em aquecimento excessivo", ponderou. Ele estima que o nível de equilíbrio do crescimento chinês está entre 8% a 10%.

Na avaliação do executivo, os chineses estão satisfeitos com estímulo que implementaram com sucesso nesta mesma época no ano passado e não querem desacelerar a economia dramaticamente. "Querem fazer que apenas pare de ser excessivamente aquecida". O economista não acredita, porém, que haja uma bolha de ativos no país. Por exemplo, cita ele, o governo está adotando uma série de medidas para evitar aumento de preços no mercado imobiliário local. 

O economista destaca que elevar o juro para empréstimos de um ano, que é considerado a taxa de referência da política monetária chinesa, não terá sentido se não houver um movimento na moeda. "Acredito que não vão elevar o juro até que estejam realmente prontos para aceitar que a moeda precisa se apreciar, o que pode acontecer a qualquer momento. Não ficaria surpreso se acontecer amanhã ou nas próximas semanas", acrescentou.

Na próxima semana, O'Neill chega ao Brasil. Ele passa o Carnaval no Rio de Janeiro e, na sequência, faz uma palestra em preparação para a cúpula dos BRICS, prevista para abril em Brasília. A palestra, que será feita antes da inauguração de um centro de estudos do grupo BRIC, no Rio de Janeiro, irá conter sugestões do criador do acrônimo BRIC, que deixou de ser um conceito e gerou um movimento entre os próprios países a ponto de iniciarem reuniões de cúpula, como a realizada no ano passado na Rússia, para discutir pontos de interesses em comum. 

 

 

 

 

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