'Asfixia' financeira motiva uma ação de R$ 70 milhões


RM Campinas, que já foi uma forte representante da marca na região, teve seu contrato rescindido pela Totvs no fim de 2008

Duas semanas depois do anúncio da compra da Datasul, a Totvs reuniu os franqueados e representantes comerciais num hotel em São Paulo para explicar a lógica do negócio e incentivar a consolidação entre os empresários. Todos deveriam se unir sob uma única bandeira, a Totvs. A fabricante de softwares queria repetir na cadeia de vendas o que ela mesma fez ao comprar concorrentes. Ao todo, a empresa realizou três aquisições. O empresário José Ronaldo Ferreira, da RM de Campinas, diz que participou de encontros do gênero depois que a RM foi comprada. Ele conta que estava disposto a se juntar com os concorrentes, mas, num determinado momento, percebeu que não havia afinidade suficiente para construir uma sociedade. "Não estávamos chegando a um acordo sobre valor. Em abril de 2008, desistimos desse processo e perguntamos se podíamos continuar independentes, como RM Sistemas. A resposta foi positiva", conta o empresário.Mas a empresa não seguiu seu curso como Ferreira e sua sócia Márcia Uehara imaginaram. "No mesmo ano, começamos a sofrer retaliações, perdemos treinamentos, cursos de reciclagem, certificações da RM e fomos impedidos de participar de eventos", lembra Márcia. "A partir de agosto começaram a atrasar comissões e até hoje existem pendências, que estamos questionando na Justiça. No mês seguinte, a empresa nos notificou por uso indevido da marca." Luiz, da Totvs, nega todas as acusações e diz que o atraso de comissões não é uma postura da Totvs. Em dezembro de 2008, a Totvs decidiu rescindir o contrato e pagou uma multa de R$ 180 mil, considerada muito baixa por Ferreira e Uehara para um contrato de representação comercial de 21 anos. O executivo da fabricante de software disse ao Estado que os motivos para a descontinuidade do acordo foram limitações técnicas e baixa performance da empresa de representação. Afirmou também que o valor pago pela empresa foi calculado de acordo com o que estabelece a lei de representações comerciais. Os sócios de Campinas movem quatro ações contra a Totvs. Na principal, com valor de R$ 69 milhões, eles alegam cerceamento, não cumprimento de contrato, uso indevido de sua base de clientes e exigem indenização por danos morais e materiais. Ferreira diz que, no primeiro semestre de 2008, sua empresa foi avaliada em R$ 20 milhões pela Simionato Auditores Independentes, credenciada pela CVM. Empresa-fantasma. Um caso semelhante é descrito pelo empresário Angelo Palocci. Ele já vendeu uma de suas franquias Datasul para a Totvs IP e mantém independente uma segunda, especializada em softwares para o agronegócio. "Perdemos a exclusividade da comercialização do nosso produto, não temos mais treinamento e não nos passam os clientes que seriam obrigados", diz Palocci. O empresário conseguiu uma liminar contra a Totvs, que foi derrubada pela empresa na Justiça. Enquanto a ação ainda está em andamento, Palocci opera em compasso de espera: de seus 12 funcionários, apenas dois ainda trabalham à espera do fim do contrato da empresa com a Totvs. / M.C. E P.C.Dois lados MÁRCIA UEHARA SÓCIA DA RM CAMPINAS "Começamos a sofrer uma série de retaliações, perdemos treinamentos, cursos de reciclagem, certificações da RM e fomos impedidos de participar de eventos. A Totvs começou a atrasar comissões e até hoje existem pendências. Aí começou a asfixia financeira. No mês seguinte, a empresa nos notificou por uso indevido da marca."JOSÉ ROGÉRIO LUIZ VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO DA TOTVS"A tese de asfixia financeira não tem sustentação. O atraso de maneira nenhuma é uma postura da Totvs."

Duas semanas depois do anúncio da compra da Datasul, a Totvs reuniu os franqueados e representantes comerciais num hotel em São Paulo para explicar a lógica do negócio e incentivar a consolidação entre os empresários. Todos deveriam se unir sob uma única bandeira, a Totvs. A fabricante de softwares queria repetir na cadeia de vendas o que ela mesma fez ao comprar concorrentes. Ao todo, a empresa realizou três aquisições. O empresário José Ronaldo Ferreira, da RM de Campinas, diz que participou de encontros do gênero depois que a RM foi comprada. Ele conta que estava disposto a se juntar com os concorrentes, mas, num determinado momento, percebeu que não havia afinidade suficiente para construir uma sociedade. "Não estávamos chegando a um acordo sobre valor. Em abril de 2008, desistimos desse processo e perguntamos se podíamos continuar independentes, como RM Sistemas. A resposta foi positiva", conta o empresário.Mas a empresa não seguiu seu curso como Ferreira e sua sócia Márcia Uehara imaginaram. "No mesmo ano, começamos a sofrer retaliações, perdemos treinamentos, cursos de reciclagem, certificações da RM e fomos impedidos de participar de eventos", lembra Márcia. "A partir de agosto começaram a atrasar comissões e até hoje existem pendências, que estamos questionando na Justiça. No mês seguinte, a empresa nos notificou por uso indevido da marca." Luiz, da Totvs, nega todas as acusações e diz que o atraso de comissões não é uma postura da Totvs. Em dezembro de 2008, a Totvs decidiu rescindir o contrato e pagou uma multa de R$ 180 mil, considerada muito baixa por Ferreira e Uehara para um contrato de representação comercial de 21 anos. O executivo da fabricante de software disse ao Estado que os motivos para a descontinuidade do acordo foram limitações técnicas e baixa performance da empresa de representação. Afirmou também que o valor pago pela empresa foi calculado de acordo com o que estabelece a lei de representações comerciais. Os sócios de Campinas movem quatro ações contra a Totvs. Na principal, com valor de R$ 69 milhões, eles alegam cerceamento, não cumprimento de contrato, uso indevido de sua base de clientes e exigem indenização por danos morais e materiais. Ferreira diz que, no primeiro semestre de 2008, sua empresa foi avaliada em R$ 20 milhões pela Simionato Auditores Independentes, credenciada pela CVM. Empresa-fantasma. Um caso semelhante é descrito pelo empresário Angelo Palocci. Ele já vendeu uma de suas franquias Datasul para a Totvs IP e mantém independente uma segunda, especializada em softwares para o agronegócio. "Perdemos a exclusividade da comercialização do nosso produto, não temos mais treinamento e não nos passam os clientes que seriam obrigados", diz Palocci. O empresário conseguiu uma liminar contra a Totvs, que foi derrubada pela empresa na Justiça. Enquanto a ação ainda está em andamento, Palocci opera em compasso de espera: de seus 12 funcionários, apenas dois ainda trabalham à espera do fim do contrato da empresa com a Totvs. / M.C. E P.C.Dois lados MÁRCIA UEHARA SÓCIA DA RM CAMPINAS "Começamos a sofrer uma série de retaliações, perdemos treinamentos, cursos de reciclagem, certificações da RM e fomos impedidos de participar de eventos. A Totvs começou a atrasar comissões e até hoje existem pendências. Aí começou a asfixia financeira. No mês seguinte, a empresa nos notificou por uso indevido da marca."JOSÉ ROGÉRIO LUIZ VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO DA TOTVS"A tese de asfixia financeira não tem sustentação. O atraso de maneira nenhuma é uma postura da Totvs."

Duas semanas depois do anúncio da compra da Datasul, a Totvs reuniu os franqueados e representantes comerciais num hotel em São Paulo para explicar a lógica do negócio e incentivar a consolidação entre os empresários. Todos deveriam se unir sob uma única bandeira, a Totvs. A fabricante de softwares queria repetir na cadeia de vendas o que ela mesma fez ao comprar concorrentes. Ao todo, a empresa realizou três aquisições. O empresário José Ronaldo Ferreira, da RM de Campinas, diz que participou de encontros do gênero depois que a RM foi comprada. Ele conta que estava disposto a se juntar com os concorrentes, mas, num determinado momento, percebeu que não havia afinidade suficiente para construir uma sociedade. "Não estávamos chegando a um acordo sobre valor. Em abril de 2008, desistimos desse processo e perguntamos se podíamos continuar independentes, como RM Sistemas. A resposta foi positiva", conta o empresário.Mas a empresa não seguiu seu curso como Ferreira e sua sócia Márcia Uehara imaginaram. "No mesmo ano, começamos a sofrer retaliações, perdemos treinamentos, cursos de reciclagem, certificações da RM e fomos impedidos de participar de eventos", lembra Márcia. "A partir de agosto começaram a atrasar comissões e até hoje existem pendências, que estamos questionando na Justiça. No mês seguinte, a empresa nos notificou por uso indevido da marca." Luiz, da Totvs, nega todas as acusações e diz que o atraso de comissões não é uma postura da Totvs. Em dezembro de 2008, a Totvs decidiu rescindir o contrato e pagou uma multa de R$ 180 mil, considerada muito baixa por Ferreira e Uehara para um contrato de representação comercial de 21 anos. O executivo da fabricante de software disse ao Estado que os motivos para a descontinuidade do acordo foram limitações técnicas e baixa performance da empresa de representação. Afirmou também que o valor pago pela empresa foi calculado de acordo com o que estabelece a lei de representações comerciais. Os sócios de Campinas movem quatro ações contra a Totvs. Na principal, com valor de R$ 69 milhões, eles alegam cerceamento, não cumprimento de contrato, uso indevido de sua base de clientes e exigem indenização por danos morais e materiais. Ferreira diz que, no primeiro semestre de 2008, sua empresa foi avaliada em R$ 20 milhões pela Simionato Auditores Independentes, credenciada pela CVM. Empresa-fantasma. Um caso semelhante é descrito pelo empresário Angelo Palocci. Ele já vendeu uma de suas franquias Datasul para a Totvs IP e mantém independente uma segunda, especializada em softwares para o agronegócio. "Perdemos a exclusividade da comercialização do nosso produto, não temos mais treinamento e não nos passam os clientes que seriam obrigados", diz Palocci. O empresário conseguiu uma liminar contra a Totvs, que foi derrubada pela empresa na Justiça. Enquanto a ação ainda está em andamento, Palocci opera em compasso de espera: de seus 12 funcionários, apenas dois ainda trabalham à espera do fim do contrato da empresa com a Totvs. / M.C. E P.C.Dois lados MÁRCIA UEHARA SÓCIA DA RM CAMPINAS "Começamos a sofrer uma série de retaliações, perdemos treinamentos, cursos de reciclagem, certificações da RM e fomos impedidos de participar de eventos. A Totvs começou a atrasar comissões e até hoje existem pendências. Aí começou a asfixia financeira. No mês seguinte, a empresa nos notificou por uso indevido da marca."JOSÉ ROGÉRIO LUIZ VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO DA TOTVS"A tese de asfixia financeira não tem sustentação. O atraso de maneira nenhuma é uma postura da Totvs."

Duas semanas depois do anúncio da compra da Datasul, a Totvs reuniu os franqueados e representantes comerciais num hotel em São Paulo para explicar a lógica do negócio e incentivar a consolidação entre os empresários. Todos deveriam se unir sob uma única bandeira, a Totvs. A fabricante de softwares queria repetir na cadeia de vendas o que ela mesma fez ao comprar concorrentes. Ao todo, a empresa realizou três aquisições. O empresário José Ronaldo Ferreira, da RM de Campinas, diz que participou de encontros do gênero depois que a RM foi comprada. Ele conta que estava disposto a se juntar com os concorrentes, mas, num determinado momento, percebeu que não havia afinidade suficiente para construir uma sociedade. "Não estávamos chegando a um acordo sobre valor. Em abril de 2008, desistimos desse processo e perguntamos se podíamos continuar independentes, como RM Sistemas. A resposta foi positiva", conta o empresário.Mas a empresa não seguiu seu curso como Ferreira e sua sócia Márcia Uehara imaginaram. "No mesmo ano, começamos a sofrer retaliações, perdemos treinamentos, cursos de reciclagem, certificações da RM e fomos impedidos de participar de eventos", lembra Márcia. "A partir de agosto começaram a atrasar comissões e até hoje existem pendências, que estamos questionando na Justiça. No mês seguinte, a empresa nos notificou por uso indevido da marca." Luiz, da Totvs, nega todas as acusações e diz que o atraso de comissões não é uma postura da Totvs. Em dezembro de 2008, a Totvs decidiu rescindir o contrato e pagou uma multa de R$ 180 mil, considerada muito baixa por Ferreira e Uehara para um contrato de representação comercial de 21 anos. O executivo da fabricante de software disse ao Estado que os motivos para a descontinuidade do acordo foram limitações técnicas e baixa performance da empresa de representação. Afirmou também que o valor pago pela empresa foi calculado de acordo com o que estabelece a lei de representações comerciais. Os sócios de Campinas movem quatro ações contra a Totvs. Na principal, com valor de R$ 69 milhões, eles alegam cerceamento, não cumprimento de contrato, uso indevido de sua base de clientes e exigem indenização por danos morais e materiais. Ferreira diz que, no primeiro semestre de 2008, sua empresa foi avaliada em R$ 20 milhões pela Simionato Auditores Independentes, credenciada pela CVM. Empresa-fantasma. Um caso semelhante é descrito pelo empresário Angelo Palocci. Ele já vendeu uma de suas franquias Datasul para a Totvs IP e mantém independente uma segunda, especializada em softwares para o agronegócio. "Perdemos a exclusividade da comercialização do nosso produto, não temos mais treinamento e não nos passam os clientes que seriam obrigados", diz Palocci. O empresário conseguiu uma liminar contra a Totvs, que foi derrubada pela empresa na Justiça. Enquanto a ação ainda está em andamento, Palocci opera em compasso de espera: de seus 12 funcionários, apenas dois ainda trabalham à espera do fim do contrato da empresa com a Totvs. / M.C. E P.C.Dois lados MÁRCIA UEHARA SÓCIA DA RM CAMPINAS "Começamos a sofrer uma série de retaliações, perdemos treinamentos, cursos de reciclagem, certificações da RM e fomos impedidos de participar de eventos. A Totvs começou a atrasar comissões e até hoje existem pendências. Aí começou a asfixia financeira. No mês seguinte, a empresa nos notificou por uso indevido da marca."JOSÉ ROGÉRIO LUIZ VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO DA TOTVS"A tese de asfixia financeira não tem sustentação. O atraso de maneira nenhuma é uma postura da Totvs."

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