Balanço de pagamentos tem superávit de US$ 8,6 bi em junho


Por Agencia Estado

O balanço de pagamentos brasileiro fechou o mês de junho com um superávit de US$ 8,677 bilhões. A chamada "conta de capital e financeira" teve um superávit de US$ 10,343 bilhões no mês passado, e o déficit em conta corrente atingiu US$ 1,294 bilhão. O bom resultado do balanço de pagamentos reflete o desembolso feito pelo governo brasileiro, no montante de US$ 10 bilhões, junto ao FMI. Em junho de 2001 o balanço de pagamentos fechou com um superávit de US$ 1,849 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o balanço de pagamentos acumulou um superávit de US$ 5,368 bilhões. No mesmo período do ano passado esse superávit era de US$ 4,926 bilhões. Investimento direto O fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil está sofrendo forte queda em julho. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a entrada de investimentos estrangeiros diretos no mês, até hoje, soma apenas US$ 500 milhões. A expectativa é que, ao final do mês, esse volume atinja US$ 800 milhões. Segundo Lopes, esses valores levam em consideração apenas o fluxo para investimentos em participação de capital, e não em empréstimos intercompanhias. Por isso, Lopes não descarta a possibilidade de uma entrada maior do que os US$ 800 milhões previstos. "Tudo é possível. Pode ser superior". Ele lembrou que em junho a previsão inicial era de uma entrada de investimentos diretos de US$ 1 bilhão, e o que efetivamente entrou foi US$ 1,530 bilhão. Segundo Lopes, a redução dos fluxos de investimentos estrangeiros diretos em julho está associada à volatilidade no mercado doméstico e internacional. Ele disse que o comportamento do mercado internacional é de redução de liquidez, principalmente com diminuição do fluxo de recursos para os países emergentes. O Banco Central, no entanto, mantém a previsão de entrada de investimentos diretos em 2002 de US$ 18 bilhões. Ele ressaltou que, no primeiro semestre, esses investimentos já somam US$ 9,6 bilhões, o que, segundo Lopes, dá margem para manter a projeção do ano. Transações correntes Altamir Lopes previu que o déficit em transações correntes no mês de julho deve ficar em torno de US$ 800 milhões. Segundo ele, a redução do déficit está associada aos dados de comércio. Até a terceira semana de julho, a balança comercial brasileira apresenta um superávit acumulado no mês de US$ 903 milhões. Ele ressaltou que o valor previsto de entrada de investimentos diretos de US$ 800 milhões, apesar de baixo, será suficiente para cobrir 100% do déficit em transações correntes. Ele estimou que, com esse resultado previsto para julho, o déficit em transações correntes em 12 meses, ao final de julho, pode ficar abaixo de US$ 17 bilhões. O déficit em 12 meses terminados em junho de US$ 18,153 bilhões e, segundo Altamir, é o menor desde setembro de 1996. Ele comentou que o déficit em transações correntes em 12 meses vem apresentando queda desde o final do ano passado. Na avaliação dele, a tendência é de que o déficit continue mantendo a trajetória de queda para o final do ano. Lopes adiantou que o BC fará uma revisão da previsão de déficit em conta corrente estimado para este ano. Segundo Lopes, o déficit em transações correntes em 2002 deve fechar em US$ 18 bilhões. O BC também está estimando um valor maior para o superávit da balança comercial, em torno de US$ 6 bilhões neste ano. Por enquanto, o BC mantém a previsão anterior de superávit comercial de US$ 5 bilhões e de déficit em transações correntes de US$ 19,6 bilhões. Importações e exportações O Banco Central reduziu sua projeção para o volume de exportações e importações que deverão ser feitas este ano. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento Econômico (Depec) do BC, a expectativa da Autoridade Monetária é de que as exportações brasileiras este ano somem US$ 53,601 bilhões, e não mais US$ 58,223 bilhões como previsto até o mês passado. Pelo lado das importações, a nova estimativa do BC é de um total de US$ 48,601 bilhões, e não mais US$ 53,223 bilhões. Mesmo com a revisão, ficou mantida projeção de um superávit comercial de US$ 5 bilhões para 2002. Ainda de acordo com os dados divulgados pelo BC, foram mantidas as projeções para o déficit em transações correntes deste ano, no valor de US$ 19,694 bilhões, e para o fluxo de investimentos estrangeiros diretos, que devem somar US$ 18 bilhões. Dívida A dívida externa brasileira fechou o mês de abril em US$ 203,970 bilhões. O valor apurado pelo BC é menor do que o fechamento de março, quando a dívida externa total estava em US$ 210,766 bilhões. Juros O gasto líquido com o pagamento de juros em junho atingiu US$ 996 milhões. De acordo com o BC, no semestre esses gastos atingiram US$ 6,526 bilhões. O resultado é inferior aos gastos registrados no mesmo período do ano passado. Em junho de 2001, as despesas foram de US$ 1,245 bilhão, e no primeiro semestre de 2001 atingiram US$ 7,462 bilhões. Em relação às remessas de lucros e dividendos, os dados do BC revelam que houve um crescimento de 2001 para 2002. As remessas líquidas atingiram US$ 699 milhões no mês passado e fecharam o semestre em US$ 2,771 bilhões. Em junho de 2001, os lucros e dividendos remetidos ao exterior foram de US$ 371 milhões. Naquele semestre essas remessas somaram US$ 2,605 bilhões. Câmbio As operações de contratação de câmbio em junho ficaram deficitárias em US$ 1,484 bilhão. No semestre, essa conta apresenta um saldo negativo de US$ 4,227 bilhões, contra um superávit de US$ 19 milhões no primeiro semestre de 2001. O câmbio comercial em junho teve um saldo positivo de US$ 3,301 bilhões. As contratações de câmbio para exportação somaram US$ 6,118 bilhões, e o câmbio contratado para importações atingiu US$ 2,817 bilhões. Apesar do bom resultado no comercial, no segmento financeiro o saldo de junho ficou negativo em US$ 4,180 bilhões. O câmbio contratado para compra somou US$ 5,354 bilhões, enquanto que para venda o resultado final foi de US$ 9,534 bilhões. A chamada CC-5 registrou uma saída líquida em junho de US$ 605 milhões e no semestre de US$ 2,581 bilhões.

O balanço de pagamentos brasileiro fechou o mês de junho com um superávit de US$ 8,677 bilhões. A chamada "conta de capital e financeira" teve um superávit de US$ 10,343 bilhões no mês passado, e o déficit em conta corrente atingiu US$ 1,294 bilhão. O bom resultado do balanço de pagamentos reflete o desembolso feito pelo governo brasileiro, no montante de US$ 10 bilhões, junto ao FMI. Em junho de 2001 o balanço de pagamentos fechou com um superávit de US$ 1,849 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o balanço de pagamentos acumulou um superávit de US$ 5,368 bilhões. No mesmo período do ano passado esse superávit era de US$ 4,926 bilhões. Investimento direto O fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil está sofrendo forte queda em julho. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a entrada de investimentos estrangeiros diretos no mês, até hoje, soma apenas US$ 500 milhões. A expectativa é que, ao final do mês, esse volume atinja US$ 800 milhões. Segundo Lopes, esses valores levam em consideração apenas o fluxo para investimentos em participação de capital, e não em empréstimos intercompanhias. Por isso, Lopes não descarta a possibilidade de uma entrada maior do que os US$ 800 milhões previstos. "Tudo é possível. Pode ser superior". Ele lembrou que em junho a previsão inicial era de uma entrada de investimentos diretos de US$ 1 bilhão, e o que efetivamente entrou foi US$ 1,530 bilhão. Segundo Lopes, a redução dos fluxos de investimentos estrangeiros diretos em julho está associada à volatilidade no mercado doméstico e internacional. Ele disse que o comportamento do mercado internacional é de redução de liquidez, principalmente com diminuição do fluxo de recursos para os países emergentes. O Banco Central, no entanto, mantém a previsão de entrada de investimentos diretos em 2002 de US$ 18 bilhões. Ele ressaltou que, no primeiro semestre, esses investimentos já somam US$ 9,6 bilhões, o que, segundo Lopes, dá margem para manter a projeção do ano. Transações correntes Altamir Lopes previu que o déficit em transações correntes no mês de julho deve ficar em torno de US$ 800 milhões. Segundo ele, a redução do déficit está associada aos dados de comércio. Até a terceira semana de julho, a balança comercial brasileira apresenta um superávit acumulado no mês de US$ 903 milhões. Ele ressaltou que o valor previsto de entrada de investimentos diretos de US$ 800 milhões, apesar de baixo, será suficiente para cobrir 100% do déficit em transações correntes. Ele estimou que, com esse resultado previsto para julho, o déficit em transações correntes em 12 meses, ao final de julho, pode ficar abaixo de US$ 17 bilhões. O déficit em 12 meses terminados em junho de US$ 18,153 bilhões e, segundo Altamir, é o menor desde setembro de 1996. Ele comentou que o déficit em transações correntes em 12 meses vem apresentando queda desde o final do ano passado. Na avaliação dele, a tendência é de que o déficit continue mantendo a trajetória de queda para o final do ano. Lopes adiantou que o BC fará uma revisão da previsão de déficit em conta corrente estimado para este ano. Segundo Lopes, o déficit em transações correntes em 2002 deve fechar em US$ 18 bilhões. O BC também está estimando um valor maior para o superávit da balança comercial, em torno de US$ 6 bilhões neste ano. Por enquanto, o BC mantém a previsão anterior de superávit comercial de US$ 5 bilhões e de déficit em transações correntes de US$ 19,6 bilhões. Importações e exportações O Banco Central reduziu sua projeção para o volume de exportações e importações que deverão ser feitas este ano. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento Econômico (Depec) do BC, a expectativa da Autoridade Monetária é de que as exportações brasileiras este ano somem US$ 53,601 bilhões, e não mais US$ 58,223 bilhões como previsto até o mês passado. Pelo lado das importações, a nova estimativa do BC é de um total de US$ 48,601 bilhões, e não mais US$ 53,223 bilhões. Mesmo com a revisão, ficou mantida projeção de um superávit comercial de US$ 5 bilhões para 2002. Ainda de acordo com os dados divulgados pelo BC, foram mantidas as projeções para o déficit em transações correntes deste ano, no valor de US$ 19,694 bilhões, e para o fluxo de investimentos estrangeiros diretos, que devem somar US$ 18 bilhões. Dívida A dívida externa brasileira fechou o mês de abril em US$ 203,970 bilhões. O valor apurado pelo BC é menor do que o fechamento de março, quando a dívida externa total estava em US$ 210,766 bilhões. Juros O gasto líquido com o pagamento de juros em junho atingiu US$ 996 milhões. De acordo com o BC, no semestre esses gastos atingiram US$ 6,526 bilhões. O resultado é inferior aos gastos registrados no mesmo período do ano passado. Em junho de 2001, as despesas foram de US$ 1,245 bilhão, e no primeiro semestre de 2001 atingiram US$ 7,462 bilhões. Em relação às remessas de lucros e dividendos, os dados do BC revelam que houve um crescimento de 2001 para 2002. As remessas líquidas atingiram US$ 699 milhões no mês passado e fecharam o semestre em US$ 2,771 bilhões. Em junho de 2001, os lucros e dividendos remetidos ao exterior foram de US$ 371 milhões. Naquele semestre essas remessas somaram US$ 2,605 bilhões. Câmbio As operações de contratação de câmbio em junho ficaram deficitárias em US$ 1,484 bilhão. No semestre, essa conta apresenta um saldo negativo de US$ 4,227 bilhões, contra um superávit de US$ 19 milhões no primeiro semestre de 2001. O câmbio comercial em junho teve um saldo positivo de US$ 3,301 bilhões. As contratações de câmbio para exportação somaram US$ 6,118 bilhões, e o câmbio contratado para importações atingiu US$ 2,817 bilhões. Apesar do bom resultado no comercial, no segmento financeiro o saldo de junho ficou negativo em US$ 4,180 bilhões. O câmbio contratado para compra somou US$ 5,354 bilhões, enquanto que para venda o resultado final foi de US$ 9,534 bilhões. A chamada CC-5 registrou uma saída líquida em junho de US$ 605 milhões e no semestre de US$ 2,581 bilhões.

O balanço de pagamentos brasileiro fechou o mês de junho com um superávit de US$ 8,677 bilhões. A chamada "conta de capital e financeira" teve um superávit de US$ 10,343 bilhões no mês passado, e o déficit em conta corrente atingiu US$ 1,294 bilhão. O bom resultado do balanço de pagamentos reflete o desembolso feito pelo governo brasileiro, no montante de US$ 10 bilhões, junto ao FMI. Em junho de 2001 o balanço de pagamentos fechou com um superávit de US$ 1,849 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o balanço de pagamentos acumulou um superávit de US$ 5,368 bilhões. No mesmo período do ano passado esse superávit era de US$ 4,926 bilhões. Investimento direto O fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil está sofrendo forte queda em julho. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a entrada de investimentos estrangeiros diretos no mês, até hoje, soma apenas US$ 500 milhões. A expectativa é que, ao final do mês, esse volume atinja US$ 800 milhões. Segundo Lopes, esses valores levam em consideração apenas o fluxo para investimentos em participação de capital, e não em empréstimos intercompanhias. Por isso, Lopes não descarta a possibilidade de uma entrada maior do que os US$ 800 milhões previstos. "Tudo é possível. Pode ser superior". Ele lembrou que em junho a previsão inicial era de uma entrada de investimentos diretos de US$ 1 bilhão, e o que efetivamente entrou foi US$ 1,530 bilhão. Segundo Lopes, a redução dos fluxos de investimentos estrangeiros diretos em julho está associada à volatilidade no mercado doméstico e internacional. Ele disse que o comportamento do mercado internacional é de redução de liquidez, principalmente com diminuição do fluxo de recursos para os países emergentes. O Banco Central, no entanto, mantém a previsão de entrada de investimentos diretos em 2002 de US$ 18 bilhões. Ele ressaltou que, no primeiro semestre, esses investimentos já somam US$ 9,6 bilhões, o que, segundo Lopes, dá margem para manter a projeção do ano. Transações correntes Altamir Lopes previu que o déficit em transações correntes no mês de julho deve ficar em torno de US$ 800 milhões. Segundo ele, a redução do déficit está associada aos dados de comércio. Até a terceira semana de julho, a balança comercial brasileira apresenta um superávit acumulado no mês de US$ 903 milhões. Ele ressaltou que o valor previsto de entrada de investimentos diretos de US$ 800 milhões, apesar de baixo, será suficiente para cobrir 100% do déficit em transações correntes. Ele estimou que, com esse resultado previsto para julho, o déficit em transações correntes em 12 meses, ao final de julho, pode ficar abaixo de US$ 17 bilhões. O déficit em 12 meses terminados em junho de US$ 18,153 bilhões e, segundo Altamir, é o menor desde setembro de 1996. Ele comentou que o déficit em transações correntes em 12 meses vem apresentando queda desde o final do ano passado. Na avaliação dele, a tendência é de que o déficit continue mantendo a trajetória de queda para o final do ano. Lopes adiantou que o BC fará uma revisão da previsão de déficit em conta corrente estimado para este ano. Segundo Lopes, o déficit em transações correntes em 2002 deve fechar em US$ 18 bilhões. O BC também está estimando um valor maior para o superávit da balança comercial, em torno de US$ 6 bilhões neste ano. Por enquanto, o BC mantém a previsão anterior de superávit comercial de US$ 5 bilhões e de déficit em transações correntes de US$ 19,6 bilhões. Importações e exportações O Banco Central reduziu sua projeção para o volume de exportações e importações que deverão ser feitas este ano. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento Econômico (Depec) do BC, a expectativa da Autoridade Monetária é de que as exportações brasileiras este ano somem US$ 53,601 bilhões, e não mais US$ 58,223 bilhões como previsto até o mês passado. Pelo lado das importações, a nova estimativa do BC é de um total de US$ 48,601 bilhões, e não mais US$ 53,223 bilhões. Mesmo com a revisão, ficou mantida projeção de um superávit comercial de US$ 5 bilhões para 2002. Ainda de acordo com os dados divulgados pelo BC, foram mantidas as projeções para o déficit em transações correntes deste ano, no valor de US$ 19,694 bilhões, e para o fluxo de investimentos estrangeiros diretos, que devem somar US$ 18 bilhões. Dívida A dívida externa brasileira fechou o mês de abril em US$ 203,970 bilhões. O valor apurado pelo BC é menor do que o fechamento de março, quando a dívida externa total estava em US$ 210,766 bilhões. Juros O gasto líquido com o pagamento de juros em junho atingiu US$ 996 milhões. De acordo com o BC, no semestre esses gastos atingiram US$ 6,526 bilhões. O resultado é inferior aos gastos registrados no mesmo período do ano passado. Em junho de 2001, as despesas foram de US$ 1,245 bilhão, e no primeiro semestre de 2001 atingiram US$ 7,462 bilhões. Em relação às remessas de lucros e dividendos, os dados do BC revelam que houve um crescimento de 2001 para 2002. As remessas líquidas atingiram US$ 699 milhões no mês passado e fecharam o semestre em US$ 2,771 bilhões. Em junho de 2001, os lucros e dividendos remetidos ao exterior foram de US$ 371 milhões. Naquele semestre essas remessas somaram US$ 2,605 bilhões. Câmbio As operações de contratação de câmbio em junho ficaram deficitárias em US$ 1,484 bilhão. No semestre, essa conta apresenta um saldo negativo de US$ 4,227 bilhões, contra um superávit de US$ 19 milhões no primeiro semestre de 2001. O câmbio comercial em junho teve um saldo positivo de US$ 3,301 bilhões. As contratações de câmbio para exportação somaram US$ 6,118 bilhões, e o câmbio contratado para importações atingiu US$ 2,817 bilhões. Apesar do bom resultado no comercial, no segmento financeiro o saldo de junho ficou negativo em US$ 4,180 bilhões. O câmbio contratado para compra somou US$ 5,354 bilhões, enquanto que para venda o resultado final foi de US$ 9,534 bilhões. A chamada CC-5 registrou uma saída líquida em junho de US$ 605 milhões e no semestre de US$ 2,581 bilhões.

O balanço de pagamentos brasileiro fechou o mês de junho com um superávit de US$ 8,677 bilhões. A chamada "conta de capital e financeira" teve um superávit de US$ 10,343 bilhões no mês passado, e o déficit em conta corrente atingiu US$ 1,294 bilhão. O bom resultado do balanço de pagamentos reflete o desembolso feito pelo governo brasileiro, no montante de US$ 10 bilhões, junto ao FMI. Em junho de 2001 o balanço de pagamentos fechou com um superávit de US$ 1,849 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o balanço de pagamentos acumulou um superávit de US$ 5,368 bilhões. No mesmo período do ano passado esse superávit era de US$ 4,926 bilhões. Investimento direto O fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil está sofrendo forte queda em julho. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a entrada de investimentos estrangeiros diretos no mês, até hoje, soma apenas US$ 500 milhões. A expectativa é que, ao final do mês, esse volume atinja US$ 800 milhões. Segundo Lopes, esses valores levam em consideração apenas o fluxo para investimentos em participação de capital, e não em empréstimos intercompanhias. Por isso, Lopes não descarta a possibilidade de uma entrada maior do que os US$ 800 milhões previstos. "Tudo é possível. Pode ser superior". Ele lembrou que em junho a previsão inicial era de uma entrada de investimentos diretos de US$ 1 bilhão, e o que efetivamente entrou foi US$ 1,530 bilhão. Segundo Lopes, a redução dos fluxos de investimentos estrangeiros diretos em julho está associada à volatilidade no mercado doméstico e internacional. Ele disse que o comportamento do mercado internacional é de redução de liquidez, principalmente com diminuição do fluxo de recursos para os países emergentes. O Banco Central, no entanto, mantém a previsão de entrada de investimentos diretos em 2002 de US$ 18 bilhões. Ele ressaltou que, no primeiro semestre, esses investimentos já somam US$ 9,6 bilhões, o que, segundo Lopes, dá margem para manter a projeção do ano. Transações correntes Altamir Lopes previu que o déficit em transações correntes no mês de julho deve ficar em torno de US$ 800 milhões. Segundo ele, a redução do déficit está associada aos dados de comércio. Até a terceira semana de julho, a balança comercial brasileira apresenta um superávit acumulado no mês de US$ 903 milhões. Ele ressaltou que o valor previsto de entrada de investimentos diretos de US$ 800 milhões, apesar de baixo, será suficiente para cobrir 100% do déficit em transações correntes. Ele estimou que, com esse resultado previsto para julho, o déficit em transações correntes em 12 meses, ao final de julho, pode ficar abaixo de US$ 17 bilhões. O déficit em 12 meses terminados em junho de US$ 18,153 bilhões e, segundo Altamir, é o menor desde setembro de 1996. Ele comentou que o déficit em transações correntes em 12 meses vem apresentando queda desde o final do ano passado. Na avaliação dele, a tendência é de que o déficit continue mantendo a trajetória de queda para o final do ano. Lopes adiantou que o BC fará uma revisão da previsão de déficit em conta corrente estimado para este ano. Segundo Lopes, o déficit em transações correntes em 2002 deve fechar em US$ 18 bilhões. O BC também está estimando um valor maior para o superávit da balança comercial, em torno de US$ 6 bilhões neste ano. Por enquanto, o BC mantém a previsão anterior de superávit comercial de US$ 5 bilhões e de déficit em transações correntes de US$ 19,6 bilhões. Importações e exportações O Banco Central reduziu sua projeção para o volume de exportações e importações que deverão ser feitas este ano. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento Econômico (Depec) do BC, a expectativa da Autoridade Monetária é de que as exportações brasileiras este ano somem US$ 53,601 bilhões, e não mais US$ 58,223 bilhões como previsto até o mês passado. Pelo lado das importações, a nova estimativa do BC é de um total de US$ 48,601 bilhões, e não mais US$ 53,223 bilhões. Mesmo com a revisão, ficou mantida projeção de um superávit comercial de US$ 5 bilhões para 2002. Ainda de acordo com os dados divulgados pelo BC, foram mantidas as projeções para o déficit em transações correntes deste ano, no valor de US$ 19,694 bilhões, e para o fluxo de investimentos estrangeiros diretos, que devem somar US$ 18 bilhões. Dívida A dívida externa brasileira fechou o mês de abril em US$ 203,970 bilhões. O valor apurado pelo BC é menor do que o fechamento de março, quando a dívida externa total estava em US$ 210,766 bilhões. Juros O gasto líquido com o pagamento de juros em junho atingiu US$ 996 milhões. De acordo com o BC, no semestre esses gastos atingiram US$ 6,526 bilhões. O resultado é inferior aos gastos registrados no mesmo período do ano passado. Em junho de 2001, as despesas foram de US$ 1,245 bilhão, e no primeiro semestre de 2001 atingiram US$ 7,462 bilhões. Em relação às remessas de lucros e dividendos, os dados do BC revelam que houve um crescimento de 2001 para 2002. As remessas líquidas atingiram US$ 699 milhões no mês passado e fecharam o semestre em US$ 2,771 bilhões. Em junho de 2001, os lucros e dividendos remetidos ao exterior foram de US$ 371 milhões. Naquele semestre essas remessas somaram US$ 2,605 bilhões. Câmbio As operações de contratação de câmbio em junho ficaram deficitárias em US$ 1,484 bilhão. No semestre, essa conta apresenta um saldo negativo de US$ 4,227 bilhões, contra um superávit de US$ 19 milhões no primeiro semestre de 2001. O câmbio comercial em junho teve um saldo positivo de US$ 3,301 bilhões. As contratações de câmbio para exportação somaram US$ 6,118 bilhões, e o câmbio contratado para importações atingiu US$ 2,817 bilhões. Apesar do bom resultado no comercial, no segmento financeiro o saldo de junho ficou negativo em US$ 4,180 bilhões. O câmbio contratado para compra somou US$ 5,354 bilhões, enquanto que para venda o resultado final foi de US$ 9,534 bilhões. A chamada CC-5 registrou uma saída líquida em junho de US$ 605 milhões e no semestre de US$ 2,581 bilhões.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.