BC aperta a fiscalização de bancos


Banco Central vai acompanhar de perto processos das instituições que mais recebem reclamações de clientes para aumentar punições

Por Adriana Fernandes, Fabrício de Castro e Murilo Rodrigues Alves

BRASÍLIA - O Banco Central vai endurecer com os bancos para que solucionem rapidamente as reclamações dos clientes, diminuam o volume das queixas e melhorem os canais de atendimento. A partir de agora, a área de fiscalização vai atuar ainda mais em parceria com a de reclamações para apertar as cobranças e punir as irregularidades.

Segundo o Banco Central, aumento das reclamações prejudica imagem do sistema Foto: André Dusek | Estadão

O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC, Isaac Sidney, chamou os dirigentes dos 11 bancos que lideram o ranking para avisar que essa seria uma agenda prioritária a partir de agora. Uma segunda rodada de conversas está prevista para o início de novembro. “O BC precisa e vai acompanhar de perto as ações das instituições mais reclamadas”, avisa Sidney. “Isso tem a ver com imagem, reputação e eficiência do Sistema Financeiro Nacional.”

continua após a publicidade

Segundo ele, a atuação conjunta da área de reclamações com a fiscalização é essencial para que haja punições. “Senão, de nada valeria o ranking”, ressalta. Ele informa que o ranking hoje já é parâmetro para a remuneração dos executivos dos bancos e que o diálogo passará a ser frequente. “Os bancos têm de ouvir, de fato, seus clientes. Vamos cobrar isso”, diz.

O Estado obteve o primeiro diagnóstico do BC sobre a forma como os bancos tratam as queixas dos clientes (leia ao lado). Sobram críticas à forma como as grandes instituições lidam com as reclamações.

Ao contrário das agências reguladoras, como a Anatel, que fiscaliza as empresas de telecomunicações, o BC não tem competência legal para punir uma infração relacionada ao consumo. No entanto, de acordo com o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), André Luiz dos Santos, os bancos são punidos ao ferirem os direitos dos consumidores com base nas informações que o Banco Central repassa ao órgão ligado ao Ministério da Justiça. “Os bancos foram o único segmento a entrar na Justiça contra o Código de Defesa do Consumidor, mas agora, depois da regulamentação das ouvidorias, o nosso diálogo melhorou bastante”, disse.

continua após a publicidade

Para a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), por mais que o BC mude a metodologia, o abuso dos bancos é tamanho que os números seguem elevados. “As reclamações que chegam ao BC são apenas uma parcela dos problemas, porque hoje também temos os Procons e plataformas digitais de reclamações”, afirma. “Os números do BC estão aquém da realidade.”

A economista do Idec avalia que outro problema é a burocracia. Segundo ela, o caminho de reclamações é longo e a solução nem sempre garantida. “Tirar o consumidor de dentro das agências contribuiu para isso. Sem a assistência direta da instituição, muitos buscam, por exemplo, os correspondentes bancários, mas não é a mesma coisa”, afirma.

A AVALIAÇÃO DO BC

continua após a publicidade

Caixa - Maior volume de reclamações procedentes no Banco Central

- Ocupou a 1º lugar sete meses alternadamente em 2015

- Figura na 3ª posição do ranking no primeiro semestre de 2016

continua após a publicidade

- É lenta para implementar melhorias operacionais

Banco do Brasil - Apresenta o menor índice de reclamações entre os cinco maiores bancos do País

- Assuntos de relacionamento com clientes têm envolvimento frequente da alta cúpula

continua após a publicidade

- Ouvidoria tem atuação efetiva, inclusive propondo ações de melhorias

 Bradesco - Tem o segundo maior volume de reclamações procedentes no primeiro semestre

- Dificuldade operacional no acesso a contratos não digitalizados

continua após a publicidade

- Tamanho da instituição e o número elevado de agências e correspondentes dificulta aprimoramento da cultura organizacional

- Está em interação com o BC para diminuir problemas no atendimento aos clientes do HSBC

Itaú - Crescimento expressivo do índice de reclamações no último ano, figurando novamente nos primeiros lugares do ranking

- A absorção das operações de consignado (empréstimo com desconto na folha de pagamento) impactou o conjunto de reclamações

- Está em processo uma revisão na forma como são vendidos produtos e serviços para uma aderência maior às boas práticas de mercado

- A ouvidoria tem atuação relevante, mas com possibilidade de avanços no atendimento aos clientes

Santander - Empreendeu bem-sucedido esforço organizacional para reversão do quadro geral de reclamações

- Evolução satisfatória do índice de reclamações nos últimos quatro semestres

- O banco é efetivo para identificar a causa-raiz das reclamações

- Mesmo assim, ainda precisa melhorar a qualidade das respostas às reclamações dos clientes

BRASÍLIA - O Banco Central vai endurecer com os bancos para que solucionem rapidamente as reclamações dos clientes, diminuam o volume das queixas e melhorem os canais de atendimento. A partir de agora, a área de fiscalização vai atuar ainda mais em parceria com a de reclamações para apertar as cobranças e punir as irregularidades.

Segundo o Banco Central, aumento das reclamações prejudica imagem do sistema Foto: André Dusek | Estadão

O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC, Isaac Sidney, chamou os dirigentes dos 11 bancos que lideram o ranking para avisar que essa seria uma agenda prioritária a partir de agora. Uma segunda rodada de conversas está prevista para o início de novembro. “O BC precisa e vai acompanhar de perto as ações das instituições mais reclamadas”, avisa Sidney. “Isso tem a ver com imagem, reputação e eficiência do Sistema Financeiro Nacional.”

Segundo ele, a atuação conjunta da área de reclamações com a fiscalização é essencial para que haja punições. “Senão, de nada valeria o ranking”, ressalta. Ele informa que o ranking hoje já é parâmetro para a remuneração dos executivos dos bancos e que o diálogo passará a ser frequente. “Os bancos têm de ouvir, de fato, seus clientes. Vamos cobrar isso”, diz.

O Estado obteve o primeiro diagnóstico do BC sobre a forma como os bancos tratam as queixas dos clientes (leia ao lado). Sobram críticas à forma como as grandes instituições lidam com as reclamações.

Ao contrário das agências reguladoras, como a Anatel, que fiscaliza as empresas de telecomunicações, o BC não tem competência legal para punir uma infração relacionada ao consumo. No entanto, de acordo com o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), André Luiz dos Santos, os bancos são punidos ao ferirem os direitos dos consumidores com base nas informações que o Banco Central repassa ao órgão ligado ao Ministério da Justiça. “Os bancos foram o único segmento a entrar na Justiça contra o Código de Defesa do Consumidor, mas agora, depois da regulamentação das ouvidorias, o nosso diálogo melhorou bastante”, disse.

Para a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), por mais que o BC mude a metodologia, o abuso dos bancos é tamanho que os números seguem elevados. “As reclamações que chegam ao BC são apenas uma parcela dos problemas, porque hoje também temos os Procons e plataformas digitais de reclamações”, afirma. “Os números do BC estão aquém da realidade.”

A economista do Idec avalia que outro problema é a burocracia. Segundo ela, o caminho de reclamações é longo e a solução nem sempre garantida. “Tirar o consumidor de dentro das agências contribuiu para isso. Sem a assistência direta da instituição, muitos buscam, por exemplo, os correspondentes bancários, mas não é a mesma coisa”, afirma.

A AVALIAÇÃO DO BC

Caixa - Maior volume de reclamações procedentes no Banco Central

- Ocupou a 1º lugar sete meses alternadamente em 2015

- Figura na 3ª posição do ranking no primeiro semestre de 2016

- É lenta para implementar melhorias operacionais

Banco do Brasil - Apresenta o menor índice de reclamações entre os cinco maiores bancos do País

- Assuntos de relacionamento com clientes têm envolvimento frequente da alta cúpula

- Ouvidoria tem atuação efetiva, inclusive propondo ações de melhorias

 Bradesco - Tem o segundo maior volume de reclamações procedentes no primeiro semestre

- Dificuldade operacional no acesso a contratos não digitalizados

- Tamanho da instituição e o número elevado de agências e correspondentes dificulta aprimoramento da cultura organizacional

- Está em interação com o BC para diminuir problemas no atendimento aos clientes do HSBC

Itaú - Crescimento expressivo do índice de reclamações no último ano, figurando novamente nos primeiros lugares do ranking

- A absorção das operações de consignado (empréstimo com desconto na folha de pagamento) impactou o conjunto de reclamações

- Está em processo uma revisão na forma como são vendidos produtos e serviços para uma aderência maior às boas práticas de mercado

- A ouvidoria tem atuação relevante, mas com possibilidade de avanços no atendimento aos clientes

Santander - Empreendeu bem-sucedido esforço organizacional para reversão do quadro geral de reclamações

- Evolução satisfatória do índice de reclamações nos últimos quatro semestres

- O banco é efetivo para identificar a causa-raiz das reclamações

- Mesmo assim, ainda precisa melhorar a qualidade das respostas às reclamações dos clientes

BRASÍLIA - O Banco Central vai endurecer com os bancos para que solucionem rapidamente as reclamações dos clientes, diminuam o volume das queixas e melhorem os canais de atendimento. A partir de agora, a área de fiscalização vai atuar ainda mais em parceria com a de reclamações para apertar as cobranças e punir as irregularidades.

Segundo o Banco Central, aumento das reclamações prejudica imagem do sistema Foto: André Dusek | Estadão

O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC, Isaac Sidney, chamou os dirigentes dos 11 bancos que lideram o ranking para avisar que essa seria uma agenda prioritária a partir de agora. Uma segunda rodada de conversas está prevista para o início de novembro. “O BC precisa e vai acompanhar de perto as ações das instituições mais reclamadas”, avisa Sidney. “Isso tem a ver com imagem, reputação e eficiência do Sistema Financeiro Nacional.”

Segundo ele, a atuação conjunta da área de reclamações com a fiscalização é essencial para que haja punições. “Senão, de nada valeria o ranking”, ressalta. Ele informa que o ranking hoje já é parâmetro para a remuneração dos executivos dos bancos e que o diálogo passará a ser frequente. “Os bancos têm de ouvir, de fato, seus clientes. Vamos cobrar isso”, diz.

O Estado obteve o primeiro diagnóstico do BC sobre a forma como os bancos tratam as queixas dos clientes (leia ao lado). Sobram críticas à forma como as grandes instituições lidam com as reclamações.

Ao contrário das agências reguladoras, como a Anatel, que fiscaliza as empresas de telecomunicações, o BC não tem competência legal para punir uma infração relacionada ao consumo. No entanto, de acordo com o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), André Luiz dos Santos, os bancos são punidos ao ferirem os direitos dos consumidores com base nas informações que o Banco Central repassa ao órgão ligado ao Ministério da Justiça. “Os bancos foram o único segmento a entrar na Justiça contra o Código de Defesa do Consumidor, mas agora, depois da regulamentação das ouvidorias, o nosso diálogo melhorou bastante”, disse.

Para a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), por mais que o BC mude a metodologia, o abuso dos bancos é tamanho que os números seguem elevados. “As reclamações que chegam ao BC são apenas uma parcela dos problemas, porque hoje também temos os Procons e plataformas digitais de reclamações”, afirma. “Os números do BC estão aquém da realidade.”

A economista do Idec avalia que outro problema é a burocracia. Segundo ela, o caminho de reclamações é longo e a solução nem sempre garantida. “Tirar o consumidor de dentro das agências contribuiu para isso. Sem a assistência direta da instituição, muitos buscam, por exemplo, os correspondentes bancários, mas não é a mesma coisa”, afirma.

A AVALIAÇÃO DO BC

Caixa - Maior volume de reclamações procedentes no Banco Central

- Ocupou a 1º lugar sete meses alternadamente em 2015

- Figura na 3ª posição do ranking no primeiro semestre de 2016

- É lenta para implementar melhorias operacionais

Banco do Brasil - Apresenta o menor índice de reclamações entre os cinco maiores bancos do País

- Assuntos de relacionamento com clientes têm envolvimento frequente da alta cúpula

- Ouvidoria tem atuação efetiva, inclusive propondo ações de melhorias

 Bradesco - Tem o segundo maior volume de reclamações procedentes no primeiro semestre

- Dificuldade operacional no acesso a contratos não digitalizados

- Tamanho da instituição e o número elevado de agências e correspondentes dificulta aprimoramento da cultura organizacional

- Está em interação com o BC para diminuir problemas no atendimento aos clientes do HSBC

Itaú - Crescimento expressivo do índice de reclamações no último ano, figurando novamente nos primeiros lugares do ranking

- A absorção das operações de consignado (empréstimo com desconto na folha de pagamento) impactou o conjunto de reclamações

- Está em processo uma revisão na forma como são vendidos produtos e serviços para uma aderência maior às boas práticas de mercado

- A ouvidoria tem atuação relevante, mas com possibilidade de avanços no atendimento aos clientes

Santander - Empreendeu bem-sucedido esforço organizacional para reversão do quadro geral de reclamações

- Evolução satisfatória do índice de reclamações nos últimos quatro semestres

- O banco é efetivo para identificar a causa-raiz das reclamações

- Mesmo assim, ainda precisa melhorar a qualidade das respostas às reclamações dos clientes

BRASÍLIA - O Banco Central vai endurecer com os bancos para que solucionem rapidamente as reclamações dos clientes, diminuam o volume das queixas e melhorem os canais de atendimento. A partir de agora, a área de fiscalização vai atuar ainda mais em parceria com a de reclamações para apertar as cobranças e punir as irregularidades.

Segundo o Banco Central, aumento das reclamações prejudica imagem do sistema Foto: André Dusek | Estadão

O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC, Isaac Sidney, chamou os dirigentes dos 11 bancos que lideram o ranking para avisar que essa seria uma agenda prioritária a partir de agora. Uma segunda rodada de conversas está prevista para o início de novembro. “O BC precisa e vai acompanhar de perto as ações das instituições mais reclamadas”, avisa Sidney. “Isso tem a ver com imagem, reputação e eficiência do Sistema Financeiro Nacional.”

Segundo ele, a atuação conjunta da área de reclamações com a fiscalização é essencial para que haja punições. “Senão, de nada valeria o ranking”, ressalta. Ele informa que o ranking hoje já é parâmetro para a remuneração dos executivos dos bancos e que o diálogo passará a ser frequente. “Os bancos têm de ouvir, de fato, seus clientes. Vamos cobrar isso”, diz.

O Estado obteve o primeiro diagnóstico do BC sobre a forma como os bancos tratam as queixas dos clientes (leia ao lado). Sobram críticas à forma como as grandes instituições lidam com as reclamações.

Ao contrário das agências reguladoras, como a Anatel, que fiscaliza as empresas de telecomunicações, o BC não tem competência legal para punir uma infração relacionada ao consumo. No entanto, de acordo com o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), André Luiz dos Santos, os bancos são punidos ao ferirem os direitos dos consumidores com base nas informações que o Banco Central repassa ao órgão ligado ao Ministério da Justiça. “Os bancos foram o único segmento a entrar na Justiça contra o Código de Defesa do Consumidor, mas agora, depois da regulamentação das ouvidorias, o nosso diálogo melhorou bastante”, disse.

Para a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), por mais que o BC mude a metodologia, o abuso dos bancos é tamanho que os números seguem elevados. “As reclamações que chegam ao BC são apenas uma parcela dos problemas, porque hoje também temos os Procons e plataformas digitais de reclamações”, afirma. “Os números do BC estão aquém da realidade.”

A economista do Idec avalia que outro problema é a burocracia. Segundo ela, o caminho de reclamações é longo e a solução nem sempre garantida. “Tirar o consumidor de dentro das agências contribuiu para isso. Sem a assistência direta da instituição, muitos buscam, por exemplo, os correspondentes bancários, mas não é a mesma coisa”, afirma.

A AVALIAÇÃO DO BC

Caixa - Maior volume de reclamações procedentes no Banco Central

- Ocupou a 1º lugar sete meses alternadamente em 2015

- Figura na 3ª posição do ranking no primeiro semestre de 2016

- É lenta para implementar melhorias operacionais

Banco do Brasil - Apresenta o menor índice de reclamações entre os cinco maiores bancos do País

- Assuntos de relacionamento com clientes têm envolvimento frequente da alta cúpula

- Ouvidoria tem atuação efetiva, inclusive propondo ações de melhorias

 Bradesco - Tem o segundo maior volume de reclamações procedentes no primeiro semestre

- Dificuldade operacional no acesso a contratos não digitalizados

- Tamanho da instituição e o número elevado de agências e correspondentes dificulta aprimoramento da cultura organizacional

- Está em interação com o BC para diminuir problemas no atendimento aos clientes do HSBC

Itaú - Crescimento expressivo do índice de reclamações no último ano, figurando novamente nos primeiros lugares do ranking

- A absorção das operações de consignado (empréstimo com desconto na folha de pagamento) impactou o conjunto de reclamações

- Está em processo uma revisão na forma como são vendidos produtos e serviços para uma aderência maior às boas práticas de mercado

- A ouvidoria tem atuação relevante, mas com possibilidade de avanços no atendimento aos clientes

Santander - Empreendeu bem-sucedido esforço organizacional para reversão do quadro geral de reclamações

- Evolução satisfatória do índice de reclamações nos últimos quatro semestres

- O banco é efetivo para identificar a causa-raiz das reclamações

- Mesmo assim, ainda precisa melhorar a qualidade das respostas às reclamações dos clientes

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.