Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Alguma melhora


O balanço geral é de que há certa recuperação, mas não a ponto de encher o peito das pessoas e espalhar alento pela sociedade

Por Celso Ming
Ilan.'Parou de piorar' Foto:

A percepção geral neste final do primeiro trimestre é de que o sufoco continua e de que as projeções de recuperação imediata com que contava o governo vêm sendo frustradas. Mas não dá para dizer que tudo está mal.

Algumas áreas da economia seguem em deterioração, outras se mantêm deterioradas, mas há coisas importantes pendendo para o melhor. O balanço geral é de que há certa recuperação, mas não a ponto de encher o peito das pessoas e espalhar alento pela sociedade.

continua após a publicidade

A enrascada dos políticos, as tentativas vexaminosas armadas para arrancar anistia ampla e irrestrita para os crimes de caixa 2 e o impacto das novas delações da Operação Lava Jato ficam para os analistas políticos. O que se pode dizer a partir deste tabuleiro, uma vez completados três anos de Lava Jato, é que nunca se combateu tão profundamente a corrupção nesta terra de Cabral, o que é para comemorar.

Na área econômica, o que há de ruim não precisa ser repisado demais. Os resultados das contas públicas, por exemplo, fazem parte dos itens em deterioração que não tranquilizam ninguém. O ministro da Fazenda acaba de reconhecer que há um estouro do rombo de R$ 58,2 bilhões que não pode ser coberto com compressão das despesas. Daí por que Meirelles passou a assoprar um trombone que jurou abandonar para sempre: o do aumento de impostos.

A dívida bruta avança de 71,0% do PIB para 76,9% do PIB, em boa parte impulsionada pelo déficit da Previdência que subirá de R$ 151,9 bilhões em 2016 para R$ 181,2 bilhões neste ano. Qualquer um que perde o sono por não pagar as dívidas sabe o que é isso. Há três Estados em situação de calamidade financeira e sabe-se lá quantos outros à beira disso. 

continua após a publicidade

Por outro lado, há sinais de que certos setores que deslizavam encosta abaixo começam a reagir. Há uma semana, por exemplo, o presidente Temer festejou a abertura de 35 mil novas vagas registradas no mercado de trabalho em fevereiro. Mas o desemprego continua perto dos 13%. 

Também há indicações de que a atividade econômica começa a se recuperar. O governo espera poder apresentar um avanço do PIB neste ano de 0,5% e conta com uma economia engrenando no quarto trimestre de 2017 de pelo menos 2,7%. Mas uma coisa é uma aposta e outra, a certeza de entrega da encomenda. O investimento, por exemplo, continua perigosamente achatado. Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, pareceu realista: “Há sinais de estabilização desta recessão”. Ou seja, para ele, a recessão não está sendo revertida; apenas parou de piorar.

Mas há quatro setores da economia que apontam para um comportamento altamente positivo. O primeiro deles é o da inflação. A proposta inicial era a convergência para a meta de 4,5% apenas ao final de 2018. É possível que em abril esse objetivo seja ultrapassado. O IPCA-15 de março já mostrou uma inflação em 12 meses de 4,73%. Na cola da inflação despencante vêm os juros também despencantes. Em outubro, os juros básicos (Selic) estavam nos 14,25% ao ano, já caíram para 12,25% e deverão fechar 2017 em torno dos 9,0%, o que não é pouco. Os casmurros dirão que esses resultados vêm sendo obtidos sob a tortura da recessão. É verdade. Mas não se pode omitir que antes havia recessão, inflação lá em cima e juros também. Agora, só temos a forte recessão e, ainda assim, com os tais sinais que podem ser de virada.

continua após a publicidade

Apesar da bomba da Carne Fraca, o agronegócio vai dando show: perspectiva de crescimento de produção superior a 20% neste ano. As contas externas continuam evoluindo bem, especialmente a balança comercial, que aponta para exportações US$ 51 bilhões mais altas do que as importações. O Banco Central projeta entradas líquidas de Investimentos Direto no País, de US$ 75 bilhões.

Alguma coisa mais está andando, às vezes na base dos dois passos adiante e um e meio atrás, mas, aparentemente, andando. Um exemplo são leilões de projetos de infraestrutura, caso dos aeroportos, que foram concluídos em 16 de março, e dos primeiros leilões de áreas de petróleo, previstos para 11 de maio.

Falta dizer que foi aprovado projeto de lei de terceirização, discutido desde 1998, e que, com as trombadas de sempre, a reforma da Previdência pode ter algum avanço.

continua após a publicidade

É insuficiente para quem contava com um copo mais cheio do que vazio. Mas é bem mais do que se via há um ano. 

Ilan.'Parou de piorar' Foto:

A percepção geral neste final do primeiro trimestre é de que o sufoco continua e de que as projeções de recuperação imediata com que contava o governo vêm sendo frustradas. Mas não dá para dizer que tudo está mal.

Algumas áreas da economia seguem em deterioração, outras se mantêm deterioradas, mas há coisas importantes pendendo para o melhor. O balanço geral é de que há certa recuperação, mas não a ponto de encher o peito das pessoas e espalhar alento pela sociedade.

A enrascada dos políticos, as tentativas vexaminosas armadas para arrancar anistia ampla e irrestrita para os crimes de caixa 2 e o impacto das novas delações da Operação Lava Jato ficam para os analistas políticos. O que se pode dizer a partir deste tabuleiro, uma vez completados três anos de Lava Jato, é que nunca se combateu tão profundamente a corrupção nesta terra de Cabral, o que é para comemorar.

Na área econômica, o que há de ruim não precisa ser repisado demais. Os resultados das contas públicas, por exemplo, fazem parte dos itens em deterioração que não tranquilizam ninguém. O ministro da Fazenda acaba de reconhecer que há um estouro do rombo de R$ 58,2 bilhões que não pode ser coberto com compressão das despesas. Daí por que Meirelles passou a assoprar um trombone que jurou abandonar para sempre: o do aumento de impostos.

A dívida bruta avança de 71,0% do PIB para 76,9% do PIB, em boa parte impulsionada pelo déficit da Previdência que subirá de R$ 151,9 bilhões em 2016 para R$ 181,2 bilhões neste ano. Qualquer um que perde o sono por não pagar as dívidas sabe o que é isso. Há três Estados em situação de calamidade financeira e sabe-se lá quantos outros à beira disso. 

Por outro lado, há sinais de que certos setores que deslizavam encosta abaixo começam a reagir. Há uma semana, por exemplo, o presidente Temer festejou a abertura de 35 mil novas vagas registradas no mercado de trabalho em fevereiro. Mas o desemprego continua perto dos 13%. 

Também há indicações de que a atividade econômica começa a se recuperar. O governo espera poder apresentar um avanço do PIB neste ano de 0,5% e conta com uma economia engrenando no quarto trimestre de 2017 de pelo menos 2,7%. Mas uma coisa é uma aposta e outra, a certeza de entrega da encomenda. O investimento, por exemplo, continua perigosamente achatado. Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, pareceu realista: “Há sinais de estabilização desta recessão”. Ou seja, para ele, a recessão não está sendo revertida; apenas parou de piorar.

Mas há quatro setores da economia que apontam para um comportamento altamente positivo. O primeiro deles é o da inflação. A proposta inicial era a convergência para a meta de 4,5% apenas ao final de 2018. É possível que em abril esse objetivo seja ultrapassado. O IPCA-15 de março já mostrou uma inflação em 12 meses de 4,73%. Na cola da inflação despencante vêm os juros também despencantes. Em outubro, os juros básicos (Selic) estavam nos 14,25% ao ano, já caíram para 12,25% e deverão fechar 2017 em torno dos 9,0%, o que não é pouco. Os casmurros dirão que esses resultados vêm sendo obtidos sob a tortura da recessão. É verdade. Mas não se pode omitir que antes havia recessão, inflação lá em cima e juros também. Agora, só temos a forte recessão e, ainda assim, com os tais sinais que podem ser de virada.

Apesar da bomba da Carne Fraca, o agronegócio vai dando show: perspectiva de crescimento de produção superior a 20% neste ano. As contas externas continuam evoluindo bem, especialmente a balança comercial, que aponta para exportações US$ 51 bilhões mais altas do que as importações. O Banco Central projeta entradas líquidas de Investimentos Direto no País, de US$ 75 bilhões.

Alguma coisa mais está andando, às vezes na base dos dois passos adiante e um e meio atrás, mas, aparentemente, andando. Um exemplo são leilões de projetos de infraestrutura, caso dos aeroportos, que foram concluídos em 16 de março, e dos primeiros leilões de áreas de petróleo, previstos para 11 de maio.

Falta dizer que foi aprovado projeto de lei de terceirização, discutido desde 1998, e que, com as trombadas de sempre, a reforma da Previdência pode ter algum avanço.

É insuficiente para quem contava com um copo mais cheio do que vazio. Mas é bem mais do que se via há um ano. 

Ilan.'Parou de piorar' Foto:

A percepção geral neste final do primeiro trimestre é de que o sufoco continua e de que as projeções de recuperação imediata com que contava o governo vêm sendo frustradas. Mas não dá para dizer que tudo está mal.

Algumas áreas da economia seguem em deterioração, outras se mantêm deterioradas, mas há coisas importantes pendendo para o melhor. O balanço geral é de que há certa recuperação, mas não a ponto de encher o peito das pessoas e espalhar alento pela sociedade.

A enrascada dos políticos, as tentativas vexaminosas armadas para arrancar anistia ampla e irrestrita para os crimes de caixa 2 e o impacto das novas delações da Operação Lava Jato ficam para os analistas políticos. O que se pode dizer a partir deste tabuleiro, uma vez completados três anos de Lava Jato, é que nunca se combateu tão profundamente a corrupção nesta terra de Cabral, o que é para comemorar.

Na área econômica, o que há de ruim não precisa ser repisado demais. Os resultados das contas públicas, por exemplo, fazem parte dos itens em deterioração que não tranquilizam ninguém. O ministro da Fazenda acaba de reconhecer que há um estouro do rombo de R$ 58,2 bilhões que não pode ser coberto com compressão das despesas. Daí por que Meirelles passou a assoprar um trombone que jurou abandonar para sempre: o do aumento de impostos.

A dívida bruta avança de 71,0% do PIB para 76,9% do PIB, em boa parte impulsionada pelo déficit da Previdência que subirá de R$ 151,9 bilhões em 2016 para R$ 181,2 bilhões neste ano. Qualquer um que perde o sono por não pagar as dívidas sabe o que é isso. Há três Estados em situação de calamidade financeira e sabe-se lá quantos outros à beira disso. 

Por outro lado, há sinais de que certos setores que deslizavam encosta abaixo começam a reagir. Há uma semana, por exemplo, o presidente Temer festejou a abertura de 35 mil novas vagas registradas no mercado de trabalho em fevereiro. Mas o desemprego continua perto dos 13%. 

Também há indicações de que a atividade econômica começa a se recuperar. O governo espera poder apresentar um avanço do PIB neste ano de 0,5% e conta com uma economia engrenando no quarto trimestre de 2017 de pelo menos 2,7%. Mas uma coisa é uma aposta e outra, a certeza de entrega da encomenda. O investimento, por exemplo, continua perigosamente achatado. Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, pareceu realista: “Há sinais de estabilização desta recessão”. Ou seja, para ele, a recessão não está sendo revertida; apenas parou de piorar.

Mas há quatro setores da economia que apontam para um comportamento altamente positivo. O primeiro deles é o da inflação. A proposta inicial era a convergência para a meta de 4,5% apenas ao final de 2018. É possível que em abril esse objetivo seja ultrapassado. O IPCA-15 de março já mostrou uma inflação em 12 meses de 4,73%. Na cola da inflação despencante vêm os juros também despencantes. Em outubro, os juros básicos (Selic) estavam nos 14,25% ao ano, já caíram para 12,25% e deverão fechar 2017 em torno dos 9,0%, o que não é pouco. Os casmurros dirão que esses resultados vêm sendo obtidos sob a tortura da recessão. É verdade. Mas não se pode omitir que antes havia recessão, inflação lá em cima e juros também. Agora, só temos a forte recessão e, ainda assim, com os tais sinais que podem ser de virada.

Apesar da bomba da Carne Fraca, o agronegócio vai dando show: perspectiva de crescimento de produção superior a 20% neste ano. As contas externas continuam evoluindo bem, especialmente a balança comercial, que aponta para exportações US$ 51 bilhões mais altas do que as importações. O Banco Central projeta entradas líquidas de Investimentos Direto no País, de US$ 75 bilhões.

Alguma coisa mais está andando, às vezes na base dos dois passos adiante e um e meio atrás, mas, aparentemente, andando. Um exemplo são leilões de projetos de infraestrutura, caso dos aeroportos, que foram concluídos em 16 de março, e dos primeiros leilões de áreas de petróleo, previstos para 11 de maio.

Falta dizer que foi aprovado projeto de lei de terceirização, discutido desde 1998, e que, com as trombadas de sempre, a reforma da Previdência pode ter algum avanço.

É insuficiente para quem contava com um copo mais cheio do que vazio. Mas é bem mais do que se via há um ano. 

Ilan.'Parou de piorar' Foto:

A percepção geral neste final do primeiro trimestre é de que o sufoco continua e de que as projeções de recuperação imediata com que contava o governo vêm sendo frustradas. Mas não dá para dizer que tudo está mal.

Algumas áreas da economia seguem em deterioração, outras se mantêm deterioradas, mas há coisas importantes pendendo para o melhor. O balanço geral é de que há certa recuperação, mas não a ponto de encher o peito das pessoas e espalhar alento pela sociedade.

A enrascada dos políticos, as tentativas vexaminosas armadas para arrancar anistia ampla e irrestrita para os crimes de caixa 2 e o impacto das novas delações da Operação Lava Jato ficam para os analistas políticos. O que se pode dizer a partir deste tabuleiro, uma vez completados três anos de Lava Jato, é que nunca se combateu tão profundamente a corrupção nesta terra de Cabral, o que é para comemorar.

Na área econômica, o que há de ruim não precisa ser repisado demais. Os resultados das contas públicas, por exemplo, fazem parte dos itens em deterioração que não tranquilizam ninguém. O ministro da Fazenda acaba de reconhecer que há um estouro do rombo de R$ 58,2 bilhões que não pode ser coberto com compressão das despesas. Daí por que Meirelles passou a assoprar um trombone que jurou abandonar para sempre: o do aumento de impostos.

A dívida bruta avança de 71,0% do PIB para 76,9% do PIB, em boa parte impulsionada pelo déficit da Previdência que subirá de R$ 151,9 bilhões em 2016 para R$ 181,2 bilhões neste ano. Qualquer um que perde o sono por não pagar as dívidas sabe o que é isso. Há três Estados em situação de calamidade financeira e sabe-se lá quantos outros à beira disso. 

Por outro lado, há sinais de que certos setores que deslizavam encosta abaixo começam a reagir. Há uma semana, por exemplo, o presidente Temer festejou a abertura de 35 mil novas vagas registradas no mercado de trabalho em fevereiro. Mas o desemprego continua perto dos 13%. 

Também há indicações de que a atividade econômica começa a se recuperar. O governo espera poder apresentar um avanço do PIB neste ano de 0,5% e conta com uma economia engrenando no quarto trimestre de 2017 de pelo menos 2,7%. Mas uma coisa é uma aposta e outra, a certeza de entrega da encomenda. O investimento, por exemplo, continua perigosamente achatado. Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, pareceu realista: “Há sinais de estabilização desta recessão”. Ou seja, para ele, a recessão não está sendo revertida; apenas parou de piorar.

Mas há quatro setores da economia que apontam para um comportamento altamente positivo. O primeiro deles é o da inflação. A proposta inicial era a convergência para a meta de 4,5% apenas ao final de 2018. É possível que em abril esse objetivo seja ultrapassado. O IPCA-15 de março já mostrou uma inflação em 12 meses de 4,73%. Na cola da inflação despencante vêm os juros também despencantes. Em outubro, os juros básicos (Selic) estavam nos 14,25% ao ano, já caíram para 12,25% e deverão fechar 2017 em torno dos 9,0%, o que não é pouco. Os casmurros dirão que esses resultados vêm sendo obtidos sob a tortura da recessão. É verdade. Mas não se pode omitir que antes havia recessão, inflação lá em cima e juros também. Agora, só temos a forte recessão e, ainda assim, com os tais sinais que podem ser de virada.

Apesar da bomba da Carne Fraca, o agronegócio vai dando show: perspectiva de crescimento de produção superior a 20% neste ano. As contas externas continuam evoluindo bem, especialmente a balança comercial, que aponta para exportações US$ 51 bilhões mais altas do que as importações. O Banco Central projeta entradas líquidas de Investimentos Direto no País, de US$ 75 bilhões.

Alguma coisa mais está andando, às vezes na base dos dois passos adiante e um e meio atrás, mas, aparentemente, andando. Um exemplo são leilões de projetos de infraestrutura, caso dos aeroportos, que foram concluídos em 16 de março, e dos primeiros leilões de áreas de petróleo, previstos para 11 de maio.

Falta dizer que foi aprovado projeto de lei de terceirização, discutido desde 1998, e que, com as trombadas de sempre, a reforma da Previdência pode ter algum avanço.

É insuficiente para quem contava com um copo mais cheio do que vazio. Mas é bem mais do que se via há um ano. 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.