Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Muito a melhorar


Há duas semanas, uma matéria da revista The Economist dava conta de que grandes redes varejistas mundiais começam a se ressentir da forte migração de consumidores para as compras pela internet.

Por Celso Ming

No Brasil, apesar dos avanços, isso está longe de ocorrer, porque problemas não equacionados ainda afastam clientes e contribuem para emperrar as vendas online.

Embora só metade da população (46,5%) tenha acesso à internet, como mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) colhidos em 2011, as perspectivas são promissoras. Nos últimos cinco anos, o número de compradores triplicou no País e a estimativa é de 8 milhões de novos clientes em 2013, o que perfará 50 milhões de consumidores. A consultoria e-bit, especializada na área, também prevê um faturamento de R$ 28 bilhões para o setor até o final deste ano (veja o gráfico abaixo).

 Foto: Estadão
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Além de frete gratuito e preços mais baixos, alguns fatores têm atuado para aumentar o atrativo do varejo online. Um desses fatores é a comodidade de fazer compras sem ter de sair de casa e enfrentar exasperantes congestionamentos de trânsito e problemas de estacionamento. Outro, a vasta oferta de informações disponíveis na internet, que permitem comparações quase instantâneas de preços, fornecedor por fornecedor, com a vantagem adicional de dar acesso à opinião de outros compradores sobre a qualidade do produto.

Mas há problemas. Apenas no primeiro semestre de 2013, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) recebeu 23 mil reclamações contra o setor de comércio eletrônico, das quais 43% se referem a atrasos ou entregas nunca realizadas.

Entre as explicações do presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Ludovino Lopes, para esses problemas estão as péssimas condições de infraestrutura e falta de segurança das estradas, sujeitas a roubos e desvios de mercadorias no trajeto até o consumidor.

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São desafios enfrentados por outros segmentos da economia e que, em parte, podem ser cobertos por seguro ou procedimentos de segurança. Além disso, não justificam a falta de transparência e de consideração de tantos fornecedores para com seus clientes. Prover atendimento eletrônico eficaz, que confirme o recebimento das demandas do comprador, está entre as normas estabelecidas pelo Decreto 7.962 que, desde 14 de maio deste ano, regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (CDC) para o setor.

Também é exigido que as empresas deem satisfação às queixas em até cinco dias úteis. Se a norma fosse cumprida, muitos aborrecimentos seriam evitados. Nesses casos, os clientes são, muitas vezes, levados a repetir à exaustão dados pessoais e outras informações apenas para cobrar um mínimo de eficiência das empresas. Pesquisa realizada pelo Instituto Ibero-Americano de Relacionamento com o Cliente (IBRC) aponta que apenas 47% das empresas cumprem o prazo estabelecido pelo CDC.

São indicações de que, mesmo com o propalado sucesso, o comércio eletrônico ainda precisa melhorar seus serviços no Brasil. / COLABOROU DANIELLE VILLELA

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CONFIRA:

 Foto: Estadão

No gráfico, a evolução do estoque de crédito em relação ao PIB.

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"É neutra". Nesta sexta-feira, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, voltou a afirmar que a política fiscal (que engloba receitas e despesas do governo) "é neutra", ou seja, não produz inflação. Não é a opinião do Banco Central, que insiste em que a política fiscal "é expansionista".

O que cresce mais? Os números oficiais mostram que, no primeiro semestre, as despesas do governo central cresceram 12,9% enquanto as receitas avançaram 7,5%.

No Brasil, apesar dos avanços, isso está longe de ocorrer, porque problemas não equacionados ainda afastam clientes e contribuem para emperrar as vendas online.

Embora só metade da população (46,5%) tenha acesso à internet, como mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) colhidos em 2011, as perspectivas são promissoras. Nos últimos cinco anos, o número de compradores triplicou no País e a estimativa é de 8 milhões de novos clientes em 2013, o que perfará 50 milhões de consumidores. A consultoria e-bit, especializada na área, também prevê um faturamento de R$ 28 bilhões para o setor até o final deste ano (veja o gráfico abaixo).

 Foto: Estadão

Além de frete gratuito e preços mais baixos, alguns fatores têm atuado para aumentar o atrativo do varejo online. Um desses fatores é a comodidade de fazer compras sem ter de sair de casa e enfrentar exasperantes congestionamentos de trânsito e problemas de estacionamento. Outro, a vasta oferta de informações disponíveis na internet, que permitem comparações quase instantâneas de preços, fornecedor por fornecedor, com a vantagem adicional de dar acesso à opinião de outros compradores sobre a qualidade do produto.

Mas há problemas. Apenas no primeiro semestre de 2013, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) recebeu 23 mil reclamações contra o setor de comércio eletrônico, das quais 43% se referem a atrasos ou entregas nunca realizadas.

Entre as explicações do presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Ludovino Lopes, para esses problemas estão as péssimas condições de infraestrutura e falta de segurança das estradas, sujeitas a roubos e desvios de mercadorias no trajeto até o consumidor.

São desafios enfrentados por outros segmentos da economia e que, em parte, podem ser cobertos por seguro ou procedimentos de segurança. Além disso, não justificam a falta de transparência e de consideração de tantos fornecedores para com seus clientes. Prover atendimento eletrônico eficaz, que confirme o recebimento das demandas do comprador, está entre as normas estabelecidas pelo Decreto 7.962 que, desde 14 de maio deste ano, regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (CDC) para o setor.

Também é exigido que as empresas deem satisfação às queixas em até cinco dias úteis. Se a norma fosse cumprida, muitos aborrecimentos seriam evitados. Nesses casos, os clientes são, muitas vezes, levados a repetir à exaustão dados pessoais e outras informações apenas para cobrar um mínimo de eficiência das empresas. Pesquisa realizada pelo Instituto Ibero-Americano de Relacionamento com o Cliente (IBRC) aponta que apenas 47% das empresas cumprem o prazo estabelecido pelo CDC.

São indicações de que, mesmo com o propalado sucesso, o comércio eletrônico ainda precisa melhorar seus serviços no Brasil. / COLABOROU DANIELLE VILLELA

CONFIRA:

 Foto: Estadão

No gráfico, a evolução do estoque de crédito em relação ao PIB.

"É neutra". Nesta sexta-feira, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, voltou a afirmar que a política fiscal (que engloba receitas e despesas do governo) "é neutra", ou seja, não produz inflação. Não é a opinião do Banco Central, que insiste em que a política fiscal "é expansionista".

O que cresce mais? Os números oficiais mostram que, no primeiro semestre, as despesas do governo central cresceram 12,9% enquanto as receitas avançaram 7,5%.

No Brasil, apesar dos avanços, isso está longe de ocorrer, porque problemas não equacionados ainda afastam clientes e contribuem para emperrar as vendas online.

Embora só metade da população (46,5%) tenha acesso à internet, como mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) colhidos em 2011, as perspectivas são promissoras. Nos últimos cinco anos, o número de compradores triplicou no País e a estimativa é de 8 milhões de novos clientes em 2013, o que perfará 50 milhões de consumidores. A consultoria e-bit, especializada na área, também prevê um faturamento de R$ 28 bilhões para o setor até o final deste ano (veja o gráfico abaixo).

 Foto: Estadão

Além de frete gratuito e preços mais baixos, alguns fatores têm atuado para aumentar o atrativo do varejo online. Um desses fatores é a comodidade de fazer compras sem ter de sair de casa e enfrentar exasperantes congestionamentos de trânsito e problemas de estacionamento. Outro, a vasta oferta de informações disponíveis na internet, que permitem comparações quase instantâneas de preços, fornecedor por fornecedor, com a vantagem adicional de dar acesso à opinião de outros compradores sobre a qualidade do produto.

Mas há problemas. Apenas no primeiro semestre de 2013, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) recebeu 23 mil reclamações contra o setor de comércio eletrônico, das quais 43% se referem a atrasos ou entregas nunca realizadas.

Entre as explicações do presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Ludovino Lopes, para esses problemas estão as péssimas condições de infraestrutura e falta de segurança das estradas, sujeitas a roubos e desvios de mercadorias no trajeto até o consumidor.

São desafios enfrentados por outros segmentos da economia e que, em parte, podem ser cobertos por seguro ou procedimentos de segurança. Além disso, não justificam a falta de transparência e de consideração de tantos fornecedores para com seus clientes. Prover atendimento eletrônico eficaz, que confirme o recebimento das demandas do comprador, está entre as normas estabelecidas pelo Decreto 7.962 que, desde 14 de maio deste ano, regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (CDC) para o setor.

Também é exigido que as empresas deem satisfação às queixas em até cinco dias úteis. Se a norma fosse cumprida, muitos aborrecimentos seriam evitados. Nesses casos, os clientes são, muitas vezes, levados a repetir à exaustão dados pessoais e outras informações apenas para cobrar um mínimo de eficiência das empresas. Pesquisa realizada pelo Instituto Ibero-Americano de Relacionamento com o Cliente (IBRC) aponta que apenas 47% das empresas cumprem o prazo estabelecido pelo CDC.

São indicações de que, mesmo com o propalado sucesso, o comércio eletrônico ainda precisa melhorar seus serviços no Brasil. / COLABOROU DANIELLE VILLELA

CONFIRA:

 Foto: Estadão

No gráfico, a evolução do estoque de crédito em relação ao PIB.

"É neutra". Nesta sexta-feira, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, voltou a afirmar que a política fiscal (que engloba receitas e despesas do governo) "é neutra", ou seja, não produz inflação. Não é a opinião do Banco Central, que insiste em que a política fiscal "é expansionista".

O que cresce mais? Os números oficiais mostram que, no primeiro semestre, as despesas do governo central cresceram 12,9% enquanto as receitas avançaram 7,5%.

No Brasil, apesar dos avanços, isso está longe de ocorrer, porque problemas não equacionados ainda afastam clientes e contribuem para emperrar as vendas online.

Embora só metade da população (46,5%) tenha acesso à internet, como mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) colhidos em 2011, as perspectivas são promissoras. Nos últimos cinco anos, o número de compradores triplicou no País e a estimativa é de 8 milhões de novos clientes em 2013, o que perfará 50 milhões de consumidores. A consultoria e-bit, especializada na área, também prevê um faturamento de R$ 28 bilhões para o setor até o final deste ano (veja o gráfico abaixo).

 Foto: Estadão

Além de frete gratuito e preços mais baixos, alguns fatores têm atuado para aumentar o atrativo do varejo online. Um desses fatores é a comodidade de fazer compras sem ter de sair de casa e enfrentar exasperantes congestionamentos de trânsito e problemas de estacionamento. Outro, a vasta oferta de informações disponíveis na internet, que permitem comparações quase instantâneas de preços, fornecedor por fornecedor, com a vantagem adicional de dar acesso à opinião de outros compradores sobre a qualidade do produto.

Mas há problemas. Apenas no primeiro semestre de 2013, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) recebeu 23 mil reclamações contra o setor de comércio eletrônico, das quais 43% se referem a atrasos ou entregas nunca realizadas.

Entre as explicações do presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Ludovino Lopes, para esses problemas estão as péssimas condições de infraestrutura e falta de segurança das estradas, sujeitas a roubos e desvios de mercadorias no trajeto até o consumidor.

São desafios enfrentados por outros segmentos da economia e que, em parte, podem ser cobertos por seguro ou procedimentos de segurança. Além disso, não justificam a falta de transparência e de consideração de tantos fornecedores para com seus clientes. Prover atendimento eletrônico eficaz, que confirme o recebimento das demandas do comprador, está entre as normas estabelecidas pelo Decreto 7.962 que, desde 14 de maio deste ano, regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (CDC) para o setor.

Também é exigido que as empresas deem satisfação às queixas em até cinco dias úteis. Se a norma fosse cumprida, muitos aborrecimentos seriam evitados. Nesses casos, os clientes são, muitas vezes, levados a repetir à exaustão dados pessoais e outras informações apenas para cobrar um mínimo de eficiência das empresas. Pesquisa realizada pelo Instituto Ibero-Americano de Relacionamento com o Cliente (IBRC) aponta que apenas 47% das empresas cumprem o prazo estabelecido pelo CDC.

São indicações de que, mesmo com o propalado sucesso, o comércio eletrônico ainda precisa melhorar seus serviços no Brasil. / COLABOROU DANIELLE VILLELA

CONFIRA:

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No gráfico, a evolução do estoque de crédito em relação ao PIB.

"É neutra". Nesta sexta-feira, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, voltou a afirmar que a política fiscal (que engloba receitas e despesas do governo) "é neutra", ou seja, não produz inflação. Não é a opinião do Banco Central, que insiste em que a política fiscal "é expansionista".

O que cresce mais? Os números oficiais mostram que, no primeiro semestre, as despesas do governo central cresceram 12,9% enquanto as receitas avançaram 7,5%.

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