Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Poupança está sangrando


Desemprego, redução da renda real pela inflação e baixa remuneração das cadernetas vêm levando os aplicadores a mais tirar do que depositar recursos nas cadernetas

Por Celso Ming

As cadernetas de poupança continuam sangrando. Em março, os saques foram R$ 5,4 bilhões superiores aos depósitos. Foi metade da retirada líquida registrada em fevereiro, mas, ainda assim, muito elevada.

Dois são os principais fatores que vêm levando os aplicadores a mais tirar do que depositar recursos nas cadernetas. O primeiro deles é a vida dura. O desemprego e a redução da renda real pela inflação têm obrigado os consumidores a recorrer a reservas pessoais para complementar o orçamento.

O segundo fator é a baixa remuneração das cadernetas quando comparada com a de outras aplicações financeiras. Em vez de optar por depósitos em poupança, muita gente tem preferido investir em títulos do Tesouro direto ou em cotas de fundos de renda fixa.

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 Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas

Ao fim de dezembro, o estoque total dos depósitos em poupança era de R$ 656,6 bilhões. No dia 31 de março, mesmo com o lançamento dos rendimentos, havia R$ 644,6 bilhões. (Veja o gráfico abaixo).

Enquanto durar a crise a tendência é de relativo esvaziamento das cadernetas, o que é um problema adicional para os bancos. Isso porque esses recursos são devidos à vista, ou seja, a qualquer momento o aplicador pode sacar depósitos. No entanto, os recursos das cadernetas de poupança são emprestados a compradores de casa própria que têm 10, 15 ou até mais anos para devolver o dinheiro em suaves prestações mensais.

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Se houvesse uma corrida em massa aos saques, os bancos teriam um problemão. Por isso, são obrigados a operar esses recursos com muitas reservas para poderem enfrentar surpresas desse tipo.

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As cadernetas de poupança continuam sangrando. Em março, os saques foram R$ 5,4 bilhões superiores aos depósitos. Foi metade da retirada líquida registrada em fevereiro, mas, ainda assim, muito elevada.

Dois são os principais fatores que vêm levando os aplicadores a mais tirar do que depositar recursos nas cadernetas. O primeiro deles é a vida dura. O desemprego e a redução da renda real pela inflação têm obrigado os consumidores a recorrer a reservas pessoais para complementar o orçamento.

O segundo fator é a baixa remuneração das cadernetas quando comparada com a de outras aplicações financeiras. Em vez de optar por depósitos em poupança, muita gente tem preferido investir em títulos do Tesouro direto ou em cotas de fundos de renda fixa.

 Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas

Ao fim de dezembro, o estoque total dos depósitos em poupança era de R$ 656,6 bilhões. No dia 31 de março, mesmo com o lançamento dos rendimentos, havia R$ 644,6 bilhões. (Veja o gráfico abaixo).

Enquanto durar a crise a tendência é de relativo esvaziamento das cadernetas, o que é um problema adicional para os bancos. Isso porque esses recursos são devidos à vista, ou seja, a qualquer momento o aplicador pode sacar depósitos. No entanto, os recursos das cadernetas de poupança são emprestados a compradores de casa própria que têm 10, 15 ou até mais anos para devolver o dinheiro em suaves prestações mensais.

Se houvesse uma corrida em massa aos saques, os bancos teriam um problemão. Por isso, são obrigados a operar esses recursos com muitas reservas para poderem enfrentar surpresas desse tipo.

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Dois são os principais fatores que vêm levando os aplicadores a mais tirar do que depositar recursos nas cadernetas. O primeiro deles é a vida dura. O desemprego e a redução da renda real pela inflação têm obrigado os consumidores a recorrer a reservas pessoais para complementar o orçamento.

O segundo fator é a baixa remuneração das cadernetas quando comparada com a de outras aplicações financeiras. Em vez de optar por depósitos em poupança, muita gente tem preferido investir em títulos do Tesouro direto ou em cotas de fundos de renda fixa.

 Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas

Ao fim de dezembro, o estoque total dos depósitos em poupança era de R$ 656,6 bilhões. No dia 31 de março, mesmo com o lançamento dos rendimentos, havia R$ 644,6 bilhões. (Veja o gráfico abaixo).

Enquanto durar a crise a tendência é de relativo esvaziamento das cadernetas, o que é um problema adicional para os bancos. Isso porque esses recursos são devidos à vista, ou seja, a qualquer momento o aplicador pode sacar depósitos. No entanto, os recursos das cadernetas de poupança são emprestados a compradores de casa própria que têm 10, 15 ou até mais anos para devolver o dinheiro em suaves prestações mensais.

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Dois são os principais fatores que vêm levando os aplicadores a mais tirar do que depositar recursos nas cadernetas. O primeiro deles é a vida dura. O desemprego e a redução da renda real pela inflação têm obrigado os consumidores a recorrer a reservas pessoais para complementar o orçamento.

O segundo fator é a baixa remuneração das cadernetas quando comparada com a de outras aplicações financeiras. Em vez de optar por depósitos em poupança, muita gente tem preferido investir em títulos do Tesouro direto ou em cotas de fundos de renda fixa.

 Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas

Ao fim de dezembro, o estoque total dos depósitos em poupança era de R$ 656,6 bilhões. No dia 31 de março, mesmo com o lançamento dos rendimentos, havia R$ 644,6 bilhões. (Veja o gráfico abaixo).

Enquanto durar a crise a tendência é de relativo esvaziamento das cadernetas, o que é um problema adicional para os bancos. Isso porque esses recursos são devidos à vista, ou seja, a qualquer momento o aplicador pode sacar depósitos. No entanto, os recursos das cadernetas de poupança são emprestados a compradores de casa própria que têm 10, 15 ou até mais anos para devolver o dinheiro em suaves prestações mensais.

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