O governo chinês continuará a reforma econômica e manterá o compromisso de construir uma "economia socialista de mercado", disse nesta quinta-feira o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, na sessão de abertura do Fórum Econômico Mundial. Veja mais informações na edição desta sexta do Estadão. Num discurso voltado em grande parte para o investidor estrangeiro, o presidente do Conselho de Estado falou sobre "o papel fundamental do mercado" na alocação de recursos. Acenou com mudanças institucionais para fortalecer o estado de direito, expandir a "democracia popular" e promover a eqüidade social e a justiça. "Sem reforma política, a reforma econômica não terá êxito", afirmou. Além de prometer segurança aos investidores, o governo chinês disse ainda que leva muito a sério a qualidade dos produtos e a segurança dos alimentos e está "trabalhando arduamente" para "resolver problemas nessa área". Nos últimos meses, houve problemas de segurança com medicamentos, rações para animais e brinquedos fabricados na China. Não foram citados diretamente no discurso, mas a mensagem foi clara. De modo geral, disse o primeiro-ministro, a economia da China está em boa forma, marcada "por um crescimento sustentado e rápido, desempenho financeiro saudável, comércio exterior crescente e padrões de vida em elevação". Mas há problemas, admitiu: crescimento excessivamente veloz, "agudas tensões estruturais, padrão ineficiente de crescimento, depredação de recursos naturais, degradação ambiental, crescente pressão nos preços e resistentes obstáculos estruturais e institucionais".
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