Choque reforça opção por meta mais folgada


Por Nilson Brandão Junior

A recente estocada dos índices de preços deu força, ainda que tardiamente, ao argumento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que defendeu uma meta de inflação mais alta para 2009. Em meio a enorme polêmica, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, no fim de junho, que a meta para o IPCA daquele ano será de 4,5%. No mercado financeiro, a maioria dos analistas preferia 4%. À época, Mantega disse ao presidente Lula que era preferível manter a meta atual de 4,5% para que o Banco Central (BC) tivesse maior margem de manobra na definição da taxa básica de juros mesmo no meio de um eventual repique inflacionário, como ocorre agora. "Se a meta fosse de 4%, a chance de interromper o corte de juros logo seria maior", disse o sócio-diretor da LCA Consultores Fernando Sampaio. Segundo ele, o objetivo dos economistas que defenderam a meta de 4,5% era justamente não reduzir o raio de ação do BC. A meta mais alta permite, por exemplo, absorver o atual choque de preços agrícolas. Os defensores de uma meta menor defendem que, apesar dos avanços, a meta de inflação do Brasil ainda é uma das maiores no mundo. O ideal seria convergir para perto da média de 3,6% dos emergentes, conforme levantamento do banco ABN Amro. "Os dois objetivos parecem desejáveis. A questão é quanto você prioriza um ou outro", diz Sampaio. EXPECTATIVA A economista-chefe do ABN Amro, Zeina Latif, que pregava a meta menor, reconhece que, nesse caso, o rumo da política monetária seria outro. Mas, ainda assim, mantém-se favorável aos 4%. Para ela, o foco da discussão deveria ser o médio prazo, não o curto. "Quem defendeu os 4,5% deve estar achando que estava certo. Eu acho que não", destacou. Sergio Vale, economista da MB Associados, acrescenta que a meta definida influencia a expectativa futura de inflação. "Nesse sentido, os 4% fariam mais sentido para baixar as expectativas mais à frente", afirmou Vale. O economista reconhece, contudo, que o centro da meta menor geraria "mais estresse agora" na definição da política econômica.

A recente estocada dos índices de preços deu força, ainda que tardiamente, ao argumento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que defendeu uma meta de inflação mais alta para 2009. Em meio a enorme polêmica, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, no fim de junho, que a meta para o IPCA daquele ano será de 4,5%. No mercado financeiro, a maioria dos analistas preferia 4%. À época, Mantega disse ao presidente Lula que era preferível manter a meta atual de 4,5% para que o Banco Central (BC) tivesse maior margem de manobra na definição da taxa básica de juros mesmo no meio de um eventual repique inflacionário, como ocorre agora. "Se a meta fosse de 4%, a chance de interromper o corte de juros logo seria maior", disse o sócio-diretor da LCA Consultores Fernando Sampaio. Segundo ele, o objetivo dos economistas que defenderam a meta de 4,5% era justamente não reduzir o raio de ação do BC. A meta mais alta permite, por exemplo, absorver o atual choque de preços agrícolas. Os defensores de uma meta menor defendem que, apesar dos avanços, a meta de inflação do Brasil ainda é uma das maiores no mundo. O ideal seria convergir para perto da média de 3,6% dos emergentes, conforme levantamento do banco ABN Amro. "Os dois objetivos parecem desejáveis. A questão é quanto você prioriza um ou outro", diz Sampaio. EXPECTATIVA A economista-chefe do ABN Amro, Zeina Latif, que pregava a meta menor, reconhece que, nesse caso, o rumo da política monetária seria outro. Mas, ainda assim, mantém-se favorável aos 4%. Para ela, o foco da discussão deveria ser o médio prazo, não o curto. "Quem defendeu os 4,5% deve estar achando que estava certo. Eu acho que não", destacou. Sergio Vale, economista da MB Associados, acrescenta que a meta definida influencia a expectativa futura de inflação. "Nesse sentido, os 4% fariam mais sentido para baixar as expectativas mais à frente", afirmou Vale. O economista reconhece, contudo, que o centro da meta menor geraria "mais estresse agora" na definição da política econômica.

A recente estocada dos índices de preços deu força, ainda que tardiamente, ao argumento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que defendeu uma meta de inflação mais alta para 2009. Em meio a enorme polêmica, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, no fim de junho, que a meta para o IPCA daquele ano será de 4,5%. No mercado financeiro, a maioria dos analistas preferia 4%. À época, Mantega disse ao presidente Lula que era preferível manter a meta atual de 4,5% para que o Banco Central (BC) tivesse maior margem de manobra na definição da taxa básica de juros mesmo no meio de um eventual repique inflacionário, como ocorre agora. "Se a meta fosse de 4%, a chance de interromper o corte de juros logo seria maior", disse o sócio-diretor da LCA Consultores Fernando Sampaio. Segundo ele, o objetivo dos economistas que defenderam a meta de 4,5% era justamente não reduzir o raio de ação do BC. A meta mais alta permite, por exemplo, absorver o atual choque de preços agrícolas. Os defensores de uma meta menor defendem que, apesar dos avanços, a meta de inflação do Brasil ainda é uma das maiores no mundo. O ideal seria convergir para perto da média de 3,6% dos emergentes, conforme levantamento do banco ABN Amro. "Os dois objetivos parecem desejáveis. A questão é quanto você prioriza um ou outro", diz Sampaio. EXPECTATIVA A economista-chefe do ABN Amro, Zeina Latif, que pregava a meta menor, reconhece que, nesse caso, o rumo da política monetária seria outro. Mas, ainda assim, mantém-se favorável aos 4%. Para ela, o foco da discussão deveria ser o médio prazo, não o curto. "Quem defendeu os 4,5% deve estar achando que estava certo. Eu acho que não", destacou. Sergio Vale, economista da MB Associados, acrescenta que a meta definida influencia a expectativa futura de inflação. "Nesse sentido, os 4% fariam mais sentido para baixar as expectativas mais à frente", afirmou Vale. O economista reconhece, contudo, que o centro da meta menor geraria "mais estresse agora" na definição da política econômica.

A recente estocada dos índices de preços deu força, ainda que tardiamente, ao argumento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que defendeu uma meta de inflação mais alta para 2009. Em meio a enorme polêmica, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, no fim de junho, que a meta para o IPCA daquele ano será de 4,5%. No mercado financeiro, a maioria dos analistas preferia 4%. À época, Mantega disse ao presidente Lula que era preferível manter a meta atual de 4,5% para que o Banco Central (BC) tivesse maior margem de manobra na definição da taxa básica de juros mesmo no meio de um eventual repique inflacionário, como ocorre agora. "Se a meta fosse de 4%, a chance de interromper o corte de juros logo seria maior", disse o sócio-diretor da LCA Consultores Fernando Sampaio. Segundo ele, o objetivo dos economistas que defenderam a meta de 4,5% era justamente não reduzir o raio de ação do BC. A meta mais alta permite, por exemplo, absorver o atual choque de preços agrícolas. Os defensores de uma meta menor defendem que, apesar dos avanços, a meta de inflação do Brasil ainda é uma das maiores no mundo. O ideal seria convergir para perto da média de 3,6% dos emergentes, conforme levantamento do banco ABN Amro. "Os dois objetivos parecem desejáveis. A questão é quanto você prioriza um ou outro", diz Sampaio. EXPECTATIVA A economista-chefe do ABN Amro, Zeina Latif, que pregava a meta menor, reconhece que, nesse caso, o rumo da política monetária seria outro. Mas, ainda assim, mantém-se favorável aos 4%. Para ela, o foco da discussão deveria ser o médio prazo, não o curto. "Quem defendeu os 4,5% deve estar achando que estava certo. Eu acho que não", destacou. Sergio Vale, economista da MB Associados, acrescenta que a meta definida influencia a expectativa futura de inflação. "Nesse sentido, os 4% fariam mais sentido para baixar as expectativas mais à frente", afirmou Vale. O economista reconhece, contudo, que o centro da meta menor geraria "mais estresse agora" na definição da política econômica.

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