Além da economia

A fraqueza do PIB e os desafios do governo


O que tem a ver a e evolução da popularidade de Bolsonaro com o desempenho do PIB? Tudo. É mais do que sabido que o eleitorado do presidente votou contra a corrupção, contra as práticas políticas de sempre, mas também a favor da retomada do crescimento da economia e, por tabela, do bem-estar da população. Portanto, quem não está vendo uma perspectiva de virada radical da economia, com mais produção, mais empregos e mais salários, tende a ficar pelo menos mais reticente em relação ao novo governo.

Por Cida Damasco

A julgar pela pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, o período de graça do governo foi mais curto do que muitos imaginavam: a parcela da população que considera o governo Bolsonaro como ótimo ou bom está em 39%, o desempenho mais fraco em início de mandato na comparação com FHC, Lula e até com Dilma Rousseff,  E, se o cenário econômico for o que está pintado até o momento, as coisas não estão muito promissoras para o governo.

O crescimento do PIB de 2018 ficou em 1,1%, praticamente uma repetição do registrado em 2017, e um terço das previsões feitas no início do ano. As projeções para 2019, que já andaram nas vizinhanças de 3%, estão perto de 2,5%, na pesquisa Focus do Banco Central, e começam a ser revistas para baixo por vários analistas.

Mais preocupante ainda, a taxa de desemprego medida pelo IBGE, que havia atingido 11,6% no último trimestre de 2018, subiu para 12% no trimestre móvel de janeiro, o correspondente 12,7 milhões de pessoas sem ocupação -- o maior número desde agosto do ano passado, ainda que engordado também pela sazonalidade . Sutilezas e particularidades estatísticas à parte, trata-se, sem dúvida, de uma prova da persistente fraqueza do mercado de trabalho. Especialmente considerando-se que a tendência dominante é a informalidade, com todos os efeitos colaterais sobre a remuneração e a insegurança do trabalhador.

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Os resultados de 2018, embora não surpreendentes, deixam às claras que o circuito do crescimento continua obstruído, tanto pelo consumo como pelo investimento. O consumo das famílias aumentou 1,9% % sobre 2017 e os investimentos, 4,1% % -- este último um número satisfatório, depois de quatro anos negativos, mas ainda insuficiente para garantir um forte impulso à economia neste ano, o primeiro do governo Bolsonaro. A construção civil, vista como outro indicador importante de investimentos, caiu pelo quinto ano seguido, e não foi pouco (2,5%).

Os analistas apontam a parada dos caminhoneiros e as incertezas eleitorais como grandes responsáveis por essa atividade econômica morna. Mas é bom lembrar que o desempenho do quarto trimestre -- crescimento de apenas 0,1% sobre o anterior -- indica que, mesmo passados esses dois eventos, a economia continua empacada. A palavra é essa.

A equipe econômica, no momento, está 100% concentrada na aprovação da reforma da Previdência, prioridade das prioridades para evitar o colapso das finanças públicas. E nem poderia ser diferente, tendo em vista que os gastos previdenciários explodem, deixando um espaço cada vez mais reduzido para as despesas não obrigatórias. As mais sacrificadas, é óbvio, estão no terreno dos investimentos. Segundo dados do Ministério da Economia, a meta de ganho fiscal com a reforma, da ordem de R$ 1 trilhão para o período de 2020 a 2029, está abaixo de um terço do déficit projetado especificamente para o INSS -- sem contar, portanto, a Previdência dos servidores públicos.

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Para a população em geral, contudo, quando se fala em melhora da economia, está implícito um crescimento bem mais vistoso do que o obtido até agora e o previsto para o ano. Além disso, a própria reforma da Previdência ainda é encarada com desconfiança pelos não especialistas -- na pesquisa CNT/MDA, a divisão entre os que aprovam e os que desaprovam a reforma é na base do meio a meio.

Como se pode ver, está nas mãos do governo um desafio e tanto: convencer a população de que a reforma da Previdência não só é necessária como urgente, calibrar o projeto que chegou ao Congresso, com alguns "bodes e jabutis" e distorções, e ainda conduzir a política econômica para que, enquanto essas mudanças não ocorrem, algum estímulo ao crescimento venha atender às demandas mais imediatas dos cidadãos.

A julgar pela pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, o período de graça do governo foi mais curto do que muitos imaginavam: a parcela da população que considera o governo Bolsonaro como ótimo ou bom está em 39%, o desempenho mais fraco em início de mandato na comparação com FHC, Lula e até com Dilma Rousseff,  E, se o cenário econômico for o que está pintado até o momento, as coisas não estão muito promissoras para o governo.

O crescimento do PIB de 2018 ficou em 1,1%, praticamente uma repetição do registrado em 2017, e um terço das previsões feitas no início do ano. As projeções para 2019, que já andaram nas vizinhanças de 3%, estão perto de 2,5%, na pesquisa Focus do Banco Central, e começam a ser revistas para baixo por vários analistas.

Mais preocupante ainda, a taxa de desemprego medida pelo IBGE, que havia atingido 11,6% no último trimestre de 2018, subiu para 12% no trimestre móvel de janeiro, o correspondente 12,7 milhões de pessoas sem ocupação -- o maior número desde agosto do ano passado, ainda que engordado também pela sazonalidade . Sutilezas e particularidades estatísticas à parte, trata-se, sem dúvida, de uma prova da persistente fraqueza do mercado de trabalho. Especialmente considerando-se que a tendência dominante é a informalidade, com todos os efeitos colaterais sobre a remuneração e a insegurança do trabalhador.

Os resultados de 2018, embora não surpreendentes, deixam às claras que o circuito do crescimento continua obstruído, tanto pelo consumo como pelo investimento. O consumo das famílias aumentou 1,9% % sobre 2017 e os investimentos, 4,1% % -- este último um número satisfatório, depois de quatro anos negativos, mas ainda insuficiente para garantir um forte impulso à economia neste ano, o primeiro do governo Bolsonaro. A construção civil, vista como outro indicador importante de investimentos, caiu pelo quinto ano seguido, e não foi pouco (2,5%).

Os analistas apontam a parada dos caminhoneiros e as incertezas eleitorais como grandes responsáveis por essa atividade econômica morna. Mas é bom lembrar que o desempenho do quarto trimestre -- crescimento de apenas 0,1% sobre o anterior -- indica que, mesmo passados esses dois eventos, a economia continua empacada. A palavra é essa.

A equipe econômica, no momento, está 100% concentrada na aprovação da reforma da Previdência, prioridade das prioridades para evitar o colapso das finanças públicas. E nem poderia ser diferente, tendo em vista que os gastos previdenciários explodem, deixando um espaço cada vez mais reduzido para as despesas não obrigatórias. As mais sacrificadas, é óbvio, estão no terreno dos investimentos. Segundo dados do Ministério da Economia, a meta de ganho fiscal com a reforma, da ordem de R$ 1 trilhão para o período de 2020 a 2029, está abaixo de um terço do déficit projetado especificamente para o INSS -- sem contar, portanto, a Previdência dos servidores públicos.

Para a população em geral, contudo, quando se fala em melhora da economia, está implícito um crescimento bem mais vistoso do que o obtido até agora e o previsto para o ano. Além disso, a própria reforma da Previdência ainda é encarada com desconfiança pelos não especialistas -- na pesquisa CNT/MDA, a divisão entre os que aprovam e os que desaprovam a reforma é na base do meio a meio.

Como se pode ver, está nas mãos do governo um desafio e tanto: convencer a população de que a reforma da Previdência não só é necessária como urgente, calibrar o projeto que chegou ao Congresso, com alguns "bodes e jabutis" e distorções, e ainda conduzir a política econômica para que, enquanto essas mudanças não ocorrem, algum estímulo ao crescimento venha atender às demandas mais imediatas dos cidadãos.

A julgar pela pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, o período de graça do governo foi mais curto do que muitos imaginavam: a parcela da população que considera o governo Bolsonaro como ótimo ou bom está em 39%, o desempenho mais fraco em início de mandato na comparação com FHC, Lula e até com Dilma Rousseff,  E, se o cenário econômico for o que está pintado até o momento, as coisas não estão muito promissoras para o governo.

O crescimento do PIB de 2018 ficou em 1,1%, praticamente uma repetição do registrado em 2017, e um terço das previsões feitas no início do ano. As projeções para 2019, que já andaram nas vizinhanças de 3%, estão perto de 2,5%, na pesquisa Focus do Banco Central, e começam a ser revistas para baixo por vários analistas.

Mais preocupante ainda, a taxa de desemprego medida pelo IBGE, que havia atingido 11,6% no último trimestre de 2018, subiu para 12% no trimestre móvel de janeiro, o correspondente 12,7 milhões de pessoas sem ocupação -- o maior número desde agosto do ano passado, ainda que engordado também pela sazonalidade . Sutilezas e particularidades estatísticas à parte, trata-se, sem dúvida, de uma prova da persistente fraqueza do mercado de trabalho. Especialmente considerando-se que a tendência dominante é a informalidade, com todos os efeitos colaterais sobre a remuneração e a insegurança do trabalhador.

Os resultados de 2018, embora não surpreendentes, deixam às claras que o circuito do crescimento continua obstruído, tanto pelo consumo como pelo investimento. O consumo das famílias aumentou 1,9% % sobre 2017 e os investimentos, 4,1% % -- este último um número satisfatório, depois de quatro anos negativos, mas ainda insuficiente para garantir um forte impulso à economia neste ano, o primeiro do governo Bolsonaro. A construção civil, vista como outro indicador importante de investimentos, caiu pelo quinto ano seguido, e não foi pouco (2,5%).

Os analistas apontam a parada dos caminhoneiros e as incertezas eleitorais como grandes responsáveis por essa atividade econômica morna. Mas é bom lembrar que o desempenho do quarto trimestre -- crescimento de apenas 0,1% sobre o anterior -- indica que, mesmo passados esses dois eventos, a economia continua empacada. A palavra é essa.

A equipe econômica, no momento, está 100% concentrada na aprovação da reforma da Previdência, prioridade das prioridades para evitar o colapso das finanças públicas. E nem poderia ser diferente, tendo em vista que os gastos previdenciários explodem, deixando um espaço cada vez mais reduzido para as despesas não obrigatórias. As mais sacrificadas, é óbvio, estão no terreno dos investimentos. Segundo dados do Ministério da Economia, a meta de ganho fiscal com a reforma, da ordem de R$ 1 trilhão para o período de 2020 a 2029, está abaixo de um terço do déficit projetado especificamente para o INSS -- sem contar, portanto, a Previdência dos servidores públicos.

Para a população em geral, contudo, quando se fala em melhora da economia, está implícito um crescimento bem mais vistoso do que o obtido até agora e o previsto para o ano. Além disso, a própria reforma da Previdência ainda é encarada com desconfiança pelos não especialistas -- na pesquisa CNT/MDA, a divisão entre os que aprovam e os que desaprovam a reforma é na base do meio a meio.

Como se pode ver, está nas mãos do governo um desafio e tanto: convencer a população de que a reforma da Previdência não só é necessária como urgente, calibrar o projeto que chegou ao Congresso, com alguns "bodes e jabutis" e distorções, e ainda conduzir a política econômica para que, enquanto essas mudanças não ocorrem, algum estímulo ao crescimento venha atender às demandas mais imediatas dos cidadãos.

A julgar pela pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, o período de graça do governo foi mais curto do que muitos imaginavam: a parcela da população que considera o governo Bolsonaro como ótimo ou bom está em 39%, o desempenho mais fraco em início de mandato na comparação com FHC, Lula e até com Dilma Rousseff,  E, se o cenário econômico for o que está pintado até o momento, as coisas não estão muito promissoras para o governo.

O crescimento do PIB de 2018 ficou em 1,1%, praticamente uma repetição do registrado em 2017, e um terço das previsões feitas no início do ano. As projeções para 2019, que já andaram nas vizinhanças de 3%, estão perto de 2,5%, na pesquisa Focus do Banco Central, e começam a ser revistas para baixo por vários analistas.

Mais preocupante ainda, a taxa de desemprego medida pelo IBGE, que havia atingido 11,6% no último trimestre de 2018, subiu para 12% no trimestre móvel de janeiro, o correspondente 12,7 milhões de pessoas sem ocupação -- o maior número desde agosto do ano passado, ainda que engordado também pela sazonalidade . Sutilezas e particularidades estatísticas à parte, trata-se, sem dúvida, de uma prova da persistente fraqueza do mercado de trabalho. Especialmente considerando-se que a tendência dominante é a informalidade, com todos os efeitos colaterais sobre a remuneração e a insegurança do trabalhador.

Os resultados de 2018, embora não surpreendentes, deixam às claras que o circuito do crescimento continua obstruído, tanto pelo consumo como pelo investimento. O consumo das famílias aumentou 1,9% % sobre 2017 e os investimentos, 4,1% % -- este último um número satisfatório, depois de quatro anos negativos, mas ainda insuficiente para garantir um forte impulso à economia neste ano, o primeiro do governo Bolsonaro. A construção civil, vista como outro indicador importante de investimentos, caiu pelo quinto ano seguido, e não foi pouco (2,5%).

Os analistas apontam a parada dos caminhoneiros e as incertezas eleitorais como grandes responsáveis por essa atividade econômica morna. Mas é bom lembrar que o desempenho do quarto trimestre -- crescimento de apenas 0,1% sobre o anterior -- indica que, mesmo passados esses dois eventos, a economia continua empacada. A palavra é essa.

A equipe econômica, no momento, está 100% concentrada na aprovação da reforma da Previdência, prioridade das prioridades para evitar o colapso das finanças públicas. E nem poderia ser diferente, tendo em vista que os gastos previdenciários explodem, deixando um espaço cada vez mais reduzido para as despesas não obrigatórias. As mais sacrificadas, é óbvio, estão no terreno dos investimentos. Segundo dados do Ministério da Economia, a meta de ganho fiscal com a reforma, da ordem de R$ 1 trilhão para o período de 2020 a 2029, está abaixo de um terço do déficit projetado especificamente para o INSS -- sem contar, portanto, a Previdência dos servidores públicos.

Para a população em geral, contudo, quando se fala em melhora da economia, está implícito um crescimento bem mais vistoso do que o obtido até agora e o previsto para o ano. Além disso, a própria reforma da Previdência ainda é encarada com desconfiança pelos não especialistas -- na pesquisa CNT/MDA, a divisão entre os que aprovam e os que desaprovam a reforma é na base do meio a meio.

Como se pode ver, está nas mãos do governo um desafio e tanto: convencer a população de que a reforma da Previdência não só é necessária como urgente, calibrar o projeto que chegou ao Congresso, com alguns "bodes e jabutis" e distorções, e ainda conduzir a política econômica para que, enquanto essas mudanças não ocorrem, algum estímulo ao crescimento venha atender às demandas mais imediatas dos cidadãos.

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