Além da economia

Juro cai mais, indica BC. E agora?


A ata do Copom, divulgada nesta manhã pelo Banco Central (BC), confirma o que já estava claro no comunicado da última reunião: o juro básico deve continuar em queda e fechar 2019 em 5% ao ano. O mais baixo da história e se aproximando da realidade de vários países, em que as taxas andam em torno de zero, nesses tempos de economia estagnada.

Por Cida Damasco

Defendida há bom tempo por parte dos analistas e transformada mais recentemente quase num consenso, a queda do juro traz uma questão imediata. E agora? A pergunta, que já frequentava alguns círculos, "viralizou" particularmente depois da reunião do Copom, quando a Selic escorregou para 5,5% e levou o juro real para baixo de 2% ao ano.

Investidores de todos os "tamanhos", em especial aqueles que têm suas pequenas economias ancoradas em fundos de renda fixa e caderneta de poupança, se viram, de repente, com grandes dúvidas sobre o que fazer com seu dinheiro. Nos fundos, a cobrança de uma taxa de administração um pouco mais "salgada", como se diria em outros tempos, pode comer todo o rendimento. CDBs mais atraentes, só de prazos mais longo. E caderneta de poupança, de acordo com as recomendações de qualquer "coaching" financeiro, como se diz nesses tempos, mantém-se como abrigo apenas para quem teme se aventurar por qualquer outra aplicação. Ativos reais? Imóveis? Enfim, uma série de perguntas com respostas não tão óbvias. A escolha entre liquidez, segurança e retorno nunca foi tão essencial como nessa situação.

Do lado de quem recorre a empréstimos, pelo menos por enquanto talvez nem seja o caso de se abalar muito com essa queda. Claro que a lógica diz que um juro básico mais baixo tende a trazer para baixo também as taxas nas operações com pessoas físicas e jurídicas. Mas digamos que essa é uma lógica parcial. Como já se demonstrou à exaustão, a concentração do mercado financeiro mantém nas alturas os juros dos empréstimos e financiamentos. E ainda leva tempo para que fatores como a entrada das fintechs no mercado alterem essa "confortável" posição -- evidentemente, confortável apenas para as instituições financeiras.

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O fato é que, salvo algum desastre no cenário externo, esse quadro veio para ficar. A combinação de economia estagnada com inflação baixa -- no caso do Brasil, duas faces da mesma moeda -- praticamente impõe a derrubada dos juros. Ainda mais considerando-se a resistência da equipe econômica a medidas de caráter fiscal.

A expectativa de crescimento para 2019 ano mantém-se em torno de 0,8% e, para 2020, vai de 1,7% até 2%. E, no caso da inflação, o "cenário de mercado" destacado na própria ata do Copom é de uma projeção de 3,3% para o IPCA de 2019 e de 3,6% para 2020, em relação a metas de respectivamente 4,25% e 4% -- taxas compatíveis com a manutenção de uma Selic de 5% entre o fim deste ano e o fim do ano que vem. Nos mercados, já aparecem apostas para Selic abaixo de 5%. Pelo visto, a pergunta "E agora?" não vai desaparecer tão cedo.

Defendida há bom tempo por parte dos analistas e transformada mais recentemente quase num consenso, a queda do juro traz uma questão imediata. E agora? A pergunta, que já frequentava alguns círculos, "viralizou" particularmente depois da reunião do Copom, quando a Selic escorregou para 5,5% e levou o juro real para baixo de 2% ao ano.

Investidores de todos os "tamanhos", em especial aqueles que têm suas pequenas economias ancoradas em fundos de renda fixa e caderneta de poupança, se viram, de repente, com grandes dúvidas sobre o que fazer com seu dinheiro. Nos fundos, a cobrança de uma taxa de administração um pouco mais "salgada", como se diria em outros tempos, pode comer todo o rendimento. CDBs mais atraentes, só de prazos mais longo. E caderneta de poupança, de acordo com as recomendações de qualquer "coaching" financeiro, como se diz nesses tempos, mantém-se como abrigo apenas para quem teme se aventurar por qualquer outra aplicação. Ativos reais? Imóveis? Enfim, uma série de perguntas com respostas não tão óbvias. A escolha entre liquidez, segurança e retorno nunca foi tão essencial como nessa situação.

Do lado de quem recorre a empréstimos, pelo menos por enquanto talvez nem seja o caso de se abalar muito com essa queda. Claro que a lógica diz que um juro básico mais baixo tende a trazer para baixo também as taxas nas operações com pessoas físicas e jurídicas. Mas digamos que essa é uma lógica parcial. Como já se demonstrou à exaustão, a concentração do mercado financeiro mantém nas alturas os juros dos empréstimos e financiamentos. E ainda leva tempo para que fatores como a entrada das fintechs no mercado alterem essa "confortável" posição -- evidentemente, confortável apenas para as instituições financeiras.

O fato é que, salvo algum desastre no cenário externo, esse quadro veio para ficar. A combinação de economia estagnada com inflação baixa -- no caso do Brasil, duas faces da mesma moeda -- praticamente impõe a derrubada dos juros. Ainda mais considerando-se a resistência da equipe econômica a medidas de caráter fiscal.

A expectativa de crescimento para 2019 ano mantém-se em torno de 0,8% e, para 2020, vai de 1,7% até 2%. E, no caso da inflação, o "cenário de mercado" destacado na própria ata do Copom é de uma projeção de 3,3% para o IPCA de 2019 e de 3,6% para 2020, em relação a metas de respectivamente 4,25% e 4% -- taxas compatíveis com a manutenção de uma Selic de 5% entre o fim deste ano e o fim do ano que vem. Nos mercados, já aparecem apostas para Selic abaixo de 5%. Pelo visto, a pergunta "E agora?" não vai desaparecer tão cedo.

Defendida há bom tempo por parte dos analistas e transformada mais recentemente quase num consenso, a queda do juro traz uma questão imediata. E agora? A pergunta, que já frequentava alguns círculos, "viralizou" particularmente depois da reunião do Copom, quando a Selic escorregou para 5,5% e levou o juro real para baixo de 2% ao ano.

Investidores de todos os "tamanhos", em especial aqueles que têm suas pequenas economias ancoradas em fundos de renda fixa e caderneta de poupança, se viram, de repente, com grandes dúvidas sobre o que fazer com seu dinheiro. Nos fundos, a cobrança de uma taxa de administração um pouco mais "salgada", como se diria em outros tempos, pode comer todo o rendimento. CDBs mais atraentes, só de prazos mais longo. E caderneta de poupança, de acordo com as recomendações de qualquer "coaching" financeiro, como se diz nesses tempos, mantém-se como abrigo apenas para quem teme se aventurar por qualquer outra aplicação. Ativos reais? Imóveis? Enfim, uma série de perguntas com respostas não tão óbvias. A escolha entre liquidez, segurança e retorno nunca foi tão essencial como nessa situação.

Do lado de quem recorre a empréstimos, pelo menos por enquanto talvez nem seja o caso de se abalar muito com essa queda. Claro que a lógica diz que um juro básico mais baixo tende a trazer para baixo também as taxas nas operações com pessoas físicas e jurídicas. Mas digamos que essa é uma lógica parcial. Como já se demonstrou à exaustão, a concentração do mercado financeiro mantém nas alturas os juros dos empréstimos e financiamentos. E ainda leva tempo para que fatores como a entrada das fintechs no mercado alterem essa "confortável" posição -- evidentemente, confortável apenas para as instituições financeiras.

O fato é que, salvo algum desastre no cenário externo, esse quadro veio para ficar. A combinação de economia estagnada com inflação baixa -- no caso do Brasil, duas faces da mesma moeda -- praticamente impõe a derrubada dos juros. Ainda mais considerando-se a resistência da equipe econômica a medidas de caráter fiscal.

A expectativa de crescimento para 2019 ano mantém-se em torno de 0,8% e, para 2020, vai de 1,7% até 2%. E, no caso da inflação, o "cenário de mercado" destacado na própria ata do Copom é de uma projeção de 3,3% para o IPCA de 2019 e de 3,6% para 2020, em relação a metas de respectivamente 4,25% e 4% -- taxas compatíveis com a manutenção de uma Selic de 5% entre o fim deste ano e o fim do ano que vem. Nos mercados, já aparecem apostas para Selic abaixo de 5%. Pelo visto, a pergunta "E agora?" não vai desaparecer tão cedo.

Defendida há bom tempo por parte dos analistas e transformada mais recentemente quase num consenso, a queda do juro traz uma questão imediata. E agora? A pergunta, que já frequentava alguns círculos, "viralizou" particularmente depois da reunião do Copom, quando a Selic escorregou para 5,5% e levou o juro real para baixo de 2% ao ano.

Investidores de todos os "tamanhos", em especial aqueles que têm suas pequenas economias ancoradas em fundos de renda fixa e caderneta de poupança, se viram, de repente, com grandes dúvidas sobre o que fazer com seu dinheiro. Nos fundos, a cobrança de uma taxa de administração um pouco mais "salgada", como se diria em outros tempos, pode comer todo o rendimento. CDBs mais atraentes, só de prazos mais longo. E caderneta de poupança, de acordo com as recomendações de qualquer "coaching" financeiro, como se diz nesses tempos, mantém-se como abrigo apenas para quem teme se aventurar por qualquer outra aplicação. Ativos reais? Imóveis? Enfim, uma série de perguntas com respostas não tão óbvias. A escolha entre liquidez, segurança e retorno nunca foi tão essencial como nessa situação.

Do lado de quem recorre a empréstimos, pelo menos por enquanto talvez nem seja o caso de se abalar muito com essa queda. Claro que a lógica diz que um juro básico mais baixo tende a trazer para baixo também as taxas nas operações com pessoas físicas e jurídicas. Mas digamos que essa é uma lógica parcial. Como já se demonstrou à exaustão, a concentração do mercado financeiro mantém nas alturas os juros dos empréstimos e financiamentos. E ainda leva tempo para que fatores como a entrada das fintechs no mercado alterem essa "confortável" posição -- evidentemente, confortável apenas para as instituições financeiras.

O fato é que, salvo algum desastre no cenário externo, esse quadro veio para ficar. A combinação de economia estagnada com inflação baixa -- no caso do Brasil, duas faces da mesma moeda -- praticamente impõe a derrubada dos juros. Ainda mais considerando-se a resistência da equipe econômica a medidas de caráter fiscal.

A expectativa de crescimento para 2019 ano mantém-se em torno de 0,8% e, para 2020, vai de 1,7% até 2%. E, no caso da inflação, o "cenário de mercado" destacado na própria ata do Copom é de uma projeção de 3,3% para o IPCA de 2019 e de 3,6% para 2020, em relação a metas de respectivamente 4,25% e 4% -- taxas compatíveis com a manutenção de uma Selic de 5% entre o fim deste ano e o fim do ano que vem. Nos mercados, já aparecem apostas para Selic abaixo de 5%. Pelo visto, a pergunta "E agora?" não vai desaparecer tão cedo.

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