Além da economia

Mundo dos juros baixos veio para ficar. Pelo menos para os investidores


As dúvidas do mercado, nos últimos dias, não se concentravam no que o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, iria anunciar na reunião desta semana. Para analistas e investidores, era ponto pacífico que a Selic teria mais um corte de 0,5 ponto e chegaria a 5% ao ano, um novo recorde de baixa. O que muitos se perguntam, no entanto, é até quando vai se prolongar o atual ciclo de redução de juros. Em outras palavras, o que vai acontecer com a Selic em 2020, levando-se em conta a expectativa de que já estaria "contratado" um novo corte de 0,5 ponto no último encontro deste ano.

Por Cida Damasco

O comunicado divulgado pelo BC nesta quarta-feira, 30 de outubro, dá a entender que o ciclo vai em frente, apesar das ressalvas costumeiras em legítimo dialeto "coponês". As apostas dos mercados nessa direção já invadem o ano que vem, com base nas expectativas de que a inflação continuará sem gás e a atividade econômica morna, ainda que algum impulso à demanda melhore os resultados a partir deste último trimestre.

Com uma Selic no nível de 5% -- 1,65% em termos reais --, o Brasil está na oitava posição num ranking de juros mais elevados, entre 40 países. E não faz tanto tempo assim se mantinha na incômoda liderança dessa lista. Está cada vez mais próximo, portanto, do clube dos países com juros próximos do chão, que começou a se formar depois da grande crise de 2008 e cada vez recebe mais sócios, diante da persistente fraqueza da economia global. E desse clube não deverá sair tão cedo. Nos cálculos de especialistas, a taxa neutra para a economia brasileira seria por volta de 2% ao ano, quase meio ponto acima da atual.

Grandes e principalmente pequenos investidores já estão percebendo que o mundo dos juros não é mais o mesmo, inclusive por essas paragens. Quem estava acostumado a deixar suas reservas dormir em fundos conservadores e caderneta de poupança, descobriu que o máximo que conseguirá é não perder dinheiro -- e isso já será um feito e tanto. Cravar a atenção nas taxas de administração cobradas por bancos e corretoras tornou-se crucial para escolher suas aplicações.

continua após a publicidade

Ganhos mais polpudos pressupõem assumir mais riscos. O que é perfeitamente compatível com um cenário de inflação baixa e juros idem. Está à vista de todos a bolsa de valores bombando, batendo seguidos recordes e garantindo retorno expressivo aos investidores -- especialmente aos que dominam a "logistica" de trocar de posições na hora certa.

Na ponta contrária do mercado, ou seja, entre os tomadores de empréstimos e financiamentos, o mundo novo ainda está por chegar. Mesmo considerando-se a queda nas taxas observada durante os últimos meses, particularmente em linhas específicas como a do crédito imobiliário, no geral os juros continuam bastante elevados tanto para pessoas físicas como para pequenas e médias empresas. Segundo levantamento do BC, a taxa média de juros das operações contratadas em setembro chegou a 24,5% ao ano, praticamente cinco vezes a Selic. No crédito livre, alcançou 36,9% -- 51,3% para operações com famílias e 17,8% para empresas.

Já é visível, no entanto, o efeito positivo da queda dos juros sobre as contas públicas -- o que, em última instância, contribui para aliviar a pressão fiscal sobre a economia. A dívida mobiliária subiu de R$ 3,1 trilhões para R$ 3,4 trilhões entre agosto de 2018 para agosto de 2019 -- ou, em termos relativos, de 47,2% do PIB para 48,6%. Mas, com a derrubada da Selic, no mesmo período o custo médio do estoque da dívida caiu de 10,76% ao ano para 8,54% entre agosto de 2018 e agosto de 2019 -- e promete cair ainda mais, se "chuvas e trovoadas" não comprometerem a trajetória da inflação nos próximos meses.

O comunicado divulgado pelo BC nesta quarta-feira, 30 de outubro, dá a entender que o ciclo vai em frente, apesar das ressalvas costumeiras em legítimo dialeto "coponês". As apostas dos mercados nessa direção já invadem o ano que vem, com base nas expectativas de que a inflação continuará sem gás e a atividade econômica morna, ainda que algum impulso à demanda melhore os resultados a partir deste último trimestre.

Com uma Selic no nível de 5% -- 1,65% em termos reais --, o Brasil está na oitava posição num ranking de juros mais elevados, entre 40 países. E não faz tanto tempo assim se mantinha na incômoda liderança dessa lista. Está cada vez mais próximo, portanto, do clube dos países com juros próximos do chão, que começou a se formar depois da grande crise de 2008 e cada vez recebe mais sócios, diante da persistente fraqueza da economia global. E desse clube não deverá sair tão cedo. Nos cálculos de especialistas, a taxa neutra para a economia brasileira seria por volta de 2% ao ano, quase meio ponto acima da atual.

Grandes e principalmente pequenos investidores já estão percebendo que o mundo dos juros não é mais o mesmo, inclusive por essas paragens. Quem estava acostumado a deixar suas reservas dormir em fundos conservadores e caderneta de poupança, descobriu que o máximo que conseguirá é não perder dinheiro -- e isso já será um feito e tanto. Cravar a atenção nas taxas de administração cobradas por bancos e corretoras tornou-se crucial para escolher suas aplicações.

Ganhos mais polpudos pressupõem assumir mais riscos. O que é perfeitamente compatível com um cenário de inflação baixa e juros idem. Está à vista de todos a bolsa de valores bombando, batendo seguidos recordes e garantindo retorno expressivo aos investidores -- especialmente aos que dominam a "logistica" de trocar de posições na hora certa.

Na ponta contrária do mercado, ou seja, entre os tomadores de empréstimos e financiamentos, o mundo novo ainda está por chegar. Mesmo considerando-se a queda nas taxas observada durante os últimos meses, particularmente em linhas específicas como a do crédito imobiliário, no geral os juros continuam bastante elevados tanto para pessoas físicas como para pequenas e médias empresas. Segundo levantamento do BC, a taxa média de juros das operações contratadas em setembro chegou a 24,5% ao ano, praticamente cinco vezes a Selic. No crédito livre, alcançou 36,9% -- 51,3% para operações com famílias e 17,8% para empresas.

Já é visível, no entanto, o efeito positivo da queda dos juros sobre as contas públicas -- o que, em última instância, contribui para aliviar a pressão fiscal sobre a economia. A dívida mobiliária subiu de R$ 3,1 trilhões para R$ 3,4 trilhões entre agosto de 2018 para agosto de 2019 -- ou, em termos relativos, de 47,2% do PIB para 48,6%. Mas, com a derrubada da Selic, no mesmo período o custo médio do estoque da dívida caiu de 10,76% ao ano para 8,54% entre agosto de 2018 e agosto de 2019 -- e promete cair ainda mais, se "chuvas e trovoadas" não comprometerem a trajetória da inflação nos próximos meses.

O comunicado divulgado pelo BC nesta quarta-feira, 30 de outubro, dá a entender que o ciclo vai em frente, apesar das ressalvas costumeiras em legítimo dialeto "coponês". As apostas dos mercados nessa direção já invadem o ano que vem, com base nas expectativas de que a inflação continuará sem gás e a atividade econômica morna, ainda que algum impulso à demanda melhore os resultados a partir deste último trimestre.

Com uma Selic no nível de 5% -- 1,65% em termos reais --, o Brasil está na oitava posição num ranking de juros mais elevados, entre 40 países. E não faz tanto tempo assim se mantinha na incômoda liderança dessa lista. Está cada vez mais próximo, portanto, do clube dos países com juros próximos do chão, que começou a se formar depois da grande crise de 2008 e cada vez recebe mais sócios, diante da persistente fraqueza da economia global. E desse clube não deverá sair tão cedo. Nos cálculos de especialistas, a taxa neutra para a economia brasileira seria por volta de 2% ao ano, quase meio ponto acima da atual.

Grandes e principalmente pequenos investidores já estão percebendo que o mundo dos juros não é mais o mesmo, inclusive por essas paragens. Quem estava acostumado a deixar suas reservas dormir em fundos conservadores e caderneta de poupança, descobriu que o máximo que conseguirá é não perder dinheiro -- e isso já será um feito e tanto. Cravar a atenção nas taxas de administração cobradas por bancos e corretoras tornou-se crucial para escolher suas aplicações.

Ganhos mais polpudos pressupõem assumir mais riscos. O que é perfeitamente compatível com um cenário de inflação baixa e juros idem. Está à vista de todos a bolsa de valores bombando, batendo seguidos recordes e garantindo retorno expressivo aos investidores -- especialmente aos que dominam a "logistica" de trocar de posições na hora certa.

Na ponta contrária do mercado, ou seja, entre os tomadores de empréstimos e financiamentos, o mundo novo ainda está por chegar. Mesmo considerando-se a queda nas taxas observada durante os últimos meses, particularmente em linhas específicas como a do crédito imobiliário, no geral os juros continuam bastante elevados tanto para pessoas físicas como para pequenas e médias empresas. Segundo levantamento do BC, a taxa média de juros das operações contratadas em setembro chegou a 24,5% ao ano, praticamente cinco vezes a Selic. No crédito livre, alcançou 36,9% -- 51,3% para operações com famílias e 17,8% para empresas.

Já é visível, no entanto, o efeito positivo da queda dos juros sobre as contas públicas -- o que, em última instância, contribui para aliviar a pressão fiscal sobre a economia. A dívida mobiliária subiu de R$ 3,1 trilhões para R$ 3,4 trilhões entre agosto de 2018 para agosto de 2019 -- ou, em termos relativos, de 47,2% do PIB para 48,6%. Mas, com a derrubada da Selic, no mesmo período o custo médio do estoque da dívida caiu de 10,76% ao ano para 8,54% entre agosto de 2018 e agosto de 2019 -- e promete cair ainda mais, se "chuvas e trovoadas" não comprometerem a trajetória da inflação nos próximos meses.

O comunicado divulgado pelo BC nesta quarta-feira, 30 de outubro, dá a entender que o ciclo vai em frente, apesar das ressalvas costumeiras em legítimo dialeto "coponês". As apostas dos mercados nessa direção já invadem o ano que vem, com base nas expectativas de que a inflação continuará sem gás e a atividade econômica morna, ainda que algum impulso à demanda melhore os resultados a partir deste último trimestre.

Com uma Selic no nível de 5% -- 1,65% em termos reais --, o Brasil está na oitava posição num ranking de juros mais elevados, entre 40 países. E não faz tanto tempo assim se mantinha na incômoda liderança dessa lista. Está cada vez mais próximo, portanto, do clube dos países com juros próximos do chão, que começou a se formar depois da grande crise de 2008 e cada vez recebe mais sócios, diante da persistente fraqueza da economia global. E desse clube não deverá sair tão cedo. Nos cálculos de especialistas, a taxa neutra para a economia brasileira seria por volta de 2% ao ano, quase meio ponto acima da atual.

Grandes e principalmente pequenos investidores já estão percebendo que o mundo dos juros não é mais o mesmo, inclusive por essas paragens. Quem estava acostumado a deixar suas reservas dormir em fundos conservadores e caderneta de poupança, descobriu que o máximo que conseguirá é não perder dinheiro -- e isso já será um feito e tanto. Cravar a atenção nas taxas de administração cobradas por bancos e corretoras tornou-se crucial para escolher suas aplicações.

Ganhos mais polpudos pressupõem assumir mais riscos. O que é perfeitamente compatível com um cenário de inflação baixa e juros idem. Está à vista de todos a bolsa de valores bombando, batendo seguidos recordes e garantindo retorno expressivo aos investidores -- especialmente aos que dominam a "logistica" de trocar de posições na hora certa.

Na ponta contrária do mercado, ou seja, entre os tomadores de empréstimos e financiamentos, o mundo novo ainda está por chegar. Mesmo considerando-se a queda nas taxas observada durante os últimos meses, particularmente em linhas específicas como a do crédito imobiliário, no geral os juros continuam bastante elevados tanto para pessoas físicas como para pequenas e médias empresas. Segundo levantamento do BC, a taxa média de juros das operações contratadas em setembro chegou a 24,5% ao ano, praticamente cinco vezes a Selic. No crédito livre, alcançou 36,9% -- 51,3% para operações com famílias e 17,8% para empresas.

Já é visível, no entanto, o efeito positivo da queda dos juros sobre as contas públicas -- o que, em última instância, contribui para aliviar a pressão fiscal sobre a economia. A dívida mobiliária subiu de R$ 3,1 trilhões para R$ 3,4 trilhões entre agosto de 2018 para agosto de 2019 -- ou, em termos relativos, de 47,2% do PIB para 48,6%. Mas, com a derrubada da Selic, no mesmo período o custo médio do estoque da dívida caiu de 10,76% ao ano para 8,54% entre agosto de 2018 e agosto de 2019 -- e promete cair ainda mais, se "chuvas e trovoadas" não comprometerem a trajetória da inflação nos próximos meses.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.