Bastidores do mundo dos negócios

Com Correios e GPA, BR Partners tem segunda maior valorização entre IPOs do ano


Por Niviane Magalhões
 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na mesma semana em que suas ações começaram a ser negociadas, o banco de investimento BR Partners apareceu como estruturador da venda da fatia do grupo francês Casino no GPA e vencedor da licitação para a modelagem da privatização dos Correios. Resultado: ganhou mais de R$ 500 milhões de valor de mercado em cinco dias, com 32% de alta nos papéis, segunda maior valorização entre todas as ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) deste ano. Ficou atrás apenas de Assai, ponto fora da curva, que subiu 408% na primeira semana de negociação. Assim, o BR Partners passou de R$ 1,67 bilhão para R$ 2,21 bilhões em valor de mercado - e há potencial para mais, já que a instituição também levou o processo de avaliação da Eletrobrás para a capitalização, como revelou o Estadão/Broadcast. Às 15:30, a alta nos papéis do banco era de 7,72%.

Apesar de ter sido feito com distribuição restrita - modelo mais simples e voltado apenas a profissionais do mercado -, o IPO do BR Partners teve uma base diversificada de investidores locais e internacionais, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast. Muitos investidores qualificados pessoa física também compraram os papéis, ao longo da semana.

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Com a forte alta das ações e mais liquidez, grandes fundos compraram mais papéis do banco, como é o caso dos geridos pela Truxt Investimentos. Procurada, o BR Partners não se pronunciou, devido ao período de silêncio.

Para Jorge Junqueira, sócio gestor Gauss Capital, que participou da oferta, há quatro motivos para a alta. Precificado a R$ 16, o papel começou a ser negociado com um valuation (arbitragem de valor) interessante para os investidores e segue em patamar atrativo. "O banco permitiu que o papel fosse precificado em um preço confortável em relação ao que o mercado estimava, pois precisava de capital para ter presença mais dominante nas emissões", diz ele. "Com isso, consegue expandir seu portfólio e garantir ofertas mais atraentes como, por exemplo, com a oferta de garantias firmes (ou seja, quando dá à empresa a garantia de que irá comprar todas suas ações, caso seja necessário, na captação)". Com o valor captado no IPO, afirma, a instituição agora está apta a entrar em ofertas melhores.

O valuation também está inferior ao de companhias comparáveis, principalmente no exterior. "Além disso, com a entrada do capital do IPO e novas ofertas, o lucro será maior, junto ao otimismo com o mercado de capitais no Brasil, que tem tendência de crescimento", diz ele.

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Além disso, há os novos negócios como Correios e Eletrobrás. "São casos emblemáticos e o banco tem um histórico positivo", diz ele. "Quando houve a fusão entre o grupo Soma e a Cia Hering foi tudo muito rápido e o banco se saiu muito bem."

Banco já participou de outras operações relevantes este ano

Entre outros processos de fusões e aquisições que o banco de investimento participou neste ano estão a da BR Mania & Local, TPC & JSL e Biosev & Raízen, o que garantiu um primeiro trimestre com aumento de 49% no lucro líquido, a R$ 32 milhões, em relação a um ano antes, retorno sobre patrimônio (ROE) de 40% e receitas do mercado de capitais que quase dobraram.

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"Foi um início de ano forte para a empresa, que tem melhorado a cada mês, com a carteira de negócios sugerindo que as receitas devem permanecer fortes nos próximos trimestres", disse o analista BTG Pactual Eduardo Rosman, em relatório.

Para o futuro, Junqueira afirma que os bancos de investimentos líderes continuarão dominantes, "mas quando pensamos em fusões e aquisições, o BR Partners deve se beneficiar, pois tem conseguido respeito do mercado, aumentando assim sua participação".

 

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 28/06/2021 às 07h30

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 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na mesma semana em que suas ações começaram a ser negociadas, o banco de investimento BR Partners apareceu como estruturador da venda da fatia do grupo francês Casino no GPA e vencedor da licitação para a modelagem da privatização dos Correios. Resultado: ganhou mais de R$ 500 milhões de valor de mercado em cinco dias, com 32% de alta nos papéis, segunda maior valorização entre todas as ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) deste ano. Ficou atrás apenas de Assai, ponto fora da curva, que subiu 408% na primeira semana de negociação. Assim, o BR Partners passou de R$ 1,67 bilhão para R$ 2,21 bilhões em valor de mercado - e há potencial para mais, já que a instituição também levou o processo de avaliação da Eletrobrás para a capitalização, como revelou o Estadão/Broadcast. Às 15:30, a alta nos papéis do banco era de 7,72%.

Apesar de ter sido feito com distribuição restrita - modelo mais simples e voltado apenas a profissionais do mercado -, o IPO do BR Partners teve uma base diversificada de investidores locais e internacionais, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast. Muitos investidores qualificados pessoa física também compraram os papéis, ao longo da semana.

Com a forte alta das ações e mais liquidez, grandes fundos compraram mais papéis do banco, como é o caso dos geridos pela Truxt Investimentos. Procurada, o BR Partners não se pronunciou, devido ao período de silêncio.

Para Jorge Junqueira, sócio gestor Gauss Capital, que participou da oferta, há quatro motivos para a alta. Precificado a R$ 16, o papel começou a ser negociado com um valuation (arbitragem de valor) interessante para os investidores e segue em patamar atrativo. "O banco permitiu que o papel fosse precificado em um preço confortável em relação ao que o mercado estimava, pois precisava de capital para ter presença mais dominante nas emissões", diz ele. "Com isso, consegue expandir seu portfólio e garantir ofertas mais atraentes como, por exemplo, com a oferta de garantias firmes (ou seja, quando dá à empresa a garantia de que irá comprar todas suas ações, caso seja necessário, na captação)". Com o valor captado no IPO, afirma, a instituição agora está apta a entrar em ofertas melhores.

O valuation também está inferior ao de companhias comparáveis, principalmente no exterior. "Além disso, com a entrada do capital do IPO e novas ofertas, o lucro será maior, junto ao otimismo com o mercado de capitais no Brasil, que tem tendência de crescimento", diz ele.

Além disso, há os novos negócios como Correios e Eletrobrás. "São casos emblemáticos e o banco tem um histórico positivo", diz ele. "Quando houve a fusão entre o grupo Soma e a Cia Hering foi tudo muito rápido e o banco se saiu muito bem."

Banco já participou de outras operações relevantes este ano

Entre outros processos de fusões e aquisições que o banco de investimento participou neste ano estão a da BR Mania & Local, TPC & JSL e Biosev & Raízen, o que garantiu um primeiro trimestre com aumento de 49% no lucro líquido, a R$ 32 milhões, em relação a um ano antes, retorno sobre patrimônio (ROE) de 40% e receitas do mercado de capitais que quase dobraram.

"Foi um início de ano forte para a empresa, que tem melhorado a cada mês, com a carteira de negócios sugerindo que as receitas devem permanecer fortes nos próximos trimestres", disse o analista BTG Pactual Eduardo Rosman, em relatório.

Para o futuro, Junqueira afirma que os bancos de investimentos líderes continuarão dominantes, "mas quando pensamos em fusões e aquisições, o BR Partners deve se beneficiar, pois tem conseguido respeito do mercado, aumentando assim sua participação".

 

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Apesar de ter sido feito com distribuição restrita - modelo mais simples e voltado apenas a profissionais do mercado -, o IPO do BR Partners teve uma base diversificada de investidores locais e internacionais, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast. Muitos investidores qualificados pessoa física também compraram os papéis, ao longo da semana.

Com a forte alta das ações e mais liquidez, grandes fundos compraram mais papéis do banco, como é o caso dos geridos pela Truxt Investimentos. Procurada, o BR Partners não se pronunciou, devido ao período de silêncio.

Para Jorge Junqueira, sócio gestor Gauss Capital, que participou da oferta, há quatro motivos para a alta. Precificado a R$ 16, o papel começou a ser negociado com um valuation (arbitragem de valor) interessante para os investidores e segue em patamar atrativo. "O banco permitiu que o papel fosse precificado em um preço confortável em relação ao que o mercado estimava, pois precisava de capital para ter presença mais dominante nas emissões", diz ele. "Com isso, consegue expandir seu portfólio e garantir ofertas mais atraentes como, por exemplo, com a oferta de garantias firmes (ou seja, quando dá à empresa a garantia de que irá comprar todas suas ações, caso seja necessário, na captação)". Com o valor captado no IPO, afirma, a instituição agora está apta a entrar em ofertas melhores.

O valuation também está inferior ao de companhias comparáveis, principalmente no exterior. "Além disso, com a entrada do capital do IPO e novas ofertas, o lucro será maior, junto ao otimismo com o mercado de capitais no Brasil, que tem tendência de crescimento", diz ele.

Além disso, há os novos negócios como Correios e Eletrobrás. "São casos emblemáticos e o banco tem um histórico positivo", diz ele. "Quando houve a fusão entre o grupo Soma e a Cia Hering foi tudo muito rápido e o banco se saiu muito bem."

Banco já participou de outras operações relevantes este ano

Entre outros processos de fusões e aquisições que o banco de investimento participou neste ano estão a da BR Mania & Local, TPC & JSL e Biosev & Raízen, o que garantiu um primeiro trimestre com aumento de 49% no lucro líquido, a R$ 32 milhões, em relação a um ano antes, retorno sobre patrimônio (ROE) de 40% e receitas do mercado de capitais que quase dobraram.

"Foi um início de ano forte para a empresa, que tem melhorado a cada mês, com a carteira de negócios sugerindo que as receitas devem permanecer fortes nos próximos trimestres", disse o analista BTG Pactual Eduardo Rosman, em relatório.

Para o futuro, Junqueira afirma que os bancos de investimentos líderes continuarão dominantes, "mas quando pensamos em fusões e aquisições, o BR Partners deve se beneficiar, pois tem conseguido respeito do mercado, aumentando assim sua participação".

 

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Apesar de ter sido feito com distribuição restrita - modelo mais simples e voltado apenas a profissionais do mercado -, o IPO do BR Partners teve uma base diversificada de investidores locais e internacionais, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast. Muitos investidores qualificados pessoa física também compraram os papéis, ao longo da semana.

Com a forte alta das ações e mais liquidez, grandes fundos compraram mais papéis do banco, como é o caso dos geridos pela Truxt Investimentos. Procurada, o BR Partners não se pronunciou, devido ao período de silêncio.

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O valuation também está inferior ao de companhias comparáveis, principalmente no exterior. "Além disso, com a entrada do capital do IPO e novas ofertas, o lucro será maior, junto ao otimismo com o mercado de capitais no Brasil, que tem tendência de crescimento", diz ele.

Além disso, há os novos negócios como Correios e Eletrobrás. "São casos emblemáticos e o banco tem um histórico positivo", diz ele. "Quando houve a fusão entre o grupo Soma e a Cia Hering foi tudo muito rápido e o banco se saiu muito bem."

Banco já participou de outras operações relevantes este ano

Entre outros processos de fusões e aquisições que o banco de investimento participou neste ano estão a da BR Mania & Local, TPC & JSL e Biosev & Raízen, o que garantiu um primeiro trimestre com aumento de 49% no lucro líquido, a R$ 32 milhões, em relação a um ano antes, retorno sobre patrimônio (ROE) de 40% e receitas do mercado de capitais que quase dobraram.

"Foi um início de ano forte para a empresa, que tem melhorado a cada mês, com a carteira de negócios sugerindo que as receitas devem permanecer fortes nos próximos trimestres", disse o analista BTG Pactual Eduardo Rosman, em relatório.

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