Bastidores do mundo dos negócios

Ações de varejistas perdem até 47% de valor com inflação e juros em alta


Por Talita Nascimento e Luisa Laval
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As empresas do comércio eletrônico brasileiro já tiveram momentos melhores na B3. O Magazine Luiza, por exemplo, já caiu 33,53% em 2021. Só em setembro, a queda passa de 9%. No mesmo mês, a Via (dona da Casas Bahia e do Ponto) caiu 18,58% - no ano, a desvalorização é de 47%. A Americanas SA (empresa resultante da fusão das operações da Lojas Americanas e B2W) já teve queda de mais de 11% no mesmo período de setembro. O diagnóstico é simples. O varejo não ficou inerte à piora da situação macroeconômica do País. Além disso, o avanço da competição no e-commerce também pesa nos papéis.

Para os próximos meses, a previsão ainda é de nuvens sobre o setor. O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, diz que um dos maiores problemas está na inflação ligada à escassez de componentes, que se observa no Brasil e no mundo, e afeta o abastecimento dos mais variados produtos. "Para os próximos meses, não vemos o varejo com muita oferta", diz.

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Esse diagnóstico pode afetar inclusive uma data de aquecimento do consumo: a Black Friday. Isso porque sem estoques não há como fazer grandes promoções. Terra aponta que os fundamentos do setor -  confiança do consumidor, crédito e renda - estão afetados pelo momento econômico do País.

"O consumidor, principalmente nas faixas de renda menor, vai perdendo poder de compra com a inflação. Os juros estão subindo, o que encarece o crédito, e a confiança está deteriorando. Há um problema nos fundamentos do setor", afirma. Ele explica ainda que a inflação também aumenta os custos das empresas, o que compromete seus resultados.

Competição mais acirrada

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Os analistas da XP Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday, porém, fazem uma ressalva para além da macroeconomia. Para eles, a competição mais acirrada tem sido uma preocupação crescente no segmento. "Os lucros divulgados recentemente mostraram margens pressionadas e comissões menores, enquanto empresas internacionais como Amazon e Shopee continuam investindo fortemente no país. Acreditamos que a dinâmica de curto prazo deve permanecer pressionada, embora, após a recente venda desses papéis, o valor das ações está mais próximo ou abaixo dos níveis observados no pico da pandemia", escrevem

Eles concordam, no entanto, que "o aumento dos riscos políticos e fiscais combinados com preocupações de uma inflação mais elevada aumentaram a percepção de risco no Brasil, o que leva a um aumento da expectativa de juros". Como resultado, na visão da casa, os investidores buscam diversificação para renda fixa, câmbio e ativos internacionais. A aversão a risco motiva ainda a migração para papéis de "maior qualidade e mais seguros", na visão dos analistas. Por fim, o contexto leva à redução de exposição a papéis mais correlacionados aos juros, como empresas de e-commerce e tecnologia.

Outras casas de análise caminham pelo mesmo lado. Segundo a Genial Investimentos, a culpa principal é do ambiente macro, já que as empresas continuam apresentando fortes resultados operacionais. "Acreditamos que o desempenho negativo das ações está mais atrelado ao cenário macroeconômico do que por qualquer fundamento delas. Ao analisarmos os fundamentos, observamos neste último ano dados encorajantes sobre as vendas no varejo, bem como sólidos resultados reportados, demonstrando forte crescimento na receita com ganhos de marketshare e melhora de eficiência operacional", avaliam os analistas Rafael Rehder e Eduardo Nishio.

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Para eles, o futuro incerto para o País é o grande empecilho para os papéis das varejistas. "Em um cenário de juros elevados, é normal observarmos uma queda no valor das ações devido ao aumento da taxa de desconto esperada pelo acionista. Entretanto, se tratando de consumo discricionário, a taxa de juros elevada pode ainda resultar na redução do consumo, impactando a receita futura das companhias", apontam. Como os nomes no mercado são fortes, a competição fica ainda mais acirrada para dividir um cobertor cada vez menor.

A saída, para Terra, da SBVC, pode estar na postura do Banco Central e em um cenário político menos conturbado. "O Banco Central tem se mostrado mais atuante na política de juros, o que pode segurar a inflação. Tem uma trégua política, que parece ter sido verdade, e pode melhorar a confiança. Já o abastecimento ainda é uma incógnita", afirma.

 

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Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 20/09/2021 às 07h30.

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As empresas do comércio eletrônico brasileiro já tiveram momentos melhores na B3. O Magazine Luiza, por exemplo, já caiu 33,53% em 2021. Só em setembro, a queda passa de 9%. No mesmo mês, a Via (dona da Casas Bahia e do Ponto) caiu 18,58% - no ano, a desvalorização é de 47%. A Americanas SA (empresa resultante da fusão das operações da Lojas Americanas e B2W) já teve queda de mais de 11% no mesmo período de setembro. O diagnóstico é simples. O varejo não ficou inerte à piora da situação macroeconômica do País. Além disso, o avanço da competição no e-commerce também pesa nos papéis.

Para os próximos meses, a previsão ainda é de nuvens sobre o setor. O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, diz que um dos maiores problemas está na inflação ligada à escassez de componentes, que se observa no Brasil e no mundo, e afeta o abastecimento dos mais variados produtos. "Para os próximos meses, não vemos o varejo com muita oferta", diz.

Esse diagnóstico pode afetar inclusive uma data de aquecimento do consumo: a Black Friday. Isso porque sem estoques não há como fazer grandes promoções. Terra aponta que os fundamentos do setor -  confiança do consumidor, crédito e renda - estão afetados pelo momento econômico do País.

"O consumidor, principalmente nas faixas de renda menor, vai perdendo poder de compra com a inflação. Os juros estão subindo, o que encarece o crédito, e a confiança está deteriorando. Há um problema nos fundamentos do setor", afirma. Ele explica ainda que a inflação também aumenta os custos das empresas, o que compromete seus resultados.

Competição mais acirrada

Os analistas da XP Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday, porém, fazem uma ressalva para além da macroeconomia. Para eles, a competição mais acirrada tem sido uma preocupação crescente no segmento. "Os lucros divulgados recentemente mostraram margens pressionadas e comissões menores, enquanto empresas internacionais como Amazon e Shopee continuam investindo fortemente no país. Acreditamos que a dinâmica de curto prazo deve permanecer pressionada, embora, após a recente venda desses papéis, o valor das ações está mais próximo ou abaixo dos níveis observados no pico da pandemia", escrevem

Eles concordam, no entanto, que "o aumento dos riscos políticos e fiscais combinados com preocupações de uma inflação mais elevada aumentaram a percepção de risco no Brasil, o que leva a um aumento da expectativa de juros". Como resultado, na visão da casa, os investidores buscam diversificação para renda fixa, câmbio e ativos internacionais. A aversão a risco motiva ainda a migração para papéis de "maior qualidade e mais seguros", na visão dos analistas. Por fim, o contexto leva à redução de exposição a papéis mais correlacionados aos juros, como empresas de e-commerce e tecnologia.

Outras casas de análise caminham pelo mesmo lado. Segundo a Genial Investimentos, a culpa principal é do ambiente macro, já que as empresas continuam apresentando fortes resultados operacionais. "Acreditamos que o desempenho negativo das ações está mais atrelado ao cenário macroeconômico do que por qualquer fundamento delas. Ao analisarmos os fundamentos, observamos neste último ano dados encorajantes sobre as vendas no varejo, bem como sólidos resultados reportados, demonstrando forte crescimento na receita com ganhos de marketshare e melhora de eficiência operacional", avaliam os analistas Rafael Rehder e Eduardo Nishio.

Para eles, o futuro incerto para o País é o grande empecilho para os papéis das varejistas. "Em um cenário de juros elevados, é normal observarmos uma queda no valor das ações devido ao aumento da taxa de desconto esperada pelo acionista. Entretanto, se tratando de consumo discricionário, a taxa de juros elevada pode ainda resultar na redução do consumo, impactando a receita futura das companhias", apontam. Como os nomes no mercado são fortes, a competição fica ainda mais acirrada para dividir um cobertor cada vez menor.

A saída, para Terra, da SBVC, pode estar na postura do Banco Central e em um cenário político menos conturbado. "O Banco Central tem se mostrado mais atuante na política de juros, o que pode segurar a inflação. Tem uma trégua política, que parece ter sido verdade, e pode melhorar a confiança. Já o abastecimento ainda é uma incógnita", afirma.

 

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Para os próximos meses, a previsão ainda é de nuvens sobre o setor. O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, diz que um dos maiores problemas está na inflação ligada à escassez de componentes, que se observa no Brasil e no mundo, e afeta o abastecimento dos mais variados produtos. "Para os próximos meses, não vemos o varejo com muita oferta", diz.

Esse diagnóstico pode afetar inclusive uma data de aquecimento do consumo: a Black Friday. Isso porque sem estoques não há como fazer grandes promoções. Terra aponta que os fundamentos do setor -  confiança do consumidor, crédito e renda - estão afetados pelo momento econômico do País.

"O consumidor, principalmente nas faixas de renda menor, vai perdendo poder de compra com a inflação. Os juros estão subindo, o que encarece o crédito, e a confiança está deteriorando. Há um problema nos fundamentos do setor", afirma. Ele explica ainda que a inflação também aumenta os custos das empresas, o que compromete seus resultados.

Competição mais acirrada

Os analistas da XP Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday, porém, fazem uma ressalva para além da macroeconomia. Para eles, a competição mais acirrada tem sido uma preocupação crescente no segmento. "Os lucros divulgados recentemente mostraram margens pressionadas e comissões menores, enquanto empresas internacionais como Amazon e Shopee continuam investindo fortemente no país. Acreditamos que a dinâmica de curto prazo deve permanecer pressionada, embora, após a recente venda desses papéis, o valor das ações está mais próximo ou abaixo dos níveis observados no pico da pandemia", escrevem

Eles concordam, no entanto, que "o aumento dos riscos políticos e fiscais combinados com preocupações de uma inflação mais elevada aumentaram a percepção de risco no Brasil, o que leva a um aumento da expectativa de juros". Como resultado, na visão da casa, os investidores buscam diversificação para renda fixa, câmbio e ativos internacionais. A aversão a risco motiva ainda a migração para papéis de "maior qualidade e mais seguros", na visão dos analistas. Por fim, o contexto leva à redução de exposição a papéis mais correlacionados aos juros, como empresas de e-commerce e tecnologia.

Outras casas de análise caminham pelo mesmo lado. Segundo a Genial Investimentos, a culpa principal é do ambiente macro, já que as empresas continuam apresentando fortes resultados operacionais. "Acreditamos que o desempenho negativo das ações está mais atrelado ao cenário macroeconômico do que por qualquer fundamento delas. Ao analisarmos os fundamentos, observamos neste último ano dados encorajantes sobre as vendas no varejo, bem como sólidos resultados reportados, demonstrando forte crescimento na receita com ganhos de marketshare e melhora de eficiência operacional", avaliam os analistas Rafael Rehder e Eduardo Nishio.

Para eles, o futuro incerto para o País é o grande empecilho para os papéis das varejistas. "Em um cenário de juros elevados, é normal observarmos uma queda no valor das ações devido ao aumento da taxa de desconto esperada pelo acionista. Entretanto, se tratando de consumo discricionário, a taxa de juros elevada pode ainda resultar na redução do consumo, impactando a receita futura das companhias", apontam. Como os nomes no mercado são fortes, a competição fica ainda mais acirrada para dividir um cobertor cada vez menor.

A saída, para Terra, da SBVC, pode estar na postura do Banco Central e em um cenário político menos conturbado. "O Banco Central tem se mostrado mais atuante na política de juros, o que pode segurar a inflação. Tem uma trégua política, que parece ter sido verdade, e pode melhorar a confiança. Já o abastecimento ainda é uma incógnita", afirma.

 

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Para os próximos meses, a previsão ainda é de nuvens sobre o setor. O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, diz que um dos maiores problemas está na inflação ligada à escassez de componentes, que se observa no Brasil e no mundo, e afeta o abastecimento dos mais variados produtos. "Para os próximos meses, não vemos o varejo com muita oferta", diz.

Esse diagnóstico pode afetar inclusive uma data de aquecimento do consumo: a Black Friday. Isso porque sem estoques não há como fazer grandes promoções. Terra aponta que os fundamentos do setor -  confiança do consumidor, crédito e renda - estão afetados pelo momento econômico do País.

"O consumidor, principalmente nas faixas de renda menor, vai perdendo poder de compra com a inflação. Os juros estão subindo, o que encarece o crédito, e a confiança está deteriorando. Há um problema nos fundamentos do setor", afirma. Ele explica ainda que a inflação também aumenta os custos das empresas, o que compromete seus resultados.

Competição mais acirrada

Os analistas da XP Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday, porém, fazem uma ressalva para além da macroeconomia. Para eles, a competição mais acirrada tem sido uma preocupação crescente no segmento. "Os lucros divulgados recentemente mostraram margens pressionadas e comissões menores, enquanto empresas internacionais como Amazon e Shopee continuam investindo fortemente no país. Acreditamos que a dinâmica de curto prazo deve permanecer pressionada, embora, após a recente venda desses papéis, o valor das ações está mais próximo ou abaixo dos níveis observados no pico da pandemia", escrevem

Eles concordam, no entanto, que "o aumento dos riscos políticos e fiscais combinados com preocupações de uma inflação mais elevada aumentaram a percepção de risco no Brasil, o que leva a um aumento da expectativa de juros". Como resultado, na visão da casa, os investidores buscam diversificação para renda fixa, câmbio e ativos internacionais. A aversão a risco motiva ainda a migração para papéis de "maior qualidade e mais seguros", na visão dos analistas. Por fim, o contexto leva à redução de exposição a papéis mais correlacionados aos juros, como empresas de e-commerce e tecnologia.

Outras casas de análise caminham pelo mesmo lado. Segundo a Genial Investimentos, a culpa principal é do ambiente macro, já que as empresas continuam apresentando fortes resultados operacionais. "Acreditamos que o desempenho negativo das ações está mais atrelado ao cenário macroeconômico do que por qualquer fundamento delas. Ao analisarmos os fundamentos, observamos neste último ano dados encorajantes sobre as vendas no varejo, bem como sólidos resultados reportados, demonstrando forte crescimento na receita com ganhos de marketshare e melhora de eficiência operacional", avaliam os analistas Rafael Rehder e Eduardo Nishio.

Para eles, o futuro incerto para o País é o grande empecilho para os papéis das varejistas. "Em um cenário de juros elevados, é normal observarmos uma queda no valor das ações devido ao aumento da taxa de desconto esperada pelo acionista. Entretanto, se tratando de consumo discricionário, a taxa de juros elevada pode ainda resultar na redução do consumo, impactando a receita futura das companhias", apontam. Como os nomes no mercado são fortes, a competição fica ainda mais acirrada para dividir um cobertor cada vez menor.

A saída, para Terra, da SBVC, pode estar na postura do Banco Central e em um cenário político menos conturbado. "O Banco Central tem se mostrado mais atuante na política de juros, o que pode segurar a inflação. Tem uma trégua política, que parece ter sido verdade, e pode melhorar a confiança. Já o abastecimento ainda é uma incógnita", afirma.

 

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