Bastidores do mundo dos negócios

Bradesco diz não ter pressa para achar sócios para seus bancos digitais


Por Altamiro Silva Junior e Matheus Piovesana
Next, uma das marcas de banco digital do Bradesco    Foto: Egberto Nogueira

Mais do que atrair novos clientes para seus bancos digitais, o Bradesco tenta fazer com que os atuais correntistas usem mais produtos financeiros de Next, Bits e Digio, as três marcas da casa. O banco avalia ter um sócio nessa estratégia, mas em tempos de juros em alta e reprecificação mundial dos ativos de risco, não tem pressa.

"Não temos urgência. Esse negócio vai começar a dar lucro e trazer por equivalência o lucro para dentro do Bradesco", disse à coluna o presidente do banco, Octavio de Lazari, no encerramento do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

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Os bancos digitais do Bradesco viveram dois anos de rápido crescimento. Agora, a prioridade é colher os frutos. Lazari afirmou que houve uma escolha: crescer em velocidade menor, mas usando parte do investimento para fidelizar e aumentar o ganho com cada cliente. "É menos investimento em aquisição para rentabilizar o cliente que já conquistou." Neste momento, disse, a conta se paga.

Investidores repensam valores atribuídos a neobancos

Esse é o tipo de estratégia que está no centro das atenções do mercado quando se fala em bancos digitais. Com as captações de recursos mais caras e o crédito piorando, investidores têm reavaliado os valores que atribuem aos neobancos, uma vez que ou eles abrem mão do crescimento ou pagam o preço de uma inadimplência mais alta.

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A recepção aos balanços de Nubank e Inter no primeiro trimestre escancarou essa avaliação. A fintech conhecida pelo cartão de crédito roxinho manteve o pé no acelerador. O banco mineiro, por sua vez, preferiu a cautela.

Nessa corrida por rentabilidade, o Bradesco aposta na ampla prateleira de produtos de seu principal negócio. Como mostrou a Coluna em março, é a essa cesta de opções que o Digio, controlado exclusivamente pelo Bradesco desde o começo do ano, pretende recorrer para ampliar seu raio de atuação, com produtos como seguros e crédito imobiliário, que ajudam a "prender" mais o cliente.

Segundo Lazari, as pessoas já têm duas ou três contas digitais. Assim, chega um momento em que o ritmo de crescimento diminui. "A pizza é uma só", observou.

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Momento não é favorável para venda

Lá na frente, se aparecer um sócio estratégico que pague um valor atraente, Lazari afirmou que o Bradesco vai pensar na venda de parte do capital de seus bancos digitais. Agora, porém, não é o momento: o ambiente tanto interno, com o juro em dois dígitos e inflação, quanto externo, não são favoráveis.

O presidente do conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que essa reprecificação "muito forte" de ativos de maior risco ainda não acabou, pois o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está apenas no começo de seu ciclo de elevação de juros. O reflexo imediato é que o custo do dinheiro no mundo está ficando mais caro.

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Se antes havia dinheiro fácil e barato, agora o investidor leva mais em conta o risco dos investimentos e quer rentabilidade, de acordo com Trabuco. Assim, esse investidor monitora pontos como o retorno patrimonial ou o impacto que a inadimplência pode ter na carteira daquele banco.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 27/05/22, às 11h54

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Next, uma das marcas de banco digital do Bradesco    Foto: Egberto Nogueira

Mais do que atrair novos clientes para seus bancos digitais, o Bradesco tenta fazer com que os atuais correntistas usem mais produtos financeiros de Next, Bits e Digio, as três marcas da casa. O banco avalia ter um sócio nessa estratégia, mas em tempos de juros em alta e reprecificação mundial dos ativos de risco, não tem pressa.

"Não temos urgência. Esse negócio vai começar a dar lucro e trazer por equivalência o lucro para dentro do Bradesco", disse à coluna o presidente do banco, Octavio de Lazari, no encerramento do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Os bancos digitais do Bradesco viveram dois anos de rápido crescimento. Agora, a prioridade é colher os frutos. Lazari afirmou que houve uma escolha: crescer em velocidade menor, mas usando parte do investimento para fidelizar e aumentar o ganho com cada cliente. "É menos investimento em aquisição para rentabilizar o cliente que já conquistou." Neste momento, disse, a conta se paga.

Investidores repensam valores atribuídos a neobancos

Esse é o tipo de estratégia que está no centro das atenções do mercado quando se fala em bancos digitais. Com as captações de recursos mais caras e o crédito piorando, investidores têm reavaliado os valores que atribuem aos neobancos, uma vez que ou eles abrem mão do crescimento ou pagam o preço de uma inadimplência mais alta.

A recepção aos balanços de Nubank e Inter no primeiro trimestre escancarou essa avaliação. A fintech conhecida pelo cartão de crédito roxinho manteve o pé no acelerador. O banco mineiro, por sua vez, preferiu a cautela.

Nessa corrida por rentabilidade, o Bradesco aposta na ampla prateleira de produtos de seu principal negócio. Como mostrou a Coluna em março, é a essa cesta de opções que o Digio, controlado exclusivamente pelo Bradesco desde o começo do ano, pretende recorrer para ampliar seu raio de atuação, com produtos como seguros e crédito imobiliário, que ajudam a "prender" mais o cliente.

Segundo Lazari, as pessoas já têm duas ou três contas digitais. Assim, chega um momento em que o ritmo de crescimento diminui. "A pizza é uma só", observou.

Momento não é favorável para venda

Lá na frente, se aparecer um sócio estratégico que pague um valor atraente, Lazari afirmou que o Bradesco vai pensar na venda de parte do capital de seus bancos digitais. Agora, porém, não é o momento: o ambiente tanto interno, com o juro em dois dígitos e inflação, quanto externo, não são favoráveis.

O presidente do conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que essa reprecificação "muito forte" de ativos de maior risco ainda não acabou, pois o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está apenas no começo de seu ciclo de elevação de juros. O reflexo imediato é que o custo do dinheiro no mundo está ficando mais caro.

Se antes havia dinheiro fácil e barato, agora o investidor leva mais em conta o risco dos investimentos e quer rentabilidade, de acordo com Trabuco. Assim, esse investidor monitora pontos como o retorno patrimonial ou o impacto que a inadimplência pode ter na carteira daquele banco.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 27/05/22, às 11h54

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Mais do que atrair novos clientes para seus bancos digitais, o Bradesco tenta fazer com que os atuais correntistas usem mais produtos financeiros de Next, Bits e Digio, as três marcas da casa. O banco avalia ter um sócio nessa estratégia, mas em tempos de juros em alta e reprecificação mundial dos ativos de risco, não tem pressa.

"Não temos urgência. Esse negócio vai começar a dar lucro e trazer por equivalência o lucro para dentro do Bradesco", disse à coluna o presidente do banco, Octavio de Lazari, no encerramento do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Os bancos digitais do Bradesco viveram dois anos de rápido crescimento. Agora, a prioridade é colher os frutos. Lazari afirmou que houve uma escolha: crescer em velocidade menor, mas usando parte do investimento para fidelizar e aumentar o ganho com cada cliente. "É menos investimento em aquisição para rentabilizar o cliente que já conquistou." Neste momento, disse, a conta se paga.

Investidores repensam valores atribuídos a neobancos

Esse é o tipo de estratégia que está no centro das atenções do mercado quando se fala em bancos digitais. Com as captações de recursos mais caras e o crédito piorando, investidores têm reavaliado os valores que atribuem aos neobancos, uma vez que ou eles abrem mão do crescimento ou pagam o preço de uma inadimplência mais alta.

A recepção aos balanços de Nubank e Inter no primeiro trimestre escancarou essa avaliação. A fintech conhecida pelo cartão de crédito roxinho manteve o pé no acelerador. O banco mineiro, por sua vez, preferiu a cautela.

Nessa corrida por rentabilidade, o Bradesco aposta na ampla prateleira de produtos de seu principal negócio. Como mostrou a Coluna em março, é a essa cesta de opções que o Digio, controlado exclusivamente pelo Bradesco desde o começo do ano, pretende recorrer para ampliar seu raio de atuação, com produtos como seguros e crédito imobiliário, que ajudam a "prender" mais o cliente.

Segundo Lazari, as pessoas já têm duas ou três contas digitais. Assim, chega um momento em que o ritmo de crescimento diminui. "A pizza é uma só", observou.

Momento não é favorável para venda

Lá na frente, se aparecer um sócio estratégico que pague um valor atraente, Lazari afirmou que o Bradesco vai pensar na venda de parte do capital de seus bancos digitais. Agora, porém, não é o momento: o ambiente tanto interno, com o juro em dois dígitos e inflação, quanto externo, não são favoráveis.

O presidente do conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que essa reprecificação "muito forte" de ativos de maior risco ainda não acabou, pois o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está apenas no começo de seu ciclo de elevação de juros. O reflexo imediato é que o custo do dinheiro no mundo está ficando mais caro.

Se antes havia dinheiro fácil e barato, agora o investidor leva mais em conta o risco dos investimentos e quer rentabilidade, de acordo com Trabuco. Assim, esse investidor monitora pontos como o retorno patrimonial ou o impacto que a inadimplência pode ter na carteira daquele banco.

 

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Esse é o tipo de estratégia que está no centro das atenções do mercado quando se fala em bancos digitais. Com as captações de recursos mais caras e o crédito piorando, investidores têm reavaliado os valores que atribuem aos neobancos, uma vez que ou eles abrem mão do crescimento ou pagam o preço de uma inadimplência mais alta.

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Segundo Lazari, as pessoas já têm duas ou três contas digitais. Assim, chega um momento em que o ritmo de crescimento diminui. "A pizza é uma só", observou.

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Lá na frente, se aparecer um sócio estratégico que pague um valor atraente, Lazari afirmou que o Bradesco vai pensar na venda de parte do capital de seus bancos digitais. Agora, porém, não é o momento: o ambiente tanto interno, com o juro em dois dígitos e inflação, quanto externo, não são favoráveis.

O presidente do conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que essa reprecificação "muito forte" de ativos de maior risco ainda não acabou, pois o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está apenas no começo de seu ciclo de elevação de juros. O reflexo imediato é que o custo do dinheiro no mundo está ficando mais caro.

Se antes havia dinheiro fácil e barato, agora o investidor leva mais em conta o risco dos investimentos e quer rentabilidade, de acordo com Trabuco. Assim, esse investidor monitora pontos como o retorno patrimonial ou o impacto que a inadimplência pode ter na carteira daquele banco.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 27/05/22, às 11h54

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