Bastidores do mundo dos negócios

Braskem pode ter novo sócio controlador em engenharia desenhada por BTG


Por Circe Bonatelli e Cynthia Decloedt
A Braskem foi uma das empresas que fizeram recompra de bonds  Foto: Daniel Teixeira/AE

O BTG Pactual está trabalhando na engenharia de uma operação financeira que abrirá uma porta para colocá-lo entre os maiores acionistas da Braskem, mas que também terá a função de servir como rota de saída do negócio. A engenharia deve resultar na atração de um novo sócio controlador para a empresa petroquímica.

O banco estuda a compra da dívida de R$ 15 bilhões acumuladas pela Novonor (novo nome da Odebrecht) junto aos maiores bancos brasileiros. Os empréstimos foram concedidos por Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e BNDES mediante as ações da Braskem como garantia. A Novonor, que está em recuperação judicial, tem 38% das ações da petroquímica.

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A outra grande sócia é a Petrobras, com 36,1%. Ambas já anunciaram que vão se desfazer das suas participações. Mas a venda direta para um terceiro não deu certo até agora. Também fracassaram as tentativas de saídas via oferta de ações em Bolsa, que levariam a petroquímica a se tornar uma corporation - como são chamadas as empresas com ações nas mãos de milhares de acionistas, sem um controlador. Até aqui, o entendimento é de que a mudança na presidência da Petrobras, anunciada nesta segunda-feira (28) não deve interferir no desinvestimento.

Caminho longo

É aí que entra o BTG Pactual. O banco estuda assumir e quitar a dívida da Novonor com os bancos, o que lhe daria uma participação relevante no quadro acionário da Braskem. Para isso, negocia um desconto para aquisição do passivo - o que não está fácil. A engenharia não para aí. Para completar a operação (e sair de lá lucrando), o BTG Pactual conjectura uma emissão secundária de ações da Braskem para vender ou diluir sua futura participação na companhia, segundo fontes.

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O caminho é longo, mas se tudo correr conforme imagina o banco, lá na frente resultará na chegada de um novo controlador à Braskem ou, pelo menos, um acionista com participação relevante, com poder de controle na prática. Para tanto, o BTG já mapeia investidores interessados em ficar com um pedaço da petroquímica. Entre os candidatos naturais está o Apollo Global Management (fundo que já foi acionista da petroquímica LyondellBasell), e a holding J&F (dona do frigorífico JBS, Eldorado Papel e Celulose e, Âmbar Energia).

Procurada, a Novonor e o BTG não comentaram.

 

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 29/03/22, às 18h52.

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A Braskem foi uma das empresas que fizeram recompra de bonds  Foto: Daniel Teixeira/AE

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O banco estuda a compra da dívida de R$ 15 bilhões acumuladas pela Novonor (novo nome da Odebrecht) junto aos maiores bancos brasileiros. Os empréstimos foram concedidos por Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e BNDES mediante as ações da Braskem como garantia. A Novonor, que está em recuperação judicial, tem 38% das ações da petroquímica.

A outra grande sócia é a Petrobras, com 36,1%. Ambas já anunciaram que vão se desfazer das suas participações. Mas a venda direta para um terceiro não deu certo até agora. Também fracassaram as tentativas de saídas via oferta de ações em Bolsa, que levariam a petroquímica a se tornar uma corporation - como são chamadas as empresas com ações nas mãos de milhares de acionistas, sem um controlador. Até aqui, o entendimento é de que a mudança na presidência da Petrobras, anunciada nesta segunda-feira (28) não deve interferir no desinvestimento.

Caminho longo

É aí que entra o BTG Pactual. O banco estuda assumir e quitar a dívida da Novonor com os bancos, o que lhe daria uma participação relevante no quadro acionário da Braskem. Para isso, negocia um desconto para aquisição do passivo - o que não está fácil. A engenharia não para aí. Para completar a operação (e sair de lá lucrando), o BTG Pactual conjectura uma emissão secundária de ações da Braskem para vender ou diluir sua futura participação na companhia, segundo fontes.

O caminho é longo, mas se tudo correr conforme imagina o banco, lá na frente resultará na chegada de um novo controlador à Braskem ou, pelo menos, um acionista com participação relevante, com poder de controle na prática. Para tanto, o BTG já mapeia investidores interessados em ficar com um pedaço da petroquímica. Entre os candidatos naturais está o Apollo Global Management (fundo que já foi acionista da petroquímica LyondellBasell), e a holding J&F (dona do frigorífico JBS, Eldorado Papel e Celulose e, Âmbar Energia).

Procurada, a Novonor e o BTG não comentaram.

 

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O banco estuda a compra da dívida de R$ 15 bilhões acumuladas pela Novonor (novo nome da Odebrecht) junto aos maiores bancos brasileiros. Os empréstimos foram concedidos por Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e BNDES mediante as ações da Braskem como garantia. A Novonor, que está em recuperação judicial, tem 38% das ações da petroquímica.

A outra grande sócia é a Petrobras, com 36,1%. Ambas já anunciaram que vão se desfazer das suas participações. Mas a venda direta para um terceiro não deu certo até agora. Também fracassaram as tentativas de saídas via oferta de ações em Bolsa, que levariam a petroquímica a se tornar uma corporation - como são chamadas as empresas com ações nas mãos de milhares de acionistas, sem um controlador. Até aqui, o entendimento é de que a mudança na presidência da Petrobras, anunciada nesta segunda-feira (28) não deve interferir no desinvestimento.

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É aí que entra o BTG Pactual. O banco estuda assumir e quitar a dívida da Novonor com os bancos, o que lhe daria uma participação relevante no quadro acionário da Braskem. Para isso, negocia um desconto para aquisição do passivo - o que não está fácil. A engenharia não para aí. Para completar a operação (e sair de lá lucrando), o BTG Pactual conjectura uma emissão secundária de ações da Braskem para vender ou diluir sua futura participação na companhia, segundo fontes.

O caminho é longo, mas se tudo correr conforme imagina o banco, lá na frente resultará na chegada de um novo controlador à Braskem ou, pelo menos, um acionista com participação relevante, com poder de controle na prática. Para tanto, o BTG já mapeia investidores interessados em ficar com um pedaço da petroquímica. Entre os candidatos naturais está o Apollo Global Management (fundo que já foi acionista da petroquímica LyondellBasell), e a holding J&F (dona do frigorífico JBS, Eldorado Papel e Celulose e, Âmbar Energia).

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Caminho longo

É aí que entra o BTG Pactual. O banco estuda assumir e quitar a dívida da Novonor com os bancos, o que lhe daria uma participação relevante no quadro acionário da Braskem. Para isso, negocia um desconto para aquisição do passivo - o que não está fácil. A engenharia não para aí. Para completar a operação (e sair de lá lucrando), o BTG Pactual conjectura uma emissão secundária de ações da Braskem para vender ou diluir sua futura participação na companhia, segundo fontes.

O caminho é longo, mas se tudo correr conforme imagina o banco, lá na frente resultará na chegada de um novo controlador à Braskem ou, pelo menos, um acionista com participação relevante, com poder de controle na prática. Para tanto, o BTG já mapeia investidores interessados em ficar com um pedaço da petroquímica. Entre os candidatos naturais está o Apollo Global Management (fundo que já foi acionista da petroquímica LyondellBasell), e a holding J&F (dona do frigorífico JBS, Eldorado Papel e Celulose e, Âmbar Energia).

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