Bastidores do mundo dos negócios

Braskem será plataforma para Adnoc investir no exterior caso árabes vençam disputa


Petroleira de Abu Dhabi segue firme na negociação pela compra da petroquímica brasileira

Por Cynthia Decloedt
Braskem seria usada como base de investimentos da Adnoc para ampliar presença no mercado petroquímico Foto: BRASKEM

A petroleira Adnoc, de Abu Dahbi, nos Emirados Árabes Unidos, segue firme nas negociações pela aquisição da petroquímica brasileira Braskem e, conforme adiantou a Coluna do Broadcast no mês passado, desponta com favoritismo na disputa. Com a transação, a Braskem concentraria sua estratégia na expansão para o exterior, segundo fontes. A Adnoc já havia trabalhado em uma proposta por toda a Braskem, em parceria com a gestora norte-americana Apollo, que decidiu abandonar o processo nas últimas semanas, conforme disseram fontes.

A Braskem é controlada pela Novonor (ex-Odebrecht), com 50,1% do capital total, e tem do outro lado a Petrobras como parceira na petroquímica, com 38,3% de participação.

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O Broadcast apurou com uma fonte que a Braskem seria usada como uma plataforma de investimentos da Adnoc a fim de ampliar presença no mercado petroquímico, inclusive com aquisições. A mesma fonte acrescentou que, após a aquisição da fatia da Novonor, a Braskem poderia ter seu capital fechado por meio da realização de uma oferta pública.

Plano da Adnoc é ter uma petroquímica nas Américas

A Adnoc é a 12ª maior empresa produtora de petróleo do mundo e, ao comprar a Braskem, conseguiria ter uma petroquímica nas Américas, observa uma fonte. Tradicionalmente a Adnoc firma parcerias com empresas estratégicas, que proporcionem acesso a uma infraestrutura de mercado para crescer.

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Se a Adnoc vencer a disputa, existe uma possibilidade - considerada ainda baixa - de a transação acontecer este ano. Mas, acrescentam as fontes, são muitos passos a serem tomados e não se descarta que os demais concorrentes - Unipar e J&F - renovem suas propostas. Entre as próximas etapas estariam a assinatura de um memorando de entendimento, a diligência mais profunda a documentos não públicos, as negociações com os bancos credores e a negociação de um novo acordo de acionistas com a Petrobras, além dos contratos.

Depois de sinalizar interesse em manter a Braskem em seu portfólio de investimentos, a Petrobras vinha indicando simpatia pela empresa de Abu Dhabi, por sua solidez financeira e experiência no setor. Uma fonte que representa os árabes argumenta que, além do conhecimento em petróleo e petroquímico, a Adnoc - uma das maiores estatais do setor no mundo - tem capacidade abundante de recursos para minimizar os riscos financeiros da aquisição e investir em novos projetos.

Venda futura travou parceria com gestora Apollo

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A Adnoc, quando ainda estava no consórcio com a gestora norte-americana Apollo, já havia pedido para dar início ao processo de diligência na Braskem, que envolve consulta a documentos mais sensíveis. O pedido estava, no entanto, parado, enquanto paralelamente observadores comentavam sobre a dificuldade de manter a gestora dos Estados Unidos no negócio, por se tratar de um fundo que trabalha com um plano de desinvestimento à frente.

Entre as maiores parceiras estratégicas da Adnoc no mundo estão a CNPC (maior petroleira chinesa), KNOC (Coreia do Sul), Mitsui (Japão), ONGC (maior indiana), Borealis (maior petroquímica na Áustria), a italiana ENI, a francesa Total Energies, a americana Exxon-Mobil, a britânica BP e a anglo-holandesa Shell.

Segundo fontes, a Adnoc agrada não só a Petrobras, mas também os bancos que detém as ações da Braskem, que foram dadas em garantia pela antiga Odebrecht em empréstimos concedidos antes de o grupo entrar em recuperação judicial.

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Bancos credores da Odebrecht e sócios da Braskem querem desfecho rápido

Os cinco bancos que têm ações da Braskem - Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - querem um desfecho rápido, pois têm cerca de R$ 15 bilhões a receber. Como os árabes têm “bolso fundo” e interesses que vão além do médio prazo, a discussão de preço pela fatia da Braskem envolve o valor do ativo do ponto de vista de sua relevância e potencial de retorno no longo prazo. Ou seja, questões sobre o passivo de Alagoas e do ciclo dos petroquímicos, atualmente em baixa, não seriam fatores mais relevantes.

Ainda para os bancos existe uma discussão sobre como dividir o bolo, o que é complicado, afirmou uma fonte próxima à questão. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Já o Banco do Brasil está em uma situação diferente e tem feito circular a informação de que estaria mais inclinado a aceitar uma proposta maior, por volta de R$ 15 bilhões. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte.

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Procurados, Novonor, Braskem e Adnoc não comentaram. Petrobras não retornou até o fechamento da matéria.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 20/09/23, às 15h25.

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Braskem seria usada como base de investimentos da Adnoc para ampliar presença no mercado petroquímico Foto: BRASKEM

A petroleira Adnoc, de Abu Dahbi, nos Emirados Árabes Unidos, segue firme nas negociações pela aquisição da petroquímica brasileira Braskem e, conforme adiantou a Coluna do Broadcast no mês passado, desponta com favoritismo na disputa. Com a transação, a Braskem concentraria sua estratégia na expansão para o exterior, segundo fontes. A Adnoc já havia trabalhado em uma proposta por toda a Braskem, em parceria com a gestora norte-americana Apollo, que decidiu abandonar o processo nas últimas semanas, conforme disseram fontes.

A Braskem é controlada pela Novonor (ex-Odebrecht), com 50,1% do capital total, e tem do outro lado a Petrobras como parceira na petroquímica, com 38,3% de participação.

O Broadcast apurou com uma fonte que a Braskem seria usada como uma plataforma de investimentos da Adnoc a fim de ampliar presença no mercado petroquímico, inclusive com aquisições. A mesma fonte acrescentou que, após a aquisição da fatia da Novonor, a Braskem poderia ter seu capital fechado por meio da realização de uma oferta pública.

Plano da Adnoc é ter uma petroquímica nas Américas

A Adnoc é a 12ª maior empresa produtora de petróleo do mundo e, ao comprar a Braskem, conseguiria ter uma petroquímica nas Américas, observa uma fonte. Tradicionalmente a Adnoc firma parcerias com empresas estratégicas, que proporcionem acesso a uma infraestrutura de mercado para crescer.

Se a Adnoc vencer a disputa, existe uma possibilidade - considerada ainda baixa - de a transação acontecer este ano. Mas, acrescentam as fontes, são muitos passos a serem tomados e não se descarta que os demais concorrentes - Unipar e J&F - renovem suas propostas. Entre as próximas etapas estariam a assinatura de um memorando de entendimento, a diligência mais profunda a documentos não públicos, as negociações com os bancos credores e a negociação de um novo acordo de acionistas com a Petrobras, além dos contratos.

Depois de sinalizar interesse em manter a Braskem em seu portfólio de investimentos, a Petrobras vinha indicando simpatia pela empresa de Abu Dhabi, por sua solidez financeira e experiência no setor. Uma fonte que representa os árabes argumenta que, além do conhecimento em petróleo e petroquímico, a Adnoc - uma das maiores estatais do setor no mundo - tem capacidade abundante de recursos para minimizar os riscos financeiros da aquisição e investir em novos projetos.

Venda futura travou parceria com gestora Apollo

A Adnoc, quando ainda estava no consórcio com a gestora norte-americana Apollo, já havia pedido para dar início ao processo de diligência na Braskem, que envolve consulta a documentos mais sensíveis. O pedido estava, no entanto, parado, enquanto paralelamente observadores comentavam sobre a dificuldade de manter a gestora dos Estados Unidos no negócio, por se tratar de um fundo que trabalha com um plano de desinvestimento à frente.

Entre as maiores parceiras estratégicas da Adnoc no mundo estão a CNPC (maior petroleira chinesa), KNOC (Coreia do Sul), Mitsui (Japão), ONGC (maior indiana), Borealis (maior petroquímica na Áustria), a italiana ENI, a francesa Total Energies, a americana Exxon-Mobil, a britânica BP e a anglo-holandesa Shell.

Segundo fontes, a Adnoc agrada não só a Petrobras, mas também os bancos que detém as ações da Braskem, que foram dadas em garantia pela antiga Odebrecht em empréstimos concedidos antes de o grupo entrar em recuperação judicial.

Bancos credores da Odebrecht e sócios da Braskem querem desfecho rápido

Os cinco bancos que têm ações da Braskem - Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - querem um desfecho rápido, pois têm cerca de R$ 15 bilhões a receber. Como os árabes têm “bolso fundo” e interesses que vão além do médio prazo, a discussão de preço pela fatia da Braskem envolve o valor do ativo do ponto de vista de sua relevância e potencial de retorno no longo prazo. Ou seja, questões sobre o passivo de Alagoas e do ciclo dos petroquímicos, atualmente em baixa, não seriam fatores mais relevantes.

Ainda para os bancos existe uma discussão sobre como dividir o bolo, o que é complicado, afirmou uma fonte próxima à questão. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Já o Banco do Brasil está em uma situação diferente e tem feito circular a informação de que estaria mais inclinado a aceitar uma proposta maior, por volta de R$ 15 bilhões. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte.

Procurados, Novonor, Braskem e Adnoc não comentaram. Petrobras não retornou até o fechamento da matéria.

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Braskem seria usada como base de investimentos da Adnoc para ampliar presença no mercado petroquímico Foto: BRASKEM

A petroleira Adnoc, de Abu Dahbi, nos Emirados Árabes Unidos, segue firme nas negociações pela aquisição da petroquímica brasileira Braskem e, conforme adiantou a Coluna do Broadcast no mês passado, desponta com favoritismo na disputa. Com a transação, a Braskem concentraria sua estratégia na expansão para o exterior, segundo fontes. A Adnoc já havia trabalhado em uma proposta por toda a Braskem, em parceria com a gestora norte-americana Apollo, que decidiu abandonar o processo nas últimas semanas, conforme disseram fontes.

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O Broadcast apurou com uma fonte que a Braskem seria usada como uma plataforma de investimentos da Adnoc a fim de ampliar presença no mercado petroquímico, inclusive com aquisições. A mesma fonte acrescentou que, após a aquisição da fatia da Novonor, a Braskem poderia ter seu capital fechado por meio da realização de uma oferta pública.

Plano da Adnoc é ter uma petroquímica nas Américas

A Adnoc é a 12ª maior empresa produtora de petróleo do mundo e, ao comprar a Braskem, conseguiria ter uma petroquímica nas Américas, observa uma fonte. Tradicionalmente a Adnoc firma parcerias com empresas estratégicas, que proporcionem acesso a uma infraestrutura de mercado para crescer.

Se a Adnoc vencer a disputa, existe uma possibilidade - considerada ainda baixa - de a transação acontecer este ano. Mas, acrescentam as fontes, são muitos passos a serem tomados e não se descarta que os demais concorrentes - Unipar e J&F - renovem suas propostas. Entre as próximas etapas estariam a assinatura de um memorando de entendimento, a diligência mais profunda a documentos não públicos, as negociações com os bancos credores e a negociação de um novo acordo de acionistas com a Petrobras, além dos contratos.

Depois de sinalizar interesse em manter a Braskem em seu portfólio de investimentos, a Petrobras vinha indicando simpatia pela empresa de Abu Dhabi, por sua solidez financeira e experiência no setor. Uma fonte que representa os árabes argumenta que, além do conhecimento em petróleo e petroquímico, a Adnoc - uma das maiores estatais do setor no mundo - tem capacidade abundante de recursos para minimizar os riscos financeiros da aquisição e investir em novos projetos.

Venda futura travou parceria com gestora Apollo

A Adnoc, quando ainda estava no consórcio com a gestora norte-americana Apollo, já havia pedido para dar início ao processo de diligência na Braskem, que envolve consulta a documentos mais sensíveis. O pedido estava, no entanto, parado, enquanto paralelamente observadores comentavam sobre a dificuldade de manter a gestora dos Estados Unidos no negócio, por se tratar de um fundo que trabalha com um plano de desinvestimento à frente.

Entre as maiores parceiras estratégicas da Adnoc no mundo estão a CNPC (maior petroleira chinesa), KNOC (Coreia do Sul), Mitsui (Japão), ONGC (maior indiana), Borealis (maior petroquímica na Áustria), a italiana ENI, a francesa Total Energies, a americana Exxon-Mobil, a britânica BP e a anglo-holandesa Shell.

Segundo fontes, a Adnoc agrada não só a Petrobras, mas também os bancos que detém as ações da Braskem, que foram dadas em garantia pela antiga Odebrecht em empréstimos concedidos antes de o grupo entrar em recuperação judicial.

Bancos credores da Odebrecht e sócios da Braskem querem desfecho rápido

Os cinco bancos que têm ações da Braskem - Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - querem um desfecho rápido, pois têm cerca de R$ 15 bilhões a receber. Como os árabes têm “bolso fundo” e interesses que vão além do médio prazo, a discussão de preço pela fatia da Braskem envolve o valor do ativo do ponto de vista de sua relevância e potencial de retorno no longo prazo. Ou seja, questões sobre o passivo de Alagoas e do ciclo dos petroquímicos, atualmente em baixa, não seriam fatores mais relevantes.

Ainda para os bancos existe uma discussão sobre como dividir o bolo, o que é complicado, afirmou uma fonte próxima à questão. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Já o Banco do Brasil está em uma situação diferente e tem feito circular a informação de que estaria mais inclinado a aceitar uma proposta maior, por volta de R$ 15 bilhões. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte.

Procurados, Novonor, Braskem e Adnoc não comentaram. Petrobras não retornou até o fechamento da matéria.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 20/09/23, às 15h25.

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Braskem seria usada como base de investimentos da Adnoc para ampliar presença no mercado petroquímico Foto: BRASKEM

A petroleira Adnoc, de Abu Dahbi, nos Emirados Árabes Unidos, segue firme nas negociações pela aquisição da petroquímica brasileira Braskem e, conforme adiantou a Coluna do Broadcast no mês passado, desponta com favoritismo na disputa. Com a transação, a Braskem concentraria sua estratégia na expansão para o exterior, segundo fontes. A Adnoc já havia trabalhado em uma proposta por toda a Braskem, em parceria com a gestora norte-americana Apollo, que decidiu abandonar o processo nas últimas semanas, conforme disseram fontes.

A Braskem é controlada pela Novonor (ex-Odebrecht), com 50,1% do capital total, e tem do outro lado a Petrobras como parceira na petroquímica, com 38,3% de participação.

O Broadcast apurou com uma fonte que a Braskem seria usada como uma plataforma de investimentos da Adnoc a fim de ampliar presença no mercado petroquímico, inclusive com aquisições. A mesma fonte acrescentou que, após a aquisição da fatia da Novonor, a Braskem poderia ter seu capital fechado por meio da realização de uma oferta pública.

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A Adnoc é a 12ª maior empresa produtora de petróleo do mundo e, ao comprar a Braskem, conseguiria ter uma petroquímica nas Américas, observa uma fonte. Tradicionalmente a Adnoc firma parcerias com empresas estratégicas, que proporcionem acesso a uma infraestrutura de mercado para crescer.

Se a Adnoc vencer a disputa, existe uma possibilidade - considerada ainda baixa - de a transação acontecer este ano. Mas, acrescentam as fontes, são muitos passos a serem tomados e não se descarta que os demais concorrentes - Unipar e J&F - renovem suas propostas. Entre as próximas etapas estariam a assinatura de um memorando de entendimento, a diligência mais profunda a documentos não públicos, as negociações com os bancos credores e a negociação de um novo acordo de acionistas com a Petrobras, além dos contratos.

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Segundo fontes, a Adnoc agrada não só a Petrobras, mas também os bancos que detém as ações da Braskem, que foram dadas em garantia pela antiga Odebrecht em empréstimos concedidos antes de o grupo entrar em recuperação judicial.

Bancos credores da Odebrecht e sócios da Braskem querem desfecho rápido

Os cinco bancos que têm ações da Braskem - Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - querem um desfecho rápido, pois têm cerca de R$ 15 bilhões a receber. Como os árabes têm “bolso fundo” e interesses que vão além do médio prazo, a discussão de preço pela fatia da Braskem envolve o valor do ativo do ponto de vista de sua relevância e potencial de retorno no longo prazo. Ou seja, questões sobre o passivo de Alagoas e do ciclo dos petroquímicos, atualmente em baixa, não seriam fatores mais relevantes.

Ainda para os bancos existe uma discussão sobre como dividir o bolo, o que é complicado, afirmou uma fonte próxima à questão. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Já o Banco do Brasil está em uma situação diferente e tem feito circular a informação de que estaria mais inclinado a aceitar uma proposta maior, por volta de R$ 15 bilhões. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte.

Procurados, Novonor, Braskem e Adnoc não comentaram. Petrobras não retornou até o fechamento da matéria.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 20/09/23, às 15h25.

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