Bastidores do mundo dos negócios

Com poucos interessados em Via, bancos têm de ficar com 67% de novos papéis


Por Talita Nascimento, Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt
Via, dona das Casas Bahia. Foto: Sérgio Castro/Estadão

A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, conseguiu captar R$ 400 milhões em uma oferta de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI). Foi menos do que a varejista pretendia. O plano inicial era levantar R$ 500 milhões, mas segundo fontes, houve demanda no mercado de apenas R$ 134 milhões. Assim, os bancos coordenadores da operação acabaram tento que ficar com parte importante dos papéis (R$ 266 milhões).

As taxas de remuneração pagas aos investidores também ficaram no teto, uma sinalização do ambiente mais desafiador para captar recursos em tempos de alta de juros, no Brasil e no mundo, e com várias ofertas de renda fixa e securitização acontecendo no mercado, segundo fontes.

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Na primeira série, com prazo de 5 anos, foram alocados R$ 67,4 milhões com taxa de retorno medida pela variação do CDI acrescida de 1,85%. Na segunda série, o prazo também foi de 5 anos e a alocação somou R$ 291 milhões. Estes papéis têm remuneração da NTN-B (o título púbico indexado pela inflação) mais uma taxa de 1,95%. Já na terceira série, com prazo de 7 anos, a alocação foi de R$ 41,5 milhões, com taxa medida pela NTN-B mais uma valor de 2,10%.

A oferta acontece em meio a um mercado bastante volátil e, no caso da varejista, em um momento marcado por um fluxo de notícias negativas, principalmente a briga da família Klein, tornada pública na semana passada com Michael Klein criticando a remuneração da diretoria. A Eleven havia recomendado a seus clientes a não entrada na oferta.

Os analistas pontuavam que o aumento da competitividade no setor em que a companhia atua, que tem margens já apertadas, era um ponto de atenção. Além disso, alertaram que "as fraudes contábeis da gestão anterior e o aumento recente das provisões para processos trabalhistas são os principais pontos de atenção do risco de crédito da Via".

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A operação foi liderada pelo UBS-BB e também contou com o BTG Pactual. O CRI foi emitido pela Opea Securitizadora. Na prática, a Via emitiu debêntures do mesmo montante dados em garantia para os papéis. Segundo o prospecto, os recursos captados serão usados para pagar alugueis e também por ser utilizados para reforma e ampliação das lojas do grupo. Em período de silêncio por causa da oferta pública, os participantes da oferta não comentaram a operação.

Esta nota foi publicada no Broadcast  no dia 20/07/22, às 14h39

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Via, dona das Casas Bahia. Foto: Sérgio Castro/Estadão

A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, conseguiu captar R$ 400 milhões em uma oferta de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI). Foi menos do que a varejista pretendia. O plano inicial era levantar R$ 500 milhões, mas segundo fontes, houve demanda no mercado de apenas R$ 134 milhões. Assim, os bancos coordenadores da operação acabaram tento que ficar com parte importante dos papéis (R$ 266 milhões).

As taxas de remuneração pagas aos investidores também ficaram no teto, uma sinalização do ambiente mais desafiador para captar recursos em tempos de alta de juros, no Brasil e no mundo, e com várias ofertas de renda fixa e securitização acontecendo no mercado, segundo fontes.

Na primeira série, com prazo de 5 anos, foram alocados R$ 67,4 milhões com taxa de retorno medida pela variação do CDI acrescida de 1,85%. Na segunda série, o prazo também foi de 5 anos e a alocação somou R$ 291 milhões. Estes papéis têm remuneração da NTN-B (o título púbico indexado pela inflação) mais uma taxa de 1,95%. Já na terceira série, com prazo de 7 anos, a alocação foi de R$ 41,5 milhões, com taxa medida pela NTN-B mais uma valor de 2,10%.

A oferta acontece em meio a um mercado bastante volátil e, no caso da varejista, em um momento marcado por um fluxo de notícias negativas, principalmente a briga da família Klein, tornada pública na semana passada com Michael Klein criticando a remuneração da diretoria. A Eleven havia recomendado a seus clientes a não entrada na oferta.

Os analistas pontuavam que o aumento da competitividade no setor em que a companhia atua, que tem margens já apertadas, era um ponto de atenção. Além disso, alertaram que "as fraudes contábeis da gestão anterior e o aumento recente das provisões para processos trabalhistas são os principais pontos de atenção do risco de crédito da Via".

A operação foi liderada pelo UBS-BB e também contou com o BTG Pactual. O CRI foi emitido pela Opea Securitizadora. Na prática, a Via emitiu debêntures do mesmo montante dados em garantia para os papéis. Segundo o prospecto, os recursos captados serão usados para pagar alugueis e também por ser utilizados para reforma e ampliação das lojas do grupo. Em período de silêncio por causa da oferta pública, os participantes da oferta não comentaram a operação.

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As taxas de remuneração pagas aos investidores também ficaram no teto, uma sinalização do ambiente mais desafiador para captar recursos em tempos de alta de juros, no Brasil e no mundo, e com várias ofertas de renda fixa e securitização acontecendo no mercado, segundo fontes.

Na primeira série, com prazo de 5 anos, foram alocados R$ 67,4 milhões com taxa de retorno medida pela variação do CDI acrescida de 1,85%. Na segunda série, o prazo também foi de 5 anos e a alocação somou R$ 291 milhões. Estes papéis têm remuneração da NTN-B (o título púbico indexado pela inflação) mais uma taxa de 1,95%. Já na terceira série, com prazo de 7 anos, a alocação foi de R$ 41,5 milhões, com taxa medida pela NTN-B mais uma valor de 2,10%.

A oferta acontece em meio a um mercado bastante volátil e, no caso da varejista, em um momento marcado por um fluxo de notícias negativas, principalmente a briga da família Klein, tornada pública na semana passada com Michael Klein criticando a remuneração da diretoria. A Eleven havia recomendado a seus clientes a não entrada na oferta.

Os analistas pontuavam que o aumento da competitividade no setor em que a companhia atua, que tem margens já apertadas, era um ponto de atenção. Além disso, alertaram que "as fraudes contábeis da gestão anterior e o aumento recente das provisões para processos trabalhistas são os principais pontos de atenção do risco de crédito da Via".

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A oferta acontece em meio a um mercado bastante volátil e, no caso da varejista, em um momento marcado por um fluxo de notícias negativas, principalmente a briga da família Klein, tornada pública na semana passada com Michael Klein criticando a remuneração da diretoria. A Eleven havia recomendado a seus clientes a não entrada na oferta.

Os analistas pontuavam que o aumento da competitividade no setor em que a companhia atua, que tem margens já apertadas, era um ponto de atenção. Além disso, alertaram que "as fraudes contábeis da gestão anterior e o aumento recente das provisões para processos trabalhistas são os principais pontos de atenção do risco de crédito da Via".

A operação foi liderada pelo UBS-BB e também contou com o BTG Pactual. O CRI foi emitido pela Opea Securitizadora. Na prática, a Via emitiu debêntures do mesmo montante dados em garantia para os papéis. Segundo o prospecto, os recursos captados serão usados para pagar alugueis e também por ser utilizados para reforma e ampliação das lojas do grupo. Em período de silêncio por causa da oferta pública, os participantes da oferta não comentaram a operação.

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