Bastidores do mundo dos negócios

Dono da Tecnisa ergue muro contra tentativa de compra pela Gafisa


Por Circe Bonatelli

O empresário e fundador da Tecnisa, Meyer Nigri, apelou à engenharia societária para defender seus negócios. Com 24% da empresa, Nigri se associou a um grupo de acionistas e juntos passaram a deter a participação de 33%. O objetivo foi ter um muro de contenção contra a oferta hostil de aquisição desenhada pela Gafisa, isto é, contra a vontade do fundador. Pelo acordo de acionistas fechado nesta semana, todos se comprometem a não vender os papéis da Tecnisa e a votar de forma unificada nas assembleias que irão deliberar sobre uma possível combinação de negócios entre as duas incorporadoras, conforme proposta formulada pela Gafisa. Além disso, a administração da Tecnisa publicou um longo comunicado recomendando a todos os seus acionistas a não aprovação dos itens propostas pela Gafisa.

Mui amiga. Controlada pelo investidor Nelson Tanure, a Gafisa comprou 3,1% das ações da Tecnisa e pediu a convocação de assembleia para que a fusão seja apreciada pelos acionistas. Também solicitou a alteração do estatuto da Tecnisa para ampliar o limite de compra de participação na empresa de 20% para 30%, o que abriria caminho para a sua entrada como um sócio relevante. A lista de pleitos incluiu ainda a destituição e eleição de um novo conselho e a capitalização de R$ 500 milhões, o que poderia diluir o poder do fundador.

Reação. A iniciativa colocou em xeque o comando de Meyer Nigri. Como as ações da sua empresa estão espalhadas nas mãos da milhares de acionistas, ficou difícil organizar um bloco para a reação conjunta. Mas Nigri agiu rápido e contou com a parceria de acionistas simpáticos à sua administração e refratários a uma aquisição hostil da empresa. São eles os fundos Vokin Evolution, Ölberg, HSSP, FDI, S4, Singular e até a incorporadora Cyrela, de Elie Horn, com quem Nigri tem amizade de longa data.

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Que deus abençoe. Durante Live há alguns dias, Elie Horn desconversou sobre o negócio e disse que sequer sabia da tentativa de compra da Tecnisa pela Gafisa. "Se for bom para eles, que deus abençoe essa fusão, amém", declarou na ocasião.

E agora. Após a Tecnisa bater a porta na cara da Gafisa, a combinação dos negócios ficou mais difícil, frustrando os planos de Tanure, ao menos por ora. Um caminho possível seria uma oferta pública de aquisição (OPA). Procurada, a Tecnisa não comentou. Já a Gafisa disse que "as negociações continuam e a transação é muito positiva para as duas empresas".

 

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Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 26/08/2020 às 18:47:52 .

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

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Contato: colunabroadcast@estadao.com

 

O empresário e fundador da Tecnisa, Meyer Nigri, apelou à engenharia societária para defender seus negócios. Com 24% da empresa, Nigri se associou a um grupo de acionistas e juntos passaram a deter a participação de 33%. O objetivo foi ter um muro de contenção contra a oferta hostil de aquisição desenhada pela Gafisa, isto é, contra a vontade do fundador. Pelo acordo de acionistas fechado nesta semana, todos se comprometem a não vender os papéis da Tecnisa e a votar de forma unificada nas assembleias que irão deliberar sobre uma possível combinação de negócios entre as duas incorporadoras, conforme proposta formulada pela Gafisa. Além disso, a administração da Tecnisa publicou um longo comunicado recomendando a todos os seus acionistas a não aprovação dos itens propostas pela Gafisa.

Mui amiga. Controlada pelo investidor Nelson Tanure, a Gafisa comprou 3,1% das ações da Tecnisa e pediu a convocação de assembleia para que a fusão seja apreciada pelos acionistas. Também solicitou a alteração do estatuto da Tecnisa para ampliar o limite de compra de participação na empresa de 20% para 30%, o que abriria caminho para a sua entrada como um sócio relevante. A lista de pleitos incluiu ainda a destituição e eleição de um novo conselho e a capitalização de R$ 500 milhões, o que poderia diluir o poder do fundador.

Reação. A iniciativa colocou em xeque o comando de Meyer Nigri. Como as ações da sua empresa estão espalhadas nas mãos da milhares de acionistas, ficou difícil organizar um bloco para a reação conjunta. Mas Nigri agiu rápido e contou com a parceria de acionistas simpáticos à sua administração e refratários a uma aquisição hostil da empresa. São eles os fundos Vokin Evolution, Ölberg, HSSP, FDI, S4, Singular e até a incorporadora Cyrela, de Elie Horn, com quem Nigri tem amizade de longa data.

Que deus abençoe. Durante Live há alguns dias, Elie Horn desconversou sobre o negócio e disse que sequer sabia da tentativa de compra da Tecnisa pela Gafisa. "Se for bom para eles, que deus abençoe essa fusão, amém", declarou na ocasião.

E agora. Após a Tecnisa bater a porta na cara da Gafisa, a combinação dos negócios ficou mais difícil, frustrando os planos de Tanure, ao menos por ora. Um caminho possível seria uma oferta pública de aquisição (OPA). Procurada, a Tecnisa não comentou. Já a Gafisa disse que "as negociações continuam e a transação é muito positiva para as duas empresas".

 

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Mui amiga. Controlada pelo investidor Nelson Tanure, a Gafisa comprou 3,1% das ações da Tecnisa e pediu a convocação de assembleia para que a fusão seja apreciada pelos acionistas. Também solicitou a alteração do estatuto da Tecnisa para ampliar o limite de compra de participação na empresa de 20% para 30%, o que abriria caminho para a sua entrada como um sócio relevante. A lista de pleitos incluiu ainda a destituição e eleição de um novo conselho e a capitalização de R$ 500 milhões, o que poderia diluir o poder do fundador.

Reação. A iniciativa colocou em xeque o comando de Meyer Nigri. Como as ações da sua empresa estão espalhadas nas mãos da milhares de acionistas, ficou difícil organizar um bloco para a reação conjunta. Mas Nigri agiu rápido e contou com a parceria de acionistas simpáticos à sua administração e refratários a uma aquisição hostil da empresa. São eles os fundos Vokin Evolution, Ölberg, HSSP, FDI, S4, Singular e até a incorporadora Cyrela, de Elie Horn, com quem Nigri tem amizade de longa data.

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