Bastidores do mundo dos negócios

Fundo TRX Real Estate capta R$ 130,3 milhões para investir mais em ‘lojões’ de varejistas


Fundo é voltado ao segmento dos chamados big boxes, os imóveis quadrados que servem de lojas para supermercados, atacadistas e lojas de material de construção

Por Circe Bonatelli
Negócio do fundo contempla a compra de imóveis combinada com a locação para os varejistas e a construção de grandes lojas sob medida Foto: JUVENAL PEREIRA / AE

O fundo de investimento imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) concluiu nesta sexta-feira, 30, a sua oitava emissão de cotas, levantando o montante de R$ 130,3 milhões. A demanda abrangeu o lote inicial de cotas e o adicional, em mais um sinal de retomada do apetite de investidores pelo setor.

O fundo TRX Real Estate foi criado em 2019 e se especializou no segmento de big boxes, como são apelidadas os imóveis quadradões que servem de lojas para supermercados, atacadistas e comerciantes de materiais de construção. O seu negócio é baseado na compra desses imóveis combinada com a locação para os varejistas que eram proprietários até então (sale and lease back). Mais recentemente, o fundo passou a construir os lojões sob medida dos futuros inquilinos (buit to suit).

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Ao todo, o fundo detém 52 imóveis em 13 Estados, com patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão - o que o coloca na liderança das big boxes. Entre seus inquilinos estão Pão de Açúcar, Big, Assaí e Sodimac, entre outros. Os contratos de aluguel dos imóveis são de longa duração (geralmente 20 anos), corrigidos pela inflação e sem opção de rescisão sem multa. Isso torna o fundo o queridinho dos cotistas que querem obter renda recorrente. Nos últimos 12 meses, ele gerou dividendo de 10,1% em relação ao valor das cotas.

Dinheiro será usado para pagar imóveis com compras em fase de finalização

Os recursos da oitava captação serão usados para o pagamento de imóveis cujas compras estão sendo finalizadas agora. Em novembro, o fundo arrematou três lojas do Grupo Mateus - em Belém (PA), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) - pelo valor de R$ 182,6 milhões. Faltava só a conclusão da aquisição da unidade de Belém, com pagamento dos R$ 60,5 milhões restantes. O Grupo Mateus seguirá como inquilino. A outra parcela dos recursos desta captação irá para a construção de duas lojas para a varejista de materiais Obramax em Piracicaba (SP) e Suzano (SP), além de uma unidade para a Leroy Merlin em Salvador (BA).

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O gestor da TRX Investimentos, Gabriel Barbosa, diz à Coluna que há outras aquisições em negociação. O fundo prioriza imóveis que são ocupados pelas maiores varejistas do País. “Essas negociações são complexas, envolvem valores altos e podem demorar um pouquinho até acontecer”, afirma. Para financiar as próximas compras, é possível realizar uma nova emissão de cotas, recorrer a emissão de certificados de recebíveis imobiliários ou até mesmo a venda de ativos do portfólio.

Barbosa diz que está animado com o setor de fundos imobiliários, uma vez que o início do corte dos juros básicos no país fazendo com que o setor volte a ganhar atratividade perante a renda fixa. Exemplo disso é que o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) já subiu cerca de 13% neste ano. A valorização das cotas dos fundos de tijolos, em geral, ajudará a destravar as captações e recolocar o setor como protagonista na compra e venda de imóveis - o que andou de lado em tempos de Selic alta.

Para as varejistas, a operação de sale and lease back é interessante como forma de ganhar liquidez para pagar contas mais pesadas ou realizar investimentos, especialmente em momentos em que os juros de financiamentos bancários estão muito altos, como agora. O Carrefour, por exemplo, está negociando a venda de cinco centros de distribuição e mais cinco lojas próprias por R$ 1,3 bilhão. Na ponta compradora está a Barzel Properties, com negociações exclusivas. O Assaí também já sinalizou que poderia recorrer a esse tipo de transação.

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*Colaborou Talita Nascimento

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 30/06/23, às 18h29.

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Contato: colunabroadcast@estadao.com

Negócio do fundo contempla a compra de imóveis combinada com a locação para os varejistas e a construção de grandes lojas sob medida Foto: JUVENAL PEREIRA / AE

O fundo de investimento imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) concluiu nesta sexta-feira, 30, a sua oitava emissão de cotas, levantando o montante de R$ 130,3 milhões. A demanda abrangeu o lote inicial de cotas e o adicional, em mais um sinal de retomada do apetite de investidores pelo setor.

O fundo TRX Real Estate foi criado em 2019 e se especializou no segmento de big boxes, como são apelidadas os imóveis quadradões que servem de lojas para supermercados, atacadistas e comerciantes de materiais de construção. O seu negócio é baseado na compra desses imóveis combinada com a locação para os varejistas que eram proprietários até então (sale and lease back). Mais recentemente, o fundo passou a construir os lojões sob medida dos futuros inquilinos (buit to suit).

Ao todo, o fundo detém 52 imóveis em 13 Estados, com patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão - o que o coloca na liderança das big boxes. Entre seus inquilinos estão Pão de Açúcar, Big, Assaí e Sodimac, entre outros. Os contratos de aluguel dos imóveis são de longa duração (geralmente 20 anos), corrigidos pela inflação e sem opção de rescisão sem multa. Isso torna o fundo o queridinho dos cotistas que querem obter renda recorrente. Nos últimos 12 meses, ele gerou dividendo de 10,1% em relação ao valor das cotas.

Dinheiro será usado para pagar imóveis com compras em fase de finalização

Os recursos da oitava captação serão usados para o pagamento de imóveis cujas compras estão sendo finalizadas agora. Em novembro, o fundo arrematou três lojas do Grupo Mateus - em Belém (PA), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) - pelo valor de R$ 182,6 milhões. Faltava só a conclusão da aquisição da unidade de Belém, com pagamento dos R$ 60,5 milhões restantes. O Grupo Mateus seguirá como inquilino. A outra parcela dos recursos desta captação irá para a construção de duas lojas para a varejista de materiais Obramax em Piracicaba (SP) e Suzano (SP), além de uma unidade para a Leroy Merlin em Salvador (BA).

O gestor da TRX Investimentos, Gabriel Barbosa, diz à Coluna que há outras aquisições em negociação. O fundo prioriza imóveis que são ocupados pelas maiores varejistas do País. “Essas negociações são complexas, envolvem valores altos e podem demorar um pouquinho até acontecer”, afirma. Para financiar as próximas compras, é possível realizar uma nova emissão de cotas, recorrer a emissão de certificados de recebíveis imobiliários ou até mesmo a venda de ativos do portfólio.

Barbosa diz que está animado com o setor de fundos imobiliários, uma vez que o início do corte dos juros básicos no país fazendo com que o setor volte a ganhar atratividade perante a renda fixa. Exemplo disso é que o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) já subiu cerca de 13% neste ano. A valorização das cotas dos fundos de tijolos, em geral, ajudará a destravar as captações e recolocar o setor como protagonista na compra e venda de imóveis - o que andou de lado em tempos de Selic alta.

Para as varejistas, a operação de sale and lease back é interessante como forma de ganhar liquidez para pagar contas mais pesadas ou realizar investimentos, especialmente em momentos em que os juros de financiamentos bancários estão muito altos, como agora. O Carrefour, por exemplo, está negociando a venda de cinco centros de distribuição e mais cinco lojas próprias por R$ 1,3 bilhão. Na ponta compradora está a Barzel Properties, com negociações exclusivas. O Assaí também já sinalizou que poderia recorrer a esse tipo de transação.

*Colaborou Talita Nascimento

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O fundo de investimento imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) concluiu nesta sexta-feira, 30, a sua oitava emissão de cotas, levantando o montante de R$ 130,3 milhões. A demanda abrangeu o lote inicial de cotas e o adicional, em mais um sinal de retomada do apetite de investidores pelo setor.

O fundo TRX Real Estate foi criado em 2019 e se especializou no segmento de big boxes, como são apelidadas os imóveis quadradões que servem de lojas para supermercados, atacadistas e comerciantes de materiais de construção. O seu negócio é baseado na compra desses imóveis combinada com a locação para os varejistas que eram proprietários até então (sale and lease back). Mais recentemente, o fundo passou a construir os lojões sob medida dos futuros inquilinos (buit to suit).

Ao todo, o fundo detém 52 imóveis em 13 Estados, com patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão - o que o coloca na liderança das big boxes. Entre seus inquilinos estão Pão de Açúcar, Big, Assaí e Sodimac, entre outros. Os contratos de aluguel dos imóveis são de longa duração (geralmente 20 anos), corrigidos pela inflação e sem opção de rescisão sem multa. Isso torna o fundo o queridinho dos cotistas que querem obter renda recorrente. Nos últimos 12 meses, ele gerou dividendo de 10,1% em relação ao valor das cotas.

Dinheiro será usado para pagar imóveis com compras em fase de finalização

Os recursos da oitava captação serão usados para o pagamento de imóveis cujas compras estão sendo finalizadas agora. Em novembro, o fundo arrematou três lojas do Grupo Mateus - em Belém (PA), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) - pelo valor de R$ 182,6 milhões. Faltava só a conclusão da aquisição da unidade de Belém, com pagamento dos R$ 60,5 milhões restantes. O Grupo Mateus seguirá como inquilino. A outra parcela dos recursos desta captação irá para a construção de duas lojas para a varejista de materiais Obramax em Piracicaba (SP) e Suzano (SP), além de uma unidade para a Leroy Merlin em Salvador (BA).

O gestor da TRX Investimentos, Gabriel Barbosa, diz à Coluna que há outras aquisições em negociação. O fundo prioriza imóveis que são ocupados pelas maiores varejistas do País. “Essas negociações são complexas, envolvem valores altos e podem demorar um pouquinho até acontecer”, afirma. Para financiar as próximas compras, é possível realizar uma nova emissão de cotas, recorrer a emissão de certificados de recebíveis imobiliários ou até mesmo a venda de ativos do portfólio.

Barbosa diz que está animado com o setor de fundos imobiliários, uma vez que o início do corte dos juros básicos no país fazendo com que o setor volte a ganhar atratividade perante a renda fixa. Exemplo disso é que o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) já subiu cerca de 13% neste ano. A valorização das cotas dos fundos de tijolos, em geral, ajudará a destravar as captações e recolocar o setor como protagonista na compra e venda de imóveis - o que andou de lado em tempos de Selic alta.

Para as varejistas, a operação de sale and lease back é interessante como forma de ganhar liquidez para pagar contas mais pesadas ou realizar investimentos, especialmente em momentos em que os juros de financiamentos bancários estão muito altos, como agora. O Carrefour, por exemplo, está negociando a venda de cinco centros de distribuição e mais cinco lojas próprias por R$ 1,3 bilhão. Na ponta compradora está a Barzel Properties, com negociações exclusivas. O Assaí também já sinalizou que poderia recorrer a esse tipo de transação.

*Colaborou Talita Nascimento

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 30/06/23, às 18h29.

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O fundo TRX Real Estate foi criado em 2019 e se especializou no segmento de big boxes, como são apelidadas os imóveis quadradões que servem de lojas para supermercados, atacadistas e comerciantes de materiais de construção. O seu negócio é baseado na compra desses imóveis combinada com a locação para os varejistas que eram proprietários até então (sale and lease back). Mais recentemente, o fundo passou a construir os lojões sob medida dos futuros inquilinos (buit to suit).

Ao todo, o fundo detém 52 imóveis em 13 Estados, com patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão - o que o coloca na liderança das big boxes. Entre seus inquilinos estão Pão de Açúcar, Big, Assaí e Sodimac, entre outros. Os contratos de aluguel dos imóveis são de longa duração (geralmente 20 anos), corrigidos pela inflação e sem opção de rescisão sem multa. Isso torna o fundo o queridinho dos cotistas que querem obter renda recorrente. Nos últimos 12 meses, ele gerou dividendo de 10,1% em relação ao valor das cotas.

Dinheiro será usado para pagar imóveis com compras em fase de finalização

Os recursos da oitava captação serão usados para o pagamento de imóveis cujas compras estão sendo finalizadas agora. Em novembro, o fundo arrematou três lojas do Grupo Mateus - em Belém (PA), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) - pelo valor de R$ 182,6 milhões. Faltava só a conclusão da aquisição da unidade de Belém, com pagamento dos R$ 60,5 milhões restantes. O Grupo Mateus seguirá como inquilino. A outra parcela dos recursos desta captação irá para a construção de duas lojas para a varejista de materiais Obramax em Piracicaba (SP) e Suzano (SP), além de uma unidade para a Leroy Merlin em Salvador (BA).

O gestor da TRX Investimentos, Gabriel Barbosa, diz à Coluna que há outras aquisições em negociação. O fundo prioriza imóveis que são ocupados pelas maiores varejistas do País. “Essas negociações são complexas, envolvem valores altos e podem demorar um pouquinho até acontecer”, afirma. Para financiar as próximas compras, é possível realizar uma nova emissão de cotas, recorrer a emissão de certificados de recebíveis imobiliários ou até mesmo a venda de ativos do portfólio.

Barbosa diz que está animado com o setor de fundos imobiliários, uma vez que o início do corte dos juros básicos no país fazendo com que o setor volte a ganhar atratividade perante a renda fixa. Exemplo disso é que o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) já subiu cerca de 13% neste ano. A valorização das cotas dos fundos de tijolos, em geral, ajudará a destravar as captações e recolocar o setor como protagonista na compra e venda de imóveis - o que andou de lado em tempos de Selic alta.

Para as varejistas, a operação de sale and lease back é interessante como forma de ganhar liquidez para pagar contas mais pesadas ou realizar investimentos, especialmente em momentos em que os juros de financiamentos bancários estão muito altos, como agora. O Carrefour, por exemplo, está negociando a venda de cinco centros de distribuição e mais cinco lojas próprias por R$ 1,3 bilhão. Na ponta compradora está a Barzel Properties, com negociações exclusivas. O Assaí também já sinalizou que poderia recorrer a esse tipo de transação.

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