Bastidores do mundo dos negócios

Locação de prédios corporativos no trimestre iguala nível anterior à pandemia


Saldo de áreas alugadas foi o maior desde o início de 2020

Por Circe Bonatelli
Região da Faria Lima tem apenas 7% de áreas desocupadas Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

O mercado de prédios de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo teve um nível elevado de locações nos últimos meses, alcançando patamares similares ao do período anterior à pandemia, de acordo com pesquisa da consultoria imobiliária JLL. A notícia indica uma recuperação do setor, que tem sofrido desde que o home office se tornou algo comum no mundo do trabalho.

O saldo entre áreas alugadas e devolvidas (a chamada absorção líquida, no jargão do mercado) foi de 51 mil m² no terceiro trimestre de 2023. O número equivale a sete campos de futebol e representa o maior nível de atividade desde a chegada da pandemia, no início de 2020. No acumulado do ano, a absorção líquida foi de 64 mil m². Ou seja, o ano começou com poucos negócios, refletindo as preocupações de empresários com a troca de governo, mas passou por um reaquecimento nos meses mais recentes.

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A quantidade total de áreas alugadas, ou absorção bruta (sem considerar áreas devolvidas), foi de 121 mil m² no terceiro trimestre, o segundo maior nível de locações desde o início de 2020. No acumulado deste ano, a absorção bruta chegou a 283 mil m².

Setor financeiro respondeu por 42% dos espaços alugados

O setor financeiro respondeu por 42% da área alugada nos edifícios paulistanos no trimestre. Por exemplo: a HDI Seguros fechou contrato por uma área de 2,7 mil m² no prédio Ceab, na Barra Funda; e a XP Investimentos ficou com mais 2,3 mil m² no São Paulo Corporate Towers, onde já estava presente.

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Com alto volume de transações, o preço do aluguel reagiu. O preço médio pedido de locação foi a R$ 96,5 m²/mês no terceiro trimestre, aumento de 7,7% na comparação anual, segundo a JLL. Na média, a vacância dos edifícios ficou em 24,3% da área, alta de 1,6 ponto porcentual. Embora tenha havido mais locações, o mercado teve entrega de obras de novos prédios do ano passado para cá, elevando o estoque disponível.

A pesquisa mostra também que o mercado segue bastante desigual. A área desocupada é próxima de zero nos prédios do Itaim Bibi (5%), da Faria Lima (7%) e da JK (7%). Por outro lado, há localidades com espaço de sobra para novos inquilinos, como são os casos do eixo sul da Marginal Pinheiros (67%), Chácara Santo Antônio (47%) e Barra Funda (37%).

Preços variam bastante dependendo da região da cidade

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Obviamente, isso se reflete no preço: enquanto o aluguel na Faria Lima custa, em média, R$ 208 m²/mês, um imóvel de padrão semelhante na Chácara Santo Antônio fica cerca de três vezes menos: R$ 60 m²/mês, de acordo com a consultoria.

Para os próximos meses, a JLL estima continuidade da melhora do mercado, com absorção líquida positiva e tendência de aumento do preço pedido. Uma vez que os prédios de Itaim, Faria Lima e JK já estão “cheios”, as empresas que estiverem procurando área de escritório devem considerar se instalar em outros bairros.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 20/11/23, às 18h14

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Região da Faria Lima tem apenas 7% de áreas desocupadas Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

O mercado de prédios de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo teve um nível elevado de locações nos últimos meses, alcançando patamares similares ao do período anterior à pandemia, de acordo com pesquisa da consultoria imobiliária JLL. A notícia indica uma recuperação do setor, que tem sofrido desde que o home office se tornou algo comum no mundo do trabalho.

O saldo entre áreas alugadas e devolvidas (a chamada absorção líquida, no jargão do mercado) foi de 51 mil m² no terceiro trimestre de 2023. O número equivale a sete campos de futebol e representa o maior nível de atividade desde a chegada da pandemia, no início de 2020. No acumulado do ano, a absorção líquida foi de 64 mil m². Ou seja, o ano começou com poucos negócios, refletindo as preocupações de empresários com a troca de governo, mas passou por um reaquecimento nos meses mais recentes.

A quantidade total de áreas alugadas, ou absorção bruta (sem considerar áreas devolvidas), foi de 121 mil m² no terceiro trimestre, o segundo maior nível de locações desde o início de 2020. No acumulado deste ano, a absorção bruta chegou a 283 mil m².

Setor financeiro respondeu por 42% dos espaços alugados

O setor financeiro respondeu por 42% da área alugada nos edifícios paulistanos no trimestre. Por exemplo: a HDI Seguros fechou contrato por uma área de 2,7 mil m² no prédio Ceab, na Barra Funda; e a XP Investimentos ficou com mais 2,3 mil m² no São Paulo Corporate Towers, onde já estava presente.

Com alto volume de transações, o preço do aluguel reagiu. O preço médio pedido de locação foi a R$ 96,5 m²/mês no terceiro trimestre, aumento de 7,7% na comparação anual, segundo a JLL. Na média, a vacância dos edifícios ficou em 24,3% da área, alta de 1,6 ponto porcentual. Embora tenha havido mais locações, o mercado teve entrega de obras de novos prédios do ano passado para cá, elevando o estoque disponível.

A pesquisa mostra também que o mercado segue bastante desigual. A área desocupada é próxima de zero nos prédios do Itaim Bibi (5%), da Faria Lima (7%) e da JK (7%). Por outro lado, há localidades com espaço de sobra para novos inquilinos, como são os casos do eixo sul da Marginal Pinheiros (67%), Chácara Santo Antônio (47%) e Barra Funda (37%).

Preços variam bastante dependendo da região da cidade

Obviamente, isso se reflete no preço: enquanto o aluguel na Faria Lima custa, em média, R$ 208 m²/mês, um imóvel de padrão semelhante na Chácara Santo Antônio fica cerca de três vezes menos: R$ 60 m²/mês, de acordo com a consultoria.

Para os próximos meses, a JLL estima continuidade da melhora do mercado, com absorção líquida positiva e tendência de aumento do preço pedido. Uma vez que os prédios de Itaim, Faria Lima e JK já estão “cheios”, as empresas que estiverem procurando área de escritório devem considerar se instalar em outros bairros.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 20/11/23, às 18h14

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O saldo entre áreas alugadas e devolvidas (a chamada absorção líquida, no jargão do mercado) foi de 51 mil m² no terceiro trimestre de 2023. O número equivale a sete campos de futebol e representa o maior nível de atividade desde a chegada da pandemia, no início de 2020. No acumulado do ano, a absorção líquida foi de 64 mil m². Ou seja, o ano começou com poucos negócios, refletindo as preocupações de empresários com a troca de governo, mas passou por um reaquecimento nos meses mais recentes.

A quantidade total de áreas alugadas, ou absorção bruta (sem considerar áreas devolvidas), foi de 121 mil m² no terceiro trimestre, o segundo maior nível de locações desde o início de 2020. No acumulado deste ano, a absorção bruta chegou a 283 mil m².

Setor financeiro respondeu por 42% dos espaços alugados

O setor financeiro respondeu por 42% da área alugada nos edifícios paulistanos no trimestre. Por exemplo: a HDI Seguros fechou contrato por uma área de 2,7 mil m² no prédio Ceab, na Barra Funda; e a XP Investimentos ficou com mais 2,3 mil m² no São Paulo Corporate Towers, onde já estava presente.

Com alto volume de transações, o preço do aluguel reagiu. O preço médio pedido de locação foi a R$ 96,5 m²/mês no terceiro trimestre, aumento de 7,7% na comparação anual, segundo a JLL. Na média, a vacância dos edifícios ficou em 24,3% da área, alta de 1,6 ponto porcentual. Embora tenha havido mais locações, o mercado teve entrega de obras de novos prédios do ano passado para cá, elevando o estoque disponível.

A pesquisa mostra também que o mercado segue bastante desigual. A área desocupada é próxima de zero nos prédios do Itaim Bibi (5%), da Faria Lima (7%) e da JK (7%). Por outro lado, há localidades com espaço de sobra para novos inquilinos, como são os casos do eixo sul da Marginal Pinheiros (67%), Chácara Santo Antônio (47%) e Barra Funda (37%).

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Obviamente, isso se reflete no preço: enquanto o aluguel na Faria Lima custa, em média, R$ 208 m²/mês, um imóvel de padrão semelhante na Chácara Santo Antônio fica cerca de três vezes menos: R$ 60 m²/mês, de acordo com a consultoria.

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O saldo entre áreas alugadas e devolvidas (a chamada absorção líquida, no jargão do mercado) foi de 51 mil m² no terceiro trimestre de 2023. O número equivale a sete campos de futebol e representa o maior nível de atividade desde a chegada da pandemia, no início de 2020. No acumulado do ano, a absorção líquida foi de 64 mil m². Ou seja, o ano começou com poucos negócios, refletindo as preocupações de empresários com a troca de governo, mas passou por um reaquecimento nos meses mais recentes.

A quantidade total de áreas alugadas, ou absorção bruta (sem considerar áreas devolvidas), foi de 121 mil m² no terceiro trimestre, o segundo maior nível de locações desde o início de 2020. No acumulado deste ano, a absorção bruta chegou a 283 mil m².

Setor financeiro respondeu por 42% dos espaços alugados

O setor financeiro respondeu por 42% da área alugada nos edifícios paulistanos no trimestre. Por exemplo: a HDI Seguros fechou contrato por uma área de 2,7 mil m² no prédio Ceab, na Barra Funda; e a XP Investimentos ficou com mais 2,3 mil m² no São Paulo Corporate Towers, onde já estava presente.

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A pesquisa mostra também que o mercado segue bastante desigual. A área desocupada é próxima de zero nos prédios do Itaim Bibi (5%), da Faria Lima (7%) e da JK (7%). Por outro lado, há localidades com espaço de sobra para novos inquilinos, como são os casos do eixo sul da Marginal Pinheiros (67%), Chácara Santo Antônio (47%) e Barra Funda (37%).

Preços variam bastante dependendo da região da cidade

Obviamente, isso se reflete no preço: enquanto o aluguel na Faria Lima custa, em média, R$ 208 m²/mês, um imóvel de padrão semelhante na Chácara Santo Antônio fica cerca de três vezes menos: R$ 60 m²/mês, de acordo com a consultoria.

Para os próximos meses, a JLL estima continuidade da melhora do mercado, com absorção líquida positiva e tendência de aumento do preço pedido. Uma vez que os prédios de Itaim, Faria Lima e JK já estão “cheios”, as empresas que estiverem procurando área de escritório devem considerar se instalar em outros bairros.

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