Bastidores do mundo dos negócios

Para Faria Lima, inflação dos EUA preocupa mais que eleição no Brasil


Por Altamiro Silva Junior, Matheus Piovesana e Cynthia Decloedt
Avenida Faria Lima, centro financeiro da capital paulista    Foto: Hélvio Romero/Estadão

A Faria Lima, maior centro financeiro do Brasil, está mais preocupada neste momento com os rumos da inflação americana do que com as eleições no Brasil. A razão é que ainda é incerto o tempo e a intensidade com os quais o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai elevar os juros para conter a alta de preços na maior economia do mundo, o que tem repercussões importantes em todos os países. Já no Brasil, o quadro eleitoral está polarizado entre dois nomes com gestões conhecidas do mercado: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Por esse motivo, a volatilidade nos preços dos ativos brasileiros está baixa, a menor em período pré-eleitoral desde a redemocratização em 1985, segundo o BTG Pactual.

O presidente de um banco afirma que a aliança de Lula com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice em sua chapa, mostra o petista mais disposto ao diálogo e a reformas, ainda que com viés mais estatizante. Já Bolsonaro, se reeleito, será uma reedição do que foi visto nos últimos quatro anos: alguns avanços da agenda liberal e embates com o Congresso.

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Eventuais erros do Fed podem afetar política de juros no Brasil

Em ambos os casos, são cenários com os quais o mercado financeiro local já lidou no passado. O aperto monetário americano, por outro lado, é um evento mais incomum. Mais do que isso, preocupa a capacidade do BC norte-americano ler e calibrar o juro corretamente, frente aos indicadores macroeconômicos. O efeito adverso por aqui, de eventuais erros do Fed, seria a necessidade de manutenção do juro alto por mais tempo no próximo ano, para conter a aversão ao risco lá fora, prejudicando negócios.

A típica volatilidade de anos eleitorais será limitada este ano no Brasil, segundo a analista da TS Lombard, Elizabeth Johnson. Como nem Lula nem Bolsonaro são o candidato ideal para o mercado, a visão é que algumas reformas vão andar, independentemente de quem vença.

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Com Lula, há mais chance de avançar uma reforma tributária, enquanto o desmatamento tende a diminuir, o que agrada aos investidores estrangeiros, diz ela. Já em um novo governo Bolsonaro, há mais chance de avanço em privatizações. A volatilidade só tende a disparar no mercado caso Bolsonaro perca por uma pequena margem e não aceite o resultado.

Presidente do Fed pode dar mais pistas sobre controle da inflação

No caso dos juros nos EUA, a Faria Lima estará de olho na sexta-feira (26)  no simpósio de Jackson Hole, organizado pelo Fed. O presidente, Jerome Powell, fará o discurso de abertura, que pode dar mais pistas sobre o controle da inflação e a intensidade do próximo aperto monetário. Em meio a essas incertezas, o mercado de emissões de ações está parado, nos EUA e no Brasil. Por isso, mais clareza sobre a política monetária americana pode ajudar a destravar essas operações.

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 24/08/2022, às 15h32.

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Avenida Faria Lima, centro financeiro da capital paulista    Foto: Hélvio Romero/Estadão

A Faria Lima, maior centro financeiro do Brasil, está mais preocupada neste momento com os rumos da inflação americana do que com as eleições no Brasil. A razão é que ainda é incerto o tempo e a intensidade com os quais o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai elevar os juros para conter a alta de preços na maior economia do mundo, o que tem repercussões importantes em todos os países. Já no Brasil, o quadro eleitoral está polarizado entre dois nomes com gestões conhecidas do mercado: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Por esse motivo, a volatilidade nos preços dos ativos brasileiros está baixa, a menor em período pré-eleitoral desde a redemocratização em 1985, segundo o BTG Pactual.

O presidente de um banco afirma que a aliança de Lula com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice em sua chapa, mostra o petista mais disposto ao diálogo e a reformas, ainda que com viés mais estatizante. Já Bolsonaro, se reeleito, será uma reedição do que foi visto nos últimos quatro anos: alguns avanços da agenda liberal e embates com o Congresso.

Eventuais erros do Fed podem afetar política de juros no Brasil

Em ambos os casos, são cenários com os quais o mercado financeiro local já lidou no passado. O aperto monetário americano, por outro lado, é um evento mais incomum. Mais do que isso, preocupa a capacidade do BC norte-americano ler e calibrar o juro corretamente, frente aos indicadores macroeconômicos. O efeito adverso por aqui, de eventuais erros do Fed, seria a necessidade de manutenção do juro alto por mais tempo no próximo ano, para conter a aversão ao risco lá fora, prejudicando negócios.

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Com Lula, há mais chance de avançar uma reforma tributária, enquanto o desmatamento tende a diminuir, o que agrada aos investidores estrangeiros, diz ela. Já em um novo governo Bolsonaro, há mais chance de avanço em privatizações. A volatilidade só tende a disparar no mercado caso Bolsonaro perca por uma pequena margem e não aceite o resultado.

Presidente do Fed pode dar mais pistas sobre controle da inflação

No caso dos juros nos EUA, a Faria Lima estará de olho na sexta-feira (26)  no simpósio de Jackson Hole, organizado pelo Fed. O presidente, Jerome Powell, fará o discurso de abertura, que pode dar mais pistas sobre o controle da inflação e a intensidade do próximo aperto monetário. Em meio a essas incertezas, o mercado de emissões de ações está parado, nos EUA e no Brasil. Por isso, mais clareza sobre a política monetária americana pode ajudar a destravar essas operações.

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Avenida Faria Lima, centro financeiro da capital paulista    Foto: Hélvio Romero/Estadão

A Faria Lima, maior centro financeiro do Brasil, está mais preocupada neste momento com os rumos da inflação americana do que com as eleições no Brasil. A razão é que ainda é incerto o tempo e a intensidade com os quais o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai elevar os juros para conter a alta de preços na maior economia do mundo, o que tem repercussões importantes em todos os países. Já no Brasil, o quadro eleitoral está polarizado entre dois nomes com gestões conhecidas do mercado: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Por esse motivo, a volatilidade nos preços dos ativos brasileiros está baixa, a menor em período pré-eleitoral desde a redemocratização em 1985, segundo o BTG Pactual.

O presidente de um banco afirma que a aliança de Lula com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice em sua chapa, mostra o petista mais disposto ao diálogo e a reformas, ainda que com viés mais estatizante. Já Bolsonaro, se reeleito, será uma reedição do que foi visto nos últimos quatro anos: alguns avanços da agenda liberal e embates com o Congresso.

Eventuais erros do Fed podem afetar política de juros no Brasil

Em ambos os casos, são cenários com os quais o mercado financeiro local já lidou no passado. O aperto monetário americano, por outro lado, é um evento mais incomum. Mais do que isso, preocupa a capacidade do BC norte-americano ler e calibrar o juro corretamente, frente aos indicadores macroeconômicos. O efeito adverso por aqui, de eventuais erros do Fed, seria a necessidade de manutenção do juro alto por mais tempo no próximo ano, para conter a aversão ao risco lá fora, prejudicando negócios.

A típica volatilidade de anos eleitorais será limitada este ano no Brasil, segundo a analista da TS Lombard, Elizabeth Johnson. Como nem Lula nem Bolsonaro são o candidato ideal para o mercado, a visão é que algumas reformas vão andar, independentemente de quem vença.

Com Lula, há mais chance de avançar uma reforma tributária, enquanto o desmatamento tende a diminuir, o que agrada aos investidores estrangeiros, diz ela. Já em um novo governo Bolsonaro, há mais chance de avanço em privatizações. A volatilidade só tende a disparar no mercado caso Bolsonaro perca por uma pequena margem e não aceite o resultado.

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O presidente de um banco afirma que a aliança de Lula com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice em sua chapa, mostra o petista mais disposto ao diálogo e a reformas, ainda que com viés mais estatizante. Já Bolsonaro, se reeleito, será uma reedição do que foi visto nos últimos quatro anos: alguns avanços da agenda liberal e embates com o Congresso.

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Em ambos os casos, são cenários com os quais o mercado financeiro local já lidou no passado. O aperto monetário americano, por outro lado, é um evento mais incomum. Mais do que isso, preocupa a capacidade do BC norte-americano ler e calibrar o juro corretamente, frente aos indicadores macroeconômicos. O efeito adverso por aqui, de eventuais erros do Fed, seria a necessidade de manutenção do juro alto por mais tempo no próximo ano, para conter a aversão ao risco lá fora, prejudicando negócios.

A típica volatilidade de anos eleitorais será limitada este ano no Brasil, segundo a analista da TS Lombard, Elizabeth Johnson. Como nem Lula nem Bolsonaro são o candidato ideal para o mercado, a visão é que algumas reformas vão andar, independentemente de quem vença.

Com Lula, há mais chance de avançar uma reforma tributária, enquanto o desmatamento tende a diminuir, o que agrada aos investidores estrangeiros, diz ela. Já em um novo governo Bolsonaro, há mais chance de avanço em privatizações. A volatilidade só tende a disparar no mercado caso Bolsonaro perca por uma pequena margem e não aceite o resultado.

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