Bastidores do mundo dos negócios

Prevista inicialmente para este ano, venda da Braskem deve ser postergada


Por Cynthia Decloedt, Altamiro Silva Junior e Cristiane Barbieri
A Braskem foi uma das empresas que fizeram recompra de bonds  Foto: Daniel Teixeira/AE

A venda da fatia da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem, deve ser postergada. A princípio, a ideia era concretizar o negócio este ano para aproveitar a alta no ciclo da petroquímica e das commodities - uma vez que não é certeza que o patamar se mantenha por mais tempo. Quando o plano de recuperação judicial da então Odebrecht foi desenhado, a expectativa era de que o grupo levantasse R$ 18 bilhões com sua parte, que equivale a 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total da empresa. Graças ao ciclo positivo do setor e ao enquadramento dos problemas em suas operações em Alagoas e no México, a Braskem vale hoje mais de R$ 40 bilhões em Bolsa.

A queda nas cotações do minério de ferro e outros produtos, por conta de uma nova retração no consumo da China, indica a possibilidade de o ciclo de alta estar mudando de trajetória. A postergação na venda que entrou no radar, porém, seria reflexo da dificuldade em fechar as negociações. Atualmente todas as possibilidades estão na mesa. Desde o fatiamento - ou não - das operações, com a separação das fábricas no hemisfério Norte (EUA e México) das do Brasil, até o modelo de saída do negócio.

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Prazo para a venda

A princípio, poderia haver uma venda direta a interessados, que incluem investidores estratégicos e financeiros, de olho tanto nas partes quanto pelo todo. Não foi descartada também uma oferta via mercado de capitais. A Novonor tem dado preferência à venda de todas suas ações. Pelo acordo com os credores da recuperação judicial, a venda tem de ser feita até o início de 2023.

Enquanto o banco de investimento Morgan Stanley tenta vender a parte da Novonor, a Petrobrás, que tem os outros 50% da Braskem, contratou o JPMorgan para estudar sua saída da petroquímica. O martelo sobre se essa seria a melhor solução à estatal não foi batido.

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Caso as ações da Braskem sejam vendidas pelo preço atual, a Petrobras corre o risco de questionamento pelo Tribunal de Contas da União, em relação à possibilidade de subirem mais à frente. Se acompanhar a Novonor no negócio, opção que tem direito pela cláusula de 'tag along', pode conseguir um prêmio sobre às cotações na B3. Procuradas, Braskem, Novonor e Petrobrás não comentaram.

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 19/08/21 às 18h37.

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Contato: colunabroadcast@estadao.com

A Braskem foi uma das empresas que fizeram recompra de bonds  Foto: Daniel Teixeira/AE

A venda da fatia da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem, deve ser postergada. A princípio, a ideia era concretizar o negócio este ano para aproveitar a alta no ciclo da petroquímica e das commodities - uma vez que não é certeza que o patamar se mantenha por mais tempo. Quando o plano de recuperação judicial da então Odebrecht foi desenhado, a expectativa era de que o grupo levantasse R$ 18 bilhões com sua parte, que equivale a 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total da empresa. Graças ao ciclo positivo do setor e ao enquadramento dos problemas em suas operações em Alagoas e no México, a Braskem vale hoje mais de R$ 40 bilhões em Bolsa.

A queda nas cotações do minério de ferro e outros produtos, por conta de uma nova retração no consumo da China, indica a possibilidade de o ciclo de alta estar mudando de trajetória. A postergação na venda que entrou no radar, porém, seria reflexo da dificuldade em fechar as negociações. Atualmente todas as possibilidades estão na mesa. Desde o fatiamento - ou não - das operações, com a separação das fábricas no hemisfério Norte (EUA e México) das do Brasil, até o modelo de saída do negócio.

Prazo para a venda

A princípio, poderia haver uma venda direta a interessados, que incluem investidores estratégicos e financeiros, de olho tanto nas partes quanto pelo todo. Não foi descartada também uma oferta via mercado de capitais. A Novonor tem dado preferência à venda de todas suas ações. Pelo acordo com os credores da recuperação judicial, a venda tem de ser feita até o início de 2023.

Enquanto o banco de investimento Morgan Stanley tenta vender a parte da Novonor, a Petrobrás, que tem os outros 50% da Braskem, contratou o JPMorgan para estudar sua saída da petroquímica. O martelo sobre se essa seria a melhor solução à estatal não foi batido.

Caso as ações da Braskem sejam vendidas pelo preço atual, a Petrobras corre o risco de questionamento pelo Tribunal de Contas da União, em relação à possibilidade de subirem mais à frente. Se acompanhar a Novonor no negócio, opção que tem direito pela cláusula de 'tag along', pode conseguir um prêmio sobre às cotações na B3. Procuradas, Braskem, Novonor e Petrobrás não comentaram.

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A venda da fatia da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem, deve ser postergada. A princípio, a ideia era concretizar o negócio este ano para aproveitar a alta no ciclo da petroquímica e das commodities - uma vez que não é certeza que o patamar se mantenha por mais tempo. Quando o plano de recuperação judicial da então Odebrecht foi desenhado, a expectativa era de que o grupo levantasse R$ 18 bilhões com sua parte, que equivale a 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total da empresa. Graças ao ciclo positivo do setor e ao enquadramento dos problemas em suas operações em Alagoas e no México, a Braskem vale hoje mais de R$ 40 bilhões em Bolsa.

A queda nas cotações do minério de ferro e outros produtos, por conta de uma nova retração no consumo da China, indica a possibilidade de o ciclo de alta estar mudando de trajetória. A postergação na venda que entrou no radar, porém, seria reflexo da dificuldade em fechar as negociações. Atualmente todas as possibilidades estão na mesa. Desde o fatiamento - ou não - das operações, com a separação das fábricas no hemisfério Norte (EUA e México) das do Brasil, até o modelo de saída do negócio.

Prazo para a venda

A princípio, poderia haver uma venda direta a interessados, que incluem investidores estratégicos e financeiros, de olho tanto nas partes quanto pelo todo. Não foi descartada também uma oferta via mercado de capitais. A Novonor tem dado preferência à venda de todas suas ações. Pelo acordo com os credores da recuperação judicial, a venda tem de ser feita até o início de 2023.

Enquanto o banco de investimento Morgan Stanley tenta vender a parte da Novonor, a Petrobrás, que tem os outros 50% da Braskem, contratou o JPMorgan para estudar sua saída da petroquímica. O martelo sobre se essa seria a melhor solução à estatal não foi batido.

Caso as ações da Braskem sejam vendidas pelo preço atual, a Petrobras corre o risco de questionamento pelo Tribunal de Contas da União, em relação à possibilidade de subirem mais à frente. Se acompanhar a Novonor no negócio, opção que tem direito pela cláusula de 'tag along', pode conseguir um prêmio sobre às cotações na B3. Procuradas, Braskem, Novonor e Petrobrás não comentaram.

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A queda nas cotações do minério de ferro e outros produtos, por conta de uma nova retração no consumo da China, indica a possibilidade de o ciclo de alta estar mudando de trajetória. A postergação na venda que entrou no radar, porém, seria reflexo da dificuldade em fechar as negociações. Atualmente todas as possibilidades estão na mesa. Desde o fatiamento - ou não - das operações, com a separação das fábricas no hemisfério Norte (EUA e México) das do Brasil, até o modelo de saída do negócio.

Prazo para a venda

A princípio, poderia haver uma venda direta a interessados, que incluem investidores estratégicos e financeiros, de olho tanto nas partes quanto pelo todo. Não foi descartada também uma oferta via mercado de capitais. A Novonor tem dado preferência à venda de todas suas ações. Pelo acordo com os credores da recuperação judicial, a venda tem de ser feita até o início de 2023.

Enquanto o banco de investimento Morgan Stanley tenta vender a parte da Novonor, a Petrobrás, que tem os outros 50% da Braskem, contratou o JPMorgan para estudar sua saída da petroquímica. O martelo sobre se essa seria a melhor solução à estatal não foi batido.

Caso as ações da Braskem sejam vendidas pelo preço atual, a Petrobras corre o risco de questionamento pelo Tribunal de Contas da União, em relação à possibilidade de subirem mais à frente. Se acompanhar a Novonor no negócio, opção que tem direito pela cláusula de 'tag along', pode conseguir um prêmio sobre às cotações na B3. Procuradas, Braskem, Novonor e Petrobrás não comentaram.

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