Bastidores do mundo dos negócios

RaiaDrogasil completa 10 anos de fusão com 2,4 mil lojas e planos de crescer mais


Por Luisa Laval
Unidade da Drogasil na capital paulista   Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

A RaiaDrogasil (RD) completou dez anos desde a fusão entre as duas maiores redes de farmácias do País ontem (11) e se consolidou como um nome praticamente imbatível no varejo farmacêutico, presente em todos os Estados do País. Em uma década, o número de farmácias saltou de 776 para 2.414. E para mostrar que não pensa em parar por aí, a empresa ampliou sua projeção de abertura de novas lojas para 2022, passando de 240 para 260.

"A fusão entre a Raia e a Drogasil foi uma das poucas e a mais bem-sucedidas entre grandes varejistas do Brasil até hoje, e continua sendo bem-sucedida", afirma o sócio da consultoria especializada em varejo Mixxer, Eugênio Foganholo. "Havia grande complementaridade entre as empresas, embora houvesse posicionamento e estilos de gestão diferentes. E havia a oportunidade de um início de consolidação no mercado brasileiro de farmácias."

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Em 2011, quando a fusão entre a Drogasil e a Droga Raia era discutida, as empresas ultrapassaram a gigante formada pela união da Drogaria São Paulo com a Drogão, ocorrida em 2010. Com a fusão das operações, elas criariam então uma gigante com cerca de R$ 4,7 bilhões de faturamento anual. Atualmente, no acumulado de 12 meses, a empresa registra um faturamento de R$ 24,6 bilhões.

Segundo Marcilio Pousada, CEO da RD desde julho de 2013, a estratégia traçada pela companhia sempre foi o foco no longo prazo e na entrega de qualidade da operação, não apenas em quantidade. "Se você olhar o mercado físico de farmácias, fizemos o que dava para ser feito. Os outros tentaram também, mas conseguimos fazer isso com o foco no longo prazo. Nunca vimos o meio como fim, por exemplo, querer estar presente no Brasil inteiro: as coisas foram acontecendo", afirma ao Broadcast.

Digitalização e serviços farmacêuticos

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Uma década depois da fusão, Pousada destaca que dois elementos mudaram no ambiente competitivo, justamente onde a RD foca seu crescimento: a entrada da digitalização do cliente e a aprovação governamental de serviços farmacêuticos nas lojas (como vacinas, testes de glicemia e medição de pressão).

Em abril de 2018, todas as farmácias já tinham a modalidade "compre e retire", quando a RD dobrou suas vendas pela internet. "A pandemia exponencializou isso. Em 2018, nosso negócio da internet era cerca de 1,5% da venda, hoje já representa 9,2%", afirma.

Cada vez mais, a rede quer se posicionar como um ecossistema de saúde, presente na vida do cliente. Em julho, por exemplo, a empresa lançou a Vitat, plataforma de saúde que combina um aplicativo com produtos, serviços e conteúdo para promover saúde e bem-estar. O objetivo é integrar ferramentas digitais com atendimento em unidades de farmácia, por meio da criação de espaços específicos para tratar do tema.

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"Começamos a fazer, mas a pandemia acelerou isso, trouxe uma força única. Fizemos 3,4 milhões de testes de covid. Hoje, a farmácia é diferente, que pode entregar muito mais do que beleza, bem-estar em saúde e medicamentos, pode entregar também saúde integral para o cliente", destaca o CEO.

Indagado sobre o plano de crescimento para os próximos dez anos, o executivo afirma que a companhia já tem sonhos para um pouco mais cedo, em 2025. "Criamos um plano novo com três pilares estratégicos: a nova farmácia, que é digital, o marketplace de saúde, que ainda é pequeno, mas já começou a operar com quase 60 mil itens, e a plataforma de saúde, com a criação de um ecossistema em que o cliente se relaciona conosco em vários momentos e oferecemos produtos e serviços para ele mudar hábitos de saúde. Em 2025, começaremos a colher os frutos desta estratégia", conclui.

A visão do executivo também é a de boa parte do mercado, que aposta a maioria das fichas na continuidade das novas vias de crescimento.

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"Eu vejo a criação de um tremendo ecossistema de negócios em torno da RaiaDrogasil: com serviços farmacêuticos, planos de saúde, conceito de medicamento e especialidade, digital, marketplace. Será uma empresa de varejo farmacêutico que está no caminho de se tornar um ecossistema voltado para a saúde, prevenção e bem-estar", aponta Foganholo.

O Goldman Sachs confirma o entusiasmo. "Acreditamos que a RD oferece um algoritmo de crescimento atraente construído na consolidação de ações orgânicas e ventos favoráveis estruturais, consistência ao longo do ciclo em margens e retornos e um perfil de demanda relativamente mais defensivo", apontam os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

Na quarta-feira, 10, o Brazil Journal publicou que os controladores da empresa venderam 2,4% do capital, aproveitando o fim de um lockup de cinco anos, meses após a empresa renovar seu acordo de acionistas. O novo bloco de controle seria composto pelas famílias Pipponzi, Pires e Galvão, que agora teriam 28% da companhia.

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 11/11/21, às 17h00.

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

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Unidade da Drogasil na capital paulista   Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

A RaiaDrogasil (RD) completou dez anos desde a fusão entre as duas maiores redes de farmácias do País ontem (11) e se consolidou como um nome praticamente imbatível no varejo farmacêutico, presente em todos os Estados do País. Em uma década, o número de farmácias saltou de 776 para 2.414. E para mostrar que não pensa em parar por aí, a empresa ampliou sua projeção de abertura de novas lojas para 2022, passando de 240 para 260.

"A fusão entre a Raia e a Drogasil foi uma das poucas e a mais bem-sucedidas entre grandes varejistas do Brasil até hoje, e continua sendo bem-sucedida", afirma o sócio da consultoria especializada em varejo Mixxer, Eugênio Foganholo. "Havia grande complementaridade entre as empresas, embora houvesse posicionamento e estilos de gestão diferentes. E havia a oportunidade de um início de consolidação no mercado brasileiro de farmácias."

Em 2011, quando a fusão entre a Drogasil e a Droga Raia era discutida, as empresas ultrapassaram a gigante formada pela união da Drogaria São Paulo com a Drogão, ocorrida em 2010. Com a fusão das operações, elas criariam então uma gigante com cerca de R$ 4,7 bilhões de faturamento anual. Atualmente, no acumulado de 12 meses, a empresa registra um faturamento de R$ 24,6 bilhões.

Segundo Marcilio Pousada, CEO da RD desde julho de 2013, a estratégia traçada pela companhia sempre foi o foco no longo prazo e na entrega de qualidade da operação, não apenas em quantidade. "Se você olhar o mercado físico de farmácias, fizemos o que dava para ser feito. Os outros tentaram também, mas conseguimos fazer isso com o foco no longo prazo. Nunca vimos o meio como fim, por exemplo, querer estar presente no Brasil inteiro: as coisas foram acontecendo", afirma ao Broadcast.

Digitalização e serviços farmacêuticos

Uma década depois da fusão, Pousada destaca que dois elementos mudaram no ambiente competitivo, justamente onde a RD foca seu crescimento: a entrada da digitalização do cliente e a aprovação governamental de serviços farmacêuticos nas lojas (como vacinas, testes de glicemia e medição de pressão).

Em abril de 2018, todas as farmácias já tinham a modalidade "compre e retire", quando a RD dobrou suas vendas pela internet. "A pandemia exponencializou isso. Em 2018, nosso negócio da internet era cerca de 1,5% da venda, hoje já representa 9,2%", afirma.

Cada vez mais, a rede quer se posicionar como um ecossistema de saúde, presente na vida do cliente. Em julho, por exemplo, a empresa lançou a Vitat, plataforma de saúde que combina um aplicativo com produtos, serviços e conteúdo para promover saúde e bem-estar. O objetivo é integrar ferramentas digitais com atendimento em unidades de farmácia, por meio da criação de espaços específicos para tratar do tema.

"Começamos a fazer, mas a pandemia acelerou isso, trouxe uma força única. Fizemos 3,4 milhões de testes de covid. Hoje, a farmácia é diferente, que pode entregar muito mais do que beleza, bem-estar em saúde e medicamentos, pode entregar também saúde integral para o cliente", destaca o CEO.

Indagado sobre o plano de crescimento para os próximos dez anos, o executivo afirma que a companhia já tem sonhos para um pouco mais cedo, em 2025. "Criamos um plano novo com três pilares estratégicos: a nova farmácia, que é digital, o marketplace de saúde, que ainda é pequeno, mas já começou a operar com quase 60 mil itens, e a plataforma de saúde, com a criação de um ecossistema em que o cliente se relaciona conosco em vários momentos e oferecemos produtos e serviços para ele mudar hábitos de saúde. Em 2025, começaremos a colher os frutos desta estratégia", conclui.

A visão do executivo também é a de boa parte do mercado, que aposta a maioria das fichas na continuidade das novas vias de crescimento.

"Eu vejo a criação de um tremendo ecossistema de negócios em torno da RaiaDrogasil: com serviços farmacêuticos, planos de saúde, conceito de medicamento e especialidade, digital, marketplace. Será uma empresa de varejo farmacêutico que está no caminho de se tornar um ecossistema voltado para a saúde, prevenção e bem-estar", aponta Foganholo.

O Goldman Sachs confirma o entusiasmo. "Acreditamos que a RD oferece um algoritmo de crescimento atraente construído na consolidação de ações orgânicas e ventos favoráveis estruturais, consistência ao longo do ciclo em margens e retornos e um perfil de demanda relativamente mais defensivo", apontam os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

Na quarta-feira, 10, o Brazil Journal publicou que os controladores da empresa venderam 2,4% do capital, aproveitando o fim de um lockup de cinco anos, meses após a empresa renovar seu acordo de acionistas. O novo bloco de controle seria composto pelas famílias Pipponzi, Pires e Galvão, que agora teriam 28% da companhia.

 

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A RaiaDrogasil (RD) completou dez anos desde a fusão entre as duas maiores redes de farmácias do País ontem (11) e se consolidou como um nome praticamente imbatível no varejo farmacêutico, presente em todos os Estados do País. Em uma década, o número de farmácias saltou de 776 para 2.414. E para mostrar que não pensa em parar por aí, a empresa ampliou sua projeção de abertura de novas lojas para 2022, passando de 240 para 260.

"A fusão entre a Raia e a Drogasil foi uma das poucas e a mais bem-sucedidas entre grandes varejistas do Brasil até hoje, e continua sendo bem-sucedida", afirma o sócio da consultoria especializada em varejo Mixxer, Eugênio Foganholo. "Havia grande complementaridade entre as empresas, embora houvesse posicionamento e estilos de gestão diferentes. E havia a oportunidade de um início de consolidação no mercado brasileiro de farmácias."

Em 2011, quando a fusão entre a Drogasil e a Droga Raia era discutida, as empresas ultrapassaram a gigante formada pela união da Drogaria São Paulo com a Drogão, ocorrida em 2010. Com a fusão das operações, elas criariam então uma gigante com cerca de R$ 4,7 bilhões de faturamento anual. Atualmente, no acumulado de 12 meses, a empresa registra um faturamento de R$ 24,6 bilhões.

Segundo Marcilio Pousada, CEO da RD desde julho de 2013, a estratégia traçada pela companhia sempre foi o foco no longo prazo e na entrega de qualidade da operação, não apenas em quantidade. "Se você olhar o mercado físico de farmácias, fizemos o que dava para ser feito. Os outros tentaram também, mas conseguimos fazer isso com o foco no longo prazo. Nunca vimos o meio como fim, por exemplo, querer estar presente no Brasil inteiro: as coisas foram acontecendo", afirma ao Broadcast.

Digitalização e serviços farmacêuticos

Uma década depois da fusão, Pousada destaca que dois elementos mudaram no ambiente competitivo, justamente onde a RD foca seu crescimento: a entrada da digitalização do cliente e a aprovação governamental de serviços farmacêuticos nas lojas (como vacinas, testes de glicemia e medição de pressão).

Em abril de 2018, todas as farmácias já tinham a modalidade "compre e retire", quando a RD dobrou suas vendas pela internet. "A pandemia exponencializou isso. Em 2018, nosso negócio da internet era cerca de 1,5% da venda, hoje já representa 9,2%", afirma.

Cada vez mais, a rede quer se posicionar como um ecossistema de saúde, presente na vida do cliente. Em julho, por exemplo, a empresa lançou a Vitat, plataforma de saúde que combina um aplicativo com produtos, serviços e conteúdo para promover saúde e bem-estar. O objetivo é integrar ferramentas digitais com atendimento em unidades de farmácia, por meio da criação de espaços específicos para tratar do tema.

"Começamos a fazer, mas a pandemia acelerou isso, trouxe uma força única. Fizemos 3,4 milhões de testes de covid. Hoje, a farmácia é diferente, que pode entregar muito mais do que beleza, bem-estar em saúde e medicamentos, pode entregar também saúde integral para o cliente", destaca o CEO.

Indagado sobre o plano de crescimento para os próximos dez anos, o executivo afirma que a companhia já tem sonhos para um pouco mais cedo, em 2025. "Criamos um plano novo com três pilares estratégicos: a nova farmácia, que é digital, o marketplace de saúde, que ainda é pequeno, mas já começou a operar com quase 60 mil itens, e a plataforma de saúde, com a criação de um ecossistema em que o cliente se relaciona conosco em vários momentos e oferecemos produtos e serviços para ele mudar hábitos de saúde. Em 2025, começaremos a colher os frutos desta estratégia", conclui.

A visão do executivo também é a de boa parte do mercado, que aposta a maioria das fichas na continuidade das novas vias de crescimento.

"Eu vejo a criação de um tremendo ecossistema de negócios em torno da RaiaDrogasil: com serviços farmacêuticos, planos de saúde, conceito de medicamento e especialidade, digital, marketplace. Será uma empresa de varejo farmacêutico que está no caminho de se tornar um ecossistema voltado para a saúde, prevenção e bem-estar", aponta Foganholo.

O Goldman Sachs confirma o entusiasmo. "Acreditamos que a RD oferece um algoritmo de crescimento atraente construído na consolidação de ações orgânicas e ventos favoráveis estruturais, consistência ao longo do ciclo em margens e retornos e um perfil de demanda relativamente mais defensivo", apontam os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

Na quarta-feira, 10, o Brazil Journal publicou que os controladores da empresa venderam 2,4% do capital, aproveitando o fim de um lockup de cinco anos, meses após a empresa renovar seu acordo de acionistas. O novo bloco de controle seria composto pelas famílias Pipponzi, Pires e Galvão, que agora teriam 28% da companhia.

 

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"A fusão entre a Raia e a Drogasil foi uma das poucas e a mais bem-sucedidas entre grandes varejistas do Brasil até hoje, e continua sendo bem-sucedida", afirma o sócio da consultoria especializada em varejo Mixxer, Eugênio Foganholo. "Havia grande complementaridade entre as empresas, embora houvesse posicionamento e estilos de gestão diferentes. E havia a oportunidade de um início de consolidação no mercado brasileiro de farmácias."

Em 2011, quando a fusão entre a Drogasil e a Droga Raia era discutida, as empresas ultrapassaram a gigante formada pela união da Drogaria São Paulo com a Drogão, ocorrida em 2010. Com a fusão das operações, elas criariam então uma gigante com cerca de R$ 4,7 bilhões de faturamento anual. Atualmente, no acumulado de 12 meses, a empresa registra um faturamento de R$ 24,6 bilhões.

Segundo Marcilio Pousada, CEO da RD desde julho de 2013, a estratégia traçada pela companhia sempre foi o foco no longo prazo e na entrega de qualidade da operação, não apenas em quantidade. "Se você olhar o mercado físico de farmácias, fizemos o que dava para ser feito. Os outros tentaram também, mas conseguimos fazer isso com o foco no longo prazo. Nunca vimos o meio como fim, por exemplo, querer estar presente no Brasil inteiro: as coisas foram acontecendo", afirma ao Broadcast.

Digitalização e serviços farmacêuticos

Uma década depois da fusão, Pousada destaca que dois elementos mudaram no ambiente competitivo, justamente onde a RD foca seu crescimento: a entrada da digitalização do cliente e a aprovação governamental de serviços farmacêuticos nas lojas (como vacinas, testes de glicemia e medição de pressão).

Em abril de 2018, todas as farmácias já tinham a modalidade "compre e retire", quando a RD dobrou suas vendas pela internet. "A pandemia exponencializou isso. Em 2018, nosso negócio da internet era cerca de 1,5% da venda, hoje já representa 9,2%", afirma.

Cada vez mais, a rede quer se posicionar como um ecossistema de saúde, presente na vida do cliente. Em julho, por exemplo, a empresa lançou a Vitat, plataforma de saúde que combina um aplicativo com produtos, serviços e conteúdo para promover saúde e bem-estar. O objetivo é integrar ferramentas digitais com atendimento em unidades de farmácia, por meio da criação de espaços específicos para tratar do tema.

"Começamos a fazer, mas a pandemia acelerou isso, trouxe uma força única. Fizemos 3,4 milhões de testes de covid. Hoje, a farmácia é diferente, que pode entregar muito mais do que beleza, bem-estar em saúde e medicamentos, pode entregar também saúde integral para o cliente", destaca o CEO.

Indagado sobre o plano de crescimento para os próximos dez anos, o executivo afirma que a companhia já tem sonhos para um pouco mais cedo, em 2025. "Criamos um plano novo com três pilares estratégicos: a nova farmácia, que é digital, o marketplace de saúde, que ainda é pequeno, mas já começou a operar com quase 60 mil itens, e a plataforma de saúde, com a criação de um ecossistema em que o cliente se relaciona conosco em vários momentos e oferecemos produtos e serviços para ele mudar hábitos de saúde. Em 2025, começaremos a colher os frutos desta estratégia", conclui.

A visão do executivo também é a de boa parte do mercado, que aposta a maioria das fichas na continuidade das novas vias de crescimento.

"Eu vejo a criação de um tremendo ecossistema de negócios em torno da RaiaDrogasil: com serviços farmacêuticos, planos de saúde, conceito de medicamento e especialidade, digital, marketplace. Será uma empresa de varejo farmacêutico que está no caminho de se tornar um ecossistema voltado para a saúde, prevenção e bem-estar", aponta Foganholo.

O Goldman Sachs confirma o entusiasmo. "Acreditamos que a RD oferece um algoritmo de crescimento atraente construído na consolidação de ações orgânicas e ventos favoráveis estruturais, consistência ao longo do ciclo em margens e retornos e um perfil de demanda relativamente mais defensivo", apontam os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

Na quarta-feira, 10, o Brazil Journal publicou que os controladores da empresa venderam 2,4% do capital, aproveitando o fim de um lockup de cinco anos, meses após a empresa renovar seu acordo de acionistas. O novo bloco de controle seria composto pelas famílias Pipponzi, Pires e Galvão, que agora teriam 28% da companhia.

 

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