Refresco Mas os problemas não param por aí. No caso da JBS, a dívida é alta e o valor a ser captado com a venda de ativos já anunciada pela companhia faz, nas palavras de um interlocutor, apenas cócegas. Além disso, os bancos credores certamente ficarão com parte dos recursos. Sem falar que a conversa passa também por BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, que precisam liberar garantias. E o mercado desconfia que o presidente Michel Temer possa se vingar de Joesley Batista por meio de algum banco público, justamente em um momento em que o BNDES tem feito esforço para cumprir ritos de compliance e transparência.
Outro lado
Em nota, a J&F informou que a possibilidade de recuperação judicialnunca foi aventada pela companhia, até porque não é necessária. "A controlada JBS mantém sua situação financeira robusta, com faturamento de mais de R$ 170 bilhões em 2016, e continua trabalhando normalmente, com total foco no fornecimento de produtos e na prestação de serviços. A alta qualidade desses produtos e serviços é reconhecida mundialmente e não sofreu questionamentos das autoridades". A empresa negou ainda que o programa de desinvestimentos da JBSesteja sendo feito a toque de caixa", mas que "encontra-se apenas na fase de encaminhamento ao Conselho Administrativo da empresa e comunicação aos acionistas e ao mercado - e que a decisão judicial a esse respeito não é definitiva e será alvo dos recursos cabíveis".
Siga a @colunadobroad no Twitter