Com crise na JBS, governo estuda incentivos para pequenos frigoríficos


Ministro da Agricultura disse que já há um mapeamento de unidades desativadas no País com possibilidade de retomaras atividades

CUIABÁ - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira, 25, que o governo estuda meios para estimular que grupos pequenos e médios ocupem espaços no mercado de carnes e reduzam a concentração no setor. Maggi explicou que seu ministério já mapeia plantas industriais que estão fechadas para uma possível reativação e criticou a crise gerada pela JBS após a delação dos sócios e executivos da companhia.

“Sempre me preocupei, como ministro e produtor, com o tamanho que a JBS atingiu no Brasil e sempre fui um crítico do governo e do BNDES de ter proporcionado essa concentração. Vivemos um momento delicado, estamos fazendo um levantamento e vamos tentar estimular outros grupos a irem ao mercado”, afirmou Maggi no seminário “A Força do Campo”, organizado pelo banco Santander e pelo governo de Mato Grosso.

Maggi disseque houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca Foto: Carlos Silva/Mapa
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Nos últimos anos, impulsionado pela política do governo federal, nas gestões Lula e Dilma, de criar grupos “campeões nacionais”, a concentração no setor de carnes aumentou consideravelmente. Os dois principais frigoríficos brasileiros, JBS e Marfrig, receberam um grande empurrão do BNDES para fazer aquisições de empresas menores e provocar uma consolidação no setor. A política sempre recebeu muitas críticas de especialistas, por dar condições desiguais de crescimento para alguns grupos escolhidos.

Segurança. O ministro, que retornou na última terça-feira de uma missão ao Oriente Médio, admitiu que os compradores estão preocupados com concentração do mercado de carnes em mãos de poucas empresas, o que pode gerar problemas de segurança alimentar caso haja problemas como o ocorrido com a JBS.

“O Brasil precisa reavaliar isso.” Já há problemas aparecendo com criadores de gado, que começam a temer vender seu produto para a JBS. O ministro não disse, no entanto, como poderia ser feito o incentivo a outros grupos para entrarem no mercado.

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Do açougue aos bilhões, conheça a trajetória da JBS

1 | 7

A segunda geração no comando

Foto: Jonne Roriz/Estadão
2 | 7

Crescimento no mercado financeiro

Foto: Divulgação
3 | 7

Alvo de operações da Polícia Federal

Foto: André Dusek/Estadão
4 | 7

Efeitos da delação da JBS

Foto: JF Diorio/Estadão
5 | 7

O início

Foto: Divulgação
6 | 7

Processo de internacionalização avança

Foto: Embrapa
7 | 7

Expansão dos negócios

Foto: Cargill

Maggi reafirmou, ainda, que houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca, e admitiu que outras investigações devem ocorrer. “A operação Carne Fraca continua e muito provavelmente teremos outras etapas. O ministério apoia a Polícia Federal e precisaremos estar muito atentos para não ter problemas de qualidade.”

Segundo o ministro, com a crise recente e a dificuldade de o governo reagrupar a base no Congresso, “não há mais ambiente” para que o projeto de compra de terras por estrangeiros inicie tramitação, bem como “coloca em compasso de espera” a renegociação da dívida do Funrural dos produtores rurais.

CUIABÁ - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira, 25, que o governo estuda meios para estimular que grupos pequenos e médios ocupem espaços no mercado de carnes e reduzam a concentração no setor. Maggi explicou que seu ministério já mapeia plantas industriais que estão fechadas para uma possível reativação e criticou a crise gerada pela JBS após a delação dos sócios e executivos da companhia.

“Sempre me preocupei, como ministro e produtor, com o tamanho que a JBS atingiu no Brasil e sempre fui um crítico do governo e do BNDES de ter proporcionado essa concentração. Vivemos um momento delicado, estamos fazendo um levantamento e vamos tentar estimular outros grupos a irem ao mercado”, afirmou Maggi no seminário “A Força do Campo”, organizado pelo banco Santander e pelo governo de Mato Grosso.

Maggi disseque houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca Foto: Carlos Silva/Mapa

Nos últimos anos, impulsionado pela política do governo federal, nas gestões Lula e Dilma, de criar grupos “campeões nacionais”, a concentração no setor de carnes aumentou consideravelmente. Os dois principais frigoríficos brasileiros, JBS e Marfrig, receberam um grande empurrão do BNDES para fazer aquisições de empresas menores e provocar uma consolidação no setor. A política sempre recebeu muitas críticas de especialistas, por dar condições desiguais de crescimento para alguns grupos escolhidos.

Segurança. O ministro, que retornou na última terça-feira de uma missão ao Oriente Médio, admitiu que os compradores estão preocupados com concentração do mercado de carnes em mãos de poucas empresas, o que pode gerar problemas de segurança alimentar caso haja problemas como o ocorrido com a JBS.

“O Brasil precisa reavaliar isso.” Já há problemas aparecendo com criadores de gado, que começam a temer vender seu produto para a JBS. O ministro não disse, no entanto, como poderia ser feito o incentivo a outros grupos para entrarem no mercado.

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O início

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Processo de internacionalização avança

Foto: Embrapa
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Expansão dos negócios

Foto: Cargill

Maggi reafirmou, ainda, que houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca, e admitiu que outras investigações devem ocorrer. “A operação Carne Fraca continua e muito provavelmente teremos outras etapas. O ministério apoia a Polícia Federal e precisaremos estar muito atentos para não ter problemas de qualidade.”

Segundo o ministro, com a crise recente e a dificuldade de o governo reagrupar a base no Congresso, “não há mais ambiente” para que o projeto de compra de terras por estrangeiros inicie tramitação, bem como “coloca em compasso de espera” a renegociação da dívida do Funrural dos produtores rurais.

CUIABÁ - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira, 25, que o governo estuda meios para estimular que grupos pequenos e médios ocupem espaços no mercado de carnes e reduzam a concentração no setor. Maggi explicou que seu ministério já mapeia plantas industriais que estão fechadas para uma possível reativação e criticou a crise gerada pela JBS após a delação dos sócios e executivos da companhia.

“Sempre me preocupei, como ministro e produtor, com o tamanho que a JBS atingiu no Brasil e sempre fui um crítico do governo e do BNDES de ter proporcionado essa concentração. Vivemos um momento delicado, estamos fazendo um levantamento e vamos tentar estimular outros grupos a irem ao mercado”, afirmou Maggi no seminário “A Força do Campo”, organizado pelo banco Santander e pelo governo de Mato Grosso.

Maggi disseque houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca Foto: Carlos Silva/Mapa

Nos últimos anos, impulsionado pela política do governo federal, nas gestões Lula e Dilma, de criar grupos “campeões nacionais”, a concentração no setor de carnes aumentou consideravelmente. Os dois principais frigoríficos brasileiros, JBS e Marfrig, receberam um grande empurrão do BNDES para fazer aquisições de empresas menores e provocar uma consolidação no setor. A política sempre recebeu muitas críticas de especialistas, por dar condições desiguais de crescimento para alguns grupos escolhidos.

Segurança. O ministro, que retornou na última terça-feira de uma missão ao Oriente Médio, admitiu que os compradores estão preocupados com concentração do mercado de carnes em mãos de poucas empresas, o que pode gerar problemas de segurança alimentar caso haja problemas como o ocorrido com a JBS.

“O Brasil precisa reavaliar isso.” Já há problemas aparecendo com criadores de gado, que começam a temer vender seu produto para a JBS. O ministro não disse, no entanto, como poderia ser feito o incentivo a outros grupos para entrarem no mercado.

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A segunda geração no comando

Foto: Jonne Roriz/Estadão
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Crescimento no mercado financeiro

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O início

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Expansão dos negócios

Foto: Cargill

Maggi reafirmou, ainda, que houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca, e admitiu que outras investigações devem ocorrer. “A operação Carne Fraca continua e muito provavelmente teremos outras etapas. O ministério apoia a Polícia Federal e precisaremos estar muito atentos para não ter problemas de qualidade.”

Segundo o ministro, com a crise recente e a dificuldade de o governo reagrupar a base no Congresso, “não há mais ambiente” para que o projeto de compra de terras por estrangeiros inicie tramitação, bem como “coloca em compasso de espera” a renegociação da dívida do Funrural dos produtores rurais.

CUIABÁ - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira, 25, que o governo estuda meios para estimular que grupos pequenos e médios ocupem espaços no mercado de carnes e reduzam a concentração no setor. Maggi explicou que seu ministério já mapeia plantas industriais que estão fechadas para uma possível reativação e criticou a crise gerada pela JBS após a delação dos sócios e executivos da companhia.

“Sempre me preocupei, como ministro e produtor, com o tamanho que a JBS atingiu no Brasil e sempre fui um crítico do governo e do BNDES de ter proporcionado essa concentração. Vivemos um momento delicado, estamos fazendo um levantamento e vamos tentar estimular outros grupos a irem ao mercado”, afirmou Maggi no seminário “A Força do Campo”, organizado pelo banco Santander e pelo governo de Mato Grosso.

Maggi disseque houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca Foto: Carlos Silva/Mapa

Nos últimos anos, impulsionado pela política do governo federal, nas gestões Lula e Dilma, de criar grupos “campeões nacionais”, a concentração no setor de carnes aumentou consideravelmente. Os dois principais frigoríficos brasileiros, JBS e Marfrig, receberam um grande empurrão do BNDES para fazer aquisições de empresas menores e provocar uma consolidação no setor. A política sempre recebeu muitas críticas de especialistas, por dar condições desiguais de crescimento para alguns grupos escolhidos.

Segurança. O ministro, que retornou na última terça-feira de uma missão ao Oriente Médio, admitiu que os compradores estão preocupados com concentração do mercado de carnes em mãos de poucas empresas, o que pode gerar problemas de segurança alimentar caso haja problemas como o ocorrido com a JBS.

“O Brasil precisa reavaliar isso.” Já há problemas aparecendo com criadores de gado, que começam a temer vender seu produto para a JBS. O ministro não disse, no entanto, como poderia ser feito o incentivo a outros grupos para entrarem no mercado.

Do açougue aos bilhões, conheça a trajetória da JBS

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A segunda geração no comando

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Expansão dos negócios

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Maggi reafirmou, ainda, que houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca, e admitiu que outras investigações devem ocorrer. “A operação Carne Fraca continua e muito provavelmente teremos outras etapas. O ministério apoia a Polícia Federal e precisaremos estar muito atentos para não ter problemas de qualidade.”

Segundo o ministro, com a crise recente e a dificuldade de o governo reagrupar a base no Congresso, “não há mais ambiente” para que o projeto de compra de terras por estrangeiros inicie tramitação, bem como “coloca em compasso de espera” a renegociação da dívida do Funrural dos produtores rurais.

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