Com mudanças na TR, poupança captou menos em maio


Em maio, a entrada de recursos foi positiva em R$ 1,365 bilhão. Em abril, quando <br>a mudança da TR ainda não tinha entrado em vigor, foi de R$ 2,046 bilhões

Por Redação

As mudanças na fórmula de cálculo da Taxa Referencial (TR) já provocaram impacto na captação de recursos. De acordo com dados do Banco Central (BC), em maio, a entrada de recursos foi positiva em R$ 1,365 bilhão. Em abril, quando a mudança ainda não tinha entrado em vigor, foi de R$ 2,046 bilhões. Com a alteração aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o governo procurou reduzir a rentabilidade da poupança para evitar que o investimento desse ganhos muito maiores que os pagos aos cotistas dos fundos de investimento. O fato é que, por causa da queda da Selic, a taxa básica de juros da economia, a rentabilidade de fundos e CDBs tem se aproximado da proporcionada pela poupança, que, com isso, vinha recebendo volume cada vez maior de recursos. Com a medida, o governo esperava uma redução de 0,50 ponto porcentual no ganho anual da poupança, já que o redutor da TR será maior. Entenda O cálculo da poupança é dado pela variação da TR mais um juro. O matemático e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Dutra Vieira Sobrinho calcula que o rendimento da poupança começará a ser afetado a partir do momento em que a Taxa Básica Financeira (que entra no cálculo da TR) chegar aos 12% ao ano. Com essa taxa em 12%, ele estima que a rentabilidade da poupança cairá de 8,51% para 8,02% ao ano, ou seja, uma redução de 5,75% (ou 0,49 ponto porcentual). A diminuição da rentabilidade, de acordo com o matemático, crescerá ao longo do ano e poderá chegar aos 10,89%, quando a TBF alcançar 11%. ´Neste caso, a rentabilidade, que deveria ser de 8,26% pela fórmula antiga de cálculo da TR, passaria a 7,36% ao ano.´ Nessas simulações, um hipotético ganho mensal de R$ 100 na poupança cairia para R$ 94,45 e R$ 89,48, respectivamente. Decisão A decisão da mudança na fórmula de cálculo da TR foi tomada em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) no início de março. A alteração foi sugerida ao governo, no ano passado, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em estudo encaminhado ao BC, a entidade alertava para o risco de um deslocamento maciço de recursos dos fundos para as cadernetas. Na época, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, disseram que a medida "não estava na agenda". A decisão de mexer no rendimento da poupança obedeceu a uma lógica do mercado financeiro: quanto maior a segurança do investimento, menor a rentabilidade. E isso, segundo entendimento do Ministério da Fazenda e do BC, deve prevalecer, também, para os rendimentos da caderneta, cujos depósitos são garantidos pelo governo. Defesa Nesta quarta-feira, 20, Mantega voltou a defender as mudanças no cálculo da TR. Em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, ele disse que a trajetória do rendimento das cadernetas não pode ser diferente das demais aplicações disponíveis no sistema financeiro. Ou seja, com a queda na Selic todos os fundos de investimentos têm tido redução na rentabilidade e esse movimento também deve ser seguido pela caderneta de poupança. Para o ministro, se a poupança se mantém no mesmo nível de rentabilidade enquanto as demais aplicações estão em queda há um risco de migração em massa que descaracterizaria o perfil desse produto, voltado para o pequeno investidor e que tem uma característica mais conservadora. O ministro disse ainda que não é desejável que as aplicações financeiras como um todo sejam altamente remuneradas porque isso inibe a produção. "O país que paga altos rendimentos não investe na produção", disse o ministro.

As mudanças na fórmula de cálculo da Taxa Referencial (TR) já provocaram impacto na captação de recursos. De acordo com dados do Banco Central (BC), em maio, a entrada de recursos foi positiva em R$ 1,365 bilhão. Em abril, quando a mudança ainda não tinha entrado em vigor, foi de R$ 2,046 bilhões. Com a alteração aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o governo procurou reduzir a rentabilidade da poupança para evitar que o investimento desse ganhos muito maiores que os pagos aos cotistas dos fundos de investimento. O fato é que, por causa da queda da Selic, a taxa básica de juros da economia, a rentabilidade de fundos e CDBs tem se aproximado da proporcionada pela poupança, que, com isso, vinha recebendo volume cada vez maior de recursos. Com a medida, o governo esperava uma redução de 0,50 ponto porcentual no ganho anual da poupança, já que o redutor da TR será maior. Entenda O cálculo da poupança é dado pela variação da TR mais um juro. O matemático e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Dutra Vieira Sobrinho calcula que o rendimento da poupança começará a ser afetado a partir do momento em que a Taxa Básica Financeira (que entra no cálculo da TR) chegar aos 12% ao ano. Com essa taxa em 12%, ele estima que a rentabilidade da poupança cairá de 8,51% para 8,02% ao ano, ou seja, uma redução de 5,75% (ou 0,49 ponto porcentual). A diminuição da rentabilidade, de acordo com o matemático, crescerá ao longo do ano e poderá chegar aos 10,89%, quando a TBF alcançar 11%. ´Neste caso, a rentabilidade, que deveria ser de 8,26% pela fórmula antiga de cálculo da TR, passaria a 7,36% ao ano.´ Nessas simulações, um hipotético ganho mensal de R$ 100 na poupança cairia para R$ 94,45 e R$ 89,48, respectivamente. Decisão A decisão da mudança na fórmula de cálculo da TR foi tomada em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) no início de março. A alteração foi sugerida ao governo, no ano passado, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em estudo encaminhado ao BC, a entidade alertava para o risco de um deslocamento maciço de recursos dos fundos para as cadernetas. Na época, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, disseram que a medida "não estava na agenda". A decisão de mexer no rendimento da poupança obedeceu a uma lógica do mercado financeiro: quanto maior a segurança do investimento, menor a rentabilidade. E isso, segundo entendimento do Ministério da Fazenda e do BC, deve prevalecer, também, para os rendimentos da caderneta, cujos depósitos são garantidos pelo governo. Defesa Nesta quarta-feira, 20, Mantega voltou a defender as mudanças no cálculo da TR. Em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, ele disse que a trajetória do rendimento das cadernetas não pode ser diferente das demais aplicações disponíveis no sistema financeiro. Ou seja, com a queda na Selic todos os fundos de investimentos têm tido redução na rentabilidade e esse movimento também deve ser seguido pela caderneta de poupança. Para o ministro, se a poupança se mantém no mesmo nível de rentabilidade enquanto as demais aplicações estão em queda há um risco de migração em massa que descaracterizaria o perfil desse produto, voltado para o pequeno investidor e que tem uma característica mais conservadora. O ministro disse ainda que não é desejável que as aplicações financeiras como um todo sejam altamente remuneradas porque isso inibe a produção. "O país que paga altos rendimentos não investe na produção", disse o ministro.

As mudanças na fórmula de cálculo da Taxa Referencial (TR) já provocaram impacto na captação de recursos. De acordo com dados do Banco Central (BC), em maio, a entrada de recursos foi positiva em R$ 1,365 bilhão. Em abril, quando a mudança ainda não tinha entrado em vigor, foi de R$ 2,046 bilhões. Com a alteração aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o governo procurou reduzir a rentabilidade da poupança para evitar que o investimento desse ganhos muito maiores que os pagos aos cotistas dos fundos de investimento. O fato é que, por causa da queda da Selic, a taxa básica de juros da economia, a rentabilidade de fundos e CDBs tem se aproximado da proporcionada pela poupança, que, com isso, vinha recebendo volume cada vez maior de recursos. Com a medida, o governo esperava uma redução de 0,50 ponto porcentual no ganho anual da poupança, já que o redutor da TR será maior. Entenda O cálculo da poupança é dado pela variação da TR mais um juro. O matemático e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Dutra Vieira Sobrinho calcula que o rendimento da poupança começará a ser afetado a partir do momento em que a Taxa Básica Financeira (que entra no cálculo da TR) chegar aos 12% ao ano. Com essa taxa em 12%, ele estima que a rentabilidade da poupança cairá de 8,51% para 8,02% ao ano, ou seja, uma redução de 5,75% (ou 0,49 ponto porcentual). A diminuição da rentabilidade, de acordo com o matemático, crescerá ao longo do ano e poderá chegar aos 10,89%, quando a TBF alcançar 11%. ´Neste caso, a rentabilidade, que deveria ser de 8,26% pela fórmula antiga de cálculo da TR, passaria a 7,36% ao ano.´ Nessas simulações, um hipotético ganho mensal de R$ 100 na poupança cairia para R$ 94,45 e R$ 89,48, respectivamente. Decisão A decisão da mudança na fórmula de cálculo da TR foi tomada em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) no início de março. A alteração foi sugerida ao governo, no ano passado, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em estudo encaminhado ao BC, a entidade alertava para o risco de um deslocamento maciço de recursos dos fundos para as cadernetas. Na época, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, disseram que a medida "não estava na agenda". A decisão de mexer no rendimento da poupança obedeceu a uma lógica do mercado financeiro: quanto maior a segurança do investimento, menor a rentabilidade. E isso, segundo entendimento do Ministério da Fazenda e do BC, deve prevalecer, também, para os rendimentos da caderneta, cujos depósitos são garantidos pelo governo. Defesa Nesta quarta-feira, 20, Mantega voltou a defender as mudanças no cálculo da TR. Em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, ele disse que a trajetória do rendimento das cadernetas não pode ser diferente das demais aplicações disponíveis no sistema financeiro. Ou seja, com a queda na Selic todos os fundos de investimentos têm tido redução na rentabilidade e esse movimento também deve ser seguido pela caderneta de poupança. Para o ministro, se a poupança se mantém no mesmo nível de rentabilidade enquanto as demais aplicações estão em queda há um risco de migração em massa que descaracterizaria o perfil desse produto, voltado para o pequeno investidor e que tem uma característica mais conservadora. O ministro disse ainda que não é desejável que as aplicações financeiras como um todo sejam altamente remuneradas porque isso inibe a produção. "O país que paga altos rendimentos não investe na produção", disse o ministro.

As mudanças na fórmula de cálculo da Taxa Referencial (TR) já provocaram impacto na captação de recursos. De acordo com dados do Banco Central (BC), em maio, a entrada de recursos foi positiva em R$ 1,365 bilhão. Em abril, quando a mudança ainda não tinha entrado em vigor, foi de R$ 2,046 bilhões. Com a alteração aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o governo procurou reduzir a rentabilidade da poupança para evitar que o investimento desse ganhos muito maiores que os pagos aos cotistas dos fundos de investimento. O fato é que, por causa da queda da Selic, a taxa básica de juros da economia, a rentabilidade de fundos e CDBs tem se aproximado da proporcionada pela poupança, que, com isso, vinha recebendo volume cada vez maior de recursos. Com a medida, o governo esperava uma redução de 0,50 ponto porcentual no ganho anual da poupança, já que o redutor da TR será maior. Entenda O cálculo da poupança é dado pela variação da TR mais um juro. O matemático e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Dutra Vieira Sobrinho calcula que o rendimento da poupança começará a ser afetado a partir do momento em que a Taxa Básica Financeira (que entra no cálculo da TR) chegar aos 12% ao ano. Com essa taxa em 12%, ele estima que a rentabilidade da poupança cairá de 8,51% para 8,02% ao ano, ou seja, uma redução de 5,75% (ou 0,49 ponto porcentual). A diminuição da rentabilidade, de acordo com o matemático, crescerá ao longo do ano e poderá chegar aos 10,89%, quando a TBF alcançar 11%. ´Neste caso, a rentabilidade, que deveria ser de 8,26% pela fórmula antiga de cálculo da TR, passaria a 7,36% ao ano.´ Nessas simulações, um hipotético ganho mensal de R$ 100 na poupança cairia para R$ 94,45 e R$ 89,48, respectivamente. Decisão A decisão da mudança na fórmula de cálculo da TR foi tomada em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) no início de março. A alteração foi sugerida ao governo, no ano passado, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em estudo encaminhado ao BC, a entidade alertava para o risco de um deslocamento maciço de recursos dos fundos para as cadernetas. Na época, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, disseram que a medida "não estava na agenda". A decisão de mexer no rendimento da poupança obedeceu a uma lógica do mercado financeiro: quanto maior a segurança do investimento, menor a rentabilidade. E isso, segundo entendimento do Ministério da Fazenda e do BC, deve prevalecer, também, para os rendimentos da caderneta, cujos depósitos são garantidos pelo governo. Defesa Nesta quarta-feira, 20, Mantega voltou a defender as mudanças no cálculo da TR. Em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, ele disse que a trajetória do rendimento das cadernetas não pode ser diferente das demais aplicações disponíveis no sistema financeiro. Ou seja, com a queda na Selic todos os fundos de investimentos têm tido redução na rentabilidade e esse movimento também deve ser seguido pela caderneta de poupança. Para o ministro, se a poupança se mantém no mesmo nível de rentabilidade enquanto as demais aplicações estão em queda há um risco de migração em massa que descaracterizaria o perfil desse produto, voltado para o pequeno investidor e que tem uma característica mais conservadora. O ministro disse ainda que não é desejável que as aplicações financeiras como um todo sejam altamente remuneradas porque isso inibe a produção. "O país que paga altos rendimentos não investe na produção", disse o ministro.

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