Consumo das famílias cresce após 9 trimestres


Liberação das contas inativas do FGTS, queda da inflação e dos juros levaram o consumo a registrar uma alta de 1,4% no segundo trimestre

Desempregada, a moradora da zona sul do Rio Julia Viana enxergou na liberação dos recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) uma oportunidade de colocar as pendências em dia. Comprou um sofá-cama, fez a manutenção do carro e investiu num curso de marketing digital que a ajudaria no retorno ao mercado de trabalho.

Julia Vianna em seu apartamento em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro. Foto: MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO

“Eu estava esperando me acertar num novo emprego para fazer essas coisas que vinha adiando, mas veio o dinheiro e resolvi logo. O carro eu precisava arrumar mesmo, mas eu não compraria o sofá. O curso eu acabei pegando um mais caro, mas pude pagar à vista. Não me ajudou a arrumar o novo emprego, mas o conhecimento que adquiri já faz diferença no atual trabalho. Eu tinha conta de FGTS até de uma loja que trabalhei antes de entrar na faculdade, dinheiro que eu nem lembrava que existia”, contou ela, empregada na nova função há pouco mais de duas semanas.

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Julia e milhões de brasileiros voltaram às compras no segundo trimestre do ano, tirando o consumo das famílias do vermelho. A alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre de 2017 interrompe uma sequência de nove trimestres sem avanços. Na comparação com o segundo trimestre de 2016, o avanço foi de 0,7%, a primeira alta também em nove trimestres.

“O crescimento (do PIB) foi puxado por serviços e consumo das famílias”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

++ Caixa finaliza o pagamento de lucro do FGTS ao trabalhador

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Rebeca lembrou que o desempenho do consumo foi impulsionado por uma conjunção de fatores positivos, como arrefecimento da inflação, melhora no crédito, aumento da massa salarial e liberação de saques do FGTS inativo. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado foi positivo, mas não surpreendente.

Preocupação. “Mas, quando a gente olha para a frente, dá uma preocupação. Está havendo claramente um descasamento de consumo e investimentos. Qualquer repique cambial – o que pode acontecer com a aproximação das eleições, especialmente por conta de pesquisas de intenção de votos – pode trazer de volta as preocupações inflacionárias. Se isso acontecer, o comércio volta a sentir de novo”, alertou Fabio Bentes, chefe do Departamento Econômico da CNC.

Após o resultado divulgado ontem, a CNC elevou sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2017 de 0,6% para 0,8%. Mesmo que a economia não cresça na segunda metade do ano, apenas os avanços do primeiro semestre já seriam suficiente para garantir uma alta de 0,5% em 2017, calculou Bentes.

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++ Vendas no varejo de São Paulo voltam a crescer depois de 30 meses

Para o gerente de novos negócios do instituto Data Popular, Eduardo Laurenciano, apesar da melhora em fatores como inflação e juros, o consumidor continuará se pautando pela lógica da compra inteligente, sem excessos. Isso porque, mesmo com mais renda circulando, ainda há receio, por exemplo, em relação à situação do mercado de trabalho. “A influência das expectativas é muito forte. Embora o consumo tenha melhorado, ainda não vai decolar. Ninguém vai sair comprando loucamente”, disse Laurenciano.

“O resultado do PIB tem uma leitura relativamente boa. Tem efeito que é temporário do FGTS, mas é muito mais que isso. Há fundamentos”, disse o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.

Desempregada, a moradora da zona sul do Rio Julia Viana enxergou na liberação dos recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) uma oportunidade de colocar as pendências em dia. Comprou um sofá-cama, fez a manutenção do carro e investiu num curso de marketing digital que a ajudaria no retorno ao mercado de trabalho.

Julia Vianna em seu apartamento em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro. Foto: MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO

“Eu estava esperando me acertar num novo emprego para fazer essas coisas que vinha adiando, mas veio o dinheiro e resolvi logo. O carro eu precisava arrumar mesmo, mas eu não compraria o sofá. O curso eu acabei pegando um mais caro, mas pude pagar à vista. Não me ajudou a arrumar o novo emprego, mas o conhecimento que adquiri já faz diferença no atual trabalho. Eu tinha conta de FGTS até de uma loja que trabalhei antes de entrar na faculdade, dinheiro que eu nem lembrava que existia”, contou ela, empregada na nova função há pouco mais de duas semanas.

Julia e milhões de brasileiros voltaram às compras no segundo trimestre do ano, tirando o consumo das famílias do vermelho. A alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre de 2017 interrompe uma sequência de nove trimestres sem avanços. Na comparação com o segundo trimestre de 2016, o avanço foi de 0,7%, a primeira alta também em nove trimestres.

“O crescimento (do PIB) foi puxado por serviços e consumo das famílias”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Rebeca lembrou que o desempenho do consumo foi impulsionado por uma conjunção de fatores positivos, como arrefecimento da inflação, melhora no crédito, aumento da massa salarial e liberação de saques do FGTS inativo. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado foi positivo, mas não surpreendente.

Preocupação. “Mas, quando a gente olha para a frente, dá uma preocupação. Está havendo claramente um descasamento de consumo e investimentos. Qualquer repique cambial – o que pode acontecer com a aproximação das eleições, especialmente por conta de pesquisas de intenção de votos – pode trazer de volta as preocupações inflacionárias. Se isso acontecer, o comércio volta a sentir de novo”, alertou Fabio Bentes, chefe do Departamento Econômico da CNC.

Após o resultado divulgado ontem, a CNC elevou sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2017 de 0,6% para 0,8%. Mesmo que a economia não cresça na segunda metade do ano, apenas os avanços do primeiro semestre já seriam suficiente para garantir uma alta de 0,5% em 2017, calculou Bentes.

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Para o gerente de novos negócios do instituto Data Popular, Eduardo Laurenciano, apesar da melhora em fatores como inflação e juros, o consumidor continuará se pautando pela lógica da compra inteligente, sem excessos. Isso porque, mesmo com mais renda circulando, ainda há receio, por exemplo, em relação à situação do mercado de trabalho. “A influência das expectativas é muito forte. Embora o consumo tenha melhorado, ainda não vai decolar. Ninguém vai sair comprando loucamente”, disse Laurenciano.

“O resultado do PIB tem uma leitura relativamente boa. Tem efeito que é temporário do FGTS, mas é muito mais que isso. Há fundamentos”, disse o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.

Desempregada, a moradora da zona sul do Rio Julia Viana enxergou na liberação dos recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) uma oportunidade de colocar as pendências em dia. Comprou um sofá-cama, fez a manutenção do carro e investiu num curso de marketing digital que a ajudaria no retorno ao mercado de trabalho.

Julia Vianna em seu apartamento em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro. Foto: MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO

“Eu estava esperando me acertar num novo emprego para fazer essas coisas que vinha adiando, mas veio o dinheiro e resolvi logo. O carro eu precisava arrumar mesmo, mas eu não compraria o sofá. O curso eu acabei pegando um mais caro, mas pude pagar à vista. Não me ajudou a arrumar o novo emprego, mas o conhecimento que adquiri já faz diferença no atual trabalho. Eu tinha conta de FGTS até de uma loja que trabalhei antes de entrar na faculdade, dinheiro que eu nem lembrava que existia”, contou ela, empregada na nova função há pouco mais de duas semanas.

Julia e milhões de brasileiros voltaram às compras no segundo trimestre do ano, tirando o consumo das famílias do vermelho. A alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre de 2017 interrompe uma sequência de nove trimestres sem avanços. Na comparação com o segundo trimestre de 2016, o avanço foi de 0,7%, a primeira alta também em nove trimestres.

“O crescimento (do PIB) foi puxado por serviços e consumo das famílias”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

++ Caixa finaliza o pagamento de lucro do FGTS ao trabalhador

Rebeca lembrou que o desempenho do consumo foi impulsionado por uma conjunção de fatores positivos, como arrefecimento da inflação, melhora no crédito, aumento da massa salarial e liberação de saques do FGTS inativo. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado foi positivo, mas não surpreendente.

Preocupação. “Mas, quando a gente olha para a frente, dá uma preocupação. Está havendo claramente um descasamento de consumo e investimentos. Qualquer repique cambial – o que pode acontecer com a aproximação das eleições, especialmente por conta de pesquisas de intenção de votos – pode trazer de volta as preocupações inflacionárias. Se isso acontecer, o comércio volta a sentir de novo”, alertou Fabio Bentes, chefe do Departamento Econômico da CNC.

Após o resultado divulgado ontem, a CNC elevou sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2017 de 0,6% para 0,8%. Mesmo que a economia não cresça na segunda metade do ano, apenas os avanços do primeiro semestre já seriam suficiente para garantir uma alta de 0,5% em 2017, calculou Bentes.

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Para o gerente de novos negócios do instituto Data Popular, Eduardo Laurenciano, apesar da melhora em fatores como inflação e juros, o consumidor continuará se pautando pela lógica da compra inteligente, sem excessos. Isso porque, mesmo com mais renda circulando, ainda há receio, por exemplo, em relação à situação do mercado de trabalho. “A influência das expectativas é muito forte. Embora o consumo tenha melhorado, ainda não vai decolar. Ninguém vai sair comprando loucamente”, disse Laurenciano.

“O resultado do PIB tem uma leitura relativamente boa. Tem efeito que é temporário do FGTS, mas é muito mais que isso. Há fundamentos”, disse o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.

Desempregada, a moradora da zona sul do Rio Julia Viana enxergou na liberação dos recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) uma oportunidade de colocar as pendências em dia. Comprou um sofá-cama, fez a manutenção do carro e investiu num curso de marketing digital que a ajudaria no retorno ao mercado de trabalho.

Julia Vianna em seu apartamento em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro. Foto: MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO

“Eu estava esperando me acertar num novo emprego para fazer essas coisas que vinha adiando, mas veio o dinheiro e resolvi logo. O carro eu precisava arrumar mesmo, mas eu não compraria o sofá. O curso eu acabei pegando um mais caro, mas pude pagar à vista. Não me ajudou a arrumar o novo emprego, mas o conhecimento que adquiri já faz diferença no atual trabalho. Eu tinha conta de FGTS até de uma loja que trabalhei antes de entrar na faculdade, dinheiro que eu nem lembrava que existia”, contou ela, empregada na nova função há pouco mais de duas semanas.

Julia e milhões de brasileiros voltaram às compras no segundo trimestre do ano, tirando o consumo das famílias do vermelho. A alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre de 2017 interrompe uma sequência de nove trimestres sem avanços. Na comparação com o segundo trimestre de 2016, o avanço foi de 0,7%, a primeira alta também em nove trimestres.

“O crescimento (do PIB) foi puxado por serviços e consumo das famílias”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

++ Caixa finaliza o pagamento de lucro do FGTS ao trabalhador

Rebeca lembrou que o desempenho do consumo foi impulsionado por uma conjunção de fatores positivos, como arrefecimento da inflação, melhora no crédito, aumento da massa salarial e liberação de saques do FGTS inativo. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado foi positivo, mas não surpreendente.

Preocupação. “Mas, quando a gente olha para a frente, dá uma preocupação. Está havendo claramente um descasamento de consumo e investimentos. Qualquer repique cambial – o que pode acontecer com a aproximação das eleições, especialmente por conta de pesquisas de intenção de votos – pode trazer de volta as preocupações inflacionárias. Se isso acontecer, o comércio volta a sentir de novo”, alertou Fabio Bentes, chefe do Departamento Econômico da CNC.

Após o resultado divulgado ontem, a CNC elevou sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2017 de 0,6% para 0,8%. Mesmo que a economia não cresça na segunda metade do ano, apenas os avanços do primeiro semestre já seriam suficiente para garantir uma alta de 0,5% em 2017, calculou Bentes.

++ Vendas no varejo de São Paulo voltam a crescer depois de 30 meses

Para o gerente de novos negócios do instituto Data Popular, Eduardo Laurenciano, apesar da melhora em fatores como inflação e juros, o consumidor continuará se pautando pela lógica da compra inteligente, sem excessos. Isso porque, mesmo com mais renda circulando, ainda há receio, por exemplo, em relação à situação do mercado de trabalho. “A influência das expectativas é muito forte. Embora o consumo tenha melhorado, ainda não vai decolar. Ninguém vai sair comprando loucamente”, disse Laurenciano.

“O resultado do PIB tem uma leitura relativamente boa. Tem efeito que é temporário do FGTS, mas é muito mais que isso. Há fundamentos”, disse o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.

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