Bolsa sobe 1,5% de olho em vacina, mas cenário local faz dólar fechar a R$ 5,39


Anúncio de que morte de voluntário não teve a ver com imunizante chinês para a covid trouxe alívio ao mercado, em dia marcado por declarações preocupantes de Guedes

Por Redação
Atualização:

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, emendou a sexta sessão seguida de alta nesta terça-feira, 10, com os investidores atentos a uma possível vacina para o coronavírus. Por aqui, a indicação de que a morte de um voluntário em testes clínicos da vacina Coronavac não estaria relacionada com os estudos trouxe alívio e ajudou a índice a encerrar com ganho de 1,50%, aos 105.066,96 pontos, melhor nível de fechamento desde 29 de julho. Já o dólar teve dia de ajuste e, influenciado pelo cenário externo, fechou perto da estabilidade, com leve alta de 0,02%, a R$ 5,3930.

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Notícia de que morte de voluntário não teria sido causada pela Coronavac animou os investidores. Foto: Nicolas Bock
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"A maior chance do Brasil é a Coronavac. Então, o fato de não ter correlação com o estudo traz certo alívio. A credibilidade do Butantan também ajuda. O instituto sabe onde está pisando", avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. Isso porque apesar da eficácia da vacina da Pfizer com a BioNTech, o medicamento impõe desafios logísticos para países como o Brasil. A boa notícia em torno do imunizante chinês ajudou a Bolsa a subir mais de 2% hoje.

"Uma vacina tangível, próxima, melhora a perspectiva para a retomada global e a propensão do investidor a assumir risco maior, inclusive o estrangeiro. O modo volta a ser 'risk on', o que beneficia os emergentes", observa João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos.

Ainda por aqui, as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a necessidade de colocar emmovimento o programa de privatizações agradaram ao mercado, assim como comentários da noite anterior do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que não há opção para 2021 que não seja a votação no Congresso da agenda de ajuste fiscal.

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Como ontem, os ganhos do petróleo no exterior ajudaram Petrobrás ON e PN a fecharem com altas de 7,95% e 6,8% cada, enquanto Itaú subiu 4,52% e Santander avançou 7,66%. No lado oposto, Gerdau PN perdeu 5,32% e Vale ON caiu 0,05%. Considerando o encerramento de hoje, foi a terceira vez em que o índice da B3 conseguiu fechar na casa de 105 mil pontos desde 30 de julho. Na semana, sobe 4,10% e tem alta de 11,83% no mês. No ano, cede 9,15%.

Em Nova York, Dow Jones, fechou com alta de 0,90%, mas S&P 500 e Nasdaq caíram 0,14% e 1,37% cada, com o fraco desempenho das ações de tecnologia. "Nos EUA, há agora uma rotação de setores, o que pressiona em particular o Nasdaq, que reúne empresas que performaram bem ao longo deste ano de pandemia, as de tecnologia. Assim, as ações que haviam ficado um pouco largadas, como as industriais, voltam a ser procuradas, o que se reflete nesta recuperação do Dow Jones", diz Freitas.

Câmbio

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O dólar teve novo dia de volatilidade, mas hoje com oscilações um pouco mais contidas que ontem. A moeda vem recuperando no exterior parte das perdas pós-vitória de Joe Biden e, com isso, se fortalece ante divisas emergentes. No Brasil, os profissionais das mesas de câmbio comentam que o risco fiscal é um limitador importante para uma valorização mais firme do real. Nesse ambiente, novas declarações de Guedes sobre o risco da volta rápida da hiperinflação, caso não se resolva o problema da dívida interna, fez o dólar bater nas máximas do dia, a R$ 5,41. Maia já disse que se o problema não for resolvido, moeda pode ir a R$ 7,00. No mercado futuro, o dólar para liquidação em dezembro fechou em alta de 0,55%, aos R$ 5,4200.

"O dólar recuperou parte do terreno perdido na semana passada na sequência da eleição de Biden, enquanto a poeira assenta no posicionamento pós-eleitoral", observa a estrategista do Rabobank, Jane Foley. Mas se já há mais clareza no mercado externo, com o resultado da eleição americana conhecido, o mesmo não se pode dizer do cenário fiscal brasileiro, em que persistem as incertezas, observa o grupo financeiro holandês, prevendo o dólar a R$ 5,45 ao final deste ano.

O economista da JF Trust Gestão de Recursos, Eduardo Velho, observa que a questão fiscal impõe limite de melhora aos ativos brasileiros. Neste ambiente de incerteza fiscal, que só tende a ficar mais claro após as eleições municipais, o dólar deveria convergir mais para os R$ 5,50 do que para os R$ 5,00 ou abaixo. Ontem, no piso, caiu a R$ 5,22, o que rapidamente atraiu compradores. A JF não espera votações de projetos fiscais este mês. Ao mesmo tempo, persistem as dúvidas sobre como o governo vai financiar seu novo programa social, ressalta Velho./LUÍS EDUARDO LEAL, MAIARA SANTIAGO E ALTAMIRO SILVA JÚNIOR

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, emendou a sexta sessão seguida de alta nesta terça-feira, 10, com os investidores atentos a uma possível vacina para o coronavírus. Por aqui, a indicação de que a morte de um voluntário em testes clínicos da vacina Coronavac não estaria relacionada com os estudos trouxe alívio e ajudou a índice a encerrar com ganho de 1,50%, aos 105.066,96 pontos, melhor nível de fechamento desde 29 de julho. Já o dólar teve dia de ajuste e, influenciado pelo cenário externo, fechou perto da estabilidade, com leve alta de 0,02%, a R$ 5,3930.

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Notícia de que morte de voluntário não teria sido causada pela Coronavac animou os investidores. Foto: Nicolas Bock

"A maior chance do Brasil é a Coronavac. Então, o fato de não ter correlação com o estudo traz certo alívio. A credibilidade do Butantan também ajuda. O instituto sabe onde está pisando", avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. Isso porque apesar da eficácia da vacina da Pfizer com a BioNTech, o medicamento impõe desafios logísticos para países como o Brasil. A boa notícia em torno do imunizante chinês ajudou a Bolsa a subir mais de 2% hoje.

"Uma vacina tangível, próxima, melhora a perspectiva para a retomada global e a propensão do investidor a assumir risco maior, inclusive o estrangeiro. O modo volta a ser 'risk on', o que beneficia os emergentes", observa João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos.

Ainda por aqui, as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a necessidade de colocar emmovimento o programa de privatizações agradaram ao mercado, assim como comentários da noite anterior do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que não há opção para 2021 que não seja a votação no Congresso da agenda de ajuste fiscal.

Como ontem, os ganhos do petróleo no exterior ajudaram Petrobrás ON e PN a fecharem com altas de 7,95% e 6,8% cada, enquanto Itaú subiu 4,52% e Santander avançou 7,66%. No lado oposto, Gerdau PN perdeu 5,32% e Vale ON caiu 0,05%. Considerando o encerramento de hoje, foi a terceira vez em que o índice da B3 conseguiu fechar na casa de 105 mil pontos desde 30 de julho. Na semana, sobe 4,10% e tem alta de 11,83% no mês. No ano, cede 9,15%.

Em Nova York, Dow Jones, fechou com alta de 0,90%, mas S&P 500 e Nasdaq caíram 0,14% e 1,37% cada, com o fraco desempenho das ações de tecnologia. "Nos EUA, há agora uma rotação de setores, o que pressiona em particular o Nasdaq, que reúne empresas que performaram bem ao longo deste ano de pandemia, as de tecnologia. Assim, as ações que haviam ficado um pouco largadas, como as industriais, voltam a ser procuradas, o que se reflete nesta recuperação do Dow Jones", diz Freitas.

Câmbio

O dólar teve novo dia de volatilidade, mas hoje com oscilações um pouco mais contidas que ontem. A moeda vem recuperando no exterior parte das perdas pós-vitória de Joe Biden e, com isso, se fortalece ante divisas emergentes. No Brasil, os profissionais das mesas de câmbio comentam que o risco fiscal é um limitador importante para uma valorização mais firme do real. Nesse ambiente, novas declarações de Guedes sobre o risco da volta rápida da hiperinflação, caso não se resolva o problema da dívida interna, fez o dólar bater nas máximas do dia, a R$ 5,41. Maia já disse que se o problema não for resolvido, moeda pode ir a R$ 7,00. No mercado futuro, o dólar para liquidação em dezembro fechou em alta de 0,55%, aos R$ 5,4200.

"O dólar recuperou parte do terreno perdido na semana passada na sequência da eleição de Biden, enquanto a poeira assenta no posicionamento pós-eleitoral", observa a estrategista do Rabobank, Jane Foley. Mas se já há mais clareza no mercado externo, com o resultado da eleição americana conhecido, o mesmo não se pode dizer do cenário fiscal brasileiro, em que persistem as incertezas, observa o grupo financeiro holandês, prevendo o dólar a R$ 5,45 ao final deste ano.

O economista da JF Trust Gestão de Recursos, Eduardo Velho, observa que a questão fiscal impõe limite de melhora aos ativos brasileiros. Neste ambiente de incerteza fiscal, que só tende a ficar mais claro após as eleições municipais, o dólar deveria convergir mais para os R$ 5,50 do que para os R$ 5,00 ou abaixo. Ontem, no piso, caiu a R$ 5,22, o que rapidamente atraiu compradores. A JF não espera votações de projetos fiscais este mês. Ao mesmo tempo, persistem as dúvidas sobre como o governo vai financiar seu novo programa social, ressalta Velho./LUÍS EDUARDO LEAL, MAIARA SANTIAGO E ALTAMIRO SILVA JÚNIOR

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, emendou a sexta sessão seguida de alta nesta terça-feira, 10, com os investidores atentos a uma possível vacina para o coronavírus. Por aqui, a indicação de que a morte de um voluntário em testes clínicos da vacina Coronavac não estaria relacionada com os estudos trouxe alívio e ajudou a índice a encerrar com ganho de 1,50%, aos 105.066,96 pontos, melhor nível de fechamento desde 29 de julho. Já o dólar teve dia de ajuste e, influenciado pelo cenário externo, fechou perto da estabilidade, com leve alta de 0,02%, a R$ 5,3930.

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Notícia de que morte de voluntário não teria sido causada pela Coronavac animou os investidores. Foto: Nicolas Bock

"A maior chance do Brasil é a Coronavac. Então, o fato de não ter correlação com o estudo traz certo alívio. A credibilidade do Butantan também ajuda. O instituto sabe onde está pisando", avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. Isso porque apesar da eficácia da vacina da Pfizer com a BioNTech, o medicamento impõe desafios logísticos para países como o Brasil. A boa notícia em torno do imunizante chinês ajudou a Bolsa a subir mais de 2% hoje.

"Uma vacina tangível, próxima, melhora a perspectiva para a retomada global e a propensão do investidor a assumir risco maior, inclusive o estrangeiro. O modo volta a ser 'risk on', o que beneficia os emergentes", observa João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos.

Ainda por aqui, as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a necessidade de colocar emmovimento o programa de privatizações agradaram ao mercado, assim como comentários da noite anterior do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que não há opção para 2021 que não seja a votação no Congresso da agenda de ajuste fiscal.

Como ontem, os ganhos do petróleo no exterior ajudaram Petrobrás ON e PN a fecharem com altas de 7,95% e 6,8% cada, enquanto Itaú subiu 4,52% e Santander avançou 7,66%. No lado oposto, Gerdau PN perdeu 5,32% e Vale ON caiu 0,05%. Considerando o encerramento de hoje, foi a terceira vez em que o índice da B3 conseguiu fechar na casa de 105 mil pontos desde 30 de julho. Na semana, sobe 4,10% e tem alta de 11,83% no mês. No ano, cede 9,15%.

Em Nova York, Dow Jones, fechou com alta de 0,90%, mas S&P 500 e Nasdaq caíram 0,14% e 1,37% cada, com o fraco desempenho das ações de tecnologia. "Nos EUA, há agora uma rotação de setores, o que pressiona em particular o Nasdaq, que reúne empresas que performaram bem ao longo deste ano de pandemia, as de tecnologia. Assim, as ações que haviam ficado um pouco largadas, como as industriais, voltam a ser procuradas, o que se reflete nesta recuperação do Dow Jones", diz Freitas.

Câmbio

O dólar teve novo dia de volatilidade, mas hoje com oscilações um pouco mais contidas que ontem. A moeda vem recuperando no exterior parte das perdas pós-vitória de Joe Biden e, com isso, se fortalece ante divisas emergentes. No Brasil, os profissionais das mesas de câmbio comentam que o risco fiscal é um limitador importante para uma valorização mais firme do real. Nesse ambiente, novas declarações de Guedes sobre o risco da volta rápida da hiperinflação, caso não se resolva o problema da dívida interna, fez o dólar bater nas máximas do dia, a R$ 5,41. Maia já disse que se o problema não for resolvido, moeda pode ir a R$ 7,00. No mercado futuro, o dólar para liquidação em dezembro fechou em alta de 0,55%, aos R$ 5,4200.

"O dólar recuperou parte do terreno perdido na semana passada na sequência da eleição de Biden, enquanto a poeira assenta no posicionamento pós-eleitoral", observa a estrategista do Rabobank, Jane Foley. Mas se já há mais clareza no mercado externo, com o resultado da eleição americana conhecido, o mesmo não se pode dizer do cenário fiscal brasileiro, em que persistem as incertezas, observa o grupo financeiro holandês, prevendo o dólar a R$ 5,45 ao final deste ano.

O economista da JF Trust Gestão de Recursos, Eduardo Velho, observa que a questão fiscal impõe limite de melhora aos ativos brasileiros. Neste ambiente de incerteza fiscal, que só tende a ficar mais claro após as eleições municipais, o dólar deveria convergir mais para os R$ 5,50 do que para os R$ 5,00 ou abaixo. Ontem, no piso, caiu a R$ 5,22, o que rapidamente atraiu compradores. A JF não espera votações de projetos fiscais este mês. Ao mesmo tempo, persistem as dúvidas sobre como o governo vai financiar seu novo programa social, ressalta Velho./LUÍS EDUARDO LEAL, MAIARA SANTIAGO E ALTAMIRO SILVA JÚNIOR

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, emendou a sexta sessão seguida de alta nesta terça-feira, 10, com os investidores atentos a uma possível vacina para o coronavírus. Por aqui, a indicação de que a morte de um voluntário em testes clínicos da vacina Coronavac não estaria relacionada com os estudos trouxe alívio e ajudou a índice a encerrar com ganho de 1,50%, aos 105.066,96 pontos, melhor nível de fechamento desde 29 de julho. Já o dólar teve dia de ajuste e, influenciado pelo cenário externo, fechou perto da estabilidade, com leve alta de 0,02%, a R$ 5,3930.

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Notícia de que morte de voluntário não teria sido causada pela Coronavac animou os investidores. Foto: Nicolas Bock

"A maior chance do Brasil é a Coronavac. Então, o fato de não ter correlação com o estudo traz certo alívio. A credibilidade do Butantan também ajuda. O instituto sabe onde está pisando", avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. Isso porque apesar da eficácia da vacina da Pfizer com a BioNTech, o medicamento impõe desafios logísticos para países como o Brasil. A boa notícia em torno do imunizante chinês ajudou a Bolsa a subir mais de 2% hoje.

"Uma vacina tangível, próxima, melhora a perspectiva para a retomada global e a propensão do investidor a assumir risco maior, inclusive o estrangeiro. O modo volta a ser 'risk on', o que beneficia os emergentes", observa João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos.

Ainda por aqui, as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a necessidade de colocar emmovimento o programa de privatizações agradaram ao mercado, assim como comentários da noite anterior do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que não há opção para 2021 que não seja a votação no Congresso da agenda de ajuste fiscal.

Como ontem, os ganhos do petróleo no exterior ajudaram Petrobrás ON e PN a fecharem com altas de 7,95% e 6,8% cada, enquanto Itaú subiu 4,52% e Santander avançou 7,66%. No lado oposto, Gerdau PN perdeu 5,32% e Vale ON caiu 0,05%. Considerando o encerramento de hoje, foi a terceira vez em que o índice da B3 conseguiu fechar na casa de 105 mil pontos desde 30 de julho. Na semana, sobe 4,10% e tem alta de 11,83% no mês. No ano, cede 9,15%.

Em Nova York, Dow Jones, fechou com alta de 0,90%, mas S&P 500 e Nasdaq caíram 0,14% e 1,37% cada, com o fraco desempenho das ações de tecnologia. "Nos EUA, há agora uma rotação de setores, o que pressiona em particular o Nasdaq, que reúne empresas que performaram bem ao longo deste ano de pandemia, as de tecnologia. Assim, as ações que haviam ficado um pouco largadas, como as industriais, voltam a ser procuradas, o que se reflete nesta recuperação do Dow Jones", diz Freitas.

Câmbio

O dólar teve novo dia de volatilidade, mas hoje com oscilações um pouco mais contidas que ontem. A moeda vem recuperando no exterior parte das perdas pós-vitória de Joe Biden e, com isso, se fortalece ante divisas emergentes. No Brasil, os profissionais das mesas de câmbio comentam que o risco fiscal é um limitador importante para uma valorização mais firme do real. Nesse ambiente, novas declarações de Guedes sobre o risco da volta rápida da hiperinflação, caso não se resolva o problema da dívida interna, fez o dólar bater nas máximas do dia, a R$ 5,41. Maia já disse que se o problema não for resolvido, moeda pode ir a R$ 7,00. No mercado futuro, o dólar para liquidação em dezembro fechou em alta de 0,55%, aos R$ 5,4200.

"O dólar recuperou parte do terreno perdido na semana passada na sequência da eleição de Biden, enquanto a poeira assenta no posicionamento pós-eleitoral", observa a estrategista do Rabobank, Jane Foley. Mas se já há mais clareza no mercado externo, com o resultado da eleição americana conhecido, o mesmo não se pode dizer do cenário fiscal brasileiro, em que persistem as incertezas, observa o grupo financeiro holandês, prevendo o dólar a R$ 5,45 ao final deste ano.

O economista da JF Trust Gestão de Recursos, Eduardo Velho, observa que a questão fiscal impõe limite de melhora aos ativos brasileiros. Neste ambiente de incerteza fiscal, que só tende a ficar mais claro após as eleições municipais, o dólar deveria convergir mais para os R$ 5,50 do que para os R$ 5,00 ou abaixo. Ontem, no piso, caiu a R$ 5,22, o que rapidamente atraiu compradores. A JF não espera votações de projetos fiscais este mês. Ao mesmo tempo, persistem as dúvidas sobre como o governo vai financiar seu novo programa social, ressalta Velho./LUÍS EDUARDO LEAL, MAIARA SANTIAGO E ALTAMIRO SILVA JÚNIOR

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