Administrar um condomínio pode se comparar a dirigir uma empresa de pequeno porte. É por isso que deve-se contratar uma boa empresa para fazer esse trabalho, pois ela precisa lidar com questões trabalhistas, ações judiciais, manutenção predial, segurança patrimonial e ainda fazer o atendimento aos condôminos. Essas atividades exigem, além de tempo e boa vontade, conhecimento em áreas distintas, como direito, contabilidade e engenharia. "O administrador de condomínios tem de ser um profissional da área. Não é qualquer pessoa ou empresa que pode fazer esse trabalho", afirma o vice-presidente de Condomínio e Relações Trabalhistas do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Benjamim Souza da Cunha. "Para administrar um prédio utilizamos os mesmos recursos usados em uma empresa", diz. Ele estima que atualmente existam 40 mil condomínios residenciais em São Paulo e 100 mil no Brasil. "Cerca de 16 milhões de pessoas moram em prédios em todo o País", calcula o vice-presidente. Para atender essa demanda, São Paulo tem cerca de três mil administradoras. O grande número de oferta pode dificultar a escolha da empresa certa, que ainda disputa espaço no mercado com administradores autônomos nem sempre preparados para a função. É nessa hora que o responsável pela escolha, o síndico do prédio, deve ficar atento aos conselhos dos especialistas. Passado da empresa é mais importante que honorário baixo Verificar o passado da empresa e de seus sócios é condição básica antes de assinar um contrato. Analisar se os serviços oferecidos cobrem todas as necessidades do condomínio e se a administradora tem departamentos especializados são outros pontos a serem levados em conta. Ainda que digno de observação atenta, o valor dos honorários cobrados não deve ser a única preocupação do contratante. "O barato pode sair caro", ensina a síndica do Condomínio Residencial Parque das Orquídeas II, no Jardim Umarizal, na zona sul, Neide Alves Pillibossian. Quando assumiu a função, em março deste ano, ela contratou uma empresa para orientá-la sobre questões jurídicas e sobre as questões ligadas ao departamento pessoal. "Ter boa estrutura é fundamental para uma administradora", afirma. O presidente da Associação de Administradoras de Bens, Imóveis e Condomínios (Aabic), José Roberto Graiche, lamenta que nem todos os síndicos tenham essa mentalidade. "A maior parte deles costuma se guiar apenas pelo preço cobrado", diz.
COM 92% OFF