O sobe e desce da inflação e outros 500

Inflação dos alimentos: tomate volta a atacar no IPCA de outubro


Tomate ficou mais de 12% mais caro no Brasil; nas duas últimas semanas, de acordo com o Ceagesp, preço já subiu ao menos 46%

Por Gustavo Santos Ferreira

Antigo vilão da inflação dos alimentos, o tomate voltou a atacar em outubro. De acordo com o IBGE, a queda média de preços de 9,42%, em setembro, foi revertida para a forte alta 12,37%, em outubro. Entre os itens mais presentes à mesa de almoço dos brasileiros, foi, de longe, o que ficou mais caro (veja, mais abaixo, o Top 10 da alta dos alimentos).

De modo geral, no último mês, novamente a inflação ficou acima do teto pretendido de 6,5% em 12 meses.

 Foto: Estadão
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A presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH), Tiyoko Rebouças, atribui esta alta à seca. A falta de chuvas na região Sudeste, conforme explica, diminuiu em outubro a oferta do tomate. Consequentemente, os produtores, nessas condições, tendem a exigir mais pela venda.

>>>> Alta dos combustíveis: quem não dirige também paga a conta

>>>> Preço da água mineral deve subir 10% por causa da seca 

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De acordo com ela, pelos próximos meses, a tendência é a de manutenção de alta. No final do ano, tradicionalmente, os hortifrútis ficam costumeiramente mais caros, por causa do aumento da procura à época do Natal. "A possível reversão climática no período, de tempo mais quente e úmido, também favorece doenças típicas dessas culturas, que prejudicam a produção", diz.

Ou seja, a situação é de 8 ou 80: nem chuva demais nem de menos ajudam o cultivo.

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Nas duas últimas semanas, a alta do tomate ficou ainda mais latente. Pelo levantamento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), no período o quilo do tomate salada comum custava R$ 1,35. Até o dia 6, já havia pulado para R$ 1,98. No caso do tomate maduro comum, o salto foi de R$ 1,32 para R$ 1,95. Ambas as altas superam os 46%.

Flávio Godas, economista da Ceagesp, culpa não só a seca, mas também a chuva pela subida do tomate - em linha com o raciocínio de Tiyoko, da ABH. No final de outubro, faltou água. Mas, na última semana, a primeira de novembro, o tempo virou e também sacrificou os tomateiros.Mas Godas, salvo novas surpresas climáticas, aposta em estabilidade dos preços do alimento. "Só mesmo na semana do Natal, como sempre, o tomate deve subir", diz.

 Foto: Estadão
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A alta da carne, por sua vez, perdeu força - mas segue em persiste. Após a divulgação da inflação de setembro, o governo chegou a sugerir a troca da proteína bovina por ovos e frango. Difícil saber ao certo se alguém levou em conta o conselho de culinária, mas a alta de 3,17%, em setembro, foi reduzida para 1,46%, em outubro.

(Atualizado às 14h45)

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gustavo.ferreira@estadao.com

Antigo vilão da inflação dos alimentos, o tomate voltou a atacar em outubro. De acordo com o IBGE, a queda média de preços de 9,42%, em setembro, foi revertida para a forte alta 12,37%, em outubro. Entre os itens mais presentes à mesa de almoço dos brasileiros, foi, de longe, o que ficou mais caro (veja, mais abaixo, o Top 10 da alta dos alimentos).

De modo geral, no último mês, novamente a inflação ficou acima do teto pretendido de 6,5% em 12 meses.

 Foto: Estadão

A presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH), Tiyoko Rebouças, atribui esta alta à seca. A falta de chuvas na região Sudeste, conforme explica, diminuiu em outubro a oferta do tomate. Consequentemente, os produtores, nessas condições, tendem a exigir mais pela venda.

>>>> Alta dos combustíveis: quem não dirige também paga a conta

>>>> Preço da água mineral deve subir 10% por causa da seca 

De acordo com ela, pelos próximos meses, a tendência é a de manutenção de alta. No final do ano, tradicionalmente, os hortifrútis ficam costumeiramente mais caros, por causa do aumento da procura à época do Natal. "A possível reversão climática no período, de tempo mais quente e úmido, também favorece doenças típicas dessas culturas, que prejudicam a produção", diz.

Ou seja, a situação é de 8 ou 80: nem chuva demais nem de menos ajudam o cultivo.

Nas duas últimas semanas, a alta do tomate ficou ainda mais latente. Pelo levantamento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), no período o quilo do tomate salada comum custava R$ 1,35. Até o dia 6, já havia pulado para R$ 1,98. No caso do tomate maduro comum, o salto foi de R$ 1,32 para R$ 1,95. Ambas as altas superam os 46%.

Flávio Godas, economista da Ceagesp, culpa não só a seca, mas também a chuva pela subida do tomate - em linha com o raciocínio de Tiyoko, da ABH. No final de outubro, faltou água. Mas, na última semana, a primeira de novembro, o tempo virou e também sacrificou os tomateiros.Mas Godas, salvo novas surpresas climáticas, aposta em estabilidade dos preços do alimento. "Só mesmo na semana do Natal, como sempre, o tomate deve subir", diz.

 Foto: Estadão

A alta da carne, por sua vez, perdeu força - mas segue em persiste. Após a divulgação da inflação de setembro, o governo chegou a sugerir a troca da proteína bovina por ovos e frango. Difícil saber ao certo se alguém levou em conta o conselho de culinária, mas a alta de 3,17%, em setembro, foi reduzida para 1,46%, em outubro.

(Atualizado às 14h45)

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Antigo vilão da inflação dos alimentos, o tomate voltou a atacar em outubro. De acordo com o IBGE, a queda média de preços de 9,42%, em setembro, foi revertida para a forte alta 12,37%, em outubro. Entre os itens mais presentes à mesa de almoço dos brasileiros, foi, de longe, o que ficou mais caro (veja, mais abaixo, o Top 10 da alta dos alimentos).

De modo geral, no último mês, novamente a inflação ficou acima do teto pretendido de 6,5% em 12 meses.

 Foto: Estadão

A presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH), Tiyoko Rebouças, atribui esta alta à seca. A falta de chuvas na região Sudeste, conforme explica, diminuiu em outubro a oferta do tomate. Consequentemente, os produtores, nessas condições, tendem a exigir mais pela venda.

>>>> Alta dos combustíveis: quem não dirige também paga a conta

>>>> Preço da água mineral deve subir 10% por causa da seca 

De acordo com ela, pelos próximos meses, a tendência é a de manutenção de alta. No final do ano, tradicionalmente, os hortifrútis ficam costumeiramente mais caros, por causa do aumento da procura à época do Natal. "A possível reversão climática no período, de tempo mais quente e úmido, também favorece doenças típicas dessas culturas, que prejudicam a produção", diz.

Ou seja, a situação é de 8 ou 80: nem chuva demais nem de menos ajudam o cultivo.

Nas duas últimas semanas, a alta do tomate ficou ainda mais latente. Pelo levantamento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), no período o quilo do tomate salada comum custava R$ 1,35. Até o dia 6, já havia pulado para R$ 1,98. No caso do tomate maduro comum, o salto foi de R$ 1,32 para R$ 1,95. Ambas as altas superam os 46%.

Flávio Godas, economista da Ceagesp, culpa não só a seca, mas também a chuva pela subida do tomate - em linha com o raciocínio de Tiyoko, da ABH. No final de outubro, faltou água. Mas, na última semana, a primeira de novembro, o tempo virou e também sacrificou os tomateiros.Mas Godas, salvo novas surpresas climáticas, aposta em estabilidade dos preços do alimento. "Só mesmo na semana do Natal, como sempre, o tomate deve subir", diz.

 Foto: Estadão

A alta da carne, por sua vez, perdeu força - mas segue em persiste. Após a divulgação da inflação de setembro, o governo chegou a sugerir a troca da proteína bovina por ovos e frango. Difícil saber ao certo se alguém levou em conta o conselho de culinária, mas a alta de 3,17%, em setembro, foi reduzida para 1,46%, em outubro.

(Atualizado às 14h45)

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Antigo vilão da inflação dos alimentos, o tomate voltou a atacar em outubro. De acordo com o IBGE, a queda média de preços de 9,42%, em setembro, foi revertida para a forte alta 12,37%, em outubro. Entre os itens mais presentes à mesa de almoço dos brasileiros, foi, de longe, o que ficou mais caro (veja, mais abaixo, o Top 10 da alta dos alimentos).

De modo geral, no último mês, novamente a inflação ficou acima do teto pretendido de 6,5% em 12 meses.

 Foto: Estadão

A presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH), Tiyoko Rebouças, atribui esta alta à seca. A falta de chuvas na região Sudeste, conforme explica, diminuiu em outubro a oferta do tomate. Consequentemente, os produtores, nessas condições, tendem a exigir mais pela venda.

>>>> Alta dos combustíveis: quem não dirige também paga a conta

>>>> Preço da água mineral deve subir 10% por causa da seca 

De acordo com ela, pelos próximos meses, a tendência é a de manutenção de alta. No final do ano, tradicionalmente, os hortifrútis ficam costumeiramente mais caros, por causa do aumento da procura à época do Natal. "A possível reversão climática no período, de tempo mais quente e úmido, também favorece doenças típicas dessas culturas, que prejudicam a produção", diz.

Ou seja, a situação é de 8 ou 80: nem chuva demais nem de menos ajudam o cultivo.

Nas duas últimas semanas, a alta do tomate ficou ainda mais latente. Pelo levantamento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), no período o quilo do tomate salada comum custava R$ 1,35. Até o dia 6, já havia pulado para R$ 1,98. No caso do tomate maduro comum, o salto foi de R$ 1,32 para R$ 1,95. Ambas as altas superam os 46%.

Flávio Godas, economista da Ceagesp, culpa não só a seca, mas também a chuva pela subida do tomate - em linha com o raciocínio de Tiyoko, da ABH. No final de outubro, faltou água. Mas, na última semana, a primeira de novembro, o tempo virou e também sacrificou os tomateiros.Mas Godas, salvo novas surpresas climáticas, aposta em estabilidade dos preços do alimento. "Só mesmo na semana do Natal, como sempre, o tomate deve subir", diz.

 Foto: Estadão

A alta da carne, por sua vez, perdeu força - mas segue em persiste. Após a divulgação da inflação de setembro, o governo chegou a sugerir a troca da proteína bovina por ovos e frango. Difícil saber ao certo se alguém levou em conta o conselho de culinária, mas a alta de 3,17%, em setembro, foi reduzida para 1,46%, em outubro.

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