O déficit comercial dos Estados Unidos recuou mais que o esperado em agosto e ficou em 57,6 bilhões de dólares, mostrou relatório do Departamento de Comércio nesta quinta-feira. O desempenho foi influenciado pela queda do dólar e pelo crescimento econômico de outros países, que incentivaram as exportações. Analistas de Wall Street esperavam que o déficit em agosto ficasse em 59 bilhões de dólares, pouco abaixo do valor inicialmente informado de julho, de 59,25 bilhões de dólares. Após revisão, o resultado de julho ficou em 59 bilhões de dólares. O déficit comercial poderia ter caído ainda mais não fosse os recordes atingidos pelo petróleo. O saldo negativo da balança excluindo o petróleo totalizou 40,2 bilhões de dólares --o menor desde maio de 2004. Em contrapartida, o déficit de 24,3 bilhões de dólares na balança de petróleo foi o maior desde agosto de 2006. Esse dados e o relatório sobre os pedidos de auxílio-desemprego --que diminuíram na semana passada-- mostraram sinais de força da economia norte-americana, e ajudaram a provocar a queda dos preços dos bônus governamentais no começo da manhã desta quinta. Keith Hembre, economista-chefe da FAF Advisors, disse que o dado de comércio de agosto, se repetido em setembro, pode acrescentar 1 por cento ao crescimento norte-americano no terceiro trimestre, "trazendo-o para cerca de 3 por cento". As exportações norte-americanas subiram para 138,3 bilhões de dólares em agosto. As importações, por sua vez, totalizaram 195,9 bilhões de dólares no período. (Por Doug Palmer)
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