Depois de escapar do Japão, Carlos Ghosn foi recebido pelo presidente do Líbano


Segundo duas fontes próximas ao executivo, ex-presidente da Nissan – que fugiu de prisão domiciliar do Japão – se encontrou com Michel Aoun; fontes oficiais negam encontro

Por Reuters
Atualização:

Ex-presidente da Nissan ­– e agora fugitivo da Justiça japonesa ­–, o executivo Carlos Ghosn se encontrou com o presidente do Líbano depois de deixar o Japão, de onde ele foi retirado de sua situação de prisão domiciliar com ajuda de uma companhia de segurança privada, disseram à Reuters duas fontes próximas a Ghosn.

Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault/Nissan Foto: Koji Sasahara/AP

Uma das fontes disse que o executivo foi recebido com entusiasmo pelo presidente Michel Aoun na segunda-feira, 30, depois de voar de Tóquio para Beirute, com uma parada em Istambul, na Turquia. Segundo essas fontes, Ghosn agora está de bom humor, se sente em segurança e está pronto para continuar a combater as acusações.

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O plano para tirar Ghosn do Japão, que marcou o mais recente capítulo de uma saga que agitou o mercado automotivo global, foi arquitetada ao longo de três meses, de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters. “Foi uma operação profissional em todas as suas fases”, disse uma delas.

Segundo apurou a Reuters, o executivo – que nasceu no Brasil e se mudou para o Líbano ainda criança – está hospedado na residência de um parente de sua mulher. No entanto, ele teria planos de voltar a morar em sua residência no condomínio fechado de Achrafieh, localizado em um bairro de alta renda da capital libanesa.

Apoio

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Ao se encontrar com o presidente libanês, Ghosn agradeceu a Aoun pelo apoio que o político deu a ele e à sua esposa, Carole, enquanto ele estava preso no Japão. O executivo agora precisa da ajuda do governo para garantir sua segurança após a fuga do Japão.

A reunião entre Aoun e Ghosn não foi divulgada – e um porta-voz do governo libanês negou que o encontro tenha ocorrido. "Ele não foi recebido na presidência e não se encontrou com o presidente da República", disse uma autoridade à AFP. As duas fontes ouvidas pela Reuters, porém, afirmam que os detalhes da reunião foram descritos pelo próprio Ghosn.

O executivo não pôde ser encontrado para comentar a situação – e tem se mantido em silêncio. Até agora, ele apenas divulgou um curto comunicado afirmando ter escapado “de injustiças e de perseguição política”.

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Fontes oficiais do Líbano já adiantaram que não pretendem tomar medidas contra Carlos Ghosn porque ele entrou no país de forma legal, usando seu passaporte francês, apesar de os três passaportes do executivo – o francês, o brasileiro e o libanês – terem supostamente sido entregues à Justiça japonesa.

Os ministros das Relações Exteriores do Líbano e da França disseram não ter informações sobre as circunstâncias da viagem de Ghosn. O Líbano não tem acordo de extradição com o Japão.

Acusações

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Ghosn foi preso em novembro de 2018 e enfrenta quatro acusações – incluindo a de que ele vinha escondendo parte de seus ganhos por meio de pagamentos feitos a concessionárias de veículos no Oriente Médio.

Pelos termos de sua condicional, o executivo teria de ficar confinado à sua casa em Tóquio, onde foram instaladas câmeras de segurança. Ele também ficou proibido de se comunicar com a mulher, Carole, e seu uso de internet e telefone era monitorado.

Apesar de alguns jornais do Líbano terem divulgado que Ghosn havia fugido de sua casa em Tóquio escondido em uma caixa de instrumento musical, Carole negou, ao ser contatada pela Reuters, que isso tenha ocorrido. Ela não forneceu, no entanto, detalhes sobre como a viagem ocorreu.

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As duas fontes disseram que uma firma de segurança privada coordenou a saída de Ghosn no  Japão. E que até o piloto da aeronave não teria informações sobre a identidade do passageiro que transportava.

Um advogado de Ghosn disse que o executivo deverá dar uma entrevista coletiva em Beirute, no próximo dia 8. No entanto, fontes dizem que a decisão sobre revelar mais detalhes da fuga de Tóquio ainda não estaria definida.

Ex-presidente da Nissan ­– e agora fugitivo da Justiça japonesa ­–, o executivo Carlos Ghosn se encontrou com o presidente do Líbano depois de deixar o Japão, de onde ele foi retirado de sua situação de prisão domiciliar com ajuda de uma companhia de segurança privada, disseram à Reuters duas fontes próximas a Ghosn.

Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault/Nissan Foto: Koji Sasahara/AP

Uma das fontes disse que o executivo foi recebido com entusiasmo pelo presidente Michel Aoun na segunda-feira, 30, depois de voar de Tóquio para Beirute, com uma parada em Istambul, na Turquia. Segundo essas fontes, Ghosn agora está de bom humor, se sente em segurança e está pronto para continuar a combater as acusações.

O plano para tirar Ghosn do Japão, que marcou o mais recente capítulo de uma saga que agitou o mercado automotivo global, foi arquitetada ao longo de três meses, de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters. “Foi uma operação profissional em todas as suas fases”, disse uma delas.

Segundo apurou a Reuters, o executivo – que nasceu no Brasil e se mudou para o Líbano ainda criança – está hospedado na residência de um parente de sua mulher. No entanto, ele teria planos de voltar a morar em sua residência no condomínio fechado de Achrafieh, localizado em um bairro de alta renda da capital libanesa.

Apoio

Ao se encontrar com o presidente libanês, Ghosn agradeceu a Aoun pelo apoio que o político deu a ele e à sua esposa, Carole, enquanto ele estava preso no Japão. O executivo agora precisa da ajuda do governo para garantir sua segurança após a fuga do Japão.

A reunião entre Aoun e Ghosn não foi divulgada – e um porta-voz do governo libanês negou que o encontro tenha ocorrido. "Ele não foi recebido na presidência e não se encontrou com o presidente da República", disse uma autoridade à AFP. As duas fontes ouvidas pela Reuters, porém, afirmam que os detalhes da reunião foram descritos pelo próprio Ghosn.

O executivo não pôde ser encontrado para comentar a situação – e tem se mantido em silêncio. Até agora, ele apenas divulgou um curto comunicado afirmando ter escapado “de injustiças e de perseguição política”.

Fontes oficiais do Líbano já adiantaram que não pretendem tomar medidas contra Carlos Ghosn porque ele entrou no país de forma legal, usando seu passaporte francês, apesar de os três passaportes do executivo – o francês, o brasileiro e o libanês – terem supostamente sido entregues à Justiça japonesa.

Os ministros das Relações Exteriores do Líbano e da França disseram não ter informações sobre as circunstâncias da viagem de Ghosn. O Líbano não tem acordo de extradição com o Japão.

Acusações

Ghosn foi preso em novembro de 2018 e enfrenta quatro acusações – incluindo a de que ele vinha escondendo parte de seus ganhos por meio de pagamentos feitos a concessionárias de veículos no Oriente Médio.

Pelos termos de sua condicional, o executivo teria de ficar confinado à sua casa em Tóquio, onde foram instaladas câmeras de segurança. Ele também ficou proibido de se comunicar com a mulher, Carole, e seu uso de internet e telefone era monitorado.

Apesar de alguns jornais do Líbano terem divulgado que Ghosn havia fugido de sua casa em Tóquio escondido em uma caixa de instrumento musical, Carole negou, ao ser contatada pela Reuters, que isso tenha ocorrido. Ela não forneceu, no entanto, detalhes sobre como a viagem ocorreu.

As duas fontes disseram que uma firma de segurança privada coordenou a saída de Ghosn no  Japão. E que até o piloto da aeronave não teria informações sobre a identidade do passageiro que transportava.

Um advogado de Ghosn disse que o executivo deverá dar uma entrevista coletiva em Beirute, no próximo dia 8. No entanto, fontes dizem que a decisão sobre revelar mais detalhes da fuga de Tóquio ainda não estaria definida.

Ex-presidente da Nissan ­– e agora fugitivo da Justiça japonesa ­–, o executivo Carlos Ghosn se encontrou com o presidente do Líbano depois de deixar o Japão, de onde ele foi retirado de sua situação de prisão domiciliar com ajuda de uma companhia de segurança privada, disseram à Reuters duas fontes próximas a Ghosn.

Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault/Nissan Foto: Koji Sasahara/AP

Uma das fontes disse que o executivo foi recebido com entusiasmo pelo presidente Michel Aoun na segunda-feira, 30, depois de voar de Tóquio para Beirute, com uma parada em Istambul, na Turquia. Segundo essas fontes, Ghosn agora está de bom humor, se sente em segurança e está pronto para continuar a combater as acusações.

O plano para tirar Ghosn do Japão, que marcou o mais recente capítulo de uma saga que agitou o mercado automotivo global, foi arquitetada ao longo de três meses, de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters. “Foi uma operação profissional em todas as suas fases”, disse uma delas.

Segundo apurou a Reuters, o executivo – que nasceu no Brasil e se mudou para o Líbano ainda criança – está hospedado na residência de um parente de sua mulher. No entanto, ele teria planos de voltar a morar em sua residência no condomínio fechado de Achrafieh, localizado em um bairro de alta renda da capital libanesa.

Apoio

Ao se encontrar com o presidente libanês, Ghosn agradeceu a Aoun pelo apoio que o político deu a ele e à sua esposa, Carole, enquanto ele estava preso no Japão. O executivo agora precisa da ajuda do governo para garantir sua segurança após a fuga do Japão.

A reunião entre Aoun e Ghosn não foi divulgada – e um porta-voz do governo libanês negou que o encontro tenha ocorrido. "Ele não foi recebido na presidência e não se encontrou com o presidente da República", disse uma autoridade à AFP. As duas fontes ouvidas pela Reuters, porém, afirmam que os detalhes da reunião foram descritos pelo próprio Ghosn.

O executivo não pôde ser encontrado para comentar a situação – e tem se mantido em silêncio. Até agora, ele apenas divulgou um curto comunicado afirmando ter escapado “de injustiças e de perseguição política”.

Fontes oficiais do Líbano já adiantaram que não pretendem tomar medidas contra Carlos Ghosn porque ele entrou no país de forma legal, usando seu passaporte francês, apesar de os três passaportes do executivo – o francês, o brasileiro e o libanês – terem supostamente sido entregues à Justiça japonesa.

Os ministros das Relações Exteriores do Líbano e da França disseram não ter informações sobre as circunstâncias da viagem de Ghosn. O Líbano não tem acordo de extradição com o Japão.

Acusações

Ghosn foi preso em novembro de 2018 e enfrenta quatro acusações – incluindo a de que ele vinha escondendo parte de seus ganhos por meio de pagamentos feitos a concessionárias de veículos no Oriente Médio.

Pelos termos de sua condicional, o executivo teria de ficar confinado à sua casa em Tóquio, onde foram instaladas câmeras de segurança. Ele também ficou proibido de se comunicar com a mulher, Carole, e seu uso de internet e telefone era monitorado.

Apesar de alguns jornais do Líbano terem divulgado que Ghosn havia fugido de sua casa em Tóquio escondido em uma caixa de instrumento musical, Carole negou, ao ser contatada pela Reuters, que isso tenha ocorrido. Ela não forneceu, no entanto, detalhes sobre como a viagem ocorreu.

As duas fontes disseram que uma firma de segurança privada coordenou a saída de Ghosn no  Japão. E que até o piloto da aeronave não teria informações sobre a identidade do passageiro que transportava.

Um advogado de Ghosn disse que o executivo deverá dar uma entrevista coletiva em Beirute, no próximo dia 8. No entanto, fontes dizem que a decisão sobre revelar mais detalhes da fuga de Tóquio ainda não estaria definida.

Ex-presidente da Nissan ­– e agora fugitivo da Justiça japonesa ­–, o executivo Carlos Ghosn se encontrou com o presidente do Líbano depois de deixar o Japão, de onde ele foi retirado de sua situação de prisão domiciliar com ajuda de uma companhia de segurança privada, disseram à Reuters duas fontes próximas a Ghosn.

Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault/Nissan Foto: Koji Sasahara/AP

Uma das fontes disse que o executivo foi recebido com entusiasmo pelo presidente Michel Aoun na segunda-feira, 30, depois de voar de Tóquio para Beirute, com uma parada em Istambul, na Turquia. Segundo essas fontes, Ghosn agora está de bom humor, se sente em segurança e está pronto para continuar a combater as acusações.

O plano para tirar Ghosn do Japão, que marcou o mais recente capítulo de uma saga que agitou o mercado automotivo global, foi arquitetada ao longo de três meses, de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters. “Foi uma operação profissional em todas as suas fases”, disse uma delas.

Segundo apurou a Reuters, o executivo – que nasceu no Brasil e se mudou para o Líbano ainda criança – está hospedado na residência de um parente de sua mulher. No entanto, ele teria planos de voltar a morar em sua residência no condomínio fechado de Achrafieh, localizado em um bairro de alta renda da capital libanesa.

Apoio

Ao se encontrar com o presidente libanês, Ghosn agradeceu a Aoun pelo apoio que o político deu a ele e à sua esposa, Carole, enquanto ele estava preso no Japão. O executivo agora precisa da ajuda do governo para garantir sua segurança após a fuga do Japão.

A reunião entre Aoun e Ghosn não foi divulgada – e um porta-voz do governo libanês negou que o encontro tenha ocorrido. "Ele não foi recebido na presidência e não se encontrou com o presidente da República", disse uma autoridade à AFP. As duas fontes ouvidas pela Reuters, porém, afirmam que os detalhes da reunião foram descritos pelo próprio Ghosn.

O executivo não pôde ser encontrado para comentar a situação – e tem se mantido em silêncio. Até agora, ele apenas divulgou um curto comunicado afirmando ter escapado “de injustiças e de perseguição política”.

Fontes oficiais do Líbano já adiantaram que não pretendem tomar medidas contra Carlos Ghosn porque ele entrou no país de forma legal, usando seu passaporte francês, apesar de os três passaportes do executivo – o francês, o brasileiro e o libanês – terem supostamente sido entregues à Justiça japonesa.

Os ministros das Relações Exteriores do Líbano e da França disseram não ter informações sobre as circunstâncias da viagem de Ghosn. O Líbano não tem acordo de extradição com o Japão.

Acusações

Ghosn foi preso em novembro de 2018 e enfrenta quatro acusações – incluindo a de que ele vinha escondendo parte de seus ganhos por meio de pagamentos feitos a concessionárias de veículos no Oriente Médio.

Pelos termos de sua condicional, o executivo teria de ficar confinado à sua casa em Tóquio, onde foram instaladas câmeras de segurança. Ele também ficou proibido de se comunicar com a mulher, Carole, e seu uso de internet e telefone era monitorado.

Apesar de alguns jornais do Líbano terem divulgado que Ghosn havia fugido de sua casa em Tóquio escondido em uma caixa de instrumento musical, Carole negou, ao ser contatada pela Reuters, que isso tenha ocorrido. Ela não forneceu, no entanto, detalhes sobre como a viagem ocorreu.

As duas fontes disseram que uma firma de segurança privada coordenou a saída de Ghosn no  Japão. E que até o piloto da aeronave não teria informações sobre a identidade do passageiro que transportava.

Um advogado de Ghosn disse que o executivo deverá dar uma entrevista coletiva em Beirute, no próximo dia 8. No entanto, fontes dizem que a decisão sobre revelar mais detalhes da fuga de Tóquio ainda não estaria definida.

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