Dilma usa base para tentar vetar indexação da Previdência


Palácio do Planalto trabalha para evitar que norma de reajuste do mínimo seja utilizada para aposentadoria

Por BRASÍLIA

Preocupada em "desarmar" novas bombas fiscais no Congresso, a presidente Dilma Rousseff determinou ontem a mobilização de sua base aliada para barrar uma emenda que pretende indexar a política de reajuste do salário mínimo ao pagamento de aposentadorias e pensões da Previdência Social. O Palácio do Planalto acendeu ontem o sinal de alerta depois que sua articulação política diagnosticou que a Câmara pretende votar, hoje, uma medida provisória que estende até 2019 a norma atual de correção do salário mínimo, que leva em conta a inflação dos últimos 12 meses mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Há emendas nesse projeto que visam aplicar o mesmo cálculo para todo o Regime Geral da Previdência Social - como os pensionistas que recebem um salário mínimo já têm seus benefícios reajustados com base nessa fórmula, a indexação afetaria quem ganha acima desse valor.

Ministro da Previdência Social, Carlos Gabas Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

"Vamos esclarecer o impacto e pedir que não votem isso", afirmou ontem o ministro da Previdência, Carlos Gabas. Ele argumentou que, se estivesse valendo, esse "gatilho" traria um impacto ainda neste ano de R$ 4,6 bilhões, razão pela qual colocaria em "alto risco" as contas do sistema previdenciário. A apreensão do Planalto com essa votação é grande, tanto que Dilma convocou uma reunião na tarde de ontem com Gabas e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). A discussão sobre vincular a política do salário mínimo e o Regime Geral da Previdência não é nova. A Câmara chegou a aprovar, no início do ano, o texto-base de um projeto de lei que alongava a atualização do mínimo até 2019, mas o governo costurou um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para retirá-lo de pauta. Ontem, Cunha disse que a indexação "não tem lógica". "(Sou) absolutamente contra", disse. "O erário não aguenta."Fator. A articulação política de Dilma também já prevê forte ação dos parlamentares para alterar pontos da Medida Provisória editada para justificar o veto à emenda que flexibilizou o fator previdenciário. E haverá pressão até entre deputados do PT, que defendem um escalonamento mais suave da regra 85/95 (combinação entre idade e tempo de serviço), retardando o aumento desse piso. / RICARDO DELLA COLETTA, TÂNIA MONTEIRO E CARLA ARAÚJO

Preocupada em "desarmar" novas bombas fiscais no Congresso, a presidente Dilma Rousseff determinou ontem a mobilização de sua base aliada para barrar uma emenda que pretende indexar a política de reajuste do salário mínimo ao pagamento de aposentadorias e pensões da Previdência Social. O Palácio do Planalto acendeu ontem o sinal de alerta depois que sua articulação política diagnosticou que a Câmara pretende votar, hoje, uma medida provisória que estende até 2019 a norma atual de correção do salário mínimo, que leva em conta a inflação dos últimos 12 meses mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Há emendas nesse projeto que visam aplicar o mesmo cálculo para todo o Regime Geral da Previdência Social - como os pensionistas que recebem um salário mínimo já têm seus benefícios reajustados com base nessa fórmula, a indexação afetaria quem ganha acima desse valor.

Ministro da Previdência Social, Carlos Gabas Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

"Vamos esclarecer o impacto e pedir que não votem isso", afirmou ontem o ministro da Previdência, Carlos Gabas. Ele argumentou que, se estivesse valendo, esse "gatilho" traria um impacto ainda neste ano de R$ 4,6 bilhões, razão pela qual colocaria em "alto risco" as contas do sistema previdenciário. A apreensão do Planalto com essa votação é grande, tanto que Dilma convocou uma reunião na tarde de ontem com Gabas e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). A discussão sobre vincular a política do salário mínimo e o Regime Geral da Previdência não é nova. A Câmara chegou a aprovar, no início do ano, o texto-base de um projeto de lei que alongava a atualização do mínimo até 2019, mas o governo costurou um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para retirá-lo de pauta. Ontem, Cunha disse que a indexação "não tem lógica". "(Sou) absolutamente contra", disse. "O erário não aguenta."Fator. A articulação política de Dilma também já prevê forte ação dos parlamentares para alterar pontos da Medida Provisória editada para justificar o veto à emenda que flexibilizou o fator previdenciário. E haverá pressão até entre deputados do PT, que defendem um escalonamento mais suave da regra 85/95 (combinação entre idade e tempo de serviço), retardando o aumento desse piso. / RICARDO DELLA COLETTA, TÂNIA MONTEIRO E CARLA ARAÚJO

Preocupada em "desarmar" novas bombas fiscais no Congresso, a presidente Dilma Rousseff determinou ontem a mobilização de sua base aliada para barrar uma emenda que pretende indexar a política de reajuste do salário mínimo ao pagamento de aposentadorias e pensões da Previdência Social. O Palácio do Planalto acendeu ontem o sinal de alerta depois que sua articulação política diagnosticou que a Câmara pretende votar, hoje, uma medida provisória que estende até 2019 a norma atual de correção do salário mínimo, que leva em conta a inflação dos últimos 12 meses mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Há emendas nesse projeto que visam aplicar o mesmo cálculo para todo o Regime Geral da Previdência Social - como os pensionistas que recebem um salário mínimo já têm seus benefícios reajustados com base nessa fórmula, a indexação afetaria quem ganha acima desse valor.

Ministro da Previdência Social, Carlos Gabas Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

"Vamos esclarecer o impacto e pedir que não votem isso", afirmou ontem o ministro da Previdência, Carlos Gabas. Ele argumentou que, se estivesse valendo, esse "gatilho" traria um impacto ainda neste ano de R$ 4,6 bilhões, razão pela qual colocaria em "alto risco" as contas do sistema previdenciário. A apreensão do Planalto com essa votação é grande, tanto que Dilma convocou uma reunião na tarde de ontem com Gabas e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). A discussão sobre vincular a política do salário mínimo e o Regime Geral da Previdência não é nova. A Câmara chegou a aprovar, no início do ano, o texto-base de um projeto de lei que alongava a atualização do mínimo até 2019, mas o governo costurou um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para retirá-lo de pauta. Ontem, Cunha disse que a indexação "não tem lógica". "(Sou) absolutamente contra", disse. "O erário não aguenta."Fator. A articulação política de Dilma também já prevê forte ação dos parlamentares para alterar pontos da Medida Provisória editada para justificar o veto à emenda que flexibilizou o fator previdenciário. E haverá pressão até entre deputados do PT, que defendem um escalonamento mais suave da regra 85/95 (combinação entre idade e tempo de serviço), retardando o aumento desse piso. / RICARDO DELLA COLETTA, TÂNIA MONTEIRO E CARLA ARAÚJO

Preocupada em "desarmar" novas bombas fiscais no Congresso, a presidente Dilma Rousseff determinou ontem a mobilização de sua base aliada para barrar uma emenda que pretende indexar a política de reajuste do salário mínimo ao pagamento de aposentadorias e pensões da Previdência Social. O Palácio do Planalto acendeu ontem o sinal de alerta depois que sua articulação política diagnosticou que a Câmara pretende votar, hoje, uma medida provisória que estende até 2019 a norma atual de correção do salário mínimo, que leva em conta a inflação dos últimos 12 meses mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Há emendas nesse projeto que visam aplicar o mesmo cálculo para todo o Regime Geral da Previdência Social - como os pensionistas que recebem um salário mínimo já têm seus benefícios reajustados com base nessa fórmula, a indexação afetaria quem ganha acima desse valor.

Ministro da Previdência Social, Carlos Gabas Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

"Vamos esclarecer o impacto e pedir que não votem isso", afirmou ontem o ministro da Previdência, Carlos Gabas. Ele argumentou que, se estivesse valendo, esse "gatilho" traria um impacto ainda neste ano de R$ 4,6 bilhões, razão pela qual colocaria em "alto risco" as contas do sistema previdenciário. A apreensão do Planalto com essa votação é grande, tanto que Dilma convocou uma reunião na tarde de ontem com Gabas e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). A discussão sobre vincular a política do salário mínimo e o Regime Geral da Previdência não é nova. A Câmara chegou a aprovar, no início do ano, o texto-base de um projeto de lei que alongava a atualização do mínimo até 2019, mas o governo costurou um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para retirá-lo de pauta. Ontem, Cunha disse que a indexação "não tem lógica". "(Sou) absolutamente contra", disse. "O erário não aguenta."Fator. A articulação política de Dilma também já prevê forte ação dos parlamentares para alterar pontos da Medida Provisória editada para justificar o veto à emenda que flexibilizou o fator previdenciário. E haverá pressão até entre deputados do PT, que defendem um escalonamento mais suave da regra 85/95 (combinação entre idade e tempo de serviço), retardando o aumento desse piso. / RICARDO DELLA COLETTA, TÂNIA MONTEIRO E CARLA ARAÚJO

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