Distribuidoras questionam parecer da ANP


Companhias alegam não ser possível afirmar que combustível no País é caro em função de margens do setor, como sugere nota do órgão

Por Fernanda Nunes

RIO - Grandes distribuidoras de combustíveis – como BR Distribuidora, Ipiranga e Raízen (sociedade da Shell com a Cosan) – questionam o embasamento de nota técnica da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que sugere concentração de mercado no segmento em que atuam.

Em fevereiro, o órgão regulador divulgou duas notas técnicas sobre a distribuição de combustíveis, que analisam espaços de tempo distintos. A primeira, do dia 5 do mesmo mês, avaliava o comércio de gasolina nos anos de 2017 e 2018. Em documento, a Superintendência de Defesa da Concorrência (SDR) do órgão conclui que os dados recolhidos eram insuficientes para “apurar eventuais indícios de infração à ordem econômica”.

ANP informou que pretende mudar a regulação para preparar o setor para a abertura do mercado. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
continua após a publicidade

Quatorze dias depois, no dia 19, a ANP publicou outra nota técnica, considerando o comportamento dos preços no período de setembro a novembro de 2018, após a Petrobrás baratear o produto nas refinarias. Dessa vez, no entanto, parecer assinado por assessores da diretoria-geral do órgão, conclui que “há falta de competição no setor de distribuição”. As notas foram encaminhadas ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Diante dos dois pareceres, a Plural, que representa as distribuidoras de maior porte, argumenta que não há consenso dentro da ANP sobre uma possível concentração de mercado capaz de restringir o repasse de quedas de preços no refino aos consumidores. As distribuidoras atuam no meio do caminho, ligando a as refinarias da Petrobrás e os postos de combustíveis.

Vice-presidente de Distribuição da Raízen, Ricardo Mussa diz que não é possível afirmar que os combustíveis são caros no Brasil por causa das margens das distribuidoras. “Existem técnicas para definir a concentração de mercado. A empregada por todos os órgãos é a IHH. Por essa metodologia, a mais reconhecida, o mercado brasileiro não é considerado concentrado. O principal problema do Brasil está no refino”, defende.

continua após a publicidade

Já o presidente da Plural, Leonardo Gadotti, reclama da “complexidade tributária” do setor de combustíveis. Para o vice-presidente da Raízen, com a venda de refinarias pela Petrobrás, a tendência é que o preço caia para o consumidor.

“Mas, obviamente, a parcela de impostos é o principal fator do preço do combustível no Brasil. O segundo é a cotação no mercado internacional”, defendeu.

Resposta

continua após a publicidade

A ANP, no entanto, não só divergiu das distribuidoras como informou ao Estadão/Broadcast que pretende mudar a regulação para preparar o setor para a abertura do mercado, com a venda de refinarias da Petrobrás.

“A ANP possui evidência empírica que pode ensejar mudança do marco regulatório de distribuição de combustíveis”, afirmou o órgão, por nota. Para a ANP, não é certo que somente o desinvestimento estatal garanta a competição e a queda dos preços. “Deve ser aprofundada a discussão de como trazer mais competição também no setor de distribuição para que existam benefícios concretos para os consumidores”, acrescentou.

RIO - Grandes distribuidoras de combustíveis – como BR Distribuidora, Ipiranga e Raízen (sociedade da Shell com a Cosan) – questionam o embasamento de nota técnica da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que sugere concentração de mercado no segmento em que atuam.

Em fevereiro, o órgão regulador divulgou duas notas técnicas sobre a distribuição de combustíveis, que analisam espaços de tempo distintos. A primeira, do dia 5 do mesmo mês, avaliava o comércio de gasolina nos anos de 2017 e 2018. Em documento, a Superintendência de Defesa da Concorrência (SDR) do órgão conclui que os dados recolhidos eram insuficientes para “apurar eventuais indícios de infração à ordem econômica”.

ANP informou que pretende mudar a regulação para preparar o setor para a abertura do mercado. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Quatorze dias depois, no dia 19, a ANP publicou outra nota técnica, considerando o comportamento dos preços no período de setembro a novembro de 2018, após a Petrobrás baratear o produto nas refinarias. Dessa vez, no entanto, parecer assinado por assessores da diretoria-geral do órgão, conclui que “há falta de competição no setor de distribuição”. As notas foram encaminhadas ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Diante dos dois pareceres, a Plural, que representa as distribuidoras de maior porte, argumenta que não há consenso dentro da ANP sobre uma possível concentração de mercado capaz de restringir o repasse de quedas de preços no refino aos consumidores. As distribuidoras atuam no meio do caminho, ligando a as refinarias da Petrobrás e os postos de combustíveis.

Vice-presidente de Distribuição da Raízen, Ricardo Mussa diz que não é possível afirmar que os combustíveis são caros no Brasil por causa das margens das distribuidoras. “Existem técnicas para definir a concentração de mercado. A empregada por todos os órgãos é a IHH. Por essa metodologia, a mais reconhecida, o mercado brasileiro não é considerado concentrado. O principal problema do Brasil está no refino”, defende.

Já o presidente da Plural, Leonardo Gadotti, reclama da “complexidade tributária” do setor de combustíveis. Para o vice-presidente da Raízen, com a venda de refinarias pela Petrobrás, a tendência é que o preço caia para o consumidor.

“Mas, obviamente, a parcela de impostos é o principal fator do preço do combustível no Brasil. O segundo é a cotação no mercado internacional”, defendeu.

Resposta

A ANP, no entanto, não só divergiu das distribuidoras como informou ao Estadão/Broadcast que pretende mudar a regulação para preparar o setor para a abertura do mercado, com a venda de refinarias da Petrobrás.

“A ANP possui evidência empírica que pode ensejar mudança do marco regulatório de distribuição de combustíveis”, afirmou o órgão, por nota. Para a ANP, não é certo que somente o desinvestimento estatal garanta a competição e a queda dos preços. “Deve ser aprofundada a discussão de como trazer mais competição também no setor de distribuição para que existam benefícios concretos para os consumidores”, acrescentou.

RIO - Grandes distribuidoras de combustíveis – como BR Distribuidora, Ipiranga e Raízen (sociedade da Shell com a Cosan) – questionam o embasamento de nota técnica da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que sugere concentração de mercado no segmento em que atuam.

Em fevereiro, o órgão regulador divulgou duas notas técnicas sobre a distribuição de combustíveis, que analisam espaços de tempo distintos. A primeira, do dia 5 do mesmo mês, avaliava o comércio de gasolina nos anos de 2017 e 2018. Em documento, a Superintendência de Defesa da Concorrência (SDR) do órgão conclui que os dados recolhidos eram insuficientes para “apurar eventuais indícios de infração à ordem econômica”.

ANP informou que pretende mudar a regulação para preparar o setor para a abertura do mercado. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Quatorze dias depois, no dia 19, a ANP publicou outra nota técnica, considerando o comportamento dos preços no período de setembro a novembro de 2018, após a Petrobrás baratear o produto nas refinarias. Dessa vez, no entanto, parecer assinado por assessores da diretoria-geral do órgão, conclui que “há falta de competição no setor de distribuição”. As notas foram encaminhadas ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Diante dos dois pareceres, a Plural, que representa as distribuidoras de maior porte, argumenta que não há consenso dentro da ANP sobre uma possível concentração de mercado capaz de restringir o repasse de quedas de preços no refino aos consumidores. As distribuidoras atuam no meio do caminho, ligando a as refinarias da Petrobrás e os postos de combustíveis.

Vice-presidente de Distribuição da Raízen, Ricardo Mussa diz que não é possível afirmar que os combustíveis são caros no Brasil por causa das margens das distribuidoras. “Existem técnicas para definir a concentração de mercado. A empregada por todos os órgãos é a IHH. Por essa metodologia, a mais reconhecida, o mercado brasileiro não é considerado concentrado. O principal problema do Brasil está no refino”, defende.

Já o presidente da Plural, Leonardo Gadotti, reclama da “complexidade tributária” do setor de combustíveis. Para o vice-presidente da Raízen, com a venda de refinarias pela Petrobrás, a tendência é que o preço caia para o consumidor.

“Mas, obviamente, a parcela de impostos é o principal fator do preço do combustível no Brasil. O segundo é a cotação no mercado internacional”, defendeu.

Resposta

A ANP, no entanto, não só divergiu das distribuidoras como informou ao Estadão/Broadcast que pretende mudar a regulação para preparar o setor para a abertura do mercado, com a venda de refinarias da Petrobrás.

“A ANP possui evidência empírica que pode ensejar mudança do marco regulatório de distribuição de combustíveis”, afirmou o órgão, por nota. Para a ANP, não é certo que somente o desinvestimento estatal garanta a competição e a queda dos preços. “Deve ser aprofundada a discussão de como trazer mais competição também no setor de distribuição para que existam benefícios concretos para os consumidores”, acrescentou.

RIO - Grandes distribuidoras de combustíveis – como BR Distribuidora, Ipiranga e Raízen (sociedade da Shell com a Cosan) – questionam o embasamento de nota técnica da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que sugere concentração de mercado no segmento em que atuam.

Em fevereiro, o órgão regulador divulgou duas notas técnicas sobre a distribuição de combustíveis, que analisam espaços de tempo distintos. A primeira, do dia 5 do mesmo mês, avaliava o comércio de gasolina nos anos de 2017 e 2018. Em documento, a Superintendência de Defesa da Concorrência (SDR) do órgão conclui que os dados recolhidos eram insuficientes para “apurar eventuais indícios de infração à ordem econômica”.

ANP informou que pretende mudar a regulação para preparar o setor para a abertura do mercado. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Quatorze dias depois, no dia 19, a ANP publicou outra nota técnica, considerando o comportamento dos preços no período de setembro a novembro de 2018, após a Petrobrás baratear o produto nas refinarias. Dessa vez, no entanto, parecer assinado por assessores da diretoria-geral do órgão, conclui que “há falta de competição no setor de distribuição”. As notas foram encaminhadas ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Diante dos dois pareceres, a Plural, que representa as distribuidoras de maior porte, argumenta que não há consenso dentro da ANP sobre uma possível concentração de mercado capaz de restringir o repasse de quedas de preços no refino aos consumidores. As distribuidoras atuam no meio do caminho, ligando a as refinarias da Petrobrás e os postos de combustíveis.

Vice-presidente de Distribuição da Raízen, Ricardo Mussa diz que não é possível afirmar que os combustíveis são caros no Brasil por causa das margens das distribuidoras. “Existem técnicas para definir a concentração de mercado. A empregada por todos os órgãos é a IHH. Por essa metodologia, a mais reconhecida, o mercado brasileiro não é considerado concentrado. O principal problema do Brasil está no refino”, defende.

Já o presidente da Plural, Leonardo Gadotti, reclama da “complexidade tributária” do setor de combustíveis. Para o vice-presidente da Raízen, com a venda de refinarias pela Petrobrás, a tendência é que o preço caia para o consumidor.

“Mas, obviamente, a parcela de impostos é o principal fator do preço do combustível no Brasil. O segundo é a cotação no mercado internacional”, defendeu.

Resposta

A ANP, no entanto, não só divergiu das distribuidoras como informou ao Estadão/Broadcast que pretende mudar a regulação para preparar o setor para a abertura do mercado, com a venda de refinarias da Petrobrás.

“A ANP possui evidência empírica que pode ensejar mudança do marco regulatório de distribuição de combustíveis”, afirmou o órgão, por nota. Para a ANP, não é certo que somente o desinvestimento estatal garanta a competição e a queda dos preços. “Deve ser aprofundada a discussão de como trazer mais competição também no setor de distribuição para que existam benefícios concretos para os consumidores”, acrescentou.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.