Em sintonia com o mercado internacional, Bolsa encerra com ganho de 2%; dólar fecha a R$ 5,35


B3 voltou ao patamar dos 83 mil pontos e moeda americana teve dia de alívio, mas cenário político em Brasília gerou momentos de estresse aos investidores

Por Redação
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3fechou o dia em alta pela terceira vez consecutiva quarta-feira, 29, após encerrar o pregão com um ganho de 2,29%, aos 83.170,80 pontos. O bom humor também se estendeu ao  dólar, que manteve o ritmo de depreciação e fechou negociado a R$ 5,35, uma queda de 2,90%.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, já abriu em alta nesta quarta, influenciado pelos resultados positivos na Ásia e na EuropaMinutos após a abertura do pregão, às 09h03, a Bolsa subia 0,91%, aos 82.240 pontos. No entanto, apesar de não chegar a perder o patamar dos 80 mil pontos, o dia foi de instabilidade para a B3, que oscilou bastante no começo da tarde entre os 82 mil pontos e 83 mil pontos.

Dólar Foto: Reuters
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A mesma situação pode ser observada no dólar. Apesar de abrir as negociações do dia com queda superior a 1%, cotado a R$ 5,44, a moeda americana tornou a subir rapidamente no começo da tarde e chegou a ser cotada a R$ 5,50, uma das máximas do dia. Momentos após, o valor tornou a ceder e o dólar recuou para os R$ 5,35.

Vale lembrar que essa foi a primeira vez que a moeda americana baixou de R$ 5,40 em quase uma semana, em escalada de cotação que teve o auge na última sexta-feira, 24, quando, em meio à demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, o câmbio bateu recorde nominal histórico, quando não se desconta a inflação, R$ 5,74.  

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As idas e vindas do mercado nesta quarta, são uma consequência da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que deferiu liminar do PDT e suspende posse do delegado Alexandre Ramagem na diretoria-geral da Polícia Federal, a cotação virou e ultrapassou novamente a casa dos R$ 5,50. 

Cenário local

Nesta quarta, em videoconferência com varejistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a retomada do crescimento no pós-crise virá por meio do investimento privado, com o setor público ajudando como um indutor em um primeiro momento. Ele também mencionou que planos como o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), do governo Dilma Rousseff, já foram seguidos e deram errado. A declaração pode ser entendida como uma espécie de crítica do Plano Pró-Brasil, anunciado neste mês pelo governo.

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No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19, caminhando para o seu ápice, a preocupação ainda está no presente. Segundo dados do Banco Central (BC)a dívida dos principais setores da economia, do qual fazem parte comércio, serviços, transporte, indústrias de transformação, eletricidade e gás, já soma R$ 900 bilhões

E o endividamento também já é uma preocupação dentro do governo. Segundo o Tesouro Nacionala expectativa é de um rombo de R$ 600 bilhões nas contas públicas, o que equivale a 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Se confirmado, esse será o maior valor da série histórica do BC, iniciado em 2001.

Nesse cenário, a atenção continua voltada para o coronavírus. Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, o Brasil teve 449 mortes nas últimas 24 horas, além de 6.276 novos casos. Ao todo, são 5.466 vítimas fatais e 78.162 infectados por todo o País.

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Cenário internacional

Na Europa, os investidores continuam aliviados com os balanços das empresas locais, que mostram um impacto do vírus abaixo do esperado. Também agrada ao mercado local, a notícia de abertura de alguns países do velho continente, como França, Itália e Espanha. Situação parecida é vista na Ásia, onde os investidores demonstraram maior apetite por risco, em meio ao alívio das restrições impostas para conter a propagação do coronavírus.

Porém, foi dos Estados Unidos que vieram as principais notícias do dia. Segundo o Departamento de Comércio americano, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 4,8% no período de janeiro a março, em comparação com o mesmo período do ano passado, depois de expandir a uma taxa de 2,1% nos últimos três meses de 2019. Foi o maior recuo desde a Grande Recessão, no pós-crise de 2008.

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Já o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quinta que vai manter a taxa básica de juros dos EUA entre 0% e 0,25%, enquanto o secretário do órgão, Jerome Powell, prometeu novas medidas de apoio. Ainda ajudou a renovar o ânimo dos investidores, um avanço registrado pelo laboratório Gilead Sciences com o antiviral remdesivir, contra o coronavírus.

Petróleo 

A commodity foi beneficiada nesta quarta, pelo sucesso do antiviral no tratamento de alguns casos de coronavírus. A notícia, inclusive, chegou a se sobrepor ao aumento crescente dos estoque de petróleo, que ainda crescem a ritmo alarmante. Na terça-feira, 28, o Instituto de Petróleo Americano (API) apontou que os EUA armazenaram 10 milhões de barris na semana passada - no entanto, a projeção dos analistas consultados pelo Wall Street Journal já fala em 11 milhões.

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Porém, mesmo com os dados negativos, o WTI para junho, referência no mercado americano, avançou 22,04%, a US$ 15,06 o barril. Já o Brent para julho, referência no mercado europeu, ganhou 6,55%, a US$ 24,23 o barril.

Bolsas do exterior

As Bolsas de Nova York encerraram o dia em alta nesta quarta, após a decisão do Fed e o resultado do PIB americano. Em resposta, o índice Dow Jones encerrou com avanço de 2,21%, a 24.633,86 pontos, o S&P 500 subiu 2,66%, a 2.939,51 pontos e o Nasdaq teve alta de 3,57%, a 8.914,71 pontos. 

Os índices da Ásia fecharam com alta generalizada na manhã desta quarta, com exceção do Japão, em que não houve negociações por conta de um feriado local. O maior avanço foi em Taiwan, com 1,47%, seguido de Coreia do Sul, 0,70%, China, 0,44%, e Hong Kong, 0,28%. Na Oceania, a Bolsa da Austrália subiu 1,53%. 

Quem também acompanhou o movimento foi a Europa, onde as Bolsas fecharam com alta generalizada. O índice pan-americano Stoxx 600 encerrou com alta de 1,75%, enquanto na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 se elevou 2,63%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 2,89%, já em Paris, o CAC 40 fechou em alta de 2,22%. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB avançou 2,21% e em Madri, o índice Ibex 35 teve ganho de 3,21%. E o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, subiu 2,31%./LUCIANA XAVIER, SERGIO CALDAS, EDUARDO GAYER, MATHEUS PIOVESANA, ANDRÉ MARINHO, FELIPE SIQUEIRA e MAIARA SANTIAGO.

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3fechou o dia em alta pela terceira vez consecutiva quarta-feira, 29, após encerrar o pregão com um ganho de 2,29%, aos 83.170,80 pontos. O bom humor também se estendeu ao  dólar, que manteve o ritmo de depreciação e fechou negociado a R$ 5,35, uma queda de 2,90%.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, já abriu em alta nesta quarta, influenciado pelos resultados positivos na Ásia e na EuropaMinutos após a abertura do pregão, às 09h03, a Bolsa subia 0,91%, aos 82.240 pontos. No entanto, apesar de não chegar a perder o patamar dos 80 mil pontos, o dia foi de instabilidade para a B3, que oscilou bastante no começo da tarde entre os 82 mil pontos e 83 mil pontos.

Dólar Foto: Reuters

 

A mesma situação pode ser observada no dólar. Apesar de abrir as negociações do dia com queda superior a 1%, cotado a R$ 5,44, a moeda americana tornou a subir rapidamente no começo da tarde e chegou a ser cotada a R$ 5,50, uma das máximas do dia. Momentos após, o valor tornou a ceder e o dólar recuou para os R$ 5,35.

Vale lembrar que essa foi a primeira vez que a moeda americana baixou de R$ 5,40 em quase uma semana, em escalada de cotação que teve o auge na última sexta-feira, 24, quando, em meio à demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, o câmbio bateu recorde nominal histórico, quando não se desconta a inflação, R$ 5,74.  

As idas e vindas do mercado nesta quarta, são uma consequência da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que deferiu liminar do PDT e suspende posse do delegado Alexandre Ramagem na diretoria-geral da Polícia Federal, a cotação virou e ultrapassou novamente a casa dos R$ 5,50. 

Cenário local

Nesta quarta, em videoconferência com varejistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a retomada do crescimento no pós-crise virá por meio do investimento privado, com o setor público ajudando como um indutor em um primeiro momento. Ele também mencionou que planos como o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), do governo Dilma Rousseff, já foram seguidos e deram errado. A declaração pode ser entendida como uma espécie de crítica do Plano Pró-Brasil, anunciado neste mês pelo governo.

No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19, caminhando para o seu ápice, a preocupação ainda está no presente. Segundo dados do Banco Central (BC)a dívida dos principais setores da economia, do qual fazem parte comércio, serviços, transporte, indústrias de transformação, eletricidade e gás, já soma R$ 900 bilhões

E o endividamento também já é uma preocupação dentro do governo. Segundo o Tesouro Nacionala expectativa é de um rombo de R$ 600 bilhões nas contas públicas, o que equivale a 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Se confirmado, esse será o maior valor da série histórica do BC, iniciado em 2001.

Nesse cenário, a atenção continua voltada para o coronavírus. Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, o Brasil teve 449 mortes nas últimas 24 horas, além de 6.276 novos casos. Ao todo, são 5.466 vítimas fatais e 78.162 infectados por todo o País.

Cenário internacional

Na Europa, os investidores continuam aliviados com os balanços das empresas locais, que mostram um impacto do vírus abaixo do esperado. Também agrada ao mercado local, a notícia de abertura de alguns países do velho continente, como França, Itália e Espanha. Situação parecida é vista na Ásia, onde os investidores demonstraram maior apetite por risco, em meio ao alívio das restrições impostas para conter a propagação do coronavírus.

Porém, foi dos Estados Unidos que vieram as principais notícias do dia. Segundo o Departamento de Comércio americano, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 4,8% no período de janeiro a março, em comparação com o mesmo período do ano passado, depois de expandir a uma taxa de 2,1% nos últimos três meses de 2019. Foi o maior recuo desde a Grande Recessão, no pós-crise de 2008.

Já o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quinta que vai manter a taxa básica de juros dos EUA entre 0% e 0,25%, enquanto o secretário do órgão, Jerome Powell, prometeu novas medidas de apoio. Ainda ajudou a renovar o ânimo dos investidores, um avanço registrado pelo laboratório Gilead Sciences com o antiviral remdesivir, contra o coronavírus.

Petróleo 

A commodity foi beneficiada nesta quarta, pelo sucesso do antiviral no tratamento de alguns casos de coronavírus. A notícia, inclusive, chegou a se sobrepor ao aumento crescente dos estoque de petróleo, que ainda crescem a ritmo alarmante. Na terça-feira, 28, o Instituto de Petróleo Americano (API) apontou que os EUA armazenaram 10 milhões de barris na semana passada - no entanto, a projeção dos analistas consultados pelo Wall Street Journal já fala em 11 milhões.

Porém, mesmo com os dados negativos, o WTI para junho, referência no mercado americano, avançou 22,04%, a US$ 15,06 o barril. Já o Brent para julho, referência no mercado europeu, ganhou 6,55%, a US$ 24,23 o barril.

Bolsas do exterior

As Bolsas de Nova York encerraram o dia em alta nesta quarta, após a decisão do Fed e o resultado do PIB americano. Em resposta, o índice Dow Jones encerrou com avanço de 2,21%, a 24.633,86 pontos, o S&P 500 subiu 2,66%, a 2.939,51 pontos e o Nasdaq teve alta de 3,57%, a 8.914,71 pontos. 

Os índices da Ásia fecharam com alta generalizada na manhã desta quarta, com exceção do Japão, em que não houve negociações por conta de um feriado local. O maior avanço foi em Taiwan, com 1,47%, seguido de Coreia do Sul, 0,70%, China, 0,44%, e Hong Kong, 0,28%. Na Oceania, a Bolsa da Austrália subiu 1,53%. 

Quem também acompanhou o movimento foi a Europa, onde as Bolsas fecharam com alta generalizada. O índice pan-americano Stoxx 600 encerrou com alta de 1,75%, enquanto na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 se elevou 2,63%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 2,89%, já em Paris, o CAC 40 fechou em alta de 2,22%. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB avançou 2,21% e em Madri, o índice Ibex 35 teve ganho de 3,21%. E o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, subiu 2,31%./LUCIANA XAVIER, SERGIO CALDAS, EDUARDO GAYER, MATHEUS PIOVESANA, ANDRÉ MARINHO, FELIPE SIQUEIRA e MAIARA SANTIAGO.

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3fechou o dia em alta pela terceira vez consecutiva quarta-feira, 29, após encerrar o pregão com um ganho de 2,29%, aos 83.170,80 pontos. O bom humor também se estendeu ao  dólar, que manteve o ritmo de depreciação e fechou negociado a R$ 5,35, uma queda de 2,90%.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, já abriu em alta nesta quarta, influenciado pelos resultados positivos na Ásia e na EuropaMinutos após a abertura do pregão, às 09h03, a Bolsa subia 0,91%, aos 82.240 pontos. No entanto, apesar de não chegar a perder o patamar dos 80 mil pontos, o dia foi de instabilidade para a B3, que oscilou bastante no começo da tarde entre os 82 mil pontos e 83 mil pontos.

Dólar Foto: Reuters

 

A mesma situação pode ser observada no dólar. Apesar de abrir as negociações do dia com queda superior a 1%, cotado a R$ 5,44, a moeda americana tornou a subir rapidamente no começo da tarde e chegou a ser cotada a R$ 5,50, uma das máximas do dia. Momentos após, o valor tornou a ceder e o dólar recuou para os R$ 5,35.

Vale lembrar que essa foi a primeira vez que a moeda americana baixou de R$ 5,40 em quase uma semana, em escalada de cotação que teve o auge na última sexta-feira, 24, quando, em meio à demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, o câmbio bateu recorde nominal histórico, quando não se desconta a inflação, R$ 5,74.  

As idas e vindas do mercado nesta quarta, são uma consequência da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que deferiu liminar do PDT e suspende posse do delegado Alexandre Ramagem na diretoria-geral da Polícia Federal, a cotação virou e ultrapassou novamente a casa dos R$ 5,50. 

Cenário local

Nesta quarta, em videoconferência com varejistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a retomada do crescimento no pós-crise virá por meio do investimento privado, com o setor público ajudando como um indutor em um primeiro momento. Ele também mencionou que planos como o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), do governo Dilma Rousseff, já foram seguidos e deram errado. A declaração pode ser entendida como uma espécie de crítica do Plano Pró-Brasil, anunciado neste mês pelo governo.

No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19, caminhando para o seu ápice, a preocupação ainda está no presente. Segundo dados do Banco Central (BC)a dívida dos principais setores da economia, do qual fazem parte comércio, serviços, transporte, indústrias de transformação, eletricidade e gás, já soma R$ 900 bilhões

E o endividamento também já é uma preocupação dentro do governo. Segundo o Tesouro Nacionala expectativa é de um rombo de R$ 600 bilhões nas contas públicas, o que equivale a 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Se confirmado, esse será o maior valor da série histórica do BC, iniciado em 2001.

Nesse cenário, a atenção continua voltada para o coronavírus. Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, o Brasil teve 449 mortes nas últimas 24 horas, além de 6.276 novos casos. Ao todo, são 5.466 vítimas fatais e 78.162 infectados por todo o País.

Cenário internacional

Na Europa, os investidores continuam aliviados com os balanços das empresas locais, que mostram um impacto do vírus abaixo do esperado. Também agrada ao mercado local, a notícia de abertura de alguns países do velho continente, como França, Itália e Espanha. Situação parecida é vista na Ásia, onde os investidores demonstraram maior apetite por risco, em meio ao alívio das restrições impostas para conter a propagação do coronavírus.

Porém, foi dos Estados Unidos que vieram as principais notícias do dia. Segundo o Departamento de Comércio americano, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 4,8% no período de janeiro a março, em comparação com o mesmo período do ano passado, depois de expandir a uma taxa de 2,1% nos últimos três meses de 2019. Foi o maior recuo desde a Grande Recessão, no pós-crise de 2008.

Já o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quinta que vai manter a taxa básica de juros dos EUA entre 0% e 0,25%, enquanto o secretário do órgão, Jerome Powell, prometeu novas medidas de apoio. Ainda ajudou a renovar o ânimo dos investidores, um avanço registrado pelo laboratório Gilead Sciences com o antiviral remdesivir, contra o coronavírus.

Petróleo 

A commodity foi beneficiada nesta quarta, pelo sucesso do antiviral no tratamento de alguns casos de coronavírus. A notícia, inclusive, chegou a se sobrepor ao aumento crescente dos estoque de petróleo, que ainda crescem a ritmo alarmante. Na terça-feira, 28, o Instituto de Petróleo Americano (API) apontou que os EUA armazenaram 10 milhões de barris na semana passada - no entanto, a projeção dos analistas consultados pelo Wall Street Journal já fala em 11 milhões.

Porém, mesmo com os dados negativos, o WTI para junho, referência no mercado americano, avançou 22,04%, a US$ 15,06 o barril. Já o Brent para julho, referência no mercado europeu, ganhou 6,55%, a US$ 24,23 o barril.

Bolsas do exterior

As Bolsas de Nova York encerraram o dia em alta nesta quarta, após a decisão do Fed e o resultado do PIB americano. Em resposta, o índice Dow Jones encerrou com avanço de 2,21%, a 24.633,86 pontos, o S&P 500 subiu 2,66%, a 2.939,51 pontos e o Nasdaq teve alta de 3,57%, a 8.914,71 pontos. 

Os índices da Ásia fecharam com alta generalizada na manhã desta quarta, com exceção do Japão, em que não houve negociações por conta de um feriado local. O maior avanço foi em Taiwan, com 1,47%, seguido de Coreia do Sul, 0,70%, China, 0,44%, e Hong Kong, 0,28%. Na Oceania, a Bolsa da Austrália subiu 1,53%. 

Quem também acompanhou o movimento foi a Europa, onde as Bolsas fecharam com alta generalizada. O índice pan-americano Stoxx 600 encerrou com alta de 1,75%, enquanto na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 se elevou 2,63%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 2,89%, já em Paris, o CAC 40 fechou em alta de 2,22%. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB avançou 2,21% e em Madri, o índice Ibex 35 teve ganho de 3,21%. E o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, subiu 2,31%./LUCIANA XAVIER, SERGIO CALDAS, EDUARDO GAYER, MATHEUS PIOVESANA, ANDRÉ MARINHO, FELIPE SIQUEIRA e MAIARA SANTIAGO.

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3fechou o dia em alta pela terceira vez consecutiva quarta-feira, 29, após encerrar o pregão com um ganho de 2,29%, aos 83.170,80 pontos. O bom humor também se estendeu ao  dólar, que manteve o ritmo de depreciação e fechou negociado a R$ 5,35, uma queda de 2,90%.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, já abriu em alta nesta quarta, influenciado pelos resultados positivos na Ásia e na EuropaMinutos após a abertura do pregão, às 09h03, a Bolsa subia 0,91%, aos 82.240 pontos. No entanto, apesar de não chegar a perder o patamar dos 80 mil pontos, o dia foi de instabilidade para a B3, que oscilou bastante no começo da tarde entre os 82 mil pontos e 83 mil pontos.

Dólar Foto: Reuters

 

A mesma situação pode ser observada no dólar. Apesar de abrir as negociações do dia com queda superior a 1%, cotado a R$ 5,44, a moeda americana tornou a subir rapidamente no começo da tarde e chegou a ser cotada a R$ 5,50, uma das máximas do dia. Momentos após, o valor tornou a ceder e o dólar recuou para os R$ 5,35.

Vale lembrar que essa foi a primeira vez que a moeda americana baixou de R$ 5,40 em quase uma semana, em escalada de cotação que teve o auge na última sexta-feira, 24, quando, em meio à demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, o câmbio bateu recorde nominal histórico, quando não se desconta a inflação, R$ 5,74.  

As idas e vindas do mercado nesta quarta, são uma consequência da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que deferiu liminar do PDT e suspende posse do delegado Alexandre Ramagem na diretoria-geral da Polícia Federal, a cotação virou e ultrapassou novamente a casa dos R$ 5,50. 

Cenário local

Nesta quarta, em videoconferência com varejistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a retomada do crescimento no pós-crise virá por meio do investimento privado, com o setor público ajudando como um indutor em um primeiro momento. Ele também mencionou que planos como o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), do governo Dilma Rousseff, já foram seguidos e deram errado. A declaração pode ser entendida como uma espécie de crítica do Plano Pró-Brasil, anunciado neste mês pelo governo.

No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19, caminhando para o seu ápice, a preocupação ainda está no presente. Segundo dados do Banco Central (BC)a dívida dos principais setores da economia, do qual fazem parte comércio, serviços, transporte, indústrias de transformação, eletricidade e gás, já soma R$ 900 bilhões

E o endividamento também já é uma preocupação dentro do governo. Segundo o Tesouro Nacionala expectativa é de um rombo de R$ 600 bilhões nas contas públicas, o que equivale a 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Se confirmado, esse será o maior valor da série histórica do BC, iniciado em 2001.

Nesse cenário, a atenção continua voltada para o coronavírus. Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, o Brasil teve 449 mortes nas últimas 24 horas, além de 6.276 novos casos. Ao todo, são 5.466 vítimas fatais e 78.162 infectados por todo o País.

Cenário internacional

Na Europa, os investidores continuam aliviados com os balanços das empresas locais, que mostram um impacto do vírus abaixo do esperado. Também agrada ao mercado local, a notícia de abertura de alguns países do velho continente, como França, Itália e Espanha. Situação parecida é vista na Ásia, onde os investidores demonstraram maior apetite por risco, em meio ao alívio das restrições impostas para conter a propagação do coronavírus.

Porém, foi dos Estados Unidos que vieram as principais notícias do dia. Segundo o Departamento de Comércio americano, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 4,8% no período de janeiro a março, em comparação com o mesmo período do ano passado, depois de expandir a uma taxa de 2,1% nos últimos três meses de 2019. Foi o maior recuo desde a Grande Recessão, no pós-crise de 2008.

Já o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quinta que vai manter a taxa básica de juros dos EUA entre 0% e 0,25%, enquanto o secretário do órgão, Jerome Powell, prometeu novas medidas de apoio. Ainda ajudou a renovar o ânimo dos investidores, um avanço registrado pelo laboratório Gilead Sciences com o antiviral remdesivir, contra o coronavírus.

Petróleo 

A commodity foi beneficiada nesta quarta, pelo sucesso do antiviral no tratamento de alguns casos de coronavírus. A notícia, inclusive, chegou a se sobrepor ao aumento crescente dos estoque de petróleo, que ainda crescem a ritmo alarmante. Na terça-feira, 28, o Instituto de Petróleo Americano (API) apontou que os EUA armazenaram 10 milhões de barris na semana passada - no entanto, a projeção dos analistas consultados pelo Wall Street Journal já fala em 11 milhões.

Porém, mesmo com os dados negativos, o WTI para junho, referência no mercado americano, avançou 22,04%, a US$ 15,06 o barril. Já o Brent para julho, referência no mercado europeu, ganhou 6,55%, a US$ 24,23 o barril.

Bolsas do exterior

As Bolsas de Nova York encerraram o dia em alta nesta quarta, após a decisão do Fed e o resultado do PIB americano. Em resposta, o índice Dow Jones encerrou com avanço de 2,21%, a 24.633,86 pontos, o S&P 500 subiu 2,66%, a 2.939,51 pontos e o Nasdaq teve alta de 3,57%, a 8.914,71 pontos. 

Os índices da Ásia fecharam com alta generalizada na manhã desta quarta, com exceção do Japão, em que não houve negociações por conta de um feriado local. O maior avanço foi em Taiwan, com 1,47%, seguido de Coreia do Sul, 0,70%, China, 0,44%, e Hong Kong, 0,28%. Na Oceania, a Bolsa da Austrália subiu 1,53%. 

Quem também acompanhou o movimento foi a Europa, onde as Bolsas fecharam com alta generalizada. O índice pan-americano Stoxx 600 encerrou com alta de 1,75%, enquanto na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 se elevou 2,63%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 2,89%, já em Paris, o CAC 40 fechou em alta de 2,22%. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB avançou 2,21% e em Madri, o índice Ibex 35 teve ganho de 3,21%. E o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, subiu 2,31%./LUCIANA XAVIER, SERGIO CALDAS, EDUARDO GAYER, MATHEUS PIOVESANA, ANDRÉ MARINHO, FELIPE SIQUEIRA e MAIARA SANTIAGO.

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