Dólar tem segunda maior desvalorização desde o Plano Real


Até a última sexta-feira, o recuo da moeda norte-americana somava 19,09%

Por Lucas Hirata

SÃO PAULO - Num ano marcado pela mudança no governo federal, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o dólar já registra em 2016 sua segunda maior desvalorização desde o Plano Real, de acordo com dados da Economatica. Até o dia 21 de outubro, o recuo da divisa norte-americana - medido pela taxa Ptax de venda - somava 19,09%, variação suficiente para destoar o real de outras moedas da América Latina.

A forte queda do dólar frente ao real ocorre após alta de quase 50% no ano passado Foto: Public Domain

Além do significativo marco histórico, é notável que a baixa do dólar no Brasil corresponde a quase três vezes a segunda maior desvalorização latino-americana. O recuo do dólar frente ao real é seguido, neste ano, pela baixa de 6,84% na comparação com o peso colombiano. Em terceiro lugar, fica a variação negativa de 5,74% diante do peso do Chile, enquanto a baixa frente ao sol peruano, de 1,41%, vem na quarta colocação. Por outro lado, as moedas do México e da Argentina, economias costumeiramente comparadas à brasileira, perderam valor em 2016. O dólar já avançou 8,11% ante o peso mexicano e subiu 15,83% diante do peso argentino, ainda nas contas da Economatica.  Vale destacar ainda que a forte queda do dólar frente ao real ocorre neste ano, após alta de quase 50% no período anterior. Em 2015, o ambiente doméstico pode ser lembrado pelos sequenciais rebaixamentos por agências de classificação de risco, com perda do grau de investimento, diante da deterioração nas contas públicas e dificuldades para a gestão de Dilma Rousseff emplacar medidas de ajuste.  De acordo com a Economatica, a maior queda da moeda norte-americana aconteceu em 2009, quando registrou queda de 25,49%. Já a maior valorização anual da moeda norte americana aconteceu em 2002 com 52,27%. Todas as valorizações anuais de 1995 até o ano de 2015 são referentes ao ano completo, já em 2016 a valorização é até o dia 21 de outubro. Em paralelo à queda do dólar, o euro também tem recuado em 2016 frente ao real. A moeda europeia registra baixa de 19,18%, que é a terceira maior desvalorização perante o real desde a sua criação no ano de 1999. Já a maior desvalorização aconteceu no ano de 2005, quando a baixa foi de 23,50%. Cabe destacar, por contraste, que a maior valorização do euro foi registrado em 2002, ao subir 79,35% diante do real. Focus. Para o período restante do ano, há visão no mercado de que o dólar pode ganhar terreno frente ao real, embora as estimativas estejam mudando semana a semana. Conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje pela manhã pelo Banco Central, a cotação da moeda estará em R$ 3,20 no encerramento de 2016, abaixo do patamar de R$ 3,25 projetado uma semana antes. Há um mês, estava em R$ 3,29. O câmbio médio de 2016 permaneceu em R$ 3,43, ante R$ 3,45 de um mês antes. De acordo com profissionais de mercado, o movimento esperado - de um certo fortalecimento do dólar - pode ser explicado, em parte, pela política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve já discute uma nova elevação de juros, frente ao intervalo vigente de 0,25% e 0,50%, e grande parte do mercado acredita que o aperto deve vir em dezembro. Além disso, domesticamente, parte da correção frente a variação cambial do ano passado é vista como equalizada, por isso haveria espaço mais limitado para queda do dólar.

SÃO PAULO - Num ano marcado pela mudança no governo federal, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o dólar já registra em 2016 sua segunda maior desvalorização desde o Plano Real, de acordo com dados da Economatica. Até o dia 21 de outubro, o recuo da divisa norte-americana - medido pela taxa Ptax de venda - somava 19,09%, variação suficiente para destoar o real de outras moedas da América Latina.

A forte queda do dólar frente ao real ocorre após alta de quase 50% no ano passado Foto: Public Domain

Além do significativo marco histórico, é notável que a baixa do dólar no Brasil corresponde a quase três vezes a segunda maior desvalorização latino-americana. O recuo do dólar frente ao real é seguido, neste ano, pela baixa de 6,84% na comparação com o peso colombiano. Em terceiro lugar, fica a variação negativa de 5,74% diante do peso do Chile, enquanto a baixa frente ao sol peruano, de 1,41%, vem na quarta colocação. Por outro lado, as moedas do México e da Argentina, economias costumeiramente comparadas à brasileira, perderam valor em 2016. O dólar já avançou 8,11% ante o peso mexicano e subiu 15,83% diante do peso argentino, ainda nas contas da Economatica.  Vale destacar ainda que a forte queda do dólar frente ao real ocorre neste ano, após alta de quase 50% no período anterior. Em 2015, o ambiente doméstico pode ser lembrado pelos sequenciais rebaixamentos por agências de classificação de risco, com perda do grau de investimento, diante da deterioração nas contas públicas e dificuldades para a gestão de Dilma Rousseff emplacar medidas de ajuste.  De acordo com a Economatica, a maior queda da moeda norte-americana aconteceu em 2009, quando registrou queda de 25,49%. Já a maior valorização anual da moeda norte americana aconteceu em 2002 com 52,27%. Todas as valorizações anuais de 1995 até o ano de 2015 são referentes ao ano completo, já em 2016 a valorização é até o dia 21 de outubro. Em paralelo à queda do dólar, o euro também tem recuado em 2016 frente ao real. A moeda europeia registra baixa de 19,18%, que é a terceira maior desvalorização perante o real desde a sua criação no ano de 1999. Já a maior desvalorização aconteceu no ano de 2005, quando a baixa foi de 23,50%. Cabe destacar, por contraste, que a maior valorização do euro foi registrado em 2002, ao subir 79,35% diante do real. Focus. Para o período restante do ano, há visão no mercado de que o dólar pode ganhar terreno frente ao real, embora as estimativas estejam mudando semana a semana. Conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje pela manhã pelo Banco Central, a cotação da moeda estará em R$ 3,20 no encerramento de 2016, abaixo do patamar de R$ 3,25 projetado uma semana antes. Há um mês, estava em R$ 3,29. O câmbio médio de 2016 permaneceu em R$ 3,43, ante R$ 3,45 de um mês antes. De acordo com profissionais de mercado, o movimento esperado - de um certo fortalecimento do dólar - pode ser explicado, em parte, pela política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve já discute uma nova elevação de juros, frente ao intervalo vigente de 0,25% e 0,50%, e grande parte do mercado acredita que o aperto deve vir em dezembro. Além disso, domesticamente, parte da correção frente a variação cambial do ano passado é vista como equalizada, por isso haveria espaço mais limitado para queda do dólar.

SÃO PAULO - Num ano marcado pela mudança no governo federal, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o dólar já registra em 2016 sua segunda maior desvalorização desde o Plano Real, de acordo com dados da Economatica. Até o dia 21 de outubro, o recuo da divisa norte-americana - medido pela taxa Ptax de venda - somava 19,09%, variação suficiente para destoar o real de outras moedas da América Latina.

A forte queda do dólar frente ao real ocorre após alta de quase 50% no ano passado Foto: Public Domain

Além do significativo marco histórico, é notável que a baixa do dólar no Brasil corresponde a quase três vezes a segunda maior desvalorização latino-americana. O recuo do dólar frente ao real é seguido, neste ano, pela baixa de 6,84% na comparação com o peso colombiano. Em terceiro lugar, fica a variação negativa de 5,74% diante do peso do Chile, enquanto a baixa frente ao sol peruano, de 1,41%, vem na quarta colocação. Por outro lado, as moedas do México e da Argentina, economias costumeiramente comparadas à brasileira, perderam valor em 2016. O dólar já avançou 8,11% ante o peso mexicano e subiu 15,83% diante do peso argentino, ainda nas contas da Economatica.  Vale destacar ainda que a forte queda do dólar frente ao real ocorre neste ano, após alta de quase 50% no período anterior. Em 2015, o ambiente doméstico pode ser lembrado pelos sequenciais rebaixamentos por agências de classificação de risco, com perda do grau de investimento, diante da deterioração nas contas públicas e dificuldades para a gestão de Dilma Rousseff emplacar medidas de ajuste.  De acordo com a Economatica, a maior queda da moeda norte-americana aconteceu em 2009, quando registrou queda de 25,49%. Já a maior valorização anual da moeda norte americana aconteceu em 2002 com 52,27%. Todas as valorizações anuais de 1995 até o ano de 2015 são referentes ao ano completo, já em 2016 a valorização é até o dia 21 de outubro. Em paralelo à queda do dólar, o euro também tem recuado em 2016 frente ao real. A moeda europeia registra baixa de 19,18%, que é a terceira maior desvalorização perante o real desde a sua criação no ano de 1999. Já a maior desvalorização aconteceu no ano de 2005, quando a baixa foi de 23,50%. Cabe destacar, por contraste, que a maior valorização do euro foi registrado em 2002, ao subir 79,35% diante do real. Focus. Para o período restante do ano, há visão no mercado de que o dólar pode ganhar terreno frente ao real, embora as estimativas estejam mudando semana a semana. Conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje pela manhã pelo Banco Central, a cotação da moeda estará em R$ 3,20 no encerramento de 2016, abaixo do patamar de R$ 3,25 projetado uma semana antes. Há um mês, estava em R$ 3,29. O câmbio médio de 2016 permaneceu em R$ 3,43, ante R$ 3,45 de um mês antes. De acordo com profissionais de mercado, o movimento esperado - de um certo fortalecimento do dólar - pode ser explicado, em parte, pela política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve já discute uma nova elevação de juros, frente ao intervalo vigente de 0,25% e 0,50%, e grande parte do mercado acredita que o aperto deve vir em dezembro. Além disso, domesticamente, parte da correção frente a variação cambial do ano passado é vista como equalizada, por isso haveria espaço mais limitado para queda do dólar.

SÃO PAULO - Num ano marcado pela mudança no governo federal, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o dólar já registra em 2016 sua segunda maior desvalorização desde o Plano Real, de acordo com dados da Economatica. Até o dia 21 de outubro, o recuo da divisa norte-americana - medido pela taxa Ptax de venda - somava 19,09%, variação suficiente para destoar o real de outras moedas da América Latina.

A forte queda do dólar frente ao real ocorre após alta de quase 50% no ano passado Foto: Public Domain

Além do significativo marco histórico, é notável que a baixa do dólar no Brasil corresponde a quase três vezes a segunda maior desvalorização latino-americana. O recuo do dólar frente ao real é seguido, neste ano, pela baixa de 6,84% na comparação com o peso colombiano. Em terceiro lugar, fica a variação negativa de 5,74% diante do peso do Chile, enquanto a baixa frente ao sol peruano, de 1,41%, vem na quarta colocação. Por outro lado, as moedas do México e da Argentina, economias costumeiramente comparadas à brasileira, perderam valor em 2016. O dólar já avançou 8,11% ante o peso mexicano e subiu 15,83% diante do peso argentino, ainda nas contas da Economatica.  Vale destacar ainda que a forte queda do dólar frente ao real ocorre neste ano, após alta de quase 50% no período anterior. Em 2015, o ambiente doméstico pode ser lembrado pelos sequenciais rebaixamentos por agências de classificação de risco, com perda do grau de investimento, diante da deterioração nas contas públicas e dificuldades para a gestão de Dilma Rousseff emplacar medidas de ajuste.  De acordo com a Economatica, a maior queda da moeda norte-americana aconteceu em 2009, quando registrou queda de 25,49%. Já a maior valorização anual da moeda norte americana aconteceu em 2002 com 52,27%. Todas as valorizações anuais de 1995 até o ano de 2015 são referentes ao ano completo, já em 2016 a valorização é até o dia 21 de outubro. Em paralelo à queda do dólar, o euro também tem recuado em 2016 frente ao real. A moeda europeia registra baixa de 19,18%, que é a terceira maior desvalorização perante o real desde a sua criação no ano de 1999. Já a maior desvalorização aconteceu no ano de 2005, quando a baixa foi de 23,50%. Cabe destacar, por contraste, que a maior valorização do euro foi registrado em 2002, ao subir 79,35% diante do real. Focus. Para o período restante do ano, há visão no mercado de que o dólar pode ganhar terreno frente ao real, embora as estimativas estejam mudando semana a semana. Conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje pela manhã pelo Banco Central, a cotação da moeda estará em R$ 3,20 no encerramento de 2016, abaixo do patamar de R$ 3,25 projetado uma semana antes. Há um mês, estava em R$ 3,29. O câmbio médio de 2016 permaneceu em R$ 3,43, ante R$ 3,45 de um mês antes. De acordo com profissionais de mercado, o movimento esperado - de um certo fortalecimento do dólar - pode ser explicado, em parte, pela política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve já discute uma nova elevação de juros, frente ao intervalo vigente de 0,25% e 0,50%, e grande parte do mercado acredita que o aperto deve vir em dezembro. Além disso, domesticamente, parte da correção frente a variação cambial do ano passado é vista como equalizada, por isso haveria espaço mais limitado para queda do dólar.

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