Dólar vai na contramão do exterior e sobe para a cotação de R$ 3,12


Fatores internos, como a divulgação de dados ruins sobre a economia, determinaram o comportamento da moeda

Por Denise Abarca
 Foto: Andre Lessa/Estadão

Fatores domésticos impuseram alta ao dólar, refletindo a aversão ao risco, após a divulgação de novos dados ruins da economia, da notícia de um pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato e da aprovação, ontem, de uma emenda na Câmara que estende a regra de valorização do salário mínimo para todos os benefícios da Previdência.

Na contramão da tendência de queda externa, o dólar fechou em alta ante o real, cotado no mercado de balcão em R$ 3,1200 (+0,81%). O volume à vista, perto das 16h30, era de US$ 738 milhões. Neste horário, o dólar para julho subia 0,69%, para R$ 3,127.

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A manhã foi de volatilidade no câmbio, e o dólar chegou a operar em queda, a R$ 3,081 (-0,45%), na mínima do balcão. Na máxima, a moeda chegou a R$ 3,132 (+1,20%), perto do meio-dia, na esteira da notícia de que um habeas corpus preventivo a favor de Lula havia sido pedido. 

Ao longo da tarde, contudo, o dólar se afastou das máximas, na medida em que o caso ia sendo esclarecido. O pedido havia sido feito pelo consultor Maurício Ramos Thomas, de Campinas (SP), que argumentava que Lula estaria na iminência de ser preso no âmbito da Lava Jato. O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, negou o habeas corpus, classificando-o como um "aventura jurídica" e dizendo que a medida "expôs" o ex-presidente.

De todo modo, o câmbio continuou pressionado durante a tarde, pois, mesmo diante dos esclarecimentos, o desconforto com a Lava Jato continua. "Traz insegurança adicional para os investidores que olham para o Brasil. O câmbio, por sua vez, é visto como um upside, mas a situação de corrupção, incertezas macroeconômicas e Lava Jato trazem uma interrogação muito forte", afirmou Wilson Rosa, sócio da empresa de private equity Advent International.

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Do lado macroeconômico, pela manhã saíram dados ruins da economia que elevam o temor dos investidores sobre um rebaixamento da nota soberana do Brasil, às vésperas da visita de membros da agência de classificação de risco Moody's ao País. A taxa de desemprego avançou atipicamente em maio, para 6,70%, a maior para o mês desde 2010, quando ficou em 7,5%, e a arrecadação federal somou R$ 91,5 bilhões, a menor para o mês desde 2010.

Além disso, ontem a Câmara aprovou emenda que estende a regra de valorização mínimo para todos os benefícios da Previdência Social. Se aprovada a medida, o impacto neste ano será de R$ 4,6 bilhões. A esperança do Executivo é que a emenda, que pode abalar o ajuste fiscal, seja derrubada quando houver a apreciação pelo Senado.

 Foto: Andre Lessa/Estadão

Fatores domésticos impuseram alta ao dólar, refletindo a aversão ao risco, após a divulgação de novos dados ruins da economia, da notícia de um pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato e da aprovação, ontem, de uma emenda na Câmara que estende a regra de valorização do salário mínimo para todos os benefícios da Previdência.

Na contramão da tendência de queda externa, o dólar fechou em alta ante o real, cotado no mercado de balcão em R$ 3,1200 (+0,81%). O volume à vista, perto das 16h30, era de US$ 738 milhões. Neste horário, o dólar para julho subia 0,69%, para R$ 3,127.

A manhã foi de volatilidade no câmbio, e o dólar chegou a operar em queda, a R$ 3,081 (-0,45%), na mínima do balcão. Na máxima, a moeda chegou a R$ 3,132 (+1,20%), perto do meio-dia, na esteira da notícia de que um habeas corpus preventivo a favor de Lula havia sido pedido. 

Ao longo da tarde, contudo, o dólar se afastou das máximas, na medida em que o caso ia sendo esclarecido. O pedido havia sido feito pelo consultor Maurício Ramos Thomas, de Campinas (SP), que argumentava que Lula estaria na iminência de ser preso no âmbito da Lava Jato. O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, negou o habeas corpus, classificando-o como um "aventura jurídica" e dizendo que a medida "expôs" o ex-presidente.

De todo modo, o câmbio continuou pressionado durante a tarde, pois, mesmo diante dos esclarecimentos, o desconforto com a Lava Jato continua. "Traz insegurança adicional para os investidores que olham para o Brasil. O câmbio, por sua vez, é visto como um upside, mas a situação de corrupção, incertezas macroeconômicas e Lava Jato trazem uma interrogação muito forte", afirmou Wilson Rosa, sócio da empresa de private equity Advent International.

Do lado macroeconômico, pela manhã saíram dados ruins da economia que elevam o temor dos investidores sobre um rebaixamento da nota soberana do Brasil, às vésperas da visita de membros da agência de classificação de risco Moody's ao País. A taxa de desemprego avançou atipicamente em maio, para 6,70%, a maior para o mês desde 2010, quando ficou em 7,5%, e a arrecadação federal somou R$ 91,5 bilhões, a menor para o mês desde 2010.

Além disso, ontem a Câmara aprovou emenda que estende a regra de valorização mínimo para todos os benefícios da Previdência Social. Se aprovada a medida, o impacto neste ano será de R$ 4,6 bilhões. A esperança do Executivo é que a emenda, que pode abalar o ajuste fiscal, seja derrubada quando houver a apreciação pelo Senado.

 Foto: Andre Lessa/Estadão

Fatores domésticos impuseram alta ao dólar, refletindo a aversão ao risco, após a divulgação de novos dados ruins da economia, da notícia de um pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato e da aprovação, ontem, de uma emenda na Câmara que estende a regra de valorização do salário mínimo para todos os benefícios da Previdência.

Na contramão da tendência de queda externa, o dólar fechou em alta ante o real, cotado no mercado de balcão em R$ 3,1200 (+0,81%). O volume à vista, perto das 16h30, era de US$ 738 milhões. Neste horário, o dólar para julho subia 0,69%, para R$ 3,127.

A manhã foi de volatilidade no câmbio, e o dólar chegou a operar em queda, a R$ 3,081 (-0,45%), na mínima do balcão. Na máxima, a moeda chegou a R$ 3,132 (+1,20%), perto do meio-dia, na esteira da notícia de que um habeas corpus preventivo a favor de Lula havia sido pedido. 

Ao longo da tarde, contudo, o dólar se afastou das máximas, na medida em que o caso ia sendo esclarecido. O pedido havia sido feito pelo consultor Maurício Ramos Thomas, de Campinas (SP), que argumentava que Lula estaria na iminência de ser preso no âmbito da Lava Jato. O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, negou o habeas corpus, classificando-o como um "aventura jurídica" e dizendo que a medida "expôs" o ex-presidente.

De todo modo, o câmbio continuou pressionado durante a tarde, pois, mesmo diante dos esclarecimentos, o desconforto com a Lava Jato continua. "Traz insegurança adicional para os investidores que olham para o Brasil. O câmbio, por sua vez, é visto como um upside, mas a situação de corrupção, incertezas macroeconômicas e Lava Jato trazem uma interrogação muito forte", afirmou Wilson Rosa, sócio da empresa de private equity Advent International.

Do lado macroeconômico, pela manhã saíram dados ruins da economia que elevam o temor dos investidores sobre um rebaixamento da nota soberana do Brasil, às vésperas da visita de membros da agência de classificação de risco Moody's ao País. A taxa de desemprego avançou atipicamente em maio, para 6,70%, a maior para o mês desde 2010, quando ficou em 7,5%, e a arrecadação federal somou R$ 91,5 bilhões, a menor para o mês desde 2010.

Além disso, ontem a Câmara aprovou emenda que estende a regra de valorização mínimo para todos os benefícios da Previdência Social. Se aprovada a medida, o impacto neste ano será de R$ 4,6 bilhões. A esperança do Executivo é que a emenda, que pode abalar o ajuste fiscal, seja derrubada quando houver a apreciação pelo Senado.

 Foto: Andre Lessa/Estadão

Fatores domésticos impuseram alta ao dólar, refletindo a aversão ao risco, após a divulgação de novos dados ruins da economia, da notícia de um pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato e da aprovação, ontem, de uma emenda na Câmara que estende a regra de valorização do salário mínimo para todos os benefícios da Previdência.

Na contramão da tendência de queda externa, o dólar fechou em alta ante o real, cotado no mercado de balcão em R$ 3,1200 (+0,81%). O volume à vista, perto das 16h30, era de US$ 738 milhões. Neste horário, o dólar para julho subia 0,69%, para R$ 3,127.

A manhã foi de volatilidade no câmbio, e o dólar chegou a operar em queda, a R$ 3,081 (-0,45%), na mínima do balcão. Na máxima, a moeda chegou a R$ 3,132 (+1,20%), perto do meio-dia, na esteira da notícia de que um habeas corpus preventivo a favor de Lula havia sido pedido. 

Ao longo da tarde, contudo, o dólar se afastou das máximas, na medida em que o caso ia sendo esclarecido. O pedido havia sido feito pelo consultor Maurício Ramos Thomas, de Campinas (SP), que argumentava que Lula estaria na iminência de ser preso no âmbito da Lava Jato. O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, negou o habeas corpus, classificando-o como um "aventura jurídica" e dizendo que a medida "expôs" o ex-presidente.

De todo modo, o câmbio continuou pressionado durante a tarde, pois, mesmo diante dos esclarecimentos, o desconforto com a Lava Jato continua. "Traz insegurança adicional para os investidores que olham para o Brasil. O câmbio, por sua vez, é visto como um upside, mas a situação de corrupção, incertezas macroeconômicas e Lava Jato trazem uma interrogação muito forte", afirmou Wilson Rosa, sócio da empresa de private equity Advent International.

Do lado macroeconômico, pela manhã saíram dados ruins da economia que elevam o temor dos investidores sobre um rebaixamento da nota soberana do Brasil, às vésperas da visita de membros da agência de classificação de risco Moody's ao País. A taxa de desemprego avançou atipicamente em maio, para 6,70%, a maior para o mês desde 2010, quando ficou em 7,5%, e a arrecadação federal somou R$ 91,5 bilhões, a menor para o mês desde 2010.

Além disso, ontem a Câmara aprovou emenda que estende a regra de valorização mínimo para todos os benefícios da Previdência Social. Se aprovada a medida, o impacto neste ano será de R$ 4,6 bilhões. A esperança do Executivo é que a emenda, que pode abalar o ajuste fiscal, seja derrubada quando houver a apreciação pelo Senado.

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