E tudo mudou no Sindicalismo


Três décadas após histórica greve dos metalúrgicos do ABC, chegada ao poder arrefeceu ânimo do movimento sindical

Por Marcelo Rehder

Há 30 anos, estourava no ABC paulista a histórica greve de 41 dias, liderada pelo então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que abriu espaço para a redemocratização do Brasil e mudou os rumos do sindicalismo no País. Três décadas depois, o sindicalismo, os sindicalistas e o próprio Lula são completamente diferentes dos personagens daquele tempoIniciada em 1.º de abril de 1980, a mais importante mobilização de trabalhadores da história do País começou a ser planejada com oito meses de antecedência, em agosto de 1979. Duas grandes greves, em 1978 e 1979, haviam preparado o terreno para o movimento. Eram tempos difíceis, em que o Brasil ainda vivia sob o regime da ditadura militar. As greves eram reprimidas com truculência pelo Exército. Mesmo assim, quase 80% dos cerca de 200 mil metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema cruzaram os braços sob o comando de Lula.Eles reivindicavam reajuste dos salários, achatados por índices de inflação que chegavam a ser manipulados pelo governo, e melhores condições de trabalho. A greve recebeu apoio de boa parte da população, o que levou os militares a reagirem com firmeza. O sindicato sofreu intervenção do governo, que mandou o Dops (Departamento de Ordem Pública e Social), órgão encarregado de investigar crimes políticos, prender Lula e outros 14 dirigentes da da entidade. Eles ficaram presos 21 dias, até o fim da greve, em 11 de maio. Depois de 41 dias sem nenhuma negociação com os empresários, os trabalhadores se decidiram pelo fim da greve. O movimento, no entanto, representou uma vitória na luta contra da ditadura. Além de abrir espaço para a consolidação do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), contribuiu para a realização do movimento das Diretas Já. Ímpeto menor. Três décadas depois, o líder da histórica greve ocupa o posto de presidente da República e o ímpeto do sindicalismo parece ter perdido a força. Antigos companheiros de Lula das lutas sindicais foram alçados ao poder e hoje também fazem parte do governo."O sindicalismo foi trazido para dentro do governo e acabou cooptado e domesticado", diz o cientista político Carlos Melo, do Insper. "O enfraquecimento do sindicalismo também se deve, em parte, às grandes modificações ocorridas no campo de trabalho e econômico."São muitos os sindicalistas que chegaram ao poder. Até se eleger prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho saiu da presidência da CUT para ser ministro do Trabalho. A Força Sindical, que tem forte ligação com o Partido Democrático Trabalhista (PDT), pelas mãos de seu presidente, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, conseguiu fazer o atual ministro do Trabalho, Carlos Luppi. Algumas dessas decisões chegaram a surpreender sindicalistas mais tradicionais. Em 2003, o ex-presidente da CUT Jair Meneguelli decidiu abrir mão da sua vaga de suplente de deputado federal para aceitar o cargo de presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), oferecido por Lula. O cargo era tradicionalmente ocupado por representantes do empresariado.O deputado Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho,também ex-presidente da CUT, saiu em defesa do governo. Segundo ele, pelo fato de o presidente Lula também ser sindicalista, é natural que ele vá buscar no movimento sindical pessoas experientes para assessorar o governo. "Tem muita gente boa e capaz no movimento sindical. O importante é que cada um, onde quer que esteja, no executivo ou legislativo, assuma a sua missão."O ex-sindicalista Nelson Campanholo, companheiro de Lula nas greves de 1978, 1979 e 1980, concorda com Vicentinho. "Todo mundo tem o direito e o dever de participar, mas boca livre é o que não falta em todo lugar", ressalva Campanholo, sem entrar em detalhes. "A própria categoria é que tem de saber."

Há 30 anos, estourava no ABC paulista a histórica greve de 41 dias, liderada pelo então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que abriu espaço para a redemocratização do Brasil e mudou os rumos do sindicalismo no País. Três décadas depois, o sindicalismo, os sindicalistas e o próprio Lula são completamente diferentes dos personagens daquele tempoIniciada em 1.º de abril de 1980, a mais importante mobilização de trabalhadores da história do País começou a ser planejada com oito meses de antecedência, em agosto de 1979. Duas grandes greves, em 1978 e 1979, haviam preparado o terreno para o movimento. Eram tempos difíceis, em que o Brasil ainda vivia sob o regime da ditadura militar. As greves eram reprimidas com truculência pelo Exército. Mesmo assim, quase 80% dos cerca de 200 mil metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema cruzaram os braços sob o comando de Lula.Eles reivindicavam reajuste dos salários, achatados por índices de inflação que chegavam a ser manipulados pelo governo, e melhores condições de trabalho. A greve recebeu apoio de boa parte da população, o que levou os militares a reagirem com firmeza. O sindicato sofreu intervenção do governo, que mandou o Dops (Departamento de Ordem Pública e Social), órgão encarregado de investigar crimes políticos, prender Lula e outros 14 dirigentes da da entidade. Eles ficaram presos 21 dias, até o fim da greve, em 11 de maio. Depois de 41 dias sem nenhuma negociação com os empresários, os trabalhadores se decidiram pelo fim da greve. O movimento, no entanto, representou uma vitória na luta contra da ditadura. Além de abrir espaço para a consolidação do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), contribuiu para a realização do movimento das Diretas Já. Ímpeto menor. Três décadas depois, o líder da histórica greve ocupa o posto de presidente da República e o ímpeto do sindicalismo parece ter perdido a força. Antigos companheiros de Lula das lutas sindicais foram alçados ao poder e hoje também fazem parte do governo."O sindicalismo foi trazido para dentro do governo e acabou cooptado e domesticado", diz o cientista político Carlos Melo, do Insper. "O enfraquecimento do sindicalismo também se deve, em parte, às grandes modificações ocorridas no campo de trabalho e econômico."São muitos os sindicalistas que chegaram ao poder. Até se eleger prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho saiu da presidência da CUT para ser ministro do Trabalho. A Força Sindical, que tem forte ligação com o Partido Democrático Trabalhista (PDT), pelas mãos de seu presidente, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, conseguiu fazer o atual ministro do Trabalho, Carlos Luppi. Algumas dessas decisões chegaram a surpreender sindicalistas mais tradicionais. Em 2003, o ex-presidente da CUT Jair Meneguelli decidiu abrir mão da sua vaga de suplente de deputado federal para aceitar o cargo de presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), oferecido por Lula. O cargo era tradicionalmente ocupado por representantes do empresariado.O deputado Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho,também ex-presidente da CUT, saiu em defesa do governo. Segundo ele, pelo fato de o presidente Lula também ser sindicalista, é natural que ele vá buscar no movimento sindical pessoas experientes para assessorar o governo. "Tem muita gente boa e capaz no movimento sindical. O importante é que cada um, onde quer que esteja, no executivo ou legislativo, assuma a sua missão."O ex-sindicalista Nelson Campanholo, companheiro de Lula nas greves de 1978, 1979 e 1980, concorda com Vicentinho. "Todo mundo tem o direito e o dever de participar, mas boca livre é o que não falta em todo lugar", ressalva Campanholo, sem entrar em detalhes. "A própria categoria é que tem de saber."

Há 30 anos, estourava no ABC paulista a histórica greve de 41 dias, liderada pelo então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que abriu espaço para a redemocratização do Brasil e mudou os rumos do sindicalismo no País. Três décadas depois, o sindicalismo, os sindicalistas e o próprio Lula são completamente diferentes dos personagens daquele tempoIniciada em 1.º de abril de 1980, a mais importante mobilização de trabalhadores da história do País começou a ser planejada com oito meses de antecedência, em agosto de 1979. Duas grandes greves, em 1978 e 1979, haviam preparado o terreno para o movimento. Eram tempos difíceis, em que o Brasil ainda vivia sob o regime da ditadura militar. As greves eram reprimidas com truculência pelo Exército. Mesmo assim, quase 80% dos cerca de 200 mil metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema cruzaram os braços sob o comando de Lula.Eles reivindicavam reajuste dos salários, achatados por índices de inflação que chegavam a ser manipulados pelo governo, e melhores condições de trabalho. A greve recebeu apoio de boa parte da população, o que levou os militares a reagirem com firmeza. O sindicato sofreu intervenção do governo, que mandou o Dops (Departamento de Ordem Pública e Social), órgão encarregado de investigar crimes políticos, prender Lula e outros 14 dirigentes da da entidade. Eles ficaram presos 21 dias, até o fim da greve, em 11 de maio. Depois de 41 dias sem nenhuma negociação com os empresários, os trabalhadores se decidiram pelo fim da greve. O movimento, no entanto, representou uma vitória na luta contra da ditadura. Além de abrir espaço para a consolidação do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), contribuiu para a realização do movimento das Diretas Já. Ímpeto menor. Três décadas depois, o líder da histórica greve ocupa o posto de presidente da República e o ímpeto do sindicalismo parece ter perdido a força. Antigos companheiros de Lula das lutas sindicais foram alçados ao poder e hoje também fazem parte do governo."O sindicalismo foi trazido para dentro do governo e acabou cooptado e domesticado", diz o cientista político Carlos Melo, do Insper. "O enfraquecimento do sindicalismo também se deve, em parte, às grandes modificações ocorridas no campo de trabalho e econômico."São muitos os sindicalistas que chegaram ao poder. Até se eleger prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho saiu da presidência da CUT para ser ministro do Trabalho. A Força Sindical, que tem forte ligação com o Partido Democrático Trabalhista (PDT), pelas mãos de seu presidente, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, conseguiu fazer o atual ministro do Trabalho, Carlos Luppi. Algumas dessas decisões chegaram a surpreender sindicalistas mais tradicionais. Em 2003, o ex-presidente da CUT Jair Meneguelli decidiu abrir mão da sua vaga de suplente de deputado federal para aceitar o cargo de presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), oferecido por Lula. O cargo era tradicionalmente ocupado por representantes do empresariado.O deputado Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho,também ex-presidente da CUT, saiu em defesa do governo. Segundo ele, pelo fato de o presidente Lula também ser sindicalista, é natural que ele vá buscar no movimento sindical pessoas experientes para assessorar o governo. "Tem muita gente boa e capaz no movimento sindical. O importante é que cada um, onde quer que esteja, no executivo ou legislativo, assuma a sua missão."O ex-sindicalista Nelson Campanholo, companheiro de Lula nas greves de 1978, 1979 e 1980, concorda com Vicentinho. "Todo mundo tem o direito e o dever de participar, mas boca livre é o que não falta em todo lugar", ressalva Campanholo, sem entrar em detalhes. "A própria categoria é que tem de saber."

Há 30 anos, estourava no ABC paulista a histórica greve de 41 dias, liderada pelo então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que abriu espaço para a redemocratização do Brasil e mudou os rumos do sindicalismo no País. Três décadas depois, o sindicalismo, os sindicalistas e o próprio Lula são completamente diferentes dos personagens daquele tempoIniciada em 1.º de abril de 1980, a mais importante mobilização de trabalhadores da história do País começou a ser planejada com oito meses de antecedência, em agosto de 1979. Duas grandes greves, em 1978 e 1979, haviam preparado o terreno para o movimento. Eram tempos difíceis, em que o Brasil ainda vivia sob o regime da ditadura militar. As greves eram reprimidas com truculência pelo Exército. Mesmo assim, quase 80% dos cerca de 200 mil metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema cruzaram os braços sob o comando de Lula.Eles reivindicavam reajuste dos salários, achatados por índices de inflação que chegavam a ser manipulados pelo governo, e melhores condições de trabalho. A greve recebeu apoio de boa parte da população, o que levou os militares a reagirem com firmeza. O sindicato sofreu intervenção do governo, que mandou o Dops (Departamento de Ordem Pública e Social), órgão encarregado de investigar crimes políticos, prender Lula e outros 14 dirigentes da da entidade. Eles ficaram presos 21 dias, até o fim da greve, em 11 de maio. Depois de 41 dias sem nenhuma negociação com os empresários, os trabalhadores se decidiram pelo fim da greve. O movimento, no entanto, representou uma vitória na luta contra da ditadura. Além de abrir espaço para a consolidação do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), contribuiu para a realização do movimento das Diretas Já. Ímpeto menor. Três décadas depois, o líder da histórica greve ocupa o posto de presidente da República e o ímpeto do sindicalismo parece ter perdido a força. Antigos companheiros de Lula das lutas sindicais foram alçados ao poder e hoje também fazem parte do governo."O sindicalismo foi trazido para dentro do governo e acabou cooptado e domesticado", diz o cientista político Carlos Melo, do Insper. "O enfraquecimento do sindicalismo também se deve, em parte, às grandes modificações ocorridas no campo de trabalho e econômico."São muitos os sindicalistas que chegaram ao poder. Até se eleger prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho saiu da presidência da CUT para ser ministro do Trabalho. A Força Sindical, que tem forte ligação com o Partido Democrático Trabalhista (PDT), pelas mãos de seu presidente, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, conseguiu fazer o atual ministro do Trabalho, Carlos Luppi. Algumas dessas decisões chegaram a surpreender sindicalistas mais tradicionais. Em 2003, o ex-presidente da CUT Jair Meneguelli decidiu abrir mão da sua vaga de suplente de deputado federal para aceitar o cargo de presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), oferecido por Lula. O cargo era tradicionalmente ocupado por representantes do empresariado.O deputado Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho,também ex-presidente da CUT, saiu em defesa do governo. Segundo ele, pelo fato de o presidente Lula também ser sindicalista, é natural que ele vá buscar no movimento sindical pessoas experientes para assessorar o governo. "Tem muita gente boa e capaz no movimento sindical. O importante é que cada um, onde quer que esteja, no executivo ou legislativo, assuma a sua missão."O ex-sindicalista Nelson Campanholo, companheiro de Lula nas greves de 1978, 1979 e 1980, concorda com Vicentinho. "Todo mundo tem o direito e o dever de participar, mas boca livre é o que não falta em todo lugar", ressalva Campanholo, sem entrar em detalhes. "A própria categoria é que tem de saber."

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