Economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES, morre de covid-19 aos 83 anos no Rio


Lessa foi professor do Instituto de Economia da UFRJ e presidente do BNDES de 2003 a 2004

Por Vinicius Neder

RIO -  O economista Carlos Lessa, professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de 2003 a 2004, morreu, aos 83 anos, na manhã desta sexta-feira, 5, no Rio. Lessa estava internado no hospital Copa Star, e foi diagnosticado com covid-19, conforme nota do Instituto Brasilidade, fundado por Lessa. O hospital não confirmou a causa da morte. Lessa vinha enfrentando problemas respiratórios desde que teve um pneumonia ano passado, disse uma pessoa próxima.

O economista Carlos Lessa foi presidente do BNDES entre 2003 e 2004. Foto: Aliás/JT

Nascido no Rio em 1936, Lessa era um dos expoentes, no meio acadêmico, da linha teórica “desenvolvimentista” nos estudos sobre economia. Formado economista em 1959 pela então Universidade do Brasil – que daria origem à UFRJ –, no início dos anos 1960, foi professor de cursos intensivos sobre desenvolvimento econômico da Comissão de Estudos Econômicos para a América Latina (Cepal), das Nações Unidas, conforme a biografia publicada no site do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (Cpdoc) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

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Lessa fez o doutorado no Instituto de Economia da Unicamp, defendido no fim da década de 1970. Na mesma época, começou a carreira como professor titular da UFRJ.

Paralelamente à carreira acadêmica, Lessa trabalhou em diferentes governos. Filiado histórico do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que daria origem ao PMDB e assumiria o poder federal na redemocratização dos anos 1980, o economista foi diretor do Fundo de Investimento Social (Finsocial) do BNDES entre 1985 e 1988, no governo José Sarney (1985-1990). Nesse período, foi também conselheiro do Conselho Superior de Previdência Social, de 1986 a 1989.

Após a experiência no governo Sarney, Lessa voltou à carreira acadêmica no fim dos anos 1980, com uma passagem pela Unicamp. De volta ao Rio, nos anos 1990 voltou à UFRJ e colaborou com o governo de César Maia em seu primeiro mandato como prefeito do Rio. No início de 2002, Lessa foi eleito reitor da UFRJ, cargo que ocupou até aceitar a presidência do BNDES, já no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Primeiro presidente do BNDES nos governos do PT, Lessa ficou no cargo até o fim de 2004, tendo colecionado polêmicas e embates com a parte da equipe econômica tida como “liberal”, como o Banco Central (BC).

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“Lessa dedicou seis décadas à apresentação de propostas para o desenvolvimento do Brasil, que nos ofereceriam as garantias soberanas para um caminhar independente. Muitas dessas propostas foram materializadas nas muitas funções que Lessa exerceu em âmbito federal, notadamente durante o período em que presidiu o BNDES entre 2003 e 2004”, diz a nota do Instituto Brasilidade, hoje comandado por Darc Costa, que foi vice-presidente de Lessa no BNDES.

No Rio, o economista também era conhecido por sua admiração pela cultura e pela história da cidade. Lessa era dono de alguns imóveis históricos da capital fluminense, os quais se preocupava em revitalizar.

“A tristeza é enorme. Seu último ano de vida foi de muito sofrimento e provação. O legado que ele deixou não foi pequeno. Foi um exemplo de amor incondicional pelo Brasil, coerência e honestidade intelectual, espirito público, um professor como poucos e uma alma generosa que sempre ajudou a todos que podia quando estava a seu alcance, um grande amigo. Que descanse em paz. Aos que tem afeição por ele comunicaremos uma cerimonia virtual em função da pandemia”, escreveu um de seus filhos, o músico Rodrigo Ribeiro Lessa, integrante do grupo de choro Nó em Pingo d’Água, em postagem numa rede social.

RIO -  O economista Carlos Lessa, professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de 2003 a 2004, morreu, aos 83 anos, na manhã desta sexta-feira, 5, no Rio. Lessa estava internado no hospital Copa Star, e foi diagnosticado com covid-19, conforme nota do Instituto Brasilidade, fundado por Lessa. O hospital não confirmou a causa da morte. Lessa vinha enfrentando problemas respiratórios desde que teve um pneumonia ano passado, disse uma pessoa próxima.

O economista Carlos Lessa foi presidente do BNDES entre 2003 e 2004. Foto: Aliás/JT

Nascido no Rio em 1936, Lessa era um dos expoentes, no meio acadêmico, da linha teórica “desenvolvimentista” nos estudos sobre economia. Formado economista em 1959 pela então Universidade do Brasil – que daria origem à UFRJ –, no início dos anos 1960, foi professor de cursos intensivos sobre desenvolvimento econômico da Comissão de Estudos Econômicos para a América Latina (Cepal), das Nações Unidas, conforme a biografia publicada no site do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (Cpdoc) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Lessa fez o doutorado no Instituto de Economia da Unicamp, defendido no fim da década de 1970. Na mesma época, começou a carreira como professor titular da UFRJ.

Paralelamente à carreira acadêmica, Lessa trabalhou em diferentes governos. Filiado histórico do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que daria origem ao PMDB e assumiria o poder federal na redemocratização dos anos 1980, o economista foi diretor do Fundo de Investimento Social (Finsocial) do BNDES entre 1985 e 1988, no governo José Sarney (1985-1990). Nesse período, foi também conselheiro do Conselho Superior de Previdência Social, de 1986 a 1989.

Após a experiência no governo Sarney, Lessa voltou à carreira acadêmica no fim dos anos 1980, com uma passagem pela Unicamp. De volta ao Rio, nos anos 1990 voltou à UFRJ e colaborou com o governo de César Maia em seu primeiro mandato como prefeito do Rio. No início de 2002, Lessa foi eleito reitor da UFRJ, cargo que ocupou até aceitar a presidência do BNDES, já no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Primeiro presidente do BNDES nos governos do PT, Lessa ficou no cargo até o fim de 2004, tendo colecionado polêmicas e embates com a parte da equipe econômica tida como “liberal”, como o Banco Central (BC).

“Lessa dedicou seis décadas à apresentação de propostas para o desenvolvimento do Brasil, que nos ofereceriam as garantias soberanas para um caminhar independente. Muitas dessas propostas foram materializadas nas muitas funções que Lessa exerceu em âmbito federal, notadamente durante o período em que presidiu o BNDES entre 2003 e 2004”, diz a nota do Instituto Brasilidade, hoje comandado por Darc Costa, que foi vice-presidente de Lessa no BNDES.

No Rio, o economista também era conhecido por sua admiração pela cultura e pela história da cidade. Lessa era dono de alguns imóveis históricos da capital fluminense, os quais se preocupava em revitalizar.

“A tristeza é enorme. Seu último ano de vida foi de muito sofrimento e provação. O legado que ele deixou não foi pequeno. Foi um exemplo de amor incondicional pelo Brasil, coerência e honestidade intelectual, espirito público, um professor como poucos e uma alma generosa que sempre ajudou a todos que podia quando estava a seu alcance, um grande amigo. Que descanse em paz. Aos que tem afeição por ele comunicaremos uma cerimonia virtual em função da pandemia”, escreveu um de seus filhos, o músico Rodrigo Ribeiro Lessa, integrante do grupo de choro Nó em Pingo d’Água, em postagem numa rede social.

RIO -  O economista Carlos Lessa, professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de 2003 a 2004, morreu, aos 83 anos, na manhã desta sexta-feira, 5, no Rio. Lessa estava internado no hospital Copa Star, e foi diagnosticado com covid-19, conforme nota do Instituto Brasilidade, fundado por Lessa. O hospital não confirmou a causa da morte. Lessa vinha enfrentando problemas respiratórios desde que teve um pneumonia ano passado, disse uma pessoa próxima.

O economista Carlos Lessa foi presidente do BNDES entre 2003 e 2004. Foto: Aliás/JT

Nascido no Rio em 1936, Lessa era um dos expoentes, no meio acadêmico, da linha teórica “desenvolvimentista” nos estudos sobre economia. Formado economista em 1959 pela então Universidade do Brasil – que daria origem à UFRJ –, no início dos anos 1960, foi professor de cursos intensivos sobre desenvolvimento econômico da Comissão de Estudos Econômicos para a América Latina (Cepal), das Nações Unidas, conforme a biografia publicada no site do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (Cpdoc) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Lessa fez o doutorado no Instituto de Economia da Unicamp, defendido no fim da década de 1970. Na mesma época, começou a carreira como professor titular da UFRJ.

Paralelamente à carreira acadêmica, Lessa trabalhou em diferentes governos. Filiado histórico do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que daria origem ao PMDB e assumiria o poder federal na redemocratização dos anos 1980, o economista foi diretor do Fundo de Investimento Social (Finsocial) do BNDES entre 1985 e 1988, no governo José Sarney (1985-1990). Nesse período, foi também conselheiro do Conselho Superior de Previdência Social, de 1986 a 1989.

Após a experiência no governo Sarney, Lessa voltou à carreira acadêmica no fim dos anos 1980, com uma passagem pela Unicamp. De volta ao Rio, nos anos 1990 voltou à UFRJ e colaborou com o governo de César Maia em seu primeiro mandato como prefeito do Rio. No início de 2002, Lessa foi eleito reitor da UFRJ, cargo que ocupou até aceitar a presidência do BNDES, já no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Primeiro presidente do BNDES nos governos do PT, Lessa ficou no cargo até o fim de 2004, tendo colecionado polêmicas e embates com a parte da equipe econômica tida como “liberal”, como o Banco Central (BC).

“Lessa dedicou seis décadas à apresentação de propostas para o desenvolvimento do Brasil, que nos ofereceriam as garantias soberanas para um caminhar independente. Muitas dessas propostas foram materializadas nas muitas funções que Lessa exerceu em âmbito federal, notadamente durante o período em que presidiu o BNDES entre 2003 e 2004”, diz a nota do Instituto Brasilidade, hoje comandado por Darc Costa, que foi vice-presidente de Lessa no BNDES.

No Rio, o economista também era conhecido por sua admiração pela cultura e pela história da cidade. Lessa era dono de alguns imóveis históricos da capital fluminense, os quais se preocupava em revitalizar.

“A tristeza é enorme. Seu último ano de vida foi de muito sofrimento e provação. O legado que ele deixou não foi pequeno. Foi um exemplo de amor incondicional pelo Brasil, coerência e honestidade intelectual, espirito público, um professor como poucos e uma alma generosa que sempre ajudou a todos que podia quando estava a seu alcance, um grande amigo. Que descanse em paz. Aos que tem afeição por ele comunicaremos uma cerimonia virtual em função da pandemia”, escreveu um de seus filhos, o músico Rodrigo Ribeiro Lessa, integrante do grupo de choro Nó em Pingo d’Água, em postagem numa rede social.

RIO -  O economista Carlos Lessa, professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de 2003 a 2004, morreu, aos 83 anos, na manhã desta sexta-feira, 5, no Rio. Lessa estava internado no hospital Copa Star, e foi diagnosticado com covid-19, conforme nota do Instituto Brasilidade, fundado por Lessa. O hospital não confirmou a causa da morte. Lessa vinha enfrentando problemas respiratórios desde que teve um pneumonia ano passado, disse uma pessoa próxima.

O economista Carlos Lessa foi presidente do BNDES entre 2003 e 2004. Foto: Aliás/JT

Nascido no Rio em 1936, Lessa era um dos expoentes, no meio acadêmico, da linha teórica “desenvolvimentista” nos estudos sobre economia. Formado economista em 1959 pela então Universidade do Brasil – que daria origem à UFRJ –, no início dos anos 1960, foi professor de cursos intensivos sobre desenvolvimento econômico da Comissão de Estudos Econômicos para a América Latina (Cepal), das Nações Unidas, conforme a biografia publicada no site do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (Cpdoc) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Lessa fez o doutorado no Instituto de Economia da Unicamp, defendido no fim da década de 1970. Na mesma época, começou a carreira como professor titular da UFRJ.

Paralelamente à carreira acadêmica, Lessa trabalhou em diferentes governos. Filiado histórico do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que daria origem ao PMDB e assumiria o poder federal na redemocratização dos anos 1980, o economista foi diretor do Fundo de Investimento Social (Finsocial) do BNDES entre 1985 e 1988, no governo José Sarney (1985-1990). Nesse período, foi também conselheiro do Conselho Superior de Previdência Social, de 1986 a 1989.

Após a experiência no governo Sarney, Lessa voltou à carreira acadêmica no fim dos anos 1980, com uma passagem pela Unicamp. De volta ao Rio, nos anos 1990 voltou à UFRJ e colaborou com o governo de César Maia em seu primeiro mandato como prefeito do Rio. No início de 2002, Lessa foi eleito reitor da UFRJ, cargo que ocupou até aceitar a presidência do BNDES, já no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Primeiro presidente do BNDES nos governos do PT, Lessa ficou no cargo até o fim de 2004, tendo colecionado polêmicas e embates com a parte da equipe econômica tida como “liberal”, como o Banco Central (BC).

“Lessa dedicou seis décadas à apresentação de propostas para o desenvolvimento do Brasil, que nos ofereceriam as garantias soberanas para um caminhar independente. Muitas dessas propostas foram materializadas nas muitas funções que Lessa exerceu em âmbito federal, notadamente durante o período em que presidiu o BNDES entre 2003 e 2004”, diz a nota do Instituto Brasilidade, hoje comandado por Darc Costa, que foi vice-presidente de Lessa no BNDES.

No Rio, o economista também era conhecido por sua admiração pela cultura e pela história da cidade. Lessa era dono de alguns imóveis históricos da capital fluminense, os quais se preocupava em revitalizar.

“A tristeza é enorme. Seu último ano de vida foi de muito sofrimento e provação. O legado que ele deixou não foi pequeno. Foi um exemplo de amor incondicional pelo Brasil, coerência e honestidade intelectual, espirito público, um professor como poucos e uma alma generosa que sempre ajudou a todos que podia quando estava a seu alcance, um grande amigo. Que descanse em paz. Aos que tem afeição por ele comunicaremos uma cerimonia virtual em função da pandemia”, escreveu um de seus filhos, o músico Rodrigo Ribeiro Lessa, integrante do grupo de choro Nó em Pingo d’Água, em postagem numa rede social.

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