A Embraer anunciou que pedirá às autoridades brasileiras que verifiquem a veracidade de informações sobre a concessão de US$ 345 milhões em garantias de empréstimos à indústria aeronáutica Fairchild-Dornier, sediada na Alemanha, dada pelos governos alemão e do Estado da Bavária. Segundo a Embraer, a publicação especializada "Aviation Daily" informou que a Alemanha e a Bavária concederão as garantias de empréstimo para acelerar o desenvolvimento dos jatos regionais 728 e 928, da Fairchild-Dornier. Tais aviões são concorrentes das séries de jatos EMBRAER 170, EMBRAER 175, EMBRAER 190 e EMBRAER 195. "Esse tipo de assistência governamental é fundamentalmente desleal", afirmou em comunicado Henrique Rzezinski, vice-presidente de Relações Externas da Embraer. "Isso traz à tona questões sérias referentes ao Acordo de Subsídios da Organização Mundial do Comércio, e estamos solicitando ao nosso governo que discuta a questão nos fóruns mundiais apropriados." Segundo o executivo, essa não é a primeira vez que jatos regionais dessa capacidade são subvencionados. Ele lembrou que, há três anos, a Organização Mundial do Comércio concluiu que o Canadá havia concedido US$ 250 milhões em subsídios ilegais à sua indústria, para dar apoio à produção do jato regional de 70 assentos da Bombardier. Rzezinski acrescentou que, na mesma ocasião, o Reino Unido também concedeu US$ 20 milhões à Short Brothers, subsidiária da Bombardier na Irlanda do Norte, para o desenvolvimento de componentes do avião de 70 lugares da Bombardier. Na opinião do vice-presidente, não há igualdade de condições na aviação mundial, como se prega. "Os governos dos países desenvolvidos favorecem as suas indústrias. Isso tem de mudar."
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