ESPECIAL-Boom dos grãos atrai investidores para terras russas


Por ROBIN PAXTON

Quando Murat Shamshinurov brindou à colheita deste ano com um copo de vodca, o fez com um sentimento de otimismo. Uma nova frota de colheitadeiras holandesas, sementes melhores e um inverno ameno prometem uma safra recorde nas fazendas da fértil região russa da Terra Negra que ele administra. Essa prosperidade resulta de um investimento de 175 milhões de dólares feito pela Nastyusha, a empresa negociadora de grãos que comprou aquelas terras em 2006. A situação de Shamshinurov não é excepcional: os investidores despejam dinheiro nos campos russos para ressuscitar um setor agrícola há muito tempo negligenciado e para atender a uma demanda mundial cada vez maior por alimentos. A safra de trigo da Rússia em 2008 promete ser a melhor dos últimos 30 anos. "As oportunidades no setor agrícola da Rússia são notáveis. Ele tem o potencial de tornar-se um dos setores-chave da economia", disse Sid Bardwell, diretor-geral no território russo para a Deere & Co, uma fornecedora norte-americana de equipamentos agrícolas. A agricultura russa, prejudicada pelo legado da coletivização promovida pelo líder soviético Josef Stalin, é um dos quatro setores que receberam status prioritário do governo em meio a esforços para reverter um processo de declínio de mais de uma década, iniciado depois do colapso da União Soviética. A Rússia, quinto maior produtor e exportador de cereais do mundo (excluindo-se oleaginosas como a soja), espera colher um total de ao menos 85 milhões de toneladas neste ano, ou 4 por cento a mais do que em 2007. Mas o país ainda não superou os níveis de produção soviéticos no longo prazo. Somente 13 por cento das terras russas são usadas para a agricultura, uma cifra baixa quando comparada com a média mundial de 38 por cento. Além disso, o hectare produz na Rússia cerca de 1,9 tonelada de trigo -- ficando muito abaixo da média, por exemplo, de 2,8 toneladas dos EUA ou de 5,5 toneladas da União Européia (UE). Eis aí o potencial daquelas terras. "A agricultura, mesmo diante do atualmente baixo nível de eficiência, é ainda rentável devido ao apoio do governo", afirmou Natalya Zagvozdina, analista da Renaissance Capital. "Imagine o que ocorreria se a eficiência aumentasse." DE OLHO NAS TERRAS Os preços do trigo, do arroz e do milho atingiram patamares recordes neste ano devido a secas ocorridas em países produtores de grãos, fenômeno que provocou uma retração da oferta em um momento de demanda global em ascensão. Isso torna o setor agrícola da Rússia ainda mais atraente já que os custos de produção encontram-se em patamares relativamente baixos. O trigo respondeu por 60 por cento do total de grãos colhidos pelo país no ano passado, ou 49,4 milhões de toneladas. Segundo a empresa de análise de mercado SovEcon, com sede em Moscou, a produção de 2008 pode chegar a 54,2 milhões de toneladas, o que seria o maior volume de trigo colhido no país desde 1978. A Rússia produz também grandes quantidades de cevada, trigo, centeio e trigo-sarraceno. "O retorno dos investimentos mostram-se muito maiores do que costumava ser", disse Kingsmill Bond, estrategista-chefe do banco de investimentos Troika Dialog. O apetite dos que investem no setor e uma demanda por dinheiro para aumentar a produtividade das terras devem acrescentar 420 milhões de dólares em capital novo ao montante levantado pelas empresas do agronegócio russo desde novembro. Segundo Zagvozdina, as empresas agrícolas da Rússia devem arrecadar outros 500 milhões a 1,5 bilhão de dólares até o final do ano, seja por meio de ofertas iniciais de ações ou por meio de investimentos privados. Os investidores, desde fundos de países ocidentais até agricultores ingleses, desejam preferencialmente comprar terras na Rússia. "Cem anos atrás, a Rússia era a maior produtora de cereais da Europa. A qualidade da terra é excepcional, mas, durante o período comunista, houve muita negligência com o setor", afirmou Sergei Glaser, diretor da Vostok Nafta Investment Ltd.

Quando Murat Shamshinurov brindou à colheita deste ano com um copo de vodca, o fez com um sentimento de otimismo. Uma nova frota de colheitadeiras holandesas, sementes melhores e um inverno ameno prometem uma safra recorde nas fazendas da fértil região russa da Terra Negra que ele administra. Essa prosperidade resulta de um investimento de 175 milhões de dólares feito pela Nastyusha, a empresa negociadora de grãos que comprou aquelas terras em 2006. A situação de Shamshinurov não é excepcional: os investidores despejam dinheiro nos campos russos para ressuscitar um setor agrícola há muito tempo negligenciado e para atender a uma demanda mundial cada vez maior por alimentos. A safra de trigo da Rússia em 2008 promete ser a melhor dos últimos 30 anos. "As oportunidades no setor agrícola da Rússia são notáveis. Ele tem o potencial de tornar-se um dos setores-chave da economia", disse Sid Bardwell, diretor-geral no território russo para a Deere & Co, uma fornecedora norte-americana de equipamentos agrícolas. A agricultura russa, prejudicada pelo legado da coletivização promovida pelo líder soviético Josef Stalin, é um dos quatro setores que receberam status prioritário do governo em meio a esforços para reverter um processo de declínio de mais de uma década, iniciado depois do colapso da União Soviética. A Rússia, quinto maior produtor e exportador de cereais do mundo (excluindo-se oleaginosas como a soja), espera colher um total de ao menos 85 milhões de toneladas neste ano, ou 4 por cento a mais do que em 2007. Mas o país ainda não superou os níveis de produção soviéticos no longo prazo. Somente 13 por cento das terras russas são usadas para a agricultura, uma cifra baixa quando comparada com a média mundial de 38 por cento. Além disso, o hectare produz na Rússia cerca de 1,9 tonelada de trigo -- ficando muito abaixo da média, por exemplo, de 2,8 toneladas dos EUA ou de 5,5 toneladas da União Européia (UE). Eis aí o potencial daquelas terras. "A agricultura, mesmo diante do atualmente baixo nível de eficiência, é ainda rentável devido ao apoio do governo", afirmou Natalya Zagvozdina, analista da Renaissance Capital. "Imagine o que ocorreria se a eficiência aumentasse." DE OLHO NAS TERRAS Os preços do trigo, do arroz e do milho atingiram patamares recordes neste ano devido a secas ocorridas em países produtores de grãos, fenômeno que provocou uma retração da oferta em um momento de demanda global em ascensão. Isso torna o setor agrícola da Rússia ainda mais atraente já que os custos de produção encontram-se em patamares relativamente baixos. O trigo respondeu por 60 por cento do total de grãos colhidos pelo país no ano passado, ou 49,4 milhões de toneladas. Segundo a empresa de análise de mercado SovEcon, com sede em Moscou, a produção de 2008 pode chegar a 54,2 milhões de toneladas, o que seria o maior volume de trigo colhido no país desde 1978. A Rússia produz também grandes quantidades de cevada, trigo, centeio e trigo-sarraceno. "O retorno dos investimentos mostram-se muito maiores do que costumava ser", disse Kingsmill Bond, estrategista-chefe do banco de investimentos Troika Dialog. O apetite dos que investem no setor e uma demanda por dinheiro para aumentar a produtividade das terras devem acrescentar 420 milhões de dólares em capital novo ao montante levantado pelas empresas do agronegócio russo desde novembro. Segundo Zagvozdina, as empresas agrícolas da Rússia devem arrecadar outros 500 milhões a 1,5 bilhão de dólares até o final do ano, seja por meio de ofertas iniciais de ações ou por meio de investimentos privados. Os investidores, desde fundos de países ocidentais até agricultores ingleses, desejam preferencialmente comprar terras na Rússia. "Cem anos atrás, a Rússia era a maior produtora de cereais da Europa. A qualidade da terra é excepcional, mas, durante o período comunista, houve muita negligência com o setor", afirmou Sergei Glaser, diretor da Vostok Nafta Investment Ltd.

Quando Murat Shamshinurov brindou à colheita deste ano com um copo de vodca, o fez com um sentimento de otimismo. Uma nova frota de colheitadeiras holandesas, sementes melhores e um inverno ameno prometem uma safra recorde nas fazendas da fértil região russa da Terra Negra que ele administra. Essa prosperidade resulta de um investimento de 175 milhões de dólares feito pela Nastyusha, a empresa negociadora de grãos que comprou aquelas terras em 2006. A situação de Shamshinurov não é excepcional: os investidores despejam dinheiro nos campos russos para ressuscitar um setor agrícola há muito tempo negligenciado e para atender a uma demanda mundial cada vez maior por alimentos. A safra de trigo da Rússia em 2008 promete ser a melhor dos últimos 30 anos. "As oportunidades no setor agrícola da Rússia são notáveis. Ele tem o potencial de tornar-se um dos setores-chave da economia", disse Sid Bardwell, diretor-geral no território russo para a Deere & Co, uma fornecedora norte-americana de equipamentos agrícolas. A agricultura russa, prejudicada pelo legado da coletivização promovida pelo líder soviético Josef Stalin, é um dos quatro setores que receberam status prioritário do governo em meio a esforços para reverter um processo de declínio de mais de uma década, iniciado depois do colapso da União Soviética. A Rússia, quinto maior produtor e exportador de cereais do mundo (excluindo-se oleaginosas como a soja), espera colher um total de ao menos 85 milhões de toneladas neste ano, ou 4 por cento a mais do que em 2007. Mas o país ainda não superou os níveis de produção soviéticos no longo prazo. Somente 13 por cento das terras russas são usadas para a agricultura, uma cifra baixa quando comparada com a média mundial de 38 por cento. Além disso, o hectare produz na Rússia cerca de 1,9 tonelada de trigo -- ficando muito abaixo da média, por exemplo, de 2,8 toneladas dos EUA ou de 5,5 toneladas da União Européia (UE). Eis aí o potencial daquelas terras. "A agricultura, mesmo diante do atualmente baixo nível de eficiência, é ainda rentável devido ao apoio do governo", afirmou Natalya Zagvozdina, analista da Renaissance Capital. "Imagine o que ocorreria se a eficiência aumentasse." DE OLHO NAS TERRAS Os preços do trigo, do arroz e do milho atingiram patamares recordes neste ano devido a secas ocorridas em países produtores de grãos, fenômeno que provocou uma retração da oferta em um momento de demanda global em ascensão. Isso torna o setor agrícola da Rússia ainda mais atraente já que os custos de produção encontram-se em patamares relativamente baixos. O trigo respondeu por 60 por cento do total de grãos colhidos pelo país no ano passado, ou 49,4 milhões de toneladas. Segundo a empresa de análise de mercado SovEcon, com sede em Moscou, a produção de 2008 pode chegar a 54,2 milhões de toneladas, o que seria o maior volume de trigo colhido no país desde 1978. A Rússia produz também grandes quantidades de cevada, trigo, centeio e trigo-sarraceno. "O retorno dos investimentos mostram-se muito maiores do que costumava ser", disse Kingsmill Bond, estrategista-chefe do banco de investimentos Troika Dialog. O apetite dos que investem no setor e uma demanda por dinheiro para aumentar a produtividade das terras devem acrescentar 420 milhões de dólares em capital novo ao montante levantado pelas empresas do agronegócio russo desde novembro. Segundo Zagvozdina, as empresas agrícolas da Rússia devem arrecadar outros 500 milhões a 1,5 bilhão de dólares até o final do ano, seja por meio de ofertas iniciais de ações ou por meio de investimentos privados. Os investidores, desde fundos de países ocidentais até agricultores ingleses, desejam preferencialmente comprar terras na Rússia. "Cem anos atrás, a Rússia era a maior produtora de cereais da Europa. A qualidade da terra é excepcional, mas, durante o período comunista, houve muita negligência com o setor", afirmou Sergei Glaser, diretor da Vostok Nafta Investment Ltd.

Quando Murat Shamshinurov brindou à colheita deste ano com um copo de vodca, o fez com um sentimento de otimismo. Uma nova frota de colheitadeiras holandesas, sementes melhores e um inverno ameno prometem uma safra recorde nas fazendas da fértil região russa da Terra Negra que ele administra. Essa prosperidade resulta de um investimento de 175 milhões de dólares feito pela Nastyusha, a empresa negociadora de grãos que comprou aquelas terras em 2006. A situação de Shamshinurov não é excepcional: os investidores despejam dinheiro nos campos russos para ressuscitar um setor agrícola há muito tempo negligenciado e para atender a uma demanda mundial cada vez maior por alimentos. A safra de trigo da Rússia em 2008 promete ser a melhor dos últimos 30 anos. "As oportunidades no setor agrícola da Rússia são notáveis. Ele tem o potencial de tornar-se um dos setores-chave da economia", disse Sid Bardwell, diretor-geral no território russo para a Deere & Co, uma fornecedora norte-americana de equipamentos agrícolas. A agricultura russa, prejudicada pelo legado da coletivização promovida pelo líder soviético Josef Stalin, é um dos quatro setores que receberam status prioritário do governo em meio a esforços para reverter um processo de declínio de mais de uma década, iniciado depois do colapso da União Soviética. A Rússia, quinto maior produtor e exportador de cereais do mundo (excluindo-se oleaginosas como a soja), espera colher um total de ao menos 85 milhões de toneladas neste ano, ou 4 por cento a mais do que em 2007. Mas o país ainda não superou os níveis de produção soviéticos no longo prazo. Somente 13 por cento das terras russas são usadas para a agricultura, uma cifra baixa quando comparada com a média mundial de 38 por cento. Além disso, o hectare produz na Rússia cerca de 1,9 tonelada de trigo -- ficando muito abaixo da média, por exemplo, de 2,8 toneladas dos EUA ou de 5,5 toneladas da União Européia (UE). Eis aí o potencial daquelas terras. "A agricultura, mesmo diante do atualmente baixo nível de eficiência, é ainda rentável devido ao apoio do governo", afirmou Natalya Zagvozdina, analista da Renaissance Capital. "Imagine o que ocorreria se a eficiência aumentasse." DE OLHO NAS TERRAS Os preços do trigo, do arroz e do milho atingiram patamares recordes neste ano devido a secas ocorridas em países produtores de grãos, fenômeno que provocou uma retração da oferta em um momento de demanda global em ascensão. Isso torna o setor agrícola da Rússia ainda mais atraente já que os custos de produção encontram-se em patamares relativamente baixos. O trigo respondeu por 60 por cento do total de grãos colhidos pelo país no ano passado, ou 49,4 milhões de toneladas. Segundo a empresa de análise de mercado SovEcon, com sede em Moscou, a produção de 2008 pode chegar a 54,2 milhões de toneladas, o que seria o maior volume de trigo colhido no país desde 1978. A Rússia produz também grandes quantidades de cevada, trigo, centeio e trigo-sarraceno. "O retorno dos investimentos mostram-se muito maiores do que costumava ser", disse Kingsmill Bond, estrategista-chefe do banco de investimentos Troika Dialog. O apetite dos que investem no setor e uma demanda por dinheiro para aumentar a produtividade das terras devem acrescentar 420 milhões de dólares em capital novo ao montante levantado pelas empresas do agronegócio russo desde novembro. Segundo Zagvozdina, as empresas agrícolas da Rússia devem arrecadar outros 500 milhões a 1,5 bilhão de dólares até o final do ano, seja por meio de ofertas iniciais de ações ou por meio de investimentos privados. Os investidores, desde fundos de países ocidentais até agricultores ingleses, desejam preferencialmente comprar terras na Rússia. "Cem anos atrás, a Rússia era a maior produtora de cereais da Europa. A qualidade da terra é excepcional, mas, durante o período comunista, houve muita negligência com o setor", afirmou Sergei Glaser, diretor da Vostok Nafta Investment Ltd.

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