Executivos buscam proteção contra processos


Venda de seguros que protegem profissionais de problemas nas empresas tem alta recorde

Por Ana Paula Lacerda

Os casos de executivos sendo acusados por problemas em suas empresas, que se multiplicaram com o agravamento da crise econômica, tiveram um reflexo direto nas vendas de seguros. As seguradoras brasileiras registraram neste ano um aumento de 30% a 40% na procura por seguros de responsabilidade civil de administradores - que protege diretores e gerentes de pagarem com os próprios bens em casos de imprudência, negligência ou imperícia profissional que ocasionem prejuízos e problemas judiciais à empresa. Segundo a corretora Coelho dos Santos, especializada nesse tipo de seguro, o número de apólices no País pulou de cerca de 1 mil no fim de 2008 para 1,4 mil apenas até março deste ano. "Em um momento de crise, todos ficam pressionados e aumenta o risco da responsabilidade", diz Fernando Coelho dos Santos, sócio da corretora. "E esse tipo de seguro funciona como uma blindagem financeira do patrimônio do executivo, cobrindo indenizações e gastos com advogados." Ele conta que em um caso recente, uma empresa acusou seu ex-diretor financeiro e de relações com investidores por danos à imagem, após ele ter afirmado que pretendia abrir o capital da empresa - fato que não ocorreu. "O valor reclamado foi cerca de R$ 2 milhões, mas ele estava segurado", diz Santos. Segundo o levantamento, os setores nos quais o risco é considerado maior são os de telecomunicações, tecnologia, farmacêutico e financeiro. Por outro lado, o risco seria menor nos setores de serviços e bens de consumo. Paulo Baptista, diretor de produtos financeiros da corretora Marsh no Brasil, diz que as primeiras a buscarem esse tipo de proteção foram as empresas com ADRs nos EUA, no fim da década de 90, seguidas pelas que fizeram IPO no Brasil, nos anos 2000. Com a crise, a procura maior passou para as multinacionais com filial aqui, temerosas com os resultados das matrizes. "A busca por esse tipo de apólice aumentou cerca de 30% este ano", diz Baptista. Nos EUA, o índice de empresas cujos diretores estatutários estão cobertos por esse tipo de apólice supera os 90%. No Reino Unido, é de 50%, enquanto em outros países da Europa é de cerca de 30%. "No Brasil, acredito que ainda esteja na casa dos 3%", afirma Baptista. Todos os executivos em cargos de diretoria estatutária - que têm seu nome no estatuto da empresa - ou administração correm riscos no caso de fraude empresarial. Pela legislação brasileira, eles podem ser presos e ter seus bens levados a leilão. Porém, há medidas para evitar que, por exemplo, um diretor de tecnologia seja responsabilizado por fraude fiscal: no estatuto da empresa, deve-se definir claramente qual o alcance do poder de cada diretor. O diretor executivo da consultoria de recrutamento Michael Page, Marcelo de Lucca, afirma que o número de empresas que oferecem o seguro como benefício ao contratar um executivo vem em ritmo crescente e bem acelerado nos últimos dois anos. "Para os estatutários, praticamente 90% das empresas oferecem o seguro. Há até casos em que o executivo recusa a posição, caso não tenha essa proteção."

Os casos de executivos sendo acusados por problemas em suas empresas, que se multiplicaram com o agravamento da crise econômica, tiveram um reflexo direto nas vendas de seguros. As seguradoras brasileiras registraram neste ano um aumento de 30% a 40% na procura por seguros de responsabilidade civil de administradores - que protege diretores e gerentes de pagarem com os próprios bens em casos de imprudência, negligência ou imperícia profissional que ocasionem prejuízos e problemas judiciais à empresa. Segundo a corretora Coelho dos Santos, especializada nesse tipo de seguro, o número de apólices no País pulou de cerca de 1 mil no fim de 2008 para 1,4 mil apenas até março deste ano. "Em um momento de crise, todos ficam pressionados e aumenta o risco da responsabilidade", diz Fernando Coelho dos Santos, sócio da corretora. "E esse tipo de seguro funciona como uma blindagem financeira do patrimônio do executivo, cobrindo indenizações e gastos com advogados." Ele conta que em um caso recente, uma empresa acusou seu ex-diretor financeiro e de relações com investidores por danos à imagem, após ele ter afirmado que pretendia abrir o capital da empresa - fato que não ocorreu. "O valor reclamado foi cerca de R$ 2 milhões, mas ele estava segurado", diz Santos. Segundo o levantamento, os setores nos quais o risco é considerado maior são os de telecomunicações, tecnologia, farmacêutico e financeiro. Por outro lado, o risco seria menor nos setores de serviços e bens de consumo. Paulo Baptista, diretor de produtos financeiros da corretora Marsh no Brasil, diz que as primeiras a buscarem esse tipo de proteção foram as empresas com ADRs nos EUA, no fim da década de 90, seguidas pelas que fizeram IPO no Brasil, nos anos 2000. Com a crise, a procura maior passou para as multinacionais com filial aqui, temerosas com os resultados das matrizes. "A busca por esse tipo de apólice aumentou cerca de 30% este ano", diz Baptista. Nos EUA, o índice de empresas cujos diretores estatutários estão cobertos por esse tipo de apólice supera os 90%. No Reino Unido, é de 50%, enquanto em outros países da Europa é de cerca de 30%. "No Brasil, acredito que ainda esteja na casa dos 3%", afirma Baptista. Todos os executivos em cargos de diretoria estatutária - que têm seu nome no estatuto da empresa - ou administração correm riscos no caso de fraude empresarial. Pela legislação brasileira, eles podem ser presos e ter seus bens levados a leilão. Porém, há medidas para evitar que, por exemplo, um diretor de tecnologia seja responsabilizado por fraude fiscal: no estatuto da empresa, deve-se definir claramente qual o alcance do poder de cada diretor. O diretor executivo da consultoria de recrutamento Michael Page, Marcelo de Lucca, afirma que o número de empresas que oferecem o seguro como benefício ao contratar um executivo vem em ritmo crescente e bem acelerado nos últimos dois anos. "Para os estatutários, praticamente 90% das empresas oferecem o seguro. Há até casos em que o executivo recusa a posição, caso não tenha essa proteção."

Os casos de executivos sendo acusados por problemas em suas empresas, que se multiplicaram com o agravamento da crise econômica, tiveram um reflexo direto nas vendas de seguros. As seguradoras brasileiras registraram neste ano um aumento de 30% a 40% na procura por seguros de responsabilidade civil de administradores - que protege diretores e gerentes de pagarem com os próprios bens em casos de imprudência, negligência ou imperícia profissional que ocasionem prejuízos e problemas judiciais à empresa. Segundo a corretora Coelho dos Santos, especializada nesse tipo de seguro, o número de apólices no País pulou de cerca de 1 mil no fim de 2008 para 1,4 mil apenas até março deste ano. "Em um momento de crise, todos ficam pressionados e aumenta o risco da responsabilidade", diz Fernando Coelho dos Santos, sócio da corretora. "E esse tipo de seguro funciona como uma blindagem financeira do patrimônio do executivo, cobrindo indenizações e gastos com advogados." Ele conta que em um caso recente, uma empresa acusou seu ex-diretor financeiro e de relações com investidores por danos à imagem, após ele ter afirmado que pretendia abrir o capital da empresa - fato que não ocorreu. "O valor reclamado foi cerca de R$ 2 milhões, mas ele estava segurado", diz Santos. Segundo o levantamento, os setores nos quais o risco é considerado maior são os de telecomunicações, tecnologia, farmacêutico e financeiro. Por outro lado, o risco seria menor nos setores de serviços e bens de consumo. Paulo Baptista, diretor de produtos financeiros da corretora Marsh no Brasil, diz que as primeiras a buscarem esse tipo de proteção foram as empresas com ADRs nos EUA, no fim da década de 90, seguidas pelas que fizeram IPO no Brasil, nos anos 2000. Com a crise, a procura maior passou para as multinacionais com filial aqui, temerosas com os resultados das matrizes. "A busca por esse tipo de apólice aumentou cerca de 30% este ano", diz Baptista. Nos EUA, o índice de empresas cujos diretores estatutários estão cobertos por esse tipo de apólice supera os 90%. No Reino Unido, é de 50%, enquanto em outros países da Europa é de cerca de 30%. "No Brasil, acredito que ainda esteja na casa dos 3%", afirma Baptista. Todos os executivos em cargos de diretoria estatutária - que têm seu nome no estatuto da empresa - ou administração correm riscos no caso de fraude empresarial. Pela legislação brasileira, eles podem ser presos e ter seus bens levados a leilão. Porém, há medidas para evitar que, por exemplo, um diretor de tecnologia seja responsabilizado por fraude fiscal: no estatuto da empresa, deve-se definir claramente qual o alcance do poder de cada diretor. O diretor executivo da consultoria de recrutamento Michael Page, Marcelo de Lucca, afirma que o número de empresas que oferecem o seguro como benefício ao contratar um executivo vem em ritmo crescente e bem acelerado nos últimos dois anos. "Para os estatutários, praticamente 90% das empresas oferecem o seguro. Há até casos em que o executivo recusa a posição, caso não tenha essa proteção."

Os casos de executivos sendo acusados por problemas em suas empresas, que se multiplicaram com o agravamento da crise econômica, tiveram um reflexo direto nas vendas de seguros. As seguradoras brasileiras registraram neste ano um aumento de 30% a 40% na procura por seguros de responsabilidade civil de administradores - que protege diretores e gerentes de pagarem com os próprios bens em casos de imprudência, negligência ou imperícia profissional que ocasionem prejuízos e problemas judiciais à empresa. Segundo a corretora Coelho dos Santos, especializada nesse tipo de seguro, o número de apólices no País pulou de cerca de 1 mil no fim de 2008 para 1,4 mil apenas até março deste ano. "Em um momento de crise, todos ficam pressionados e aumenta o risco da responsabilidade", diz Fernando Coelho dos Santos, sócio da corretora. "E esse tipo de seguro funciona como uma blindagem financeira do patrimônio do executivo, cobrindo indenizações e gastos com advogados." Ele conta que em um caso recente, uma empresa acusou seu ex-diretor financeiro e de relações com investidores por danos à imagem, após ele ter afirmado que pretendia abrir o capital da empresa - fato que não ocorreu. "O valor reclamado foi cerca de R$ 2 milhões, mas ele estava segurado", diz Santos. Segundo o levantamento, os setores nos quais o risco é considerado maior são os de telecomunicações, tecnologia, farmacêutico e financeiro. Por outro lado, o risco seria menor nos setores de serviços e bens de consumo. Paulo Baptista, diretor de produtos financeiros da corretora Marsh no Brasil, diz que as primeiras a buscarem esse tipo de proteção foram as empresas com ADRs nos EUA, no fim da década de 90, seguidas pelas que fizeram IPO no Brasil, nos anos 2000. Com a crise, a procura maior passou para as multinacionais com filial aqui, temerosas com os resultados das matrizes. "A busca por esse tipo de apólice aumentou cerca de 30% este ano", diz Baptista. Nos EUA, o índice de empresas cujos diretores estatutários estão cobertos por esse tipo de apólice supera os 90%. No Reino Unido, é de 50%, enquanto em outros países da Europa é de cerca de 30%. "No Brasil, acredito que ainda esteja na casa dos 3%", afirma Baptista. Todos os executivos em cargos de diretoria estatutária - que têm seu nome no estatuto da empresa - ou administração correm riscos no caso de fraude empresarial. Pela legislação brasileira, eles podem ser presos e ter seus bens levados a leilão. Porém, há medidas para evitar que, por exemplo, um diretor de tecnologia seja responsabilizado por fraude fiscal: no estatuto da empresa, deve-se definir claramente qual o alcance do poder de cada diretor. O diretor executivo da consultoria de recrutamento Michael Page, Marcelo de Lucca, afirma que o número de empresas que oferecem o seguro como benefício ao contratar um executivo vem em ritmo crescente e bem acelerado nos últimos dois anos. "Para os estatutários, praticamente 90% das empresas oferecem o seguro. Há até casos em que o executivo recusa a posição, caso não tenha essa proteção."

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