Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|Barbosa em pele de cordeiro


Antes de se confirmar o boato da saída de Levy, economistas já previam que as primeiras declarações do novo ministro da Fazenda seriam na linha ortodoxa

Por Fábio Alves
Mercado está cético sobre as declarações de Barbosa na linha mais conservadora. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Antes de se confirmar o boato que corria as mesas de operações no meio da tarde desta sexta-feira, de que a presidente Dilma Rousseff iria escolher Nelson Barbosa para substituir Joaquim Levy, importantes economistas previam que as primeiras declarações do novo ministro da Fazenda seriam na linha ortodoxa, ressaltando um compromisso com o reequilíbrio fiscal e com o controle da inflação, falando em "autonomia do Banco Central".

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"Se Nelson Barbosa entrar, ele vai apoiar aumento de juros cinco minutos depois do seu anúncio somente para se legitimar", comentou um renomado economista brasileiro, momento antes de se tornar oficial a mudança de Barbosa do Ministério do Planejamento para o da Fazenda.

Por enquanto, interlocutores desta coluna se dizem céticos sobre as declarações de Barbosa na linha mais conservadora. As primeiras declarações dele na entrevista a jornalistas em Brasília, na noite de sexta-feira, soaram como música aos ouvidos de investidores e analistas.

Isso porque essas declarações não condizem com a postura de Barbosa durante a gestão de Levy no comando da economia brasileira. Foi Barbosa quem impôs muitas das derrotas ao seu antecessor, cujo esforço maior foi justamente em direção ao reequilíbrio fiscal.

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Então, o discurso de Barbosa nada mais soa como o de um presidente que acabou de ganhar uma eleição muito apertada, em um país dividido, e que precisa criar um mínimo de consenso e apoio.

O que vai prevalecer na visão do mercado sobre Barbosa serão medidas práticas:

Deixará Barbosa o Banco Central elevar a taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, marcada para o dia 20 de janeiro, como os contratos futuros de juros estão precificando?

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Tentará Barbosa perseguir um esforço de poupança maior do que a meta enviada ao Congresso de superávit primário de 0,5% do PIB em 2016, como queria Levy?

Manterá ele a autorização para que Estados e municípios contratem financiamentos externos num ano de eleição municipal, diluindo possivelmente o esforço fiscal do setor público?

Até que o mercado veja ações concretas, as palavras do novo ministro da Fazenda parecem a de "um lobo vestido de cordeiro".

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Fábio Alves é jornalista do Broadcast, serviço de informações financeiras em tempo real do Grupo Estado

Mercado está cético sobre as declarações de Barbosa na linha mais conservadora. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Antes de se confirmar o boato que corria as mesas de operações no meio da tarde desta sexta-feira, de que a presidente Dilma Rousseff iria escolher Nelson Barbosa para substituir Joaquim Levy, importantes economistas previam que as primeiras declarações do novo ministro da Fazenda seriam na linha ortodoxa, ressaltando um compromisso com o reequilíbrio fiscal e com o controle da inflação, falando em "autonomia do Banco Central".

"Se Nelson Barbosa entrar, ele vai apoiar aumento de juros cinco minutos depois do seu anúncio somente para se legitimar", comentou um renomado economista brasileiro, momento antes de se tornar oficial a mudança de Barbosa do Ministério do Planejamento para o da Fazenda.

Por enquanto, interlocutores desta coluna se dizem céticos sobre as declarações de Barbosa na linha mais conservadora. As primeiras declarações dele na entrevista a jornalistas em Brasília, na noite de sexta-feira, soaram como música aos ouvidos de investidores e analistas.

Isso porque essas declarações não condizem com a postura de Barbosa durante a gestão de Levy no comando da economia brasileira. Foi Barbosa quem impôs muitas das derrotas ao seu antecessor, cujo esforço maior foi justamente em direção ao reequilíbrio fiscal.

Então, o discurso de Barbosa nada mais soa como o de um presidente que acabou de ganhar uma eleição muito apertada, em um país dividido, e que precisa criar um mínimo de consenso e apoio.

O que vai prevalecer na visão do mercado sobre Barbosa serão medidas práticas:

Deixará Barbosa o Banco Central elevar a taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, marcada para o dia 20 de janeiro, como os contratos futuros de juros estão precificando?

Tentará Barbosa perseguir um esforço de poupança maior do que a meta enviada ao Congresso de superávit primário de 0,5% do PIB em 2016, como queria Levy?

Manterá ele a autorização para que Estados e municípios contratem financiamentos externos num ano de eleição municipal, diluindo possivelmente o esforço fiscal do setor público?

Até que o mercado veja ações concretas, as palavras do novo ministro da Fazenda parecem a de "um lobo vestido de cordeiro".

Fábio Alves é jornalista do Broadcast, serviço de informações financeiras em tempo real do Grupo Estado

Mercado está cético sobre as declarações de Barbosa na linha mais conservadora. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Antes de se confirmar o boato que corria as mesas de operações no meio da tarde desta sexta-feira, de que a presidente Dilma Rousseff iria escolher Nelson Barbosa para substituir Joaquim Levy, importantes economistas previam que as primeiras declarações do novo ministro da Fazenda seriam na linha ortodoxa, ressaltando um compromisso com o reequilíbrio fiscal e com o controle da inflação, falando em "autonomia do Banco Central".

"Se Nelson Barbosa entrar, ele vai apoiar aumento de juros cinco minutos depois do seu anúncio somente para se legitimar", comentou um renomado economista brasileiro, momento antes de se tornar oficial a mudança de Barbosa do Ministério do Planejamento para o da Fazenda.

Por enquanto, interlocutores desta coluna se dizem céticos sobre as declarações de Barbosa na linha mais conservadora. As primeiras declarações dele na entrevista a jornalistas em Brasília, na noite de sexta-feira, soaram como música aos ouvidos de investidores e analistas.

Isso porque essas declarações não condizem com a postura de Barbosa durante a gestão de Levy no comando da economia brasileira. Foi Barbosa quem impôs muitas das derrotas ao seu antecessor, cujo esforço maior foi justamente em direção ao reequilíbrio fiscal.

Então, o discurso de Barbosa nada mais soa como o de um presidente que acabou de ganhar uma eleição muito apertada, em um país dividido, e que precisa criar um mínimo de consenso e apoio.

O que vai prevalecer na visão do mercado sobre Barbosa serão medidas práticas:

Deixará Barbosa o Banco Central elevar a taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, marcada para o dia 20 de janeiro, como os contratos futuros de juros estão precificando?

Tentará Barbosa perseguir um esforço de poupança maior do que a meta enviada ao Congresso de superávit primário de 0,5% do PIB em 2016, como queria Levy?

Manterá ele a autorização para que Estados e municípios contratem financiamentos externos num ano de eleição municipal, diluindo possivelmente o esforço fiscal do setor público?

Até que o mercado veja ações concretas, as palavras do novo ministro da Fazenda parecem a de "um lobo vestido de cordeiro".

Fábio Alves é jornalista do Broadcast, serviço de informações financeiras em tempo real do Grupo Estado

Mercado está cético sobre as declarações de Barbosa na linha mais conservadora. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Antes de se confirmar o boato que corria as mesas de operações no meio da tarde desta sexta-feira, de que a presidente Dilma Rousseff iria escolher Nelson Barbosa para substituir Joaquim Levy, importantes economistas previam que as primeiras declarações do novo ministro da Fazenda seriam na linha ortodoxa, ressaltando um compromisso com o reequilíbrio fiscal e com o controle da inflação, falando em "autonomia do Banco Central".

"Se Nelson Barbosa entrar, ele vai apoiar aumento de juros cinco minutos depois do seu anúncio somente para se legitimar", comentou um renomado economista brasileiro, momento antes de se tornar oficial a mudança de Barbosa do Ministério do Planejamento para o da Fazenda.

Por enquanto, interlocutores desta coluna se dizem céticos sobre as declarações de Barbosa na linha mais conservadora. As primeiras declarações dele na entrevista a jornalistas em Brasília, na noite de sexta-feira, soaram como música aos ouvidos de investidores e analistas.

Isso porque essas declarações não condizem com a postura de Barbosa durante a gestão de Levy no comando da economia brasileira. Foi Barbosa quem impôs muitas das derrotas ao seu antecessor, cujo esforço maior foi justamente em direção ao reequilíbrio fiscal.

Então, o discurso de Barbosa nada mais soa como o de um presidente que acabou de ganhar uma eleição muito apertada, em um país dividido, e que precisa criar um mínimo de consenso e apoio.

O que vai prevalecer na visão do mercado sobre Barbosa serão medidas práticas:

Deixará Barbosa o Banco Central elevar a taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, marcada para o dia 20 de janeiro, como os contratos futuros de juros estão precificando?

Tentará Barbosa perseguir um esforço de poupança maior do que a meta enviada ao Congresso de superávit primário de 0,5% do PIB em 2016, como queria Levy?

Manterá ele a autorização para que Estados e municípios contratem financiamentos externos num ano de eleição municipal, diluindo possivelmente o esforço fiscal do setor público?

Até que o mercado veja ações concretas, as palavras do novo ministro da Fazenda parecem a de "um lobo vestido de cordeiro".

Fábio Alves é jornalista do Broadcast, serviço de informações financeiras em tempo real do Grupo Estado

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