Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|Mercado vê risco de Eduardo Campos perder 'voto útil'


Para analistas, há risco de migração de voto ainda antes do primeiro turno para o candidato tucano Aécio Neves, para a presidente Dilma Rousseff ou mesmo para a corrente dos votos nulos e brancos

Por Fábio Alves
Eduardo Campos, do PSB, ao lado de Marina Silva, durante conversa com empresários da CNI ( Foto: Reuters)

Os investidores e analistas do mercado financeiro vão passar a monitorar, nas próximas semanas, o desempenho do candidato do PSB à eleição presidencial, Eduardo Campos, nas pesquisas de opinião.

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Isso porque especialistas apontam para o risco de migração de voto ainda antes do primeiro turno da eleição do ex-governador de Pernambuco para o candidato tucano Aécio Neves, para a presidente Dilma Rousseff ou mesmo para a corrente dos votos nulos e brancos.

"Campos não passa dos 10% das intenções de votos há algum tempo", diz o especialista em marketing político e pesquisas eleitorais Sidney Kuntz. "Se ele não decolar desse patamar que está atualmente num prazo de até 15 dias depois do início da propaganda eleitoral gratuita na TV, não acredito que ele possa chegar ao segundo turno e daí haverá o voto útil."

A propaganda eleitoral gratuita começará no dia 19 de agosto.

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"Campos tem que mostrar força logo no início da propaganda eleitoral gratuita", argumenta Kuntz. Para ele, uma parte dos eleitores de Campos poderá migrar para o candidato tucano, especialmente daqueles que estão descontentes com as políticas do governo Dilma.

Na última pesquisa do Instituto Datafolha, que foi a campo entre os dias 15 e 16 de julho, a intenção de voto a favor de Campos oscilou de 9% para 8% na pesquisa anterior. Já no levantamento feito pelo Instituto Sensus, entre os dias 12 e 15 de julho, o candidato do PSB oscilou de 7,5% para 7,2%. E na pesquisa Ibope, que ouviu eleitores entre os dias 18 e 21 de julho, Campos ficou com 8% das intenções de voto, em comparação com 10% no levantamento anterior.

Na opinião do cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria Integrada, poderá haver uma migração dos eleitores de Campos - se a intenção de voto do ex-governador, de fato, emperrar no patamar atual - antes de uma definição dos que declaram voto branco ou nulo antes do primeiro turno da eleição presidencial.

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"Ao longo da corrida eleitoral, o eleitor fará uma escolha pela candidatura mais competitiva, ou seja, o voto estratégico, assim se a distância entre Aécio e Campos permanecer grande como está, então é possível que esse movimento ocorra", explica Cortez. "O que não está claro é a direção dessa migração de votos do Campos - se para o Aécio, para Dilma ou até eventualmente para brancos e nulos."

Essa indefinição, embora não tão óbvia, se explica, segundo Cortez, pelo perfil de oposição moderada assumido pelo candidato do PSB até o momento na campanha. "Esse discurso de oposição moderada sinaliza um eleitorado que até agora o PSDB não conseguiu mobilizar", explica. "Não acredito que, neste momento, haja uma predominância pela preferência por Dilma, Aécio ou brancos e nulos, o que, por enquanto, aponta para uma dispersão de uma eventual migração do voto de Campos."

Segundo Cortez, a parcela de eleitores indecisos, ou seja, os que votam hoje branco ou nulo, será mais decisiva para o desfecho do pleito no primeiro turno do que uma eventual migração dos que apoiam Campos para algum outro candidato. E esses eleitores que declararam pelo branco ou nulo tendem a definir o voto em cima da hora.

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"A chave do cenário para o primeiro turno será o comportamento dos votos brancos e nulos, mas a migração do eleitorado de Campos, se ele realmente não passar para o segundo turno, terá maior peso para a definição do pleito no segundo turno, uma vez que nessa etapa a disputa estará, de fato, polarizada", diz Cortez. "Ou seja, a migração dos votos de Campos não altera o cenário em termos de aumentar a probabilidade de um segundo turno, mas, tendo um segundo turno, essa migração aumenta a chance da oposição."

E qual a vulnerabilidade da candidatura da petista Dilma Rousseff na disputa pelo voto dos indecisos?

Para o especialista em marketing político e pesquisas eleitorais Sidney Kuntz, Dilma tem menos apoio da classe média (A, B e C), em particular na região sudeste do País.

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"Nesse sentido, a oposição vai focar nas políticas de mobilidade urbana, o crescimento baixo do PIB, queda na geração de emprego e inflação", diz Kuntz. Já os alicerces da campanha da presidente incluem os programas sociais, como o Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, entre outros.

"A economia afetará a campanha da presidente, mas é preciso ver ainda o quanto influenciará a intenção de voto e se vai afetar o apoio daqueles que são beneficiados pelos programas sociais do governo", afirma Kuntz.

Assim, neste momento, ainda é prematuro apontar o desfecho da eleição, embora seja praticamente dado como certo a realização do segundo turno. A evolução das pesquisas eleitorais após o início da propaganda eleitoral poderá jogar luz em quem realmente são os candidatos mais competitivos para um eventual segundo turno.

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Fábio Alves é jornalista do Broadcast

Eduardo Campos, do PSB, ao lado de Marina Silva, durante conversa com empresários da CNI ( Foto: Reuters)

Os investidores e analistas do mercado financeiro vão passar a monitorar, nas próximas semanas, o desempenho do candidato do PSB à eleição presidencial, Eduardo Campos, nas pesquisas de opinião.

Isso porque especialistas apontam para o risco de migração de voto ainda antes do primeiro turno da eleição do ex-governador de Pernambuco para o candidato tucano Aécio Neves, para a presidente Dilma Rousseff ou mesmo para a corrente dos votos nulos e brancos.

"Campos não passa dos 10% das intenções de votos há algum tempo", diz o especialista em marketing político e pesquisas eleitorais Sidney Kuntz. "Se ele não decolar desse patamar que está atualmente num prazo de até 15 dias depois do início da propaganda eleitoral gratuita na TV, não acredito que ele possa chegar ao segundo turno e daí haverá o voto útil."

A propaganda eleitoral gratuita começará no dia 19 de agosto.

"Campos tem que mostrar força logo no início da propaganda eleitoral gratuita", argumenta Kuntz. Para ele, uma parte dos eleitores de Campos poderá migrar para o candidato tucano, especialmente daqueles que estão descontentes com as políticas do governo Dilma.

Na última pesquisa do Instituto Datafolha, que foi a campo entre os dias 15 e 16 de julho, a intenção de voto a favor de Campos oscilou de 9% para 8% na pesquisa anterior. Já no levantamento feito pelo Instituto Sensus, entre os dias 12 e 15 de julho, o candidato do PSB oscilou de 7,5% para 7,2%. E na pesquisa Ibope, que ouviu eleitores entre os dias 18 e 21 de julho, Campos ficou com 8% das intenções de voto, em comparação com 10% no levantamento anterior.

Na opinião do cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria Integrada, poderá haver uma migração dos eleitores de Campos - se a intenção de voto do ex-governador, de fato, emperrar no patamar atual - antes de uma definição dos que declaram voto branco ou nulo antes do primeiro turno da eleição presidencial.

"Ao longo da corrida eleitoral, o eleitor fará uma escolha pela candidatura mais competitiva, ou seja, o voto estratégico, assim se a distância entre Aécio e Campos permanecer grande como está, então é possível que esse movimento ocorra", explica Cortez. "O que não está claro é a direção dessa migração de votos do Campos - se para o Aécio, para Dilma ou até eventualmente para brancos e nulos."

Essa indefinição, embora não tão óbvia, se explica, segundo Cortez, pelo perfil de oposição moderada assumido pelo candidato do PSB até o momento na campanha. "Esse discurso de oposição moderada sinaliza um eleitorado que até agora o PSDB não conseguiu mobilizar", explica. "Não acredito que, neste momento, haja uma predominância pela preferência por Dilma, Aécio ou brancos e nulos, o que, por enquanto, aponta para uma dispersão de uma eventual migração do voto de Campos."

Segundo Cortez, a parcela de eleitores indecisos, ou seja, os que votam hoje branco ou nulo, será mais decisiva para o desfecho do pleito no primeiro turno do que uma eventual migração dos que apoiam Campos para algum outro candidato. E esses eleitores que declararam pelo branco ou nulo tendem a definir o voto em cima da hora.

"A chave do cenário para o primeiro turno será o comportamento dos votos brancos e nulos, mas a migração do eleitorado de Campos, se ele realmente não passar para o segundo turno, terá maior peso para a definição do pleito no segundo turno, uma vez que nessa etapa a disputa estará, de fato, polarizada", diz Cortez. "Ou seja, a migração dos votos de Campos não altera o cenário em termos de aumentar a probabilidade de um segundo turno, mas, tendo um segundo turno, essa migração aumenta a chance da oposição."

E qual a vulnerabilidade da candidatura da petista Dilma Rousseff na disputa pelo voto dos indecisos?

Para o especialista em marketing político e pesquisas eleitorais Sidney Kuntz, Dilma tem menos apoio da classe média (A, B e C), em particular na região sudeste do País.

"Nesse sentido, a oposição vai focar nas políticas de mobilidade urbana, o crescimento baixo do PIB, queda na geração de emprego e inflação", diz Kuntz. Já os alicerces da campanha da presidente incluem os programas sociais, como o Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, entre outros.

"A economia afetará a campanha da presidente, mas é preciso ver ainda o quanto influenciará a intenção de voto e se vai afetar o apoio daqueles que são beneficiados pelos programas sociais do governo", afirma Kuntz.

Assim, neste momento, ainda é prematuro apontar o desfecho da eleição, embora seja praticamente dado como certo a realização do segundo turno. A evolução das pesquisas eleitorais após o início da propaganda eleitoral poderá jogar luz em quem realmente são os candidatos mais competitivos para um eventual segundo turno.

Fábio Alves é jornalista do Broadcast

Eduardo Campos, do PSB, ao lado de Marina Silva, durante conversa com empresários da CNI ( Foto: Reuters)

Os investidores e analistas do mercado financeiro vão passar a monitorar, nas próximas semanas, o desempenho do candidato do PSB à eleição presidencial, Eduardo Campos, nas pesquisas de opinião.

Isso porque especialistas apontam para o risco de migração de voto ainda antes do primeiro turno da eleição do ex-governador de Pernambuco para o candidato tucano Aécio Neves, para a presidente Dilma Rousseff ou mesmo para a corrente dos votos nulos e brancos.

"Campos não passa dos 10% das intenções de votos há algum tempo", diz o especialista em marketing político e pesquisas eleitorais Sidney Kuntz. "Se ele não decolar desse patamar que está atualmente num prazo de até 15 dias depois do início da propaganda eleitoral gratuita na TV, não acredito que ele possa chegar ao segundo turno e daí haverá o voto útil."

A propaganda eleitoral gratuita começará no dia 19 de agosto.

"Campos tem que mostrar força logo no início da propaganda eleitoral gratuita", argumenta Kuntz. Para ele, uma parte dos eleitores de Campos poderá migrar para o candidato tucano, especialmente daqueles que estão descontentes com as políticas do governo Dilma.

Na última pesquisa do Instituto Datafolha, que foi a campo entre os dias 15 e 16 de julho, a intenção de voto a favor de Campos oscilou de 9% para 8% na pesquisa anterior. Já no levantamento feito pelo Instituto Sensus, entre os dias 12 e 15 de julho, o candidato do PSB oscilou de 7,5% para 7,2%. E na pesquisa Ibope, que ouviu eleitores entre os dias 18 e 21 de julho, Campos ficou com 8% das intenções de voto, em comparação com 10% no levantamento anterior.

Na opinião do cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria Integrada, poderá haver uma migração dos eleitores de Campos - se a intenção de voto do ex-governador, de fato, emperrar no patamar atual - antes de uma definição dos que declaram voto branco ou nulo antes do primeiro turno da eleição presidencial.

"Ao longo da corrida eleitoral, o eleitor fará uma escolha pela candidatura mais competitiva, ou seja, o voto estratégico, assim se a distância entre Aécio e Campos permanecer grande como está, então é possível que esse movimento ocorra", explica Cortez. "O que não está claro é a direção dessa migração de votos do Campos - se para o Aécio, para Dilma ou até eventualmente para brancos e nulos."

Essa indefinição, embora não tão óbvia, se explica, segundo Cortez, pelo perfil de oposição moderada assumido pelo candidato do PSB até o momento na campanha. "Esse discurso de oposição moderada sinaliza um eleitorado que até agora o PSDB não conseguiu mobilizar", explica. "Não acredito que, neste momento, haja uma predominância pela preferência por Dilma, Aécio ou brancos e nulos, o que, por enquanto, aponta para uma dispersão de uma eventual migração do voto de Campos."

Segundo Cortez, a parcela de eleitores indecisos, ou seja, os que votam hoje branco ou nulo, será mais decisiva para o desfecho do pleito no primeiro turno do que uma eventual migração dos que apoiam Campos para algum outro candidato. E esses eleitores que declararam pelo branco ou nulo tendem a definir o voto em cima da hora.

"A chave do cenário para o primeiro turno será o comportamento dos votos brancos e nulos, mas a migração do eleitorado de Campos, se ele realmente não passar para o segundo turno, terá maior peso para a definição do pleito no segundo turno, uma vez que nessa etapa a disputa estará, de fato, polarizada", diz Cortez. "Ou seja, a migração dos votos de Campos não altera o cenário em termos de aumentar a probabilidade de um segundo turno, mas, tendo um segundo turno, essa migração aumenta a chance da oposição."

E qual a vulnerabilidade da candidatura da petista Dilma Rousseff na disputa pelo voto dos indecisos?

Para o especialista em marketing político e pesquisas eleitorais Sidney Kuntz, Dilma tem menos apoio da classe média (A, B e C), em particular na região sudeste do País.

"Nesse sentido, a oposição vai focar nas políticas de mobilidade urbana, o crescimento baixo do PIB, queda na geração de emprego e inflação", diz Kuntz. Já os alicerces da campanha da presidente incluem os programas sociais, como o Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, entre outros.

"A economia afetará a campanha da presidente, mas é preciso ver ainda o quanto influenciará a intenção de voto e se vai afetar o apoio daqueles que são beneficiados pelos programas sociais do governo", afirma Kuntz.

Assim, neste momento, ainda é prematuro apontar o desfecho da eleição, embora seja praticamente dado como certo a realização do segundo turno. A evolução das pesquisas eleitorais após o início da propaganda eleitoral poderá jogar luz em quem realmente são os candidatos mais competitivos para um eventual segundo turno.

Fábio Alves é jornalista do Broadcast

Eduardo Campos, do PSB, ao lado de Marina Silva, durante conversa com empresários da CNI ( Foto: Reuters)

Os investidores e analistas do mercado financeiro vão passar a monitorar, nas próximas semanas, o desempenho do candidato do PSB à eleição presidencial, Eduardo Campos, nas pesquisas de opinião.

Isso porque especialistas apontam para o risco de migração de voto ainda antes do primeiro turno da eleição do ex-governador de Pernambuco para o candidato tucano Aécio Neves, para a presidente Dilma Rousseff ou mesmo para a corrente dos votos nulos e brancos.

"Campos não passa dos 10% das intenções de votos há algum tempo", diz o especialista em marketing político e pesquisas eleitorais Sidney Kuntz. "Se ele não decolar desse patamar que está atualmente num prazo de até 15 dias depois do início da propaganda eleitoral gratuita na TV, não acredito que ele possa chegar ao segundo turno e daí haverá o voto útil."

A propaganda eleitoral gratuita começará no dia 19 de agosto.

"Campos tem que mostrar força logo no início da propaganda eleitoral gratuita", argumenta Kuntz. Para ele, uma parte dos eleitores de Campos poderá migrar para o candidato tucano, especialmente daqueles que estão descontentes com as políticas do governo Dilma.

Na última pesquisa do Instituto Datafolha, que foi a campo entre os dias 15 e 16 de julho, a intenção de voto a favor de Campos oscilou de 9% para 8% na pesquisa anterior. Já no levantamento feito pelo Instituto Sensus, entre os dias 12 e 15 de julho, o candidato do PSB oscilou de 7,5% para 7,2%. E na pesquisa Ibope, que ouviu eleitores entre os dias 18 e 21 de julho, Campos ficou com 8% das intenções de voto, em comparação com 10% no levantamento anterior.

Na opinião do cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria Integrada, poderá haver uma migração dos eleitores de Campos - se a intenção de voto do ex-governador, de fato, emperrar no patamar atual - antes de uma definição dos que declaram voto branco ou nulo antes do primeiro turno da eleição presidencial.

"Ao longo da corrida eleitoral, o eleitor fará uma escolha pela candidatura mais competitiva, ou seja, o voto estratégico, assim se a distância entre Aécio e Campos permanecer grande como está, então é possível que esse movimento ocorra", explica Cortez. "O que não está claro é a direção dessa migração de votos do Campos - se para o Aécio, para Dilma ou até eventualmente para brancos e nulos."

Essa indefinição, embora não tão óbvia, se explica, segundo Cortez, pelo perfil de oposição moderada assumido pelo candidato do PSB até o momento na campanha. "Esse discurso de oposição moderada sinaliza um eleitorado que até agora o PSDB não conseguiu mobilizar", explica. "Não acredito que, neste momento, haja uma predominância pela preferência por Dilma, Aécio ou brancos e nulos, o que, por enquanto, aponta para uma dispersão de uma eventual migração do voto de Campos."

Segundo Cortez, a parcela de eleitores indecisos, ou seja, os que votam hoje branco ou nulo, será mais decisiva para o desfecho do pleito no primeiro turno do que uma eventual migração dos que apoiam Campos para algum outro candidato. E esses eleitores que declararam pelo branco ou nulo tendem a definir o voto em cima da hora.

"A chave do cenário para o primeiro turno será o comportamento dos votos brancos e nulos, mas a migração do eleitorado de Campos, se ele realmente não passar para o segundo turno, terá maior peso para a definição do pleito no segundo turno, uma vez que nessa etapa a disputa estará, de fato, polarizada", diz Cortez. "Ou seja, a migração dos votos de Campos não altera o cenário em termos de aumentar a probabilidade de um segundo turno, mas, tendo um segundo turno, essa migração aumenta a chance da oposição."

E qual a vulnerabilidade da candidatura da petista Dilma Rousseff na disputa pelo voto dos indecisos?

Para o especialista em marketing político e pesquisas eleitorais Sidney Kuntz, Dilma tem menos apoio da classe média (A, B e C), em particular na região sudeste do País.

"Nesse sentido, a oposição vai focar nas políticas de mobilidade urbana, o crescimento baixo do PIB, queda na geração de emprego e inflação", diz Kuntz. Já os alicerces da campanha da presidente incluem os programas sociais, como o Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, entre outros.

"A economia afetará a campanha da presidente, mas é preciso ver ainda o quanto influenciará a intenção de voto e se vai afetar o apoio daqueles que são beneficiados pelos programas sociais do governo", afirma Kuntz.

Assim, neste momento, ainda é prematuro apontar o desfecho da eleição, embora seja praticamente dado como certo a realização do segundo turno. A evolução das pesquisas eleitorais após o início da propaganda eleitoral poderá jogar luz em quem realmente são os candidatos mais competitivos para um eventual segundo turno.

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