Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|Que racha? Que crise? Que base?


Alguém acha mesmo que os líderes do PSDB e do DEM foram pegos de surpresa com um acordão que 'rasgou a constituição' e que Temer permaneceu alheio inocentemente ao conchavo?

Por Fábio Alves
Michel Temer toma posse como presidente da República no Senado Foto: Dida Sampaio/Estadão

O noticiário de jornais e de televisão traz análises e informações de que gerou uma crise na base aliada de Michel Temer o acordo entre PMDB e PT para garantir a Dilma Rousseff o direito ao exercício de funções públicas apesar de ter sido removida permanentemente da Presidência.

Que racha? Que crise? Que base?

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Alguém acha mesmo que Temer permaneceu alheio inocentemente ao conchavo que se alinhavou nos últimos dias que antecederam à votação final do impeachment de Dilma no Senado?

Alguém acha mesmo que os líderes do PSDB e do DEM foram pegos de surpresa com um acordão que "rasgou a constituição", como disseram muitos, ao fatiar o desfecho do impeachment?

Alguém acha mesmo que a sempre beligerante Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment, aquiesceu pacificamente à votação que reduziu a punição de Dilma, abrindo mão de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)?

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Depois de esbravejarem diante das câmaras de TV, os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) negaram deixar a base aliada e recorrer ao STF para reverter o voto em separado para a punição da ex-presidente.

O senador Aécio Neves, derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014, apressou-se em dizer que a "questão essencial foi resolvida".

Não à toa que o discurso de Dilma quando foi se defender no Senado na segunda-feira pareceu mais uma tentativa de abrir novos caminhos no futuro, ao tentar resgatar o seu legado, do que um último esforço para evitar o seu afastamento definitivo.

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Não há inocentes em Brasília e ninguém foi pego de surpresa no conchavo que fatiou a votação do impeachment.

Os únicos surpresos, além dos eleitores brasileiros, foram os jornalistas. Sim, porque surpreendentemente esse conchavo não vazou para colunas políticas da imprensa, como é de costume. Até porque se isso acontecesse a reação seria muito forte e poderia atrapalhar os interesses dos envolvidos.

Desta forma, não é possível avaliar o quão infiel seria a base aliada de Temer, traçando cenários para votações de medidas econômicas no Congresso.

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Esse "acordão" parece improvável de ter sido feito sem a anuência dos principais atores políticos, incluindo o Palácio do Planalto.

Tanto que, apesar das reclamações públicas, ninguém de peso da base aliada (PSDB, DEM e o próprio PMDB) se dispôs a recorrer ao STF para reverter a decisão do Senado.

O problema é que tal conchavo abriu a caixa de pandora. Sabe-se lá quais serão as repercussões que essa decisão poderão ter para políticos na mira da Justiça, como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

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Aliás, fora os jornalistas e os eleitores menos informados, nem o mercado financeiro parece estar se estressando com a tal "crise na base aliada", haja vista a reação dos preços dos ativos brasileiros.

Fábio Alves é jornalista do Broadcast

Michel Temer toma posse como presidente da República no Senado Foto: Dida Sampaio/Estadão

O noticiário de jornais e de televisão traz análises e informações de que gerou uma crise na base aliada de Michel Temer o acordo entre PMDB e PT para garantir a Dilma Rousseff o direito ao exercício de funções públicas apesar de ter sido removida permanentemente da Presidência.

Que racha? Que crise? Que base?

Alguém acha mesmo que Temer permaneceu alheio inocentemente ao conchavo que se alinhavou nos últimos dias que antecederam à votação final do impeachment de Dilma no Senado?

Alguém acha mesmo que os líderes do PSDB e do DEM foram pegos de surpresa com um acordão que "rasgou a constituição", como disseram muitos, ao fatiar o desfecho do impeachment?

Alguém acha mesmo que a sempre beligerante Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment, aquiesceu pacificamente à votação que reduziu a punição de Dilma, abrindo mão de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)?

Depois de esbravejarem diante das câmaras de TV, os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) negaram deixar a base aliada e recorrer ao STF para reverter o voto em separado para a punição da ex-presidente.

O senador Aécio Neves, derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014, apressou-se em dizer que a "questão essencial foi resolvida".

Não à toa que o discurso de Dilma quando foi se defender no Senado na segunda-feira pareceu mais uma tentativa de abrir novos caminhos no futuro, ao tentar resgatar o seu legado, do que um último esforço para evitar o seu afastamento definitivo.

Não há inocentes em Brasília e ninguém foi pego de surpresa no conchavo que fatiou a votação do impeachment.

Os únicos surpresos, além dos eleitores brasileiros, foram os jornalistas. Sim, porque surpreendentemente esse conchavo não vazou para colunas políticas da imprensa, como é de costume. Até porque se isso acontecesse a reação seria muito forte e poderia atrapalhar os interesses dos envolvidos.

Desta forma, não é possível avaliar o quão infiel seria a base aliada de Temer, traçando cenários para votações de medidas econômicas no Congresso.

Esse "acordão" parece improvável de ter sido feito sem a anuência dos principais atores políticos, incluindo o Palácio do Planalto.

Tanto que, apesar das reclamações públicas, ninguém de peso da base aliada (PSDB, DEM e o próprio PMDB) se dispôs a recorrer ao STF para reverter a decisão do Senado.

O problema é que tal conchavo abriu a caixa de pandora. Sabe-se lá quais serão as repercussões que essa decisão poderão ter para políticos na mira da Justiça, como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

Aliás, fora os jornalistas e os eleitores menos informados, nem o mercado financeiro parece estar se estressando com a tal "crise na base aliada", haja vista a reação dos preços dos ativos brasileiros.

Fábio Alves é jornalista do Broadcast

Michel Temer toma posse como presidente da República no Senado Foto: Dida Sampaio/Estadão

O noticiário de jornais e de televisão traz análises e informações de que gerou uma crise na base aliada de Michel Temer o acordo entre PMDB e PT para garantir a Dilma Rousseff o direito ao exercício de funções públicas apesar de ter sido removida permanentemente da Presidência.

Que racha? Que crise? Que base?

Alguém acha mesmo que Temer permaneceu alheio inocentemente ao conchavo que se alinhavou nos últimos dias que antecederam à votação final do impeachment de Dilma no Senado?

Alguém acha mesmo que os líderes do PSDB e do DEM foram pegos de surpresa com um acordão que "rasgou a constituição", como disseram muitos, ao fatiar o desfecho do impeachment?

Alguém acha mesmo que a sempre beligerante Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment, aquiesceu pacificamente à votação que reduziu a punição de Dilma, abrindo mão de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)?

Depois de esbravejarem diante das câmaras de TV, os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) negaram deixar a base aliada e recorrer ao STF para reverter o voto em separado para a punição da ex-presidente.

O senador Aécio Neves, derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014, apressou-se em dizer que a "questão essencial foi resolvida".

Não à toa que o discurso de Dilma quando foi se defender no Senado na segunda-feira pareceu mais uma tentativa de abrir novos caminhos no futuro, ao tentar resgatar o seu legado, do que um último esforço para evitar o seu afastamento definitivo.

Não há inocentes em Brasília e ninguém foi pego de surpresa no conchavo que fatiou a votação do impeachment.

Os únicos surpresos, além dos eleitores brasileiros, foram os jornalistas. Sim, porque surpreendentemente esse conchavo não vazou para colunas políticas da imprensa, como é de costume. Até porque se isso acontecesse a reação seria muito forte e poderia atrapalhar os interesses dos envolvidos.

Desta forma, não é possível avaliar o quão infiel seria a base aliada de Temer, traçando cenários para votações de medidas econômicas no Congresso.

Esse "acordão" parece improvável de ter sido feito sem a anuência dos principais atores políticos, incluindo o Palácio do Planalto.

Tanto que, apesar das reclamações públicas, ninguém de peso da base aliada (PSDB, DEM e o próprio PMDB) se dispôs a recorrer ao STF para reverter a decisão do Senado.

O problema é que tal conchavo abriu a caixa de pandora. Sabe-se lá quais serão as repercussões que essa decisão poderão ter para políticos na mira da Justiça, como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

Aliás, fora os jornalistas e os eleitores menos informados, nem o mercado financeiro parece estar se estressando com a tal "crise na base aliada", haja vista a reação dos preços dos ativos brasileiros.

Fábio Alves é jornalista do Broadcast

Michel Temer toma posse como presidente da República no Senado Foto: Dida Sampaio/Estadão

O noticiário de jornais e de televisão traz análises e informações de que gerou uma crise na base aliada de Michel Temer o acordo entre PMDB e PT para garantir a Dilma Rousseff o direito ao exercício de funções públicas apesar de ter sido removida permanentemente da Presidência.

Que racha? Que crise? Que base?

Alguém acha mesmo que Temer permaneceu alheio inocentemente ao conchavo que se alinhavou nos últimos dias que antecederam à votação final do impeachment de Dilma no Senado?

Alguém acha mesmo que os líderes do PSDB e do DEM foram pegos de surpresa com um acordão que "rasgou a constituição", como disseram muitos, ao fatiar o desfecho do impeachment?

Alguém acha mesmo que a sempre beligerante Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment, aquiesceu pacificamente à votação que reduziu a punição de Dilma, abrindo mão de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)?

Depois de esbravejarem diante das câmaras de TV, os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) negaram deixar a base aliada e recorrer ao STF para reverter o voto em separado para a punição da ex-presidente.

O senador Aécio Neves, derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014, apressou-se em dizer que a "questão essencial foi resolvida".

Não à toa que o discurso de Dilma quando foi se defender no Senado na segunda-feira pareceu mais uma tentativa de abrir novos caminhos no futuro, ao tentar resgatar o seu legado, do que um último esforço para evitar o seu afastamento definitivo.

Não há inocentes em Brasília e ninguém foi pego de surpresa no conchavo que fatiou a votação do impeachment.

Os únicos surpresos, além dos eleitores brasileiros, foram os jornalistas. Sim, porque surpreendentemente esse conchavo não vazou para colunas políticas da imprensa, como é de costume. Até porque se isso acontecesse a reação seria muito forte e poderia atrapalhar os interesses dos envolvidos.

Desta forma, não é possível avaliar o quão infiel seria a base aliada de Temer, traçando cenários para votações de medidas econômicas no Congresso.

Esse "acordão" parece improvável de ter sido feito sem a anuência dos principais atores políticos, incluindo o Palácio do Planalto.

Tanto que, apesar das reclamações públicas, ninguém de peso da base aliada (PSDB, DEM e o próprio PMDB) se dispôs a recorrer ao STF para reverter a decisão do Senado.

O problema é que tal conchavo abriu a caixa de pandora. Sabe-se lá quais serão as repercussões que essa decisão poderão ter para políticos na mira da Justiça, como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

Aliás, fora os jornalistas e os eleitores menos informados, nem o mercado financeiro parece estar se estressando com a tal "crise na base aliada", haja vista a reação dos preços dos ativos brasileiros.

Fábio Alves é jornalista do Broadcast

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