Professor de Finanças da FGV-SP

Os desafios econômicos de 2023 podem ser maiores que os de 2022


Cenário internacional é de um mundo com menos inflação, mas com menor crescimento por conta dos juros altos.

Por Fabio Gallo

Todo fim de ano, fazemos a retrospectiva do que se passou no período. Particularmente, o que ocorreu com nossos investimentos e com os dados da economia. Para termos uma perspectiva do ocorrido, no fim de 2021 as projeções para 2022, segundo o Boletim Focus, eram de inflação em 5,03% (e estamos fechando o ano com 5,6%), juros projetados em 11,5% (e estamos em 13,75%) e o dólar cotado a R$5,60 (e agora está em R$ 5,29). Na Bolsa, havia a expectativa de que estaríamos acima de 123 mil pontos – terminamos um pouco acima de 110 mil.

O ano que está se encerrando foi muito mais desafiador do que o esperado, mesmo sabendo-se que as eleições trariam muito mais volatilidade ao mercado. Para 2023, as projeções não são boas. O ano que está chegando deve ser mais desafiador ainda. O cenário internacional é de um mundo com menos inflação, mas com menor crescimento por conta dos juros altos. Há uma grande preocupação com a China, que está em meio a uma nova onda de covid. Internamente, a situação também mostra-se difícil, com importantes desafios à frente. O novo governo tem de endereçar questões muito importantes como a nova fórmula de controle de gastos, a manutenção do valor do Bolsa Família e mostrar que vai levar a sério a questão fiscal.

Investidor pode ser empurrado para renda variável pelos juros baixos Foto: Gabriela Biló/Estadão
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No próximo ano, o aperto monetário irá continuar, e nosso crescimento perdeu tração – a expectativa é de que o PIB cresça perto de 0,8%. O Brasil continua a mostrar a cara de que é um paraíso para o rentista, porque deveremos ter ganhos reais na renda fixa. A outra face mostra um inferno para os devedores, que terão enormes dificuldades com juros nas alturas.

A recomendação para o investidor segue a rota que tem sido ditada ao longo deste ano. Primeiro passo: firmar uma estratégia de longo prazo para a carteira de investimentos que case os prazos das aplicações com os objetivos de utilização dos recursos. Atenção, essa estratégia deve privilegiar a segurança, ativos de menor grau de risco são mais indicados. Assim, ganham força as aplicações em renda fixa como títulos do Tesouro Direto, CDBs, letras de câmbio, letras de câmbio imobiliárias (LCI), letras de câmbio do agronegócio e debêntures.

Dentre os títulos do Tesouro, os papéis prefixados apresentam um pouco mais de risco, mas, no caso de quem acredita que a inflação irá ceder mais rapidamente, pode ser uma oportunidade de ganhos reais. No entanto, não é o que se vê hoje: temos uma previsão de inflação para 2023 na casa de 5,23%. Para aqueles com maior apetite ao risco, os analistas continuam mantendo a opinião de que a Bolsa está barata e de que ações de empresas dedicadas a alimentos básicos, energia e commodities são recomendadas. Qualquer que seja o seu palpite, investir no ano que se aproxima irá exigir muita pesquisa e cautela.

Todo fim de ano, fazemos a retrospectiva do que se passou no período. Particularmente, o que ocorreu com nossos investimentos e com os dados da economia. Para termos uma perspectiva do ocorrido, no fim de 2021 as projeções para 2022, segundo o Boletim Focus, eram de inflação em 5,03% (e estamos fechando o ano com 5,6%), juros projetados em 11,5% (e estamos em 13,75%) e o dólar cotado a R$5,60 (e agora está em R$ 5,29). Na Bolsa, havia a expectativa de que estaríamos acima de 123 mil pontos – terminamos um pouco acima de 110 mil.

O ano que está se encerrando foi muito mais desafiador do que o esperado, mesmo sabendo-se que as eleições trariam muito mais volatilidade ao mercado. Para 2023, as projeções não são boas. O ano que está chegando deve ser mais desafiador ainda. O cenário internacional é de um mundo com menos inflação, mas com menor crescimento por conta dos juros altos. Há uma grande preocupação com a China, que está em meio a uma nova onda de covid. Internamente, a situação também mostra-se difícil, com importantes desafios à frente. O novo governo tem de endereçar questões muito importantes como a nova fórmula de controle de gastos, a manutenção do valor do Bolsa Família e mostrar que vai levar a sério a questão fiscal.

Investidor pode ser empurrado para renda variável pelos juros baixos Foto: Gabriela Biló/Estadão

No próximo ano, o aperto monetário irá continuar, e nosso crescimento perdeu tração – a expectativa é de que o PIB cresça perto de 0,8%. O Brasil continua a mostrar a cara de que é um paraíso para o rentista, porque deveremos ter ganhos reais na renda fixa. A outra face mostra um inferno para os devedores, que terão enormes dificuldades com juros nas alturas.

A recomendação para o investidor segue a rota que tem sido ditada ao longo deste ano. Primeiro passo: firmar uma estratégia de longo prazo para a carteira de investimentos que case os prazos das aplicações com os objetivos de utilização dos recursos. Atenção, essa estratégia deve privilegiar a segurança, ativos de menor grau de risco são mais indicados. Assim, ganham força as aplicações em renda fixa como títulos do Tesouro Direto, CDBs, letras de câmbio, letras de câmbio imobiliárias (LCI), letras de câmbio do agronegócio e debêntures.

Dentre os títulos do Tesouro, os papéis prefixados apresentam um pouco mais de risco, mas, no caso de quem acredita que a inflação irá ceder mais rapidamente, pode ser uma oportunidade de ganhos reais. No entanto, não é o que se vê hoje: temos uma previsão de inflação para 2023 na casa de 5,23%. Para aqueles com maior apetite ao risco, os analistas continuam mantendo a opinião de que a Bolsa está barata e de que ações de empresas dedicadas a alimentos básicos, energia e commodities são recomendadas. Qualquer que seja o seu palpite, investir no ano que se aproxima irá exigir muita pesquisa e cautela.

Todo fim de ano, fazemos a retrospectiva do que se passou no período. Particularmente, o que ocorreu com nossos investimentos e com os dados da economia. Para termos uma perspectiva do ocorrido, no fim de 2021 as projeções para 2022, segundo o Boletim Focus, eram de inflação em 5,03% (e estamos fechando o ano com 5,6%), juros projetados em 11,5% (e estamos em 13,75%) e o dólar cotado a R$5,60 (e agora está em R$ 5,29). Na Bolsa, havia a expectativa de que estaríamos acima de 123 mil pontos – terminamos um pouco acima de 110 mil.

O ano que está se encerrando foi muito mais desafiador do que o esperado, mesmo sabendo-se que as eleições trariam muito mais volatilidade ao mercado. Para 2023, as projeções não são boas. O ano que está chegando deve ser mais desafiador ainda. O cenário internacional é de um mundo com menos inflação, mas com menor crescimento por conta dos juros altos. Há uma grande preocupação com a China, que está em meio a uma nova onda de covid. Internamente, a situação também mostra-se difícil, com importantes desafios à frente. O novo governo tem de endereçar questões muito importantes como a nova fórmula de controle de gastos, a manutenção do valor do Bolsa Família e mostrar que vai levar a sério a questão fiscal.

Investidor pode ser empurrado para renda variável pelos juros baixos Foto: Gabriela Biló/Estadão

No próximo ano, o aperto monetário irá continuar, e nosso crescimento perdeu tração – a expectativa é de que o PIB cresça perto de 0,8%. O Brasil continua a mostrar a cara de que é um paraíso para o rentista, porque deveremos ter ganhos reais na renda fixa. A outra face mostra um inferno para os devedores, que terão enormes dificuldades com juros nas alturas.

A recomendação para o investidor segue a rota que tem sido ditada ao longo deste ano. Primeiro passo: firmar uma estratégia de longo prazo para a carteira de investimentos que case os prazos das aplicações com os objetivos de utilização dos recursos. Atenção, essa estratégia deve privilegiar a segurança, ativos de menor grau de risco são mais indicados. Assim, ganham força as aplicações em renda fixa como títulos do Tesouro Direto, CDBs, letras de câmbio, letras de câmbio imobiliárias (LCI), letras de câmbio do agronegócio e debêntures.

Dentre os títulos do Tesouro, os papéis prefixados apresentam um pouco mais de risco, mas, no caso de quem acredita que a inflação irá ceder mais rapidamente, pode ser uma oportunidade de ganhos reais. No entanto, não é o que se vê hoje: temos uma previsão de inflação para 2023 na casa de 5,23%. Para aqueles com maior apetite ao risco, os analistas continuam mantendo a opinião de que a Bolsa está barata e de que ações de empresas dedicadas a alimentos básicos, energia e commodities são recomendadas. Qualquer que seja o seu palpite, investir no ano que se aproxima irá exigir muita pesquisa e cautela.

Todo fim de ano, fazemos a retrospectiva do que se passou no período. Particularmente, o que ocorreu com nossos investimentos e com os dados da economia. Para termos uma perspectiva do ocorrido, no fim de 2021 as projeções para 2022, segundo o Boletim Focus, eram de inflação em 5,03% (e estamos fechando o ano com 5,6%), juros projetados em 11,5% (e estamos em 13,75%) e o dólar cotado a R$5,60 (e agora está em R$ 5,29). Na Bolsa, havia a expectativa de que estaríamos acima de 123 mil pontos – terminamos um pouco acima de 110 mil.

O ano que está se encerrando foi muito mais desafiador do que o esperado, mesmo sabendo-se que as eleições trariam muito mais volatilidade ao mercado. Para 2023, as projeções não são boas. O ano que está chegando deve ser mais desafiador ainda. O cenário internacional é de um mundo com menos inflação, mas com menor crescimento por conta dos juros altos. Há uma grande preocupação com a China, que está em meio a uma nova onda de covid. Internamente, a situação também mostra-se difícil, com importantes desafios à frente. O novo governo tem de endereçar questões muito importantes como a nova fórmula de controle de gastos, a manutenção do valor do Bolsa Família e mostrar que vai levar a sério a questão fiscal.

Investidor pode ser empurrado para renda variável pelos juros baixos Foto: Gabriela Biló/Estadão

No próximo ano, o aperto monetário irá continuar, e nosso crescimento perdeu tração – a expectativa é de que o PIB cresça perto de 0,8%. O Brasil continua a mostrar a cara de que é um paraíso para o rentista, porque deveremos ter ganhos reais na renda fixa. A outra face mostra um inferno para os devedores, que terão enormes dificuldades com juros nas alturas.

A recomendação para o investidor segue a rota que tem sido ditada ao longo deste ano. Primeiro passo: firmar uma estratégia de longo prazo para a carteira de investimentos que case os prazos das aplicações com os objetivos de utilização dos recursos. Atenção, essa estratégia deve privilegiar a segurança, ativos de menor grau de risco são mais indicados. Assim, ganham força as aplicações em renda fixa como títulos do Tesouro Direto, CDBs, letras de câmbio, letras de câmbio imobiliárias (LCI), letras de câmbio do agronegócio e debêntures.

Dentre os títulos do Tesouro, os papéis prefixados apresentam um pouco mais de risco, mas, no caso de quem acredita que a inflação irá ceder mais rapidamente, pode ser uma oportunidade de ganhos reais. No entanto, não é o que se vê hoje: temos uma previsão de inflação para 2023 na casa de 5,23%. Para aqueles com maior apetite ao risco, os analistas continuam mantendo a opinião de que a Bolsa está barata e de que ações de empresas dedicadas a alimentos básicos, energia e commodities são recomendadas. Qualquer que seja o seu palpite, investir no ano que se aproxima irá exigir muita pesquisa e cautela.

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