Economia e políticas públicas

Opinião|Sinal de alerta no emprego


Pnad Covid-19 de agosto revela criação fraca de empregos, o que indica que, por enquanto, o mercado de trabalho não mostra força suficiente para que a massa salarial substitua os auxílios emergenciais como propulsora da economia na saída da pandemia.

Por Fernando Dantas

A Pnad Covid-19 de agosto, divulgada na quarta, 23/9, não foi um bom sinal em termos do "salto triplo carpado" que a economia brasileira terá que realizar para sair do modo pandemia para o modo pós-pandemia.

O desafio é que o mercado de trabalho se recupere e gere renda o suficiente, especialmente a partir do começo do ano que vem, para que os supermotores do auxílio emergencial e do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) possam ser definitivamente desligados.

Nesse sentido, a Pnad-Covid de agosto decepcionou, segundo José Márcio Camargo, economista da Genial Investimentos (Grupo Plural), no Rio.

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Ele ressalva que o aumento da taxa de desemprego, que subiu de 13,1% em julho para 13,6% em agosto, já era esperado e, de certa forma, é mais um efeito estatístico do que econômico e social.

Com explica Camargo, houve um violento choque negativo de oferta e demanda de trabalho no início da pandemia. As pessoas perderam emprego e ficaram em casa, sem procurar trabalho, por causa da quarentena.

Houve uma redução de aproximadamente 10 milhões de pessoas na força de trabalho, mas isso ocorreu não porque a maior parte desse contingente não quisesse mais trabalhar, mas sim porque não podia procurar emprego por razões sanitárias.

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"No momento em que o isolamento social vai sendo relaxado, era totalmente esperado que essas pessoas saíssem de casa para procurar emprego", explica o economista.

Assim, à medida que essa oferta de trabalho supera a demanda gerada pela economia, o desemprego sobe.

O problema, porém, é que a população ocupada, na visão de Camargo, especialista em mercado de trabalho, está, por enquanto, crescendo muito devagar.

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"A reação da ocupação à redução do isolamento social está sendo relativamente lenta", avalia.

Segundo os números da Pnad Covid-19, a força de trabalho aumentou de 93,7 milhões para 95,1 milhões entre julho e agosto, com aumento de 1,3 milhão de pessoas, ou de 1,4%.

Já a população ocupada (PO) se elevou de 81,5 milhões para 82,1 milhões, com aumento de 657 mil, ou 0,8%.

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O movimento de volta à força de trabalho pode se acelerar no fim deste ano e início do próximo, com o processo de fechamento progressivo das torneiras do auxílio emergencial e do BEm.

Já em setembro o auxílio cai a R$ 300, o que talvez seja insuficiente, como complementação de renda, para fazer com que muitas pessoas, já numa fase mais branda da pandemia, prefiram permanecer em casa do que procurar emprego.

Já no caso do BEm, programa de suspensão e redução de jornada de trabalho, com reposição parcial dos salários pelo seguro-desemprego, à medida que as carências vão vencendo - as empresas se comprometeram a manter os empregados por um período igual ao que permaneceram no programa, limitado a poucos meses -, as firmas podem começar a demitir. O que, naturalmente, também aumenta o desemprego.

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Com todas essas pressões, Camargo estima que 2020 feche com uma taxa de desemprego entre 16% a 17%.

Ele faz uma ressalva, no entanto. O Caged de julho, que mostrou criação líquida de 131 mil postos de trabalho com carteira assinada - assim como dados mais animadores do seguro-desemprego - aponta uma fotografia diferente da revelada pela Pnad Covid-19, com números relativos ao setor formal bem piores.

Houve discrepância entre o Caged e a Pnad (Contínua, no caso) no ano passado, e foi a segunda que acabou convergindo para o primeiro. Mas Camargo frisa que não é certo que isso ocorra outra vez.

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Bruno Ottoni, economista da IDados, empresa de pesquisa de dados em mercado de trabalho e educação, também está preocupado com a capacidade de a recuperação do mercado de trabalho tomar o bastão dos programas de auxílio como mecanismo de propulsão da demanda quando estes forem desativados.

Ele nota, inclusive, que esta é uma época do ano em que, sazonalmente, o mercado de trabalho melhora, mas não se nota ainda dinamismo na criação de empregos.

Ottoni tem projeção de taxa de desemprego no final do ano em torno de 14%, menor que a de Camargo. Mas isso deriva do fato de que o economista da IDados vê o auxílio emergencial, mesmo de R$ 300, e o BEm ainda contendo a volta de muitos brasileiros à busca de emprego nos meses à frente.

Assim, a sua projeção menor (relativamente à de Camargo) no fim do ano pode significar que mais gente vai deixar para voltar à força de trabalho a partir do início de 2021, quando - pelo que está anunciado até agora - os auxílios de fato terminam. E aí a taxa de desemprego pode subir mais, salvo se o mercado de trabalho demonstrar um dinamismo na saída da pandemia que até agora está ausente.

Fernando Dantas é colunista do Broadcast (fernando.dantas@estadao.com)

Esta coluna foi publicada pelo Broadcast em 23/9/2020, quarta-feira.

A Pnad Covid-19 de agosto, divulgada na quarta, 23/9, não foi um bom sinal em termos do "salto triplo carpado" que a economia brasileira terá que realizar para sair do modo pandemia para o modo pós-pandemia.

O desafio é que o mercado de trabalho se recupere e gere renda o suficiente, especialmente a partir do começo do ano que vem, para que os supermotores do auxílio emergencial e do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) possam ser definitivamente desligados.

Nesse sentido, a Pnad-Covid de agosto decepcionou, segundo José Márcio Camargo, economista da Genial Investimentos (Grupo Plural), no Rio.

Ele ressalva que o aumento da taxa de desemprego, que subiu de 13,1% em julho para 13,6% em agosto, já era esperado e, de certa forma, é mais um efeito estatístico do que econômico e social.

Com explica Camargo, houve um violento choque negativo de oferta e demanda de trabalho no início da pandemia. As pessoas perderam emprego e ficaram em casa, sem procurar trabalho, por causa da quarentena.

Houve uma redução de aproximadamente 10 milhões de pessoas na força de trabalho, mas isso ocorreu não porque a maior parte desse contingente não quisesse mais trabalhar, mas sim porque não podia procurar emprego por razões sanitárias.

"No momento em que o isolamento social vai sendo relaxado, era totalmente esperado que essas pessoas saíssem de casa para procurar emprego", explica o economista.

Assim, à medida que essa oferta de trabalho supera a demanda gerada pela economia, o desemprego sobe.

O problema, porém, é que a população ocupada, na visão de Camargo, especialista em mercado de trabalho, está, por enquanto, crescendo muito devagar.

"A reação da ocupação à redução do isolamento social está sendo relativamente lenta", avalia.

Segundo os números da Pnad Covid-19, a força de trabalho aumentou de 93,7 milhões para 95,1 milhões entre julho e agosto, com aumento de 1,3 milhão de pessoas, ou de 1,4%.

Já a população ocupada (PO) se elevou de 81,5 milhões para 82,1 milhões, com aumento de 657 mil, ou 0,8%.

O movimento de volta à força de trabalho pode se acelerar no fim deste ano e início do próximo, com o processo de fechamento progressivo das torneiras do auxílio emergencial e do BEm.

Já em setembro o auxílio cai a R$ 300, o que talvez seja insuficiente, como complementação de renda, para fazer com que muitas pessoas, já numa fase mais branda da pandemia, prefiram permanecer em casa do que procurar emprego.

Já no caso do BEm, programa de suspensão e redução de jornada de trabalho, com reposição parcial dos salários pelo seguro-desemprego, à medida que as carências vão vencendo - as empresas se comprometeram a manter os empregados por um período igual ao que permaneceram no programa, limitado a poucos meses -, as firmas podem começar a demitir. O que, naturalmente, também aumenta o desemprego.

Com todas essas pressões, Camargo estima que 2020 feche com uma taxa de desemprego entre 16% a 17%.

Ele faz uma ressalva, no entanto. O Caged de julho, que mostrou criação líquida de 131 mil postos de trabalho com carteira assinada - assim como dados mais animadores do seguro-desemprego - aponta uma fotografia diferente da revelada pela Pnad Covid-19, com números relativos ao setor formal bem piores.

Houve discrepância entre o Caged e a Pnad (Contínua, no caso) no ano passado, e foi a segunda que acabou convergindo para o primeiro. Mas Camargo frisa que não é certo que isso ocorra outra vez.

Bruno Ottoni, economista da IDados, empresa de pesquisa de dados em mercado de trabalho e educação, também está preocupado com a capacidade de a recuperação do mercado de trabalho tomar o bastão dos programas de auxílio como mecanismo de propulsão da demanda quando estes forem desativados.

Ele nota, inclusive, que esta é uma época do ano em que, sazonalmente, o mercado de trabalho melhora, mas não se nota ainda dinamismo na criação de empregos.

Ottoni tem projeção de taxa de desemprego no final do ano em torno de 14%, menor que a de Camargo. Mas isso deriva do fato de que o economista da IDados vê o auxílio emergencial, mesmo de R$ 300, e o BEm ainda contendo a volta de muitos brasileiros à busca de emprego nos meses à frente.

Assim, a sua projeção menor (relativamente à de Camargo) no fim do ano pode significar que mais gente vai deixar para voltar à força de trabalho a partir do início de 2021, quando - pelo que está anunciado até agora - os auxílios de fato terminam. E aí a taxa de desemprego pode subir mais, salvo se o mercado de trabalho demonstrar um dinamismo na saída da pandemia que até agora está ausente.

Fernando Dantas é colunista do Broadcast (fernando.dantas@estadao.com)

Esta coluna foi publicada pelo Broadcast em 23/9/2020, quarta-feira.

A Pnad Covid-19 de agosto, divulgada na quarta, 23/9, não foi um bom sinal em termos do "salto triplo carpado" que a economia brasileira terá que realizar para sair do modo pandemia para o modo pós-pandemia.

O desafio é que o mercado de trabalho se recupere e gere renda o suficiente, especialmente a partir do começo do ano que vem, para que os supermotores do auxílio emergencial e do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) possam ser definitivamente desligados.

Nesse sentido, a Pnad-Covid de agosto decepcionou, segundo José Márcio Camargo, economista da Genial Investimentos (Grupo Plural), no Rio.

Ele ressalva que o aumento da taxa de desemprego, que subiu de 13,1% em julho para 13,6% em agosto, já era esperado e, de certa forma, é mais um efeito estatístico do que econômico e social.

Com explica Camargo, houve um violento choque negativo de oferta e demanda de trabalho no início da pandemia. As pessoas perderam emprego e ficaram em casa, sem procurar trabalho, por causa da quarentena.

Houve uma redução de aproximadamente 10 milhões de pessoas na força de trabalho, mas isso ocorreu não porque a maior parte desse contingente não quisesse mais trabalhar, mas sim porque não podia procurar emprego por razões sanitárias.

"No momento em que o isolamento social vai sendo relaxado, era totalmente esperado que essas pessoas saíssem de casa para procurar emprego", explica o economista.

Assim, à medida que essa oferta de trabalho supera a demanda gerada pela economia, o desemprego sobe.

O problema, porém, é que a população ocupada, na visão de Camargo, especialista em mercado de trabalho, está, por enquanto, crescendo muito devagar.

"A reação da ocupação à redução do isolamento social está sendo relativamente lenta", avalia.

Segundo os números da Pnad Covid-19, a força de trabalho aumentou de 93,7 milhões para 95,1 milhões entre julho e agosto, com aumento de 1,3 milhão de pessoas, ou de 1,4%.

Já a população ocupada (PO) se elevou de 81,5 milhões para 82,1 milhões, com aumento de 657 mil, ou 0,8%.

O movimento de volta à força de trabalho pode se acelerar no fim deste ano e início do próximo, com o processo de fechamento progressivo das torneiras do auxílio emergencial e do BEm.

Já em setembro o auxílio cai a R$ 300, o que talvez seja insuficiente, como complementação de renda, para fazer com que muitas pessoas, já numa fase mais branda da pandemia, prefiram permanecer em casa do que procurar emprego.

Já no caso do BEm, programa de suspensão e redução de jornada de trabalho, com reposição parcial dos salários pelo seguro-desemprego, à medida que as carências vão vencendo - as empresas se comprometeram a manter os empregados por um período igual ao que permaneceram no programa, limitado a poucos meses -, as firmas podem começar a demitir. O que, naturalmente, também aumenta o desemprego.

Com todas essas pressões, Camargo estima que 2020 feche com uma taxa de desemprego entre 16% a 17%.

Ele faz uma ressalva, no entanto. O Caged de julho, que mostrou criação líquida de 131 mil postos de trabalho com carteira assinada - assim como dados mais animadores do seguro-desemprego - aponta uma fotografia diferente da revelada pela Pnad Covid-19, com números relativos ao setor formal bem piores.

Houve discrepância entre o Caged e a Pnad (Contínua, no caso) no ano passado, e foi a segunda que acabou convergindo para o primeiro. Mas Camargo frisa que não é certo que isso ocorra outra vez.

Bruno Ottoni, economista da IDados, empresa de pesquisa de dados em mercado de trabalho e educação, também está preocupado com a capacidade de a recuperação do mercado de trabalho tomar o bastão dos programas de auxílio como mecanismo de propulsão da demanda quando estes forem desativados.

Ele nota, inclusive, que esta é uma época do ano em que, sazonalmente, o mercado de trabalho melhora, mas não se nota ainda dinamismo na criação de empregos.

Ottoni tem projeção de taxa de desemprego no final do ano em torno de 14%, menor que a de Camargo. Mas isso deriva do fato de que o economista da IDados vê o auxílio emergencial, mesmo de R$ 300, e o BEm ainda contendo a volta de muitos brasileiros à busca de emprego nos meses à frente.

Assim, a sua projeção menor (relativamente à de Camargo) no fim do ano pode significar que mais gente vai deixar para voltar à força de trabalho a partir do início de 2021, quando - pelo que está anunciado até agora - os auxílios de fato terminam. E aí a taxa de desemprego pode subir mais, salvo se o mercado de trabalho demonstrar um dinamismo na saída da pandemia que até agora está ausente.

Fernando Dantas é colunista do Broadcast (fernando.dantas@estadao.com)

Esta coluna foi publicada pelo Broadcast em 23/9/2020, quarta-feira.

A Pnad Covid-19 de agosto, divulgada na quarta, 23/9, não foi um bom sinal em termos do "salto triplo carpado" que a economia brasileira terá que realizar para sair do modo pandemia para o modo pós-pandemia.

O desafio é que o mercado de trabalho se recupere e gere renda o suficiente, especialmente a partir do começo do ano que vem, para que os supermotores do auxílio emergencial e do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) possam ser definitivamente desligados.

Nesse sentido, a Pnad-Covid de agosto decepcionou, segundo José Márcio Camargo, economista da Genial Investimentos (Grupo Plural), no Rio.

Ele ressalva que o aumento da taxa de desemprego, que subiu de 13,1% em julho para 13,6% em agosto, já era esperado e, de certa forma, é mais um efeito estatístico do que econômico e social.

Com explica Camargo, houve um violento choque negativo de oferta e demanda de trabalho no início da pandemia. As pessoas perderam emprego e ficaram em casa, sem procurar trabalho, por causa da quarentena.

Houve uma redução de aproximadamente 10 milhões de pessoas na força de trabalho, mas isso ocorreu não porque a maior parte desse contingente não quisesse mais trabalhar, mas sim porque não podia procurar emprego por razões sanitárias.

"No momento em que o isolamento social vai sendo relaxado, era totalmente esperado que essas pessoas saíssem de casa para procurar emprego", explica o economista.

Assim, à medida que essa oferta de trabalho supera a demanda gerada pela economia, o desemprego sobe.

O problema, porém, é que a população ocupada, na visão de Camargo, especialista em mercado de trabalho, está, por enquanto, crescendo muito devagar.

"A reação da ocupação à redução do isolamento social está sendo relativamente lenta", avalia.

Segundo os números da Pnad Covid-19, a força de trabalho aumentou de 93,7 milhões para 95,1 milhões entre julho e agosto, com aumento de 1,3 milhão de pessoas, ou de 1,4%.

Já a população ocupada (PO) se elevou de 81,5 milhões para 82,1 milhões, com aumento de 657 mil, ou 0,8%.

O movimento de volta à força de trabalho pode se acelerar no fim deste ano e início do próximo, com o processo de fechamento progressivo das torneiras do auxílio emergencial e do BEm.

Já em setembro o auxílio cai a R$ 300, o que talvez seja insuficiente, como complementação de renda, para fazer com que muitas pessoas, já numa fase mais branda da pandemia, prefiram permanecer em casa do que procurar emprego.

Já no caso do BEm, programa de suspensão e redução de jornada de trabalho, com reposição parcial dos salários pelo seguro-desemprego, à medida que as carências vão vencendo - as empresas se comprometeram a manter os empregados por um período igual ao que permaneceram no programa, limitado a poucos meses -, as firmas podem começar a demitir. O que, naturalmente, também aumenta o desemprego.

Com todas essas pressões, Camargo estima que 2020 feche com uma taxa de desemprego entre 16% a 17%.

Ele faz uma ressalva, no entanto. O Caged de julho, que mostrou criação líquida de 131 mil postos de trabalho com carteira assinada - assim como dados mais animadores do seguro-desemprego - aponta uma fotografia diferente da revelada pela Pnad Covid-19, com números relativos ao setor formal bem piores.

Houve discrepância entre o Caged e a Pnad (Contínua, no caso) no ano passado, e foi a segunda que acabou convergindo para o primeiro. Mas Camargo frisa que não é certo que isso ocorra outra vez.

Bruno Ottoni, economista da IDados, empresa de pesquisa de dados em mercado de trabalho e educação, também está preocupado com a capacidade de a recuperação do mercado de trabalho tomar o bastão dos programas de auxílio como mecanismo de propulsão da demanda quando estes forem desativados.

Ele nota, inclusive, que esta é uma época do ano em que, sazonalmente, o mercado de trabalho melhora, mas não se nota ainda dinamismo na criação de empregos.

Ottoni tem projeção de taxa de desemprego no final do ano em torno de 14%, menor que a de Camargo. Mas isso deriva do fato de que o economista da IDados vê o auxílio emergencial, mesmo de R$ 300, e o BEm ainda contendo a volta de muitos brasileiros à busca de emprego nos meses à frente.

Assim, a sua projeção menor (relativamente à de Camargo) no fim do ano pode significar que mais gente vai deixar para voltar à força de trabalho a partir do início de 2021, quando - pelo que está anunciado até agora - os auxílios de fato terminam. E aí a taxa de desemprego pode subir mais, salvo se o mercado de trabalho demonstrar um dinamismo na saída da pandemia que até agora está ausente.

Fernando Dantas é colunista do Broadcast (fernando.dantas@estadao.com)

Esta coluna foi publicada pelo Broadcast em 23/9/2020, quarta-feira.

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