Fitch rebaixa o Brasil novamente e cita alto nível de incerteza política


Para a agência de classificação de risco, as perspectivas de crescimento do País no curto prazo continuaram a piorar, desde o último rebaixamento, ocorrido em dezembro do ano passado

Por Danielle Chaves e Rachel Gamarski
 Foto: Brendan McDermid/Reuters

Às vésperas da votação no Senado que pode afastar Dilma Rousseff da Presidência da República, o Brasil teve sua nota de classificação de risco rebaixada novamente. Dessa vez, a agência Fitch cortou a nota do País de BB+ para BB, dois degraus abaixo do grau de investimento, e com viés negativo. Ou seja, a agência deixou clara a perspectiva de uma nova queda.

Esse foi o terceiro rebaixamento do Brasil apenas este ano - as agências Standard & Poor’s e Moody’s já haviam feito o mesmo em fevereiro. Mas, diferentemente do que fez nas duas quedas anteriores em sua gestão, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, agora preferiu não comentar o rebaixamento. 

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A decisão da Fitch fez o Brasil retroceder ao mesmo patamar que tinha em 2006. A agência ressaltou, na justificativa para a queda, que o Brasil continua enfrentando um ambiente político muito desafiador. “A baixa popularidade e o processo de impeachment da presidente, a expansão do alcance das investigações de corrupção da Lava Jato e os protestos nas ruas contaminaram o ambiente político”, disse a agência.

O Palácio do Planalto recebeu com surpresa a decisão. A possibilidade do rebaixamento não estava no radar da equipe de Dilma. Interlocutores da presidente reconheceram, entretanto, que dificuldades políticas “continuam contaminando a economia”. E que a recessão e a crise política são reais. 

A agência descreveu em nota que, depois de a Câmara dos Deputados votar a favor do processo de impeachment, agora é o Senado que discute o assunto. Se também aprovar o pedido, Dilma precisará deixar o governo temporariamente e o vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, assumirá a Presidência.

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“Embora qualquer transição política durante o processo de impeachment possa representar uma nova oportunidade para progresso no ajuste e nas reformas econômicas, os riscos de implementação permanecem”, avalia a Fitch. “Uma profunda e prolongada recessão, acompanhada por um aumento na taxa de desemprego e a incerteza sobre a força e a estabilidade de um governo de coalizão (especialmente para aprovação de reformas), destacam os desafios que um potencial governo liderado por Temer enfrentará.”

Além disso, prossegue a Fitch, a continuação das investigações da Lava Jato também pode levar a uma desordem política imprevisível. “Tendo em vista a magnitude dos desafios econômicos e fiscais que o Brasil enfrenta, uma forte vontade e capacidade política para executar medidas em um período relativamente curto de tempo será necessária para melhorar substancialmente a confiança no processo de ajuste econômico.” / COLABOROU CARLA ARAÚJO 

 

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 Foto: Brendan McDermid/Reuters

Às vésperas da votação no Senado que pode afastar Dilma Rousseff da Presidência da República, o Brasil teve sua nota de classificação de risco rebaixada novamente. Dessa vez, a agência Fitch cortou a nota do País de BB+ para BB, dois degraus abaixo do grau de investimento, e com viés negativo. Ou seja, a agência deixou clara a perspectiva de uma nova queda.

Esse foi o terceiro rebaixamento do Brasil apenas este ano - as agências Standard & Poor’s e Moody’s já haviam feito o mesmo em fevereiro. Mas, diferentemente do que fez nas duas quedas anteriores em sua gestão, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, agora preferiu não comentar o rebaixamento. 

A decisão da Fitch fez o Brasil retroceder ao mesmo patamar que tinha em 2006. A agência ressaltou, na justificativa para a queda, que o Brasil continua enfrentando um ambiente político muito desafiador. “A baixa popularidade e o processo de impeachment da presidente, a expansão do alcance das investigações de corrupção da Lava Jato e os protestos nas ruas contaminaram o ambiente político”, disse a agência.

O Palácio do Planalto recebeu com surpresa a decisão. A possibilidade do rebaixamento não estava no radar da equipe de Dilma. Interlocutores da presidente reconheceram, entretanto, que dificuldades políticas “continuam contaminando a economia”. E que a recessão e a crise política são reais. 

A agência descreveu em nota que, depois de a Câmara dos Deputados votar a favor do processo de impeachment, agora é o Senado que discute o assunto. Se também aprovar o pedido, Dilma precisará deixar o governo temporariamente e o vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, assumirá a Presidência.

“Embora qualquer transição política durante o processo de impeachment possa representar uma nova oportunidade para progresso no ajuste e nas reformas econômicas, os riscos de implementação permanecem”, avalia a Fitch. “Uma profunda e prolongada recessão, acompanhada por um aumento na taxa de desemprego e a incerteza sobre a força e a estabilidade de um governo de coalizão (especialmente para aprovação de reformas), destacam os desafios que um potencial governo liderado por Temer enfrentará.”

Além disso, prossegue a Fitch, a continuação das investigações da Lava Jato também pode levar a uma desordem política imprevisível. “Tendo em vista a magnitude dos desafios econômicos e fiscais que o Brasil enfrenta, uma forte vontade e capacidade política para executar medidas em um período relativamente curto de tempo será necessária para melhorar substancialmente a confiança no processo de ajuste econômico.” / COLABOROU CARLA ARAÚJO 

 

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 Foto: Brendan McDermid/Reuters

Às vésperas da votação no Senado que pode afastar Dilma Rousseff da Presidência da República, o Brasil teve sua nota de classificação de risco rebaixada novamente. Dessa vez, a agência Fitch cortou a nota do País de BB+ para BB, dois degraus abaixo do grau de investimento, e com viés negativo. Ou seja, a agência deixou clara a perspectiva de uma nova queda.

Esse foi o terceiro rebaixamento do Brasil apenas este ano - as agências Standard & Poor’s e Moody’s já haviam feito o mesmo em fevereiro. Mas, diferentemente do que fez nas duas quedas anteriores em sua gestão, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, agora preferiu não comentar o rebaixamento. 

A decisão da Fitch fez o Brasil retroceder ao mesmo patamar que tinha em 2006. A agência ressaltou, na justificativa para a queda, que o Brasil continua enfrentando um ambiente político muito desafiador. “A baixa popularidade e o processo de impeachment da presidente, a expansão do alcance das investigações de corrupção da Lava Jato e os protestos nas ruas contaminaram o ambiente político”, disse a agência.

O Palácio do Planalto recebeu com surpresa a decisão. A possibilidade do rebaixamento não estava no radar da equipe de Dilma. Interlocutores da presidente reconheceram, entretanto, que dificuldades políticas “continuam contaminando a economia”. E que a recessão e a crise política são reais. 

A agência descreveu em nota que, depois de a Câmara dos Deputados votar a favor do processo de impeachment, agora é o Senado que discute o assunto. Se também aprovar o pedido, Dilma precisará deixar o governo temporariamente e o vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, assumirá a Presidência.

“Embora qualquer transição política durante o processo de impeachment possa representar uma nova oportunidade para progresso no ajuste e nas reformas econômicas, os riscos de implementação permanecem”, avalia a Fitch. “Uma profunda e prolongada recessão, acompanhada por um aumento na taxa de desemprego e a incerteza sobre a força e a estabilidade de um governo de coalizão (especialmente para aprovação de reformas), destacam os desafios que um potencial governo liderado por Temer enfrentará.”

Além disso, prossegue a Fitch, a continuação das investigações da Lava Jato também pode levar a uma desordem política imprevisível. “Tendo em vista a magnitude dos desafios econômicos e fiscais que o Brasil enfrenta, uma forte vontade e capacidade política para executar medidas em um período relativamente curto de tempo será necessária para melhorar substancialmente a confiança no processo de ajuste econômico.” / COLABOROU CARLA ARAÚJO 

 

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 Foto: Brendan McDermid/Reuters

Às vésperas da votação no Senado que pode afastar Dilma Rousseff da Presidência da República, o Brasil teve sua nota de classificação de risco rebaixada novamente. Dessa vez, a agência Fitch cortou a nota do País de BB+ para BB, dois degraus abaixo do grau de investimento, e com viés negativo. Ou seja, a agência deixou clara a perspectiva de uma nova queda.

Esse foi o terceiro rebaixamento do Brasil apenas este ano - as agências Standard & Poor’s e Moody’s já haviam feito o mesmo em fevereiro. Mas, diferentemente do que fez nas duas quedas anteriores em sua gestão, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, agora preferiu não comentar o rebaixamento. 

A decisão da Fitch fez o Brasil retroceder ao mesmo patamar que tinha em 2006. A agência ressaltou, na justificativa para a queda, que o Brasil continua enfrentando um ambiente político muito desafiador. “A baixa popularidade e o processo de impeachment da presidente, a expansão do alcance das investigações de corrupção da Lava Jato e os protestos nas ruas contaminaram o ambiente político”, disse a agência.

O Palácio do Planalto recebeu com surpresa a decisão. A possibilidade do rebaixamento não estava no radar da equipe de Dilma. Interlocutores da presidente reconheceram, entretanto, que dificuldades políticas “continuam contaminando a economia”. E que a recessão e a crise política são reais. 

A agência descreveu em nota que, depois de a Câmara dos Deputados votar a favor do processo de impeachment, agora é o Senado que discute o assunto. Se também aprovar o pedido, Dilma precisará deixar o governo temporariamente e o vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, assumirá a Presidência.

“Embora qualquer transição política durante o processo de impeachment possa representar uma nova oportunidade para progresso no ajuste e nas reformas econômicas, os riscos de implementação permanecem”, avalia a Fitch. “Uma profunda e prolongada recessão, acompanhada por um aumento na taxa de desemprego e a incerteza sobre a força e a estabilidade de um governo de coalizão (especialmente para aprovação de reformas), destacam os desafios que um potencial governo liderado por Temer enfrentará.”

Além disso, prossegue a Fitch, a continuação das investigações da Lava Jato também pode levar a uma desordem política imprevisível. “Tendo em vista a magnitude dos desafios econômicos e fiscais que o Brasil enfrenta, uma forte vontade e capacidade política para executar medidas em um período relativamente curto de tempo será necessária para melhorar substancialmente a confiança no processo de ajuste econômico.” / COLABOROU CARLA ARAÚJO 

 

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